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O cantor e compositor canadense Leonard Cohen ganhou neste domingo (29) postumamente seu primeiro Grammy por "You Want It Darker," título do tema de seu álbum homônimo lançado pouco antes de sua morte, em novembro de 2016.

Apesar de ter sido um grande nome da cultura e da literatura pop, Cohen teve pouco reconhecimento, ao longo de sua carreira, pela indústria da música americana.

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Poeta, romancista, compositor e cantor, Cohen ganhou seu primeiro Grammy pessoal de melhor interpretação de rock por "You Want It Darker", em uma categoria que também incluiu o já falecido Chris Cornell.

Cohen, com canções como "Hallelujah" e "So Long, Marianne", ganhou um Grammy por sua trajetória em 2010.

Em 2008 o disco "River: The Joni Letters", tributo da estrela do jazz Herbie Hancock à cantora canadense Joni Mitchell no qual Cohen foi artista convidado, obteve um Grammy de melhor álbum.

O disco "You Want It Darker" foi lançado três semanas antes da muerte de Cohen em 7 de novembro de 2016 em Los Angeles.

Os últimos poemas de Leonard Cohen, completados alguns dias antes da morte deste artista lendário, serão publicados em uma antologia em 2018, anunciou seu antigo representante.

Intitulado "The Flame", o livro incluirá os poemas não publicados de Cohen, bem como textos em prosa, ilustrações e letras para as músicas de seus últimos três álbuns.

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Explicando a metáfora do título, Robert Kory, que era o representante de Cohen, disse na sexta-feira à noite que o artista nascido em Montreal terminou o livro dias antes de sua morte, em novembro de 2016, e que "revela a intensidade total de seu fogo interior".

"Durante os últimos meses de sua vida, Leonard concentrou-se particularmente em terminar este livro, composto principalmente por seus poemas inéditos e seleções de suas anotações", explicou Kory em um comunicado. O livro, que tem editores nos Estados Unidos, Canadá e Grã-Bretanha, será colocado à venda em outubro de 2018.

Cohen morreu aos 82 anos em sua casa, em Los Angeles, em 7 de novembro. Poeta consumado antes de colocar música em suas letras, Leonard escreveu várias canções sobre o amor e a natureza do divino.

Embora nunca tenha se tornado uma grande estrela em termos de vendas, Cohen tornou-se um favorito entre os artistas com sua odisseia espiritual "Hallelujah" e álbuns que o tornaram um clássico.

O anúncio da publicação do livro acontece antes do concerto em sua memória, que será realizado em Montreal, no dia 6 de novembro, com a apresentação de músicos como dos britânicos Sting e Elvis Costello ou o americano Philip Glass.

Quem curte pop-rock certamente sentiu a perda de grandes nomes do gênero que se despediram do mundo em 2016. Logo no início do ano, no mês de janeiro, os fãs de David Bowie deram adeus ao eterno camaleão. Em abril, o dono do hit “Purple Rain”, Prince, também se foi. Já no final deu ano, em Novembro, a canção “Hallelujah” foi entoada com saudosismo pela partida do canadense Leonard Cohen.

Até mesmo para quem não é fã do pop-rock, esses nomes certamente soam com familiaridade para qualquer pessoa que goste de música. Para saber mais sobre a história de cada um deles e a importância de sua arte para o mundo e todas as gerações, acompanhe o Classificação Livre desta semana:

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O ano de 2016 começou com David Bowie lançando um dos álbuns mais aclamados de sua marcante carreira, um sinal da nova energia criativa da lenda do rock. Dois dias depois, ele morria após uma batalha secreta contra o câncer.

Três meses depois, outro ícone do pop, Prince - que fez um cover emocionado do clássico "Heroes", de Bowie, em um de seus últimos shows, dando sinais de vigor - também morreu de uma overdose acidental de analgésicos.

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No final de 2016, Leonard Cohen lançou seu álbum com o mórbido título "You Want It Darker" (Você quer mais escuro) e o compositor e poeta, que passou a vida refletindo sobre a espiritualidade e a morte, morreu semanas depois.

O ano de 2016, tão diferente no campo político, também teve uma revivavolta simbólica para o rock, com uma geração de músicos veteranos começando a abandonar os palcos.

O ano culminou com outro marco: o comitê do Nobel de Literatura escolheu o rock como parte de sua premiação literária, selecionando o ícone da música Bob Dylan como ganhador e louvando suas "novas expressões poéticas".

