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A Polícia Civil, através da Delegacia de Roubos e Furtos de Carga, apresentou nesta quarta-feira (15) os detalhes da apreensão realizada ontem de produtos da loja Laser Eletro oriundos de cargas roubadas. A operação, intitulada Tela Plana II, resultou em nova prisão do sócio da rede, o chinês Tzeng Guo Uen, vulgo Ricardo, de 55 anos. 

A Polícia apreendeu produtos em estoques localizados em Olinda, Recife, Jaboatão dos Guararapes, Abreu e Lima, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife (RMR), e Limoeiro, no Agreste. Entre os produtos confiscados estão 41 televisores, 281 mini system, 10 impressores, três tablets, um home theater blu-ray, cinco aparelhos DVDs, sete máquinas fotográficas, três aparelhos de som e quatro videogames, avaliados em aproximadamente R$ 300 mil. Entre os fabricantes: Sony, Toshiba, Panasonic, Microsoft, AOC e HP.

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As investigações do Tela Plana II começaram no dia 17 de setembro de 2014, um dia após os policiais recuperarem 46 televisores da Laser e prenderem Tzeng Guo Uen pela primeira vez. Na ocasião, ele havia apresentado uma nota fiscal da distribuidora dos produtos, a Jonathan Araújo da Silva Informática Micro Empresa (M.E), mas a empresa não existia no local indicado.

A Polícia identificou que a distribuidora, teoricamente localizada em Barra de Jangada, em Jaboatão dos Guararapes, existia desde de julho de 2013, mas só havia efetuado 20 vendas, todas para a Laser Eletro, no valor total de R$ 6,5 milhões, e sem nunca adquirir nenhum produto.

“Descobrimos que esses novos produtos são frutos de roubos de setembro do ano passado principalmente na Bahia e em Minas Gerais, mas também em São Paulo”, revela o delegado Osias Tibúrcio, da Roubo e Furtos de Cargas. “A suspeita é que a empresa tenha sido criada apenas para ‘esquentar’ cargas roubadas, ou seja, colocá-las de novo no mercado”.

Foram solicitados mandados de busca para 33 lojas de rede, sendo o galpão com maior quantidade de produtos apreendidos o localizado no bairro da Imbiribeira, na Avenida Mascarenhas de Morais. Alguns dos eletroeletrônicos irregulares foram encontrados nos próprios escritórios, sendo usados pela empresa. A polícia estima que milhares de pessoas foram lesadas. 

De acordo com a polícia, Tzeng confessou a aquisição de produtos roubados, mas não soube informar dados que levassem à identificação das pessoas. “O suspeito disse que apenas ele mantém contato por telefone com os fornecedores, mesmo assim ele também não tinha sequer um número deles”, destaca Tibúrcio. Sobre a defesa do chinês, que alega que o suspeito tem contribuído com as investigações, o delegado também nega. “Isso não procede. Não houve contribuições. Quando já tínhamos o mandado de busca foi que ele compareceu à polícia. Se ele quisesse, teria entregue essas cargas e denunciado o esquema na época da primeira prisão”, comenta.

O mandado de prisão para Tzeng foi para evitar também uma provável fuga do suspeito para a China. Ele responderá pelos crimes de receptação de eletrodomésticos e falsidade ideológica, por maquiar as notas fiscais com informações de vendas inexistentes. Se somadas, as penas podem chegar a 18 anos de reclusão. O empresário já é acusado pela Justiça Federal por falsidade ideológica, por sonegação fiscal com a falsificação de 50 documentos para isenção tributária. Tzeng foi encaminhado para o Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel). 

O diretor de polícia especializada, delegado Joselito Kehrle reforçou que é importante para as investigações que a população prejudicada devolva os produtos. “Se o consumidor perceber que o produto comprado pertence ao número de série dos itens roubados, ele pode devolver o produto à polícia e receber o termo de entrega. Se o produto apresentar defeito, a pessoa não conseguirá consertá-lo na assistência técnica”, comenta o delegado. A polícia disponibilizará em seu portal o número de série por fabricante para a consulta da população. Os lesados ainda poderão acionar a loja na Justiça, por danos morais. Na apreensão anterior, 170 pessoas devolveram voluntariamente os televisores.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINE), entre os golpes do tipo, este foi o que obteve o maior número de vítimas do país. A Laser Eletro tem 127 lojas no Nordeste. A Polícia já identificou pessoas que compraram produtos roubados em outros estados da região. 

O chinês dono da rede Laser Eletro foi preso novamente na última segunda-feira (13), suspeito de vender televisões roubadas em lojas da Região Metropolitana do Recife. O proprietário foi preso pela primeira vez no dia 9 de setembro deste ano e passou 13 dias no Centro de Triagem (Cotel) de Abreu e Lima, segundo a polícia. Até o momento, a operação Tela Plana II expediu mandados de busca e apreensão em 33 franquias da marca na RMR e também no Agreste e Sertão do Estado.

De acordo com a polícia, ainda não se sabe o número exato de produtos apreendidos. O balanço geral da operação será realizado às 9h desta quarta-feira (15), por policias da Delegacia de Roubos e Furtos. Operação Tela Plana - deflagrada em setembro de 2014 pela Polícia Civil, foram apreendidas 46 televisões de tela plana e LCD vindas de cargas roubadas de Minas Gerais. A identificação das TVs, todas de 48 polegadas, só foi possível porque o número de série dos aparelhos era o mesmo. Na época, o total de matérias apreendidos somaram R$ 690 mil.

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Consumidores que compraram TVs de tela plana e LCD da marca Semp Toshiba na rede de lojas Laser Eletro devem devolver o eletrodoméstico à Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DEPATRI). Segundo informações da Polícia, as televisões foram roubadas em Minas Gerais, no Sudeste, e estavam sendo vendidas nas 12 lojas da franquia espalhadas pelo Recife e Região Metropolitana e abasteceram as lojas para a Copa do Mundo.

Para realizar a devolução, é preciso dirigir-se à Rua São Miguel, 268, em Afogados. Ao todo, foram 466 equipamentos roubados. O valor de R$ 690 mil foi estimado para a carga, que continha apenas televisores de 48 polegadas. Até agora, 46 aparelhos foram encontrados. O cliente deverá solicitar ressarcimento do valor da TV à Laser Eletro ou dar entrada na Justiça para receber o valor pago.

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Segundo o delegado de Roubos e Furtos de Cargas, Osias Tibúrcio, o sócio majoritário das lojas, o chinês Tveng Guo Uen, de 55 anoos, alegou que recebeu a carga de televisores de uma empresa de informática sediada em Jaboatão dos Guararapes. “Fomos até o endereço e a loja não existe”, disse o delegado.

Os números de série das TVs que devem ser entregues ao DEPATRI estão disponibilizados no site da Polícia Civil. O código pode ser identificado na parte traseira dos aparelhos.

Com informações da assessoria

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