Tópicos | John Coltrane

Neste domingo (30) é comemorado o Dia Internacional do Jazz. Este estilo musical se originou em Nova Orleans, nos Estados Unidos, no final do século XIX. No século XX, o Movimento dos Direitos Civis nos EUA contribuiu para o desenvolvimento do jazz como uma expressão das décadas de escravidão. No jazz, é possível ouvir com frequência seis instrumentos: saxofone, trompete, clarinete, trombone, bateria e contrabaixo acústico. Confira a seguir, três artistas que contribuíram para a expansão do jazz e o ponto de partida de suas histórias com o estilo musical.

Louis Armstrong (1901-1971) - Sua carreira musical surgiu quando ele saiu do centro de detenção em 1914, e começou a substituir artistas na banda de jazz de Storyville (distrito da luz vermelha de Nova Orleans). Ele conheceu músicos do jazz e tocou no grupo “Fate Marable” em um barco que navegava pelo Rio Mississipi.

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Foto: Herbert Behrens / Anefo

Em 1922, Storyville fechou e o músico partiu para Chicago – no qual iniciou a carreira tocando em bandas de nomes famosos em Nova Iorque. Junto com o número de conquistas, Armstrong estabeleceu-se firmemente no ramo do jazz como trompetista, improvisador e cantor. 

John Coltrane (1926-1967) - Ele é conhecido por ter ajudado a tornar o saxofone um instrumento de pleno direito na orquestra e também por tocar com velocidade. Sua especialidade era uma técnica que ficou conhecida como “sheets of sound”, que é quando ele tocava notas e escalas em uma sucessão rápida.

Foto: Dave Brinkman (ANEFO)

Na universidade, tocava e trabalhava na banda de jazz de um restaurante. De 1959 a 1961, ele gravou com a Atlantic Records, incluindo o sucesso Giant Steps – que agora é considerado uma das partituras de jazz mais complexas.

Ella Fitzgerald (1917-1996) - Uma das figuras femininas mais importantes na história do jazz. As músicas que cantavam eram escritas especialmente para ela por compositores renomados como Duke Ellington (1899-1974) e Cole Porter (1891-1964). Ela fez turnês pela Europa e se tornou famosa do ramo do jazz graças à sua voz e sua habilidade com a técnica “scat singing”.

Foto: IISG

Participou de vários concursos e competições de canto, incluindo uma no Apollo Theatre em 1934. O fato dela ter ganhado a competição foi um marco na carreira dela. No qual experimentou vários recursos para a modificação do jazz e sua manifestação sobre a segregação racial nos EUA.

Perdidas por mais de 50 anos, gravações inéditas da lenda do jazz John Coltrane e seu quarteto ressurgiram e serão lançadas como um álbum póstumo em 29 de junho.

O disco "Both Directions at Once: The Lost Album" terá sete temas gravados em 1963 por Coltrane e seu quarteto habitual: Jimmy Garrison no baixo, Elvin Jones na bateria e McCoy Tyner no piano, além de Coltrane no saxofone, anunciou a gravadora nova-iorquina "Impulse! Records" nesta sexta-feira (8).

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Os músicos gravaram essas canções em um estúdio de Nova Jersey, para onde voltaram um ano depois, no fim de 1964, para criar o clássico de Coltrane "A Love Supreme", muitas vezes qualificado como um dos melhores álbuns de jazz de todos os tempos.

As gravações perdidas foram descobertas pela família da primeira esposa de Coltrane, Juanita Naima Coltrane, que as havia mantido na casa da família no Queens.

Duas das músicas do próximo álbum nunca foram ouvidas e incluem Coltrane tocando saxofone soprano, não o tenor, pelo qual era mais conhecido.

As gravações também incluem uma versão alternativa de "Impressions", uma de suas composições mais conhecidas.

Coltrane, que faleceu em 1967 de câncer, ficou na vanguarda do movimento do free jazz, que se distanciou dos limites convencionais da música para impulsionar a experimentação e o improviso.

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