A sensação de que uma era do rock termina foi sentida também na Califórnia, em outubro, durante a Viagem do Deserto (Desert Trip), novo festival musical que pode entrar para a história como o mais rentável de todos os tempos.

Cerca de 150.000 fãs, a maioria mais velhos, assistiram a seis grandes shows de rock, incluindo The Rolling Stones, Paul McCartney e Bob Dylan, sob o pretexto de que ninguém sabe quanto tempo mais esses grandes septuagenários continuarão tocando.

Outros grandes músicos que morreram em 2016 foram Maurice White, fundador da banda americana Earth, Wind and Fire; o líder dos Eagles, Glenn Frey; o ícone do country, Merle Haggard; dois terços do trio de rock progressivo Emerson, Lake and Palmer (só continua vivo Carl Palmer); o cofundador da Jefferson Airplane, Paul Kantner e Phife Dawg, da banda de hip-hop A Tribe Called Quest.

Como o jazz em outra época

É obviamente uma coincidência que tantos artistas tenham morrido sucessivamente. Mas existe também um precedente, o fim dos anos 1980 e início dos anos 1990, quando morreram grandes figuras do jazz.

Em uma certa analogia com o prêmio Nobel de Dylan e o reconhecimento do 'establishment' que representa, o Congresso americano declarou em 1987 que reconhecia o jazz como "tesouro nacional".

Os legisladores da época esperavam melhorar a educação sobre o jazz e sua preservação histórica, processo bem encaminhado para o rock com o anúncio de Dylan no início de 2016 de que seu arquivo irá para a Universidade de Tulsa, junto com os documentos do músico que mais o inspirou, Woody Guthrie, nascido em Oklahoma.

Como aconteceu com o jazz no final do século XX, as mortes de 2016 chegam em um momento em que os puristas da música se inquietam de que o futuro terá menos álbuns coesos como o último trabalho de Bowie, "Blackstar".

As grandes estrelas que morreram em 2016 conscientemente fizeram música longe dos holofotes.

Bowie vivia com a família em uma cobertura em Nova York e era raramente visto, Cohen se exilou em Los Angeles, onde passou bom tempo em um monastério budista e o prolífico Prince se isolou em seu complexo de Paisley Park, em Minnesota.

Bowie e Prince "basicamente no último par de décadas ou estavam isolados ou pelo menos tinham autonomia sobre o que estavam fazendo", diz Theo Cateforis, professor adjunto de história e cultura da música na Universidade de Syracuse.

"E isso parece estranho para um artista mais novo que tem tanta acessibilidade e do qual se espera que tenha uma conta no Twitter e esteja de algum modo em um envolvimento constante", diz.

"Sua morte nos permite refletir sobre como eram as carreiras nas eras anteriores, e que esse tipo de artista pode ser cada vez menos frequente no futuro", acrescentou.

Influências duradouras

Apesar disso, muitas das inovações musicais de Bowie e Prince perduram. Ambos reconheciam a importância do componente visual em sua música e se aproveitaram da MTV em seus primeiros anos.

Prince e Bowie se tornaram muito conhecidos por suas colaborações. Kanye West poderia ser o paralelo contemporâneo mais próximo, diz Cateforis, já que o rapper busca sua visão através da introdução de outros músicos.

Entre os legados mais duradouros de Bowie e Prince está a fluidez de suas concepções de masculinidade. Ambos sugeriram pelo menos uma abertura nas relações homoafetivas e criaram figurinos extravagantes que abalaram as barreiras de gênero.

"Esses dois homens deram um presente à masculinidade", disse Rob Lindley, diretor de teatro e ator que recentemente codirigiu um show com músicas de Prince e Bowie no Festival de Humanidades de Chicago.

"Disseram que tudo bem usar saltos e usar rímel nos cílios e ainda ser um homem, e que há algo realmente rebelde e rock 'n' roll e bonito sobre isso, e ninguém fez antes deles", afirmou.

Lindley, de 43 anos, disse que cresceu escutando a frase "morreu muito cedo" e pensava nas mortes de Jimi Hendrix, Janis Joplin, Patsy Cline e Billie Holiday muito jovens.

"E de repente é sua música" que morre, disse. "Agora é algo pessoal".

Leonard Cohen, notável músico e poeta canadense, faleceu aos 82 anos, depois de percorrer o mundo em busca de sua própria melancolia e emergir como a voz espiritual de sua geração.

