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A Rússia e a Ucrânia chegaram a um acordo para retirada de armas pesadas na fronteira leste ucraniana por meio de uma zona neutra, informou o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier. A medida já estava prevista em um cessar-fogo celebrado em setembro do ano passado, mas acabou não se realizando.

O acordo foi anunciado após uma reunião em Berlim dos ministros das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, da Rússia, Sergei Lavrov, e da Ucrânia, Pavlo Klimkin, além de Steinmeier.

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Segundo Steinmeier, porém, além da retirada das armas, não foi alcançada nenhuma medida pela paz na região. "Eu não estou aqui para lhes dizer que foi feito um grande avanço", disse o ministro alemão a jornalistas, após quase três horas de reunião. "Mas eu acredito que temos conseguido progressos notáveis hoje."

Ao final, os ministros reunidos emitiram uma declaração conjunta na qual pedem que todas as partes envolvidas no conflito parem de lutar e restaurem o cessar-fogo.

De acordo com Steinmeier, a Rússia também se comprometeu a usar a sua influência sobre os separatistas do leste ucraniano para que eles honrem o cessar-fogo. Fonte: Dow Jones Newswires.

O ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, propôs nesta quinta-feira (15) que a Europa envie armamentos aos insurgentes sírios - uma proposta que teve uma recepção fria dos outros países europeus, que temem uma escalada ainda maior na guerra civil síria. Também nesta quinta-feira, o governo da Turquia reconheceu a Coalizão Nacional da Síria como "única representante do povo sírio", elevando para oito o número de países que desautorizam o governo do presidente Bashar Assad - a França e seis países árabes do Golfo Pérsico reconheceram os rebeldes sírios no começo desta semana. O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, grupo opositor sediado em Londres, informou hoje que a guerra civil já deixou 39 mil mortos desde março de 2011.

Fabius disse que o embargo à venda de armas para a Síria, decretado pela União Europeia no ano passado, impede que os insurgentes se defendam. "Nós não devemos escalar o conflito...mas é inaceitável que as regiões libertadas sejam bombardeadas", disse o chanceler francês. Ele sugeriu que sejam enviadas "armas defensivas" aos insurgentes, ou seja, artilharia antiaérea. Ao comentar o discurso de Fabius, um diplomata europeu graduado afirmou que poderão ocorrer "longas discussões" antes que qualquer mudança ocorra no embargo de armas. O ministro da Defesa da Alemanha, Thomas de Maiziere, se mostrou cético a respeito da ideia de Fabius.

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O presidente da França anunciou hoje que no sábado terá uma reunião com o presidente da Coalizão Nacional da Síria, Ahmed Moaz al-Khatib. François Hollande receberá al-Khatib no Palácio do Eliseu em Paris.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia advertiu nesta quinta-feira os países que "apoiam a oposição síria" que eles praticarão uma "rude violação" das leis internacionais se enviarem armas aos insurgentes sírios. A Rússia é aliada do presidente sírio Bashar Assad.

Já o governo turco reconheceu nesta quinta-feira a Coalizão Nacional da Síria como legítima representante do povo sírio e pediu a todos os países muçulmanos que façam o mesmo. A Turquia abriga no momento mais de 120 mil refugiados sírios e tem sido diretamente afetada pela guerra civil no seu vizinho árabe. O reconhecimento da Turquia foi anunciado pelo chanceler turco Ahmet Davutoglu, enquanto participava de encontro da Organização de Cooperação Islâmica, no Djibuti, país do Leste da África.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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