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Presidente do campeão brasileiro Palmeiras, Leila Pereira considera o ofício enviado pelo Botafogo ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), horas antes da última rodada do Brasileirão, um ato de desequilíbrio de John Textor, acionista majoritário da SAF botafoguense. Para a dirigente, a postura do americano é "ridícula" frente ao fato de o clube carioca ter liderado o campeonato por tanto tempo e por uma diferença tão grande de pontos antes de perder a liderança.

"Me causa estranheza, sabe? Porque eu acho que o proprietário do Botafogo deve estar meio desequilibrado, porque realmente foi difícil o Botafogo liderando o campeonato por tanto tempo e dar todo esse problema, essa turbulência, perder este campeonato. Eu acho que o Textor ficou meio desequilibrado, chega até a ser ridículo", afirmou Leila em entrevista à SporTV após o empate por 1 a 1 do time palmeirense com o Cruzeiro, resultado que confirmou o título.

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A presidente alviverde também disse entender que colocar a legitimidade da conquista do Palmeiras em cheque desvaloriza o Brasileirão como um todo. "Colocando em dúvida o campeonato, ele desprestigia, ele desvaloriza este produto tão importante que é o futebol, que são os clubes. Desvaloriza todos os clubes. Eu acho que ele deveria ter mais serenidade. O Palmeiras mesmo... Nós não perdemos a Libertadores? Continuamos trabalhando, acreditando no trabalho, porque no futebol acontece. Você tem que estar preparado para ganhar e para perder. É uma parte de desequilíbrio do senhor John Textor."

O Botafogo informou nesta quarta-feira, antes de a bola rolar para a rodada decisiva do Campeonato Brasileiro, que enviou ao STJD um ofício cobrando providências do órgão acerca de relatórios produzidos a pedido do clube por uma empresa que analisa comportamentos da arbitragem e que apontariam supostos prejuízos em resultados de partidas desta edição do torneio nacional.

John Textor contratou a empresa "Good Game!" para avaliar a postura dos árbitros nos jogos do Brasileirão e detectar possíveis manipulações de resultado. Foi produzido, então, um relatório que apontaria o Botafogo como líder do campeonato caso a arbitragem tivesse tomado decisões a favor do clube em determinados jogos.

Na nota emitida nesta quarta-feira, o Botafogo ainda explorou cinco sugestões para serem adotadas para melhorar a qualidade da arbitragem no Campeonato Brasileiro. Se esgotadas as esferas desportivas no futuro, o Botafogo afirma que continuará sua batalha na Justiça Comum para "apurar os fatos narrados e contribuir para a evolução do futebol brasileiro".

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, realizou nesta quarta-feira (11) uma coletiva de imprensa, no centro de treinamento do clube. A dirigente do clube falou sobre a temporada do time, que começou bem, porém não manteve o ritmo e as expectativas que eram esperadas pela torcida.

"Eu quando renovei o contrato do Abel, eu falei com ele que queria pelo menos um título por ano. Fui modesta. Ano passado tivemos três. Esse ano nós tivemos dois. Nós trabalhamos para ganhar todos os campeonatos. Infelizmente não conseguimos na Copa do Brasil e na Libertadores, por detalhes. Acho que foi boa. Gostaria que tivesse sido melhor, que nós sempre lutamos para conquistar o maior número de títulos possível sabendo que difícil. Estamos na luta do Brasileiro, complicado, mas estamos na luta. A gente luta sempre para conquistar o maior número possível", disse.

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O clube paulista vem sendo alvo de críticas por parte da torcida, sobrando até para os patrocinadores da equipe. Recentemente um grupo de torcedores foi flagrado por câmeras de seguranças pichando o muro da sede do time e sede da empresa da presidente - a Crefisa - que é também a principal patrocinadora da equipe.

"Não é tocando tambor e jogando bomba que vou contratar jogadores. Esses atos de vandalismo contra uma patrocinadora que só colaborou com o Palmeiras. Na pandemia, enquanto a maioria dos patrocinadores cortaram os patrocínios, a Crefisa e a Fam em nenhum momento suspendeu os pagamentos para o Palmeiras. Por isso que o Palmeiras conseguiu manter o emprego dos nossos trabalhadores intacto. Essas torcidas organizadas não construíram nada. Eles são caso de polícia. Essas pessoas são o grande câncer do futebol brasileiro. O Palmeiras não é de ninguém, é de nossos milhões de torcedores. A grande diferença é que só estou para ajudar o Palmeiras, não esses torcedores organizados, que é muito importante separar, quando reclamo é dos organizados", disse Leila.