Vencedor de vários prêmios, como o Príncipe das Astúrias em 2011, e com uma legião de fãs como cantor e compositor, Cohen entrou para a indústria da música relativamente tarde e iniciou a carreira como poeta, uma vocação solitária que se encaixava com sua personalidade calada e frequentemente deprimida durante a juventude em Montreal.

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Cohen, com sua voz rouca e grave, lançou seu último álbum no mês passado, "You Want It Darker", no qual refletia sobre sua própria mortalidade.

O artista, que lutava contra o nervosismo que sentia no palco inclusive no auge de sua carreira, gravou álbuns aclamados pela crítica, mas nem sempre considerados comercialmente viáveis.

Leonard Cohen é o compositor de algumas das canções mais memoráveis do século XX, como "So Long, Marianne" e "Suzanne", inspiradas em duas das muitas mulheres que se transformaram em suas musas, além de "Hallelujah", regravada diversas vezes e interpretada praticamente como um hino religioso.

"É com profunda dor que comunicamos que o lendário poeta, compositor e artista Leonard Cohen faleceu. Perdemos um dos mais reverenciados e prolíficos visionários da música", afirma um comunicado publicado na página no Facebook do artista.

O prefeito de Montreal, cidade natal de Cohen, Denis Coderre, anunciou luto oficial no município.

Fãs rapidamente se reuniram diante da residência do artista, no centro do distrito de Plateau Mont Royal na cidade canadense, onde acenderam velas e cantaram algumas de suas músicas.

"A música de Leonard Cohen era como nenhuma outra e transcendeu as gerações", disse o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, também nascido em Montreal.

Leonard Cohen foi uma das pessoas que carregou o caixão de Pierre-Elliott Trudeau, ex-primeiro-ministro e pai do atual chefe de Governo em seu funeral, que teve as presenças do então presidente americano Jimmy Carter e do cubano Fidel Castro.

"Leonard Cohen era uma lenda", afirmou Eric Baptiste, diretor da Sociedade Canadense de Autores, Compositores e Editores de Música.

- Mais confortável na solidão -

Nascido em 21 de setembro de 1934 em uma próspera família judia que fundou sinagogas no Canadá, Cohen foi celebrado como um dos grandes escritores em seu país, mas passou a vida adulta constantemente em movimento, tanto geográfica como espiritualmente.

Se lançou na poesia com "Let Us Compare Mythologies", em 1956, o primeiro de mais de dez livros, incluindo os romances The Favorite Game, de 1963, e Beautiful Losers, de 1966.

Ele iniciou a carreira musical nos anos 1960 em Nova York, onde conheceu artistas de vanguarda como o pintor Andy Warhol e o líder do grupo Velvet Underground, Lou Reed, que introduziu o canadense no Salão da Fama do Rock and Roll em 2008.

"Somos muito felizes por viver ao mesmo tempo que Leonard Cohen", afirmou na ocasião.

Mas Cohen, por temperamento, estava muito mais confortável em relativa solidão. O artista passou anos na ilha grega de Hidra, onde escreveu a uma prudente distância da confusão do mundo, e passou o capítulo final de sua vida como um monge budista Zen em um mosteiro próximo da região de Los Angeles.

Após anunciar o fim da carreira, na década de 1990, Cohen teve que voltar aos palcos em 2004, por razões financeiras, depois de sua agente desviar milhões de dólares.

Sua gravadora anunciou a morte na quinta-feira à noite e informou que uma cerimônia fúnebre privada será organizada em Los Angeles.

Cohen descrevia seu trabalho como confessional, mas de uma maneira que permitia explorar seus pensamentos.

"Nunca pensei que fosse realmente alguém importante. Por isso o trabalho que tinha era apenas cultivar este pequeno espaço do campo em que acreditava conhecer algo, que tinha algo a ver com introspecção, sem autoindulgência", afirmou ao apresentador de rádio canadense Jian Ghomeshi em 2009.

Cohen manteve um longo fascínio com a questão espiritual, considerando-se judeu, mas se dedicando ao budismo e também a estudos com um guru hindu.

Cohen, que tem álbuns como "Death of a Ladies' Man" - também ficou conhecido por seu apetite sexual, tendo numerosas mulheres, e escreveu "Chelsea Hotel No. 2" sobre sua relação com a cantora Janis Joplin.

Muitas vezes, Leonard Cohen foi comparado a Bob Dