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Uma coleção invejável para qualquer atleta. São dois títulos nacionais e um europeu em pouco mais de cinco meses. Essas marcas foram conquistadas pelo paraibano Tarcísio Jardim. Os resultados são frutos de  13 anos dedicados ao jiu-jitsu.

No ínicio do ano conquistou medalha de bronze na categoria pesado (até 94 kg) durante o Campeonato Europeu de Jiu-Jitsu, realizado em Lisboa, Portugal, no mês de janeiro. Dois meses depois, Tarcísio, que tem 29 anos, consagrou-se vice-campeão na categoria pesado (até 90 kg) do judô, no  Brasileiro Regional da modalidade, realizado na capital paraibana, mesmo tendo no jiu-jitsu o foco de seus treinamentos. “Comecei a praticar o judô para complementar minha atuação no jiu-jitsu, para melhorar minha luta em pé. Acabei sendo o segundo melhor do Nordeste na minha categoria, disputando o título com atletas de vários estados, como Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte”, comentou o paraibano.

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Em maio, o faixa-preta de jiu-jitsu conquistou mais uma prata. Desta vez, subiu no pódio do Campeonato Brasileiro de Jiu-Jitsu realizado no Rio de Janeiro. “Foi o terceiro ano consecutivo que chego a uma final do Brasileiro da modalidade”, informou Tarcísio.

O resultado rendeu ao atleta da equipe Check Mat a classificação para o Mundial de Jiu-Jitsu que aconteceu no início de junho, na Califórnia, Estados Unidos. Após quatro confrontos na competição, o paraibano perdeu sua primeira luta, diante de um catarinense, já nas quartas de finais. Mesmo com a derrota, Tarcísio conseguiu ficar entre os cinco melhores do mundo da categoria pesado.

Os próximos desafios do atleta estão agendados para o mês de setembro, quando encara o Campeonato Brasileiro Geral de Judô e a primeira seletiva para o Word Pró Jiu-Jitsu, ambas a serem realizadas no Rio Grande do Norte, além do Pan Americano de No-Gi (jiu-jitsu sem kimono), que acontece na Califórnia, nos Estados Unidos.





O pernambucano Rafaello Oliveira, o "Trator", vai lutar neste sábado (7) contra o americano Yoislandy Izquierdo, em confronto válido pelo UFC 148. O lutador sempre vem treinando, mas depois de ter assinado a luta intensificou seus treinamentos há cerca de dois meses. O Portal LeiaJá entrou em contato com o atleta e traz mais detalhes sobre sua vida e os preparativos para o duelo.

Rafaello começou sua carreira nas artes marciais em 2004. Suas primeiras lutas foram realizadas aqui mesmo no Estado, onde venceu todas elas. Agora faz sua segunda passagem pelo UFC. Na primeira vez, entre 2009 e 2010, venceu apenas uma e perdeu dois combates sendo demitido da organização. Após vencer quatro lutas em outras ligas o pernambucano foi novamente contratado pelo Ultimate, mas essa segunda passagem ainda não vem dando resultados, já que perdeu seus dois últimos combates. Por isso esta luta pode significar a permanência do lutador na organização.

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Confira a entrevista completa com o lutador:

Portal LeiaJá: Como surgiu sua paixão pelas lutas?

Trator: Desde pequeno sempre gostei de lutar, fiz judo, Kung fu e capoeira, mais aos 16 anos tive meu primeiro contato com o jiu-jítsu e foi paixão à primeira vista.

LeiaJá: Você é pernambucano. Como foi parar nos Estados Unidos?

Trator: Nasci no Recife, morei minha infância em Aldeia e em Boa Viagem e depois fui para o Janga, onde morei grande parte da minha adolescência e fase adulta e é onde tenho vários amigos. Depois de 11 lutas na carreira eu comecei a ser reconhecido nacionalmente e fui convidado pelo mestre Moacir Boca para fazer parte de sua equipe de MMA em Miami. Não tive duvidas e corri atrás do meu sonho, foi por onde comecei.

LeiaJá: Há quanto tempo vc está se preparando pra a luta do UFC 148?

Trator: Eu sempre estou treinando, nunca paro de me preparar estou sempre me aprimorando como atleta. Mas assinei a luta há seis semanas atrás, daí dei uma intensificada nos treinos.

LeiaJá: Quem são seus treinadores? Treina com eles há muito tempo?

Trator: Tenho três treinadores. Meu preparador físico se chama Nathan Hoffmeister, o treinador de boxe é o John Foust e o de artes marciais é Eric Turner. Estou com eles cerca de dois ou três anos.

LeiaJá: O que foi que deu errado na sua passagem anterior pelo UFC?

Trator: Perdi duas lutas, mas faz parte do show e agora tenho que ganhar.

LeiaJá: Qual a expectativa para a luta? E sobre o seu adversário?

Trator:
A melhor possível, só a vitória me interessa e estou indo pra acabar no 1° round. É um adversário duro, nesse nível não tem moleza, só os melhores vencem.

LeiaJá: Quando saiu o UFC lutou em quais organizazações?

Trator: Lutei na Flórida, pelo Scorpions FC, e em Atlantic City, que são duas organizações medianas aqui dos Estados Unidos, e mais duas lutas pelo RFC no Recife, no Chevrolet Hall.

LeiaJá: Quando voltou em 2011, como foram suas primeiras lutas?

Trator: Lutei contra Tibau e Ives Edward, dois adversários duros e, infelizmente, tive resultados negativos.

LeiaJá: Qual o recado que você deixaria para os seus fãs pernambucanos?

Trator: Queria agradecer a todos de Pernambuco que estão nessa corrente positiva rumo à vitória no próximo dia 7. Amo vocês!

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Judô, karatê e capoeira são algumas das artes marciais mais praticadas pelas crianças e adolescentes, mas outros estilos estão sendo exercitados com mais frequência. Entre eles o jiu-jitsu, muay thai e boxe, principalmente por causa da popularização dos campeonatos de MMA no Brasil, que estão sendo mais divulgados através dos campeões brasileiros no UFC.

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As crianças e adolescentes que praticam esses tipos de atividades aprendem não só a lutar, mas a aprimoram seu comportamento, já que toda arte marcial possui uma filosofia que trabalha o corpo, a mente e o espírito do esportista. Além de desenvolver o respeito ao próximo, as crianças também ficam mais disciplinadas, respeitando mais o espaço do outro ao terem que aguardar sua vez para executar um movimento e ao silenciar para ouvir as orientações do professor.

A disciplina, o companheirismo, a concentração e o respeito são mais bem assimilados por crianças que praticam o estilo no dia a dia, quando se divertem e se exercitam. Os irmãos Pedro e Rodrigo Rabello, de 10 anos e 12, respectivamente, praticam o jiu-jitsu há seis meses - cerca de três dias por semana - e sempre tiveram incentivo dos pais para continuar a executar a arte. “Começamos a prática por causa do meu pai, que nos trouxe para assistir uma aula. Então, gostamos e começamos a lutar. É muito bom lutar jiu-jitsu para o nosso corpo e para aprendermos a ter mais disciplina e respeito” conta Rodrigo.

“Sempre apoiei os meninos a praticarem esportes, e a luta foi muito boa para eles. Se pudessem, praticavam todas as modalidades porque gostam de tudo. O comportamento deles sempre foi excelente, mas a luta ajudou no aprendizado da disciplina, estou sempre acompanhando os estudos deles e nunca houve nenhum tipo de comportamento violento entre eles”, afirma a mãe dos irmãos, Maria da Conceição.

Confira o vídeo com os irmãos Rodrigo e Pedro Rabello, e o depoimento do pai deles, Eduardo Rabello, respectivamente:

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Os meninos já competiram no Campeonato Norte Nordeste, em março deste ano, e foram vencedores em suas categorias - Pedro na categoria Infantil B (10 a 11 anos) e Rodrigo na Infanto-juvenil (12 a 13 anos). Este ano eles ainda vão competir em outro Norte Nordeste, em junho.

Já Victor Avelino, 14 anos, começou recentemente a lutar o muay thai e, nesse pouco tempo, percebeu mudanças em seu físico. “Eu sempre pratiquei outros esportes e no muay thai estou percebendo o aumento dos meus músculos, principalmente os da perna. Comecei a praticar por hobby, mas estou gostando e se der certo pretendo investir na modalidade”, conta o adolescente.

Outro lutador de artes marciais é Leonardo Lima, também de 14 anos, que treina na mesma academia de Victor, mas pratica outra modalidade, o boxe, há sete meses. “Comecei praticando muay thai, mas meu treinador percebeu que eu tinha um bom soco e que meu futuro poderia ser no boxe. Então, decidi mudar e estou gostando muito e me esforçando bastante nos treinamentos”. Leonardo já lutou oficialmente em um seletivo para o Campeonato Brasileiro, pela categoria Cadete (até 66 kg).

Qualquer modalidade esportiva ajuda na educação e na formação das crianças e dos adolescentes, já que é nesse período que eles ainda estão em processo de desenvolvimento. A psicóloga Renata Sena explica a importância da prática esportiva. “Todos os esportes trabalham o corpo e a mente, assim, eles também podem gastar energia. As artes marciais em especial transmitem uma posição de respeito e concentração através dos professores ou mestres, que possuem a responsabilidade de mostrar o esporte de forma não violenta, dando bons exemplos. Por isso, também é importante para a formação social das crianças e adolescentes”, conta a psicóloga.

“Os alunos que já entram com o intuito violento, ou quando os pais indicam como meio para tirar a timidez, podem resultar em outras reações na prática das artes marciais", explica, "além do comprometimento dos professores, que não devem levar os atletas a pensar apenas em competição, em vencer sempre, gerando nos alunos ansiedade e estresse, podendo chegar à violência”, complementa Renata.

João Marco Pedrosa, 14 anos, treina jiu-jitsu há um ano e meio, e sempre ouviu as pessoas falarem bem do esporte e sobre a importância de praticá-lo. “Não escutei nenhum tipo de comentário que falasse mal das lutas. As pessoas estão mudando a visão negativa em relação ao jiu-jitsu por causa do MMA”, pondera.

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