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"É inadmissível. Pressão é normal, mas é inadmissível atos de vandalismo contra um parceiro que está há nove anos no Palmeiras só colaborando com o clube. Quando a Crefisa e a Fam chegaram no Palmeiras, em 2015, um ano anterior o Palmeiras estava quase rebaixado. Ninguém nos procurou, nós espontaneamente viemos oferecer. A Crefisa e a Fam já colocaram no Palmeiras ao longo desse tempo cerca de R$1 bilhão e R$200 milhões", completou a dirigente do Palmeiras.

Com a saida de nomes importante para a equipe, como Gustavo Scarpa e Danilo, a equipe alvinegra ainda teve que lidar com a lesão de um dos principais nomes do time, Dudu.

As contratações feitas entre 2022 e 2023 para agregar o time devido as perdas não se adapitaram adequadamente a equipe. 

“Ano passado contratamos, alguns não se adaptaram. É um investimento alto e você não tem a certeza de que ele vai performar, é muito subjetivo, alguns atletas não se adaptaram, tivemos que emprestá-los”.

Leila ainda continuou:

“Em 2023, tivemos um pouco mais de cuidado, por responsabilidade financeira. Eu não vou sobrecarregar o Palmeiras financeiramente para dar satisfação a jornalistas, com todo respeito que tenho a vocês, e alguns torcedores. Quem paga essa contratação é o clube e eu não posso sobrecarregar o clube acima do que é possível pagar. Eu penso o Palmeira a longo prazo. Quero que o Palmeiras continue sendo protagonista sempre.”

A presidente Leila Pereira desembarcou com a delegação do Palmeiras, nesta terça-feira, em Buenos Aires, onde o time enfrenta o Boca Juniors, quinta-feira (28), pelo jogo de ida da semifinal da Copa Libertadores. A dirigente aproveitou para rebater as críticas pelo preço dos ingressos para o jogo de volta no Allianz Parque.

"Quem quer ver um jogo, quem quer ver um show, tem que pagar. O investimento que se faz no futebol é muito alto, entende? Então, esse negócio que o futebol é popular, sim, é popular, assim como a música também é popular. Se você quer ver um show, você tem que pagar, não é?", disse Leila, em entrevista ao canal ESPN.

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"Então eu acho muito contraditório, sabe? De um lado, o torcedor quer reforços, quer investimento em contratação de jogador. Contratação de jogador se faz com dinheiro. Futebol de alta performance se faz com dinheiro. Então, eu acho muito contraditório", afirmou a presidente.

Aparentemente nervosa, a dirigente lembrou do programa sócio-torcedor. "No Plano Ouro, tem ingressos grátis. Vocês estão cansados de saber que hoje 80% dos torcedores que entram no Allianz Parque têm algum tipo de desconto."

O ingresso mais barato no Allianz Parque vai custar R$ 240,00. "Eu não posso agradar a todos. A unanimidade é impossível. Mas as pessoas querem ingresso de graça. É impossível. Mas tudo bem... Sabe o que é importante? Que quinta-feira façamos um ótimo jogo. É isso que eu acho", disse Leila.

Leila Pereira é a quarta mulher mais rica do Brasil. A informação está no ranking atualizado da revista Forbes. A presidente do Palmeiras subiu um degrau na lista, porque ela era a quinta mais rica até então. Leila está em seu segundo ano no comando do time, mas sua fortuna não tem nada a ver com a gestão do clube. Ela é dona da Crefisa e da FAM (Faculdade das Américas).

Recentemente, comprou seu primeiro avião para uma nova empresa, a Placar, que ainda não opera comercialmente, mas já faz viagens com a delegação do Palmeiras. O avião, um E-190 da Embraer, foi avaliado em R$ 280 milhões e tem capacidade para 114 passageiros.

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A fortuna de Leila Pereira e do seu marido, o empresário José Roberto Lamacchia, cresceu, de acordo com o levantamento, R$ 800 milhões no comparativo com o ano passado. Leila tem patrimônio estimado de R$ 8 bilhões. Antes, era de R$ 7,2 milhões. Sua principal fonte de receita ainda é a Crefisa, empresa que empresta dinheiro para o cidadão comum.

Tanto a Crefisa quanto a FAM estão na camisa do Palmeiras. Leila tem sido uma presidente com mãos de ferro no clube. Uma frase já ficou conhecida em seu mandato: "Vou administrar o Palmeiras como administro minhas empresas".

O acordo com o Palmeiras prevê investimento de R$ 80 milhões por temporada, podendo chegar a R$ 120 milhões com bônus por conquistas. Há uma dívida do clube com as empresas da presidente sendo paga. Atualmente, essa dívida é de R$ 65 milhões. O Palmeiras tem receita estimada neste ano de R$ 750 milhões.

Para se tornar a terceira mulher mais rica do Brasil, Leila terá de superar Ana Lúcia de Mattos Barretto Villela, do Banco Itaú, cuja fortuna estimada é de R$ 9,6 bilhões, de acordo com a publicação.

VEJA QUEM SÃO AS OUTRAS MULHERES MAIS RICAS DO BRASIL:

Vicky Safra (Banco Safra): R$ 87,8 bilhões

Maria Helena Moraes Scripilliti (Grupo Votorantim): R$ 19,8 bilhões

Ana Lúcia de Mattos Barretto Villela (Banco Itaú): R$ 9,6 bilhões

Leila Pereira (Crefisa e FAM): R$ 8 bilhões

Lucia Borges Maggi (Grupo Amaggi): R$ 7,2 bilhões

A HISTÓRIA DE LEILA PEREIRA

Natural de Cambuci, no Rio, mas criada em Cabo Frio, no litoral fluminense, Leila Pereira não quis ser médica como o pai, vítima fatal de um acidente há 20 anos, e os dois irmãos. Formou-se em Jornalismo e Direito. Foi quando estudava para ser jornalista na faculdade Estácio de Sá, no Rio, que conheceu o marido em uma festa de carnaval que o empresário organizou em seu apartamento em Ipanema. O casal está junto há 40 anos.

Foi José Roberto Lamacchia que potencializou a vocação para os negócios de Leila, fazendo com que ela entrasse no mundo empresarial e se tornasse executiva. A carioca assumiu o comando da Crefisa em 2008. Hoje, administra 11 empresas do grupo, além do Palmeiras, do qual foi eleita a primeira presidente mulher da história no fim do ano passado.

Seu mandato termina em 2024, mas, se depender de sua vontade, será renovado para mais três anos. "Meu projeto é ficar seis anos na presidência do Palmeiras", afirmou a executiva ao Estadão no início de seu mandato. Para ocupar o cargo mais importante do Palmeiras no pleito que ganhou como candidata única, a empresária desbancou velhas lideranças do clube, formou alianças e fez, entre outras, a promessa de reduzir o preço dos ingressos dos jogos.

Prestes a encarar o Fluminense, no Maracanã, neste sábado, o Palmeiras embarca rumo ao Rio nesta sexta-feira, a bordo do avião comprado recentemente pela presidente Leila Pereira para ajudar na logística do clube. É o primeiro voo da delegação palmeirense na aeronave modelo E190-E2, que tem 98 lugares e é avaliada em US$ 64 milhões (R$ 310 milhões).

O avião pertence à Placar Linhas Aéreas, nova empresa de Leila no ramo da aviação, e será colocada à disposição de outros clubes para fretamento. O próprio Palmeiras usará a aeronave por meio da contratação da empresa, mas, no momento, a Placar não pode comercializar voos pois ainda não obteve a autorização da Agência Nacional de Aviação Civil.

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Diante deste cenário, o deslocamento para o Rio será custeado por Leila Pereira, sem qualquer custo aos cofres do clube. A delegação palmeirense se desloca até Sorocaba, a cerca de 90 quilômetros da capital, para decolar de um hangar de propriedade da empresa da presidente palmeirense. Na volta para São Paulo, após o jogo, o desembarque será em Guarulhos.

A ideia de adquirir o avião partiu da própria Leila. A iniciativa visa gerar uma economia para o Palmeiras, que, segundo apuração do Estadão, gasta em torno de R$ 1,5 milhão por mês com viagens do elenco para as partidas no Brasil e fora dele. A aeronave pode voar sem necessidade de escalar para todos destinos da América do Sul, evitando o desgaste dos jogadores em voos comerciais.

Como contrapartida à economia que pode ser gerada aos cofres do clube, Leila ganha publicidade e dinheiro ao alugar o avião a outros clubes também e para empresas interessados quando não estiver sendo utilizado. Até por isso, o avião não tem as cores do Palmeiras. Ele é azul e branco e apresenta o nome da companhia aérea.

A insatisfação do torcedor do Palmeiras com sua presidente, Leila Pereira, está atravessando fronteiras. A cobrança por reforços na equipe alviverde se intensificou primeiro após a compra de um avião por parte da mandatária. Depois, pela eliminação para o São Paulo na Copa do Brasil. Agora os protestos chegaram aos Estados Unidos.

Leia Pereira está atualmente em Nova York e uma torcida organizada do Palmeiras aproveitou a oportunidade e chamou a atenção da presidente de uma maneira muito peculiar. Foi alugado um telão em plena Times Square um dos lugares mais turísticos e com altíssimo fluxo diário de pessoas de Manhattan. As mensagens "cadê nossos reforços" e "cumpra suas palavras e promessas" foram exibidas em português e em inglês, além de mostrar imagens da torcida em frente à Academia de Futebol.

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Além da mensagem nas ruas de Nova York, a torcida ainda se manifestou nas redes sociais. "Já que ela tá de férias, enquanto a torcida inteira do Palmeiras está pedindo reforços. O protesto chega até ela", escreveu.

No Brasileirão, o Palmeiras atualmente ocupa a 5ª colocação, com 28 pontos, numa área da tabela bastante acirrada. A equipe alviverde entra em campo neste domingo contra o América-MG, fora de casa. Na Libertadores, tem pela frente o Atlético-MG pelas oitavas de final. A primeira partida acontece na próxima quarta-feira, mesma data em que será encerrada a janela de transferências.

O avião comprado por Leila Pereira para o Palmeiras tem previsão de chegar ao Brasil no dia 10 de junho. A informação foi divulgada originalmente pelo UOL e confirmada pelo Estadão. Ainda será necessária a resolução de trâmites burocráticos com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para o avião começar a operar no espaço aéreo brasileiro e internacional. O clube trabalha para resolver as pendências o quanto antes.

A presidente do Palmeiras anunciou a compra da aeronave em janeiro deste ano. A ideia é facilitar o deslocamento dos atletas dentro do Brasil e para o exterior, evitando o desgaste dos jogadores. O avião, que antes tinha uma chamativa pintura de um tubarão, recebeu as cores azul e branca. A ideia é alugá-lo para outros clubes e, por isso, o uso de cores neutras.

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A ideia de adquirir um avião partiu da própria Leila Pereira. A iniciativa visou gerar uma economia para o Palmeiras, que segundo levantamento feito pelo Estadão gasta em torno de R$ 1,5 milhão por mês com viagens do elenco para as partidas no Brasil e fora dele.

O avião, um E-190 da Embraer avaliado em R$ 280 milhões, tem capacidade para 114 passageiros e é de propriedade de uma das empresas de Leila Pereira e de seu marido, José Roberto Lamacchia, donos da Crefisa e da FAM, empresas que patrocinam o Palmeiras desde 2015.

O casal fundou uma companhia aérea em 5 de outubro de 2022. Nomeada Placar Linhas Aéreas S/A, a empresa trabalha para obter as certificações necessárias da Anac para poder começar a operar. O casal também tem um jato executivo próprio, um Falcon 8X de matrícula PR-JRY. De acordo com registro na Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp), a Placar opera voos não regulares, isto é, fretados, de passageiros e carga.

Leila Pereira é a quinta mulher mais rica do Brasil e ostenta a 45ª maior fortuna do País, de acordo com a Forbes, revista especializada em negócios e economia. Segundo a publicação, a empresária de 57 anos é dona de um patrimônio avaliado em R$ 7,2 bilhões.

DETALHES DO AVIÃO

O E-190 da Embraer comporta de 96 a 114 passageiros, tem envergadura de 28,72 metros e comprimento de 36,24m. A aeronave pode alcançar 871 km/h de velocidade máxima e tem alcance de 4.537 quilômetros. O primeiro voo desse modelo, um projeto próprio da Embraer, ocorreu em março de 2004.

O peso máximo de decolagem é de 51.800 kg e o de aterrissagem, de 44.000 kg. A carga máxima é de 13.047 kg e o combustível máximo utilizável é de 12.971 kg. Segundo a fabricante, o modelo é espaçoso e econômico.

O valor de uma aeronave é muito variável. Em 2021, um modelo como o que Leila adquiriu foi avaliado em US$ 55 milhões, algo em torno de R$ 280 milhões na cotação atual. O E-190 tem duas versões, o E-1 e o E-2. A versão comprada por Leila para o Palmeiras, E-2, é mais nova e mais cara, podendo superar os R$ 300 milhões.

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, fez questão de enaltecer a atuação dos jogadores em campo e dos torcedores nas arquibancadas apesar da eliminação do time da Copa Libertadores, na terça-feira, no Allianz Parque. A equipe abriu 2 a 0, mas teve o zagueiro Murilo expulso e viu o Athletico-PR empatar a partida e levar a vaga.

"Tentamos, lutamos. Nossos jogadores foram incansáveis. A nossa torcida fez uma festa maravilhosa, mas dessa vez não foi possível. Como presidente de um clube da grandeza do Palmeiras, precisamos estar preparados para os momentos difíceis também. Vamos continuar trabalhando, nessa direção e agora focar no Campeonato Brasileiro", disse Leila, em vídeo publicado em suas redes sociais.

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Ela é atualmente a quinta mulher mais rica do Brasil e ostenta a 45ª maior fortuna do País, de acordo com a Forbes, revista especializada em negócios e economia. Segundo a publicação, a empresária de 57 anos é dona de um patrimônio avaliado em R$ 7,2 bilhões.

Através da Crefisa, a empresária patrocina o Palmeiras desde 2015. Ela venceu as eleições no clube no fim do ano passado e está em seu primeiro ano de mandato.

O tricampeão da Libertadores buscava mais uma decisão continental, depois de ter batido Santos e Flamengo nos últimos anos. Agora, o Palmeiras foca todas as suas atenções para o Campeonato Brasileiro. O time lidera a tabela, com 51 pontos, à frente do Flamengo, que tem 44. Logo abaixo, vem Corinthians e Internacional, ambos com 43. A equipe de Abel Ferreira volta a campo no sábado, em casa, contra o lanterna Juventude, às 21h.

Leila Pereira tem um aperto de mão firme. Sempre olha para o interlocutor quando está falando. Vai e vem nas histórias sem perder o fio da meada. Lembra do dia em que decidiu procurar o Palmeiras para se oferecer como patrocinadora. Conta que achavam que era trote. Faz um balanço e mostra-se preocupada nesses quase três meses de mandato na presidência para um período de três anos e mais três se conseguir a reeleição, como planeja. Rechaça que vai renunciar, como chegou a ouvir na semana passada, enfrenta e promete dar um basta na gastança sem necessidade no clube, rompe com a torcida e pede a devolução de R$ 200 mil dela e não teme o conflito.

O momento é turbulento no Palmeiras como ela nunca viu antes. "A cobrança da torcida não me incomoda, não quero ter paz. Eu quero o conflito... esse é o futebol, jamais imaginei que as pessoas iam bater palmas para mim quando estivesse sentada na cadeira da presidência", disse em entrevista ao Estadão.

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Suas preocupações dizem respeito a assuntos fortes e pontuais que causam nela uma mistura de sentimentos entre a decepção e a desconfiança, e que gera reação e recados claros para quem quer que seja. Leila está decepcionada com os membros da torcida organizada Mancha Alviverde, com quem "rompeu" relações. Ela está desconfiada de que muitos no Palmeiras não gostam de ver uma mulher com tanto poder no clube.

"Sou a mesma do meu primeiro dia, mas a minha percepção é que as pessoas mudaram comigo. Antes de ser presidente, o torcedor me tratava com carinho e paciência. A partir do momento que me tornei presidente, começou uma cobrança sem fundamento", alega. "Eles entendiam que a Leila não teria limites (financeiros). Não é assim. A gastança e o descontrole são um absurdo no clube. Estou dando um basta nisso."

Leila admite que as pessoas olham para ela e veem um cifrão andando, como no desenho animado. Não vai ser assim, ela diz com voz segura. Há dinheiro, mas o clube não vai torrá-lo sem critérios, o que a faz dar mais um recado à comunidade palmeirense antes mesmo dos 100 dias de sua presidência. Uma auditoria externa foi contratada para avaliar todos os departamentos do clube. Ela vai dizer o que funciona e o que não funciona no Palmeiras. "A partir daí, muita coisa vai mudar."

O rompimento com a Mancha a fez pedir de volta R$ 200 mil que havia gasto para levar torcedores uniformizados para Abu Dabi a pedido de Paulo Serdan e de outros líderes da organizada, como o próprio Serdan informou em live feita em sua rede social. O dinheiro foi devolvido. O motivo desse rompimento, para Leila, é "ridículo". Diz respeito à presença de seu assessor pessoal, Oliverio Jr., no comando da assessoria de imprensa do Palmeiras.

Acusado de ser corintiano e ter relações estreitas com o "lado de lá", a torcida pediu sua cabeça - ele é acusado ainda de provocações a torcedores no Allianz Parque. "É crime isso o que estão fazendo, pedindo a demissão de um colaborador por ele ser torcedor de outro time. Nunca perguntei isso para nenhum de meus colaboradores", disse a presidente. Leila manteria Oliverio no posto não fosse o pedido dele para sair. Sua decepção então fez com que ela rompesse com a torcida.

A presidente não vai mais ajudar os torcedores com dinheiro, passagens, ingressos ou qualquer outro tipo de auxílio, tampouco aceitará projetos da Lei Rouanet para o carnaval, como admite ter feito no passado. O rompimento, por ora, é total. "É óbvio que o dinheiro sempre foi meu. Eu escolho e faço o aporte aos projetos da Lei. Recebo 150 projetos por ano, mas escolho o da Mancha."

Ainda sobre o caso de seu assessor, ela revelou que membros da torcida, incluindo Paulo Serdan, estiveram em seu camarote no Allianz Parque para um show do Phil Collins. O colaborador estava lá e todos se abraçaram e se divertiram juntos. Por isso, diz não entender o que mudou e nem a necessidade da demissão. Pediu para relevar, mas a torcida não atendeu ao seu pedido.

"Foi decisão do Oliverio Jr de sair. Por mim, ele continuaria à frente do departamento de comunicação do Palmeiras. Não me vejo acuada em hipótese alguma com isso. Zero. Não me sinto acuada em nada. Vou deixar claro que a presidente do Palmeiras sou eu. Todos querem mandar aqui. Não vão", diz, dando mais um recado de como será sua gestão nos próximos dois anos e nove meses.

PRECONCEITO

Leila espera estar enganada, segura as palavras para não se expressar de forma errada, mas começa a olhar de forma diferente para focos de "preconceitos" pelo fato de ser mulher. Diz que nunca havia sentido isso antes de se sentar na cadeira que, desde a fundação do Palmeiras, em 1914, só havia pertencido a homens. Ela não aceita isso também. "Eu começo a olhar para isso de outra forma. Mas não é a Leila que tem todo esse poder. É o cargo que ocupo." Todas as decisões do Palmeiras passam por ela. "Sou eu que decido e não tenho medo de decidir", diz.

GASTANÇA

Em quase três meses no cargo, Leila Pereira garante que não vai se dobrar ao "sistema". Mas qual sistema ela está se referindo? Ao sistema do futebol e das gestões dos clubes, do dinheiro fácil, dos pedidos de camisa a todo instante, dos voos fretados sem necessidade, das comissões pagas a empresários na ordem de R$ 30 milhões (a informação é dela e se refere a um jogador que "veio de graça" e que não está mais no clube), enfim, da torneira aberta por onde jorram R$ 900 milhões, valor estimado da receita da temporada.

Leila não é o cifrão que todos imaginavam que ela seria. "Estou dando um basta nisso. A cobrança da torcida não me incomoda, não quero ter paz, eu quero o conflito... esse é o futebol, jamais imaginei que as pessoas iriam bater palmas para mim sentada na presidência... Eu vi como trataram o Maurício (Galiotte, seu antecessor). Muitos querem se sentar na cadeira de presidente. Mas a presidente sou eu."

O clube deve R$ 130 milhões à Crefisa. Esse dinheiro só pode ser pago com a venda de jogadores do elenco. Se isso acontecer, o Palmeiras tem dois anos para fazer o pagamento. Como ela está nas duas pontas da mesa, enxerga a transação com clareza e sem preocupação porque entende que o clube tem faturamento para quitar essa e outras dívidas. O dinheiro da patrocinadora continua entrando (R$ 82 milhões por ano até 2024) e não há sinais de que isso termine.

CAMISA 9

Mas nenhum centavo será investido, segundo ela, no que não precisa, por pressão ou para acalmar a torcida. Nem mesmo o mantra "cadê o camisa 9" tira a presidente do sério. Leila aproveita o tema para mandar mais um recado. "Não haverá contratação de jogador sem o aval da presidência, do treinador e do gerente de futebol. Não vamos comprar 'jogador-aposta', não vamos fazer contratos longos com atletas com mais de 29 anos. É um princípio meu. Não há centroavante no futebol brasileiro, há bem poucos na América do Sul e ninguém que atua na Europa quer vir para o Brasil. Então, todos terão de esperar aparecer um jogador interessante e pronto", diz.

"Também já falei com os profissionais do departamento médico que não somos uma instituição de recuperação de jogador. Só contrataremos quem passar nos testes clínicos." Algumas ofertas foram feitas e recusadas. Outras jamais chegaram a ser mencionadas. Ela sabe das necessidades de Abel Ferreira e vai atendê-lo quando encontrar o atleta certo. Diz que não há teto financeiro para as negociações, mas exige que o jogador chegue pronto.

Para cada assunto, Leila tem uma história. Contou recentemente o valor que chegou em sua mesa para fretar um avião para os Emirados Árabes Unidos a fim de ilustrar essa gastança desenfreada do clube. Gente do Palmeiras pediu R$ 1 bilhão. Ela foi informada de que tinha de decidir naquele dia porque a Fifa estava cobrando. Disse "não". Os valores foram baixando até chegar na metade da proposta. O clube resolveu alugar o avião porque começou a vender assentos livres. Levantou dinheiro necessário para cobrir as despesas. "É esse gasto sem necessidade que estou me referindo. O sistema sempre foi assim. Não será comigo."

Leila ainda disse que o Palmeiras vai continuar apostando na sua base, cujo investimento anual é de R$ 30 milhões. O projeto de uma nova Academia 1 está pronto, em busca de documentação dos órgãos públicos competentes para iniciar as obras. Em junho, a mais nova joia do clube, Endrick, de 15 anos, vai assinar seu primeiro contrato.

Leila Pereira não completou sequer um mês na presidência do Palmeiras, mas já se tornou alvo de protestos de parte da torcida. A insatisfação dos palmeirenses tem a ver com o insucesso, por ora, na busca de um camisa 9 de peso, e foi potencializada nesta terça-feira (11) com a demissão de Marcos Costi, locutor por oito anos do Allianz Parque.

A hashtag #foraLeila esteve entre os assuntos mais comentados do Twitter nesta terça-feira. Os torcedores se revoltaram com o desligamento de Costi e cobraram da mandatária a contratação de um camisa 9. Embora tenha tido que um dos pilares de sua gestão seria aproximar o torcedor do clube - fez a promessa de brigar por ingressos acessíveis e reduzir o preço da camisa da Puma - ela passou a bloquear nas redes sociais alguns palmeirenses críticos de sua gestão. O diretor Anderson Barros também é alvo frequente de questionamentos.

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Marcos Costi era a voz do Allianz Parque desde 2014. Ele era muito conhecido pelos torcedores por seus bordões durante as partidas e benquisto pelos palmeirenses, que o consideravam representados pelo profissional pela emoção transmitida nas narrações. O locutor está de férias e soube na segunda-feira de sua demissão.

A nova diretoria, porém, entende que é necessário promover uma readequação financeira em alguns cargos, e o do locutor é um deles. Também foram desligadas outras duas colaboradoras do departamento de comunicação. Cabe lembrar que em dezembro, Roberto Trinas, antigo diretor de marketing, foi demitido antes mesmo de Leila assumir o cargo mais proeminente da agremiação.

O Estadão apurou com pessoas próximas a Leila que não haverá novas demissões no departamento de futebol. Os interlocutores dizem que tratam-se de dispensas pontuais que a mandatária fez buscando uma readequação financeira. Eles afirmam que não está em curso uma reformulação no setor de comunicação ou em qualquer outra área. As vagas serão respostas.

Ainda não há um nome definido para substituir Costi. Certo é que não será Fernando Galuppo, historiador do Palmeiras. Ele afirmou que não foi convidado para a função e que, se for, não aceitará.

A reportagem soube que o clube planeja convidar palmeirenses ilustres, entre eles atores, cantores e jornalistas, para trabalhar ao lado do narrador em todas as partidas no time no Allianz Parque. Esse convidado será responsável por anunciar a escalação da equipe, por exemplo.

Sobre reforços, o clube acertou com o zagueiro Murilo, ex-Cruzeiro, e tenta convencer o argentino Lucas Alario, atualmente no Bayer Leverkusen, a ser o camisa 9 da equipe no Mundial de Clubes. Leila afirmou reiteradas vezes que não fará nenhum movimento no mercado que prejudique o clube financeiramente e que agirá com responsabilidade financeira.

Leila Pereira falou pela primeira vez com os jornalistas como presidente do Palmeiras. Ela tomou posse na quarta-feira, ocasião em que se emocionou, e deu coletiva nesta quinta na Academia de Futebol. Na entrevista, a mandatária prometeu aproximar o torcedor do clube, falou que irá trabalhar para manter um time forte, negou que haja conflito de interesse sendo presidente e dona das empresas que patrocinam a agremiação e confirmou a permanência de Abel Ferreira. O treinador português tem contrato até o fim de 2022 e dará continuidade ao seu trabalho. O diretor de futebol Anderson Barros também fica no clube.

"O nosso técnico bicampeão da Libertadores fica. Tem contrato até 2022, com a possibilidade de se estender até 2023. O Abel, confirmo pra vocês, permanece conosco. Tenho certeza que ele está muito feliz no Palmeiras. E nossos milhões de torcedores também. Ele continua conosco na próxima temporada", afirmou a nova mandatária.

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Leila fez um discurso relativamente longo em uma sala lotada de jornalistas. Ela falou reiteradas vezes em reaproximar o torcedor do clube, tornando mais acessíveis os preços dos ingressos e da camisa, fabricada pela Puma. Também falou que sua gestão será inclusiva porque o Palmeiras, entende, "é de todos".

"Eu não tenho sobrenome italiano. O mais próximo a mim é o meu marido, descendente de italiano. Isso comprova que o Palmeiras é realmente de todos. Eu jamais posso dizer que tenha havido preconceito comigo dentro do clube porque desde a minha primeira eleição como conselheira eu bati todos os recordes. Fui mais votada e depois bati meu recorte ao ser reeleita", afirmou a executiva, a primeira mulher a comandar o Palmeiras em seus 107 anos de história.

"E o que seria melhor para o Palmeiras? Continuar com o time vencedor, aproximar o torcedor do nosso clube, porque acho que houve um afastamento. Nosso torcedor é nosso maior patrimônio. E vou trabalhar para que seja acessível a ele o Palmeiras. Vou trabalhar para que ele possa comprar ingresso, camisa. O futebol é um esporte popular. Todo torcedor tem que ter a possibilidade de estar próximo do clube", acrescentou Leila, sempre ambicioso. "Quando eu quero alguma coisa eu luto por ela. Não tenho medo de nada. Se tiver medo de algo não poderia ser presidente do maior campeão do Brasil".

Na quarta, dados da dona da Crefisa e FAM, como o CPF, foram vazados. Os torcedores usaram o CPF da presidente do clube e enviaram quantias em dinheiro via PIX para ser investido na compra de um centroavante, posição que o clube trata como prioridade para ser reforçada. Ela levou a situação na brincadeira e disse que irá destinar o dinheiro a ela depositado para o Palmeiras.

Leila, obviamente, também foi questionada sobre reforços. Ela avisou que a prioridade da diretoria é contratar jogadores jovens com potencial de retorno esportivo e financeiro em um futura eventual venda e deu a entender que não trará "medalhões", isto é, jogadores renomados e com altos vencimentos.

"Nosso objetivo é investir em jogadores jovens. Não adianta pedir para contratar esse ou aquele. Todas as contratações serão feitas de forma técnica", afirmou. "Medalhão, para mim, é jogador que entre para resolver. Que colabore para que o Palmeiras seja vitorioso. Não acredito que nome vença campeonato. Acredito em sangue na veia, alma e vontade".

Como já esperado, visto que a oposição não encontrou concorrentes para disputar o cargo, a patrocinadora e agora presidenta do Palmeiras, Leila Pereira foi eleita neste sábado (20) para o triênio 2022/2023/2024. Ela será a primeira mulher a comandar a equipe paulista.

Sem nenhum concorrente, ela precisava apenas de 50% dos votos válidos e teve 1.897 do total de 2.141. Leila Pereira contou também com apoio dos vice-presidentes Paulo Roberto Buosi (reeleito para o cargo), Maria Tereza Ambrósio Bellangero, Neive Conceição Bulla de Andrade e Tarso Luiz Furtado Gouveia. As eleições foram feitas com urnas eletrônicas.

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Presidente da Crefisa, do Centro Universitário das Américas (FAM) e gestora de outras 11 empresas do grupo, Leila Pereira vai agora deixar a posição de mero patrocinador para comandar o executivo do clube a partir do dia 15 de dezembro. Ela vai substituir Maurício Galiotte, no cargo desde 2015. 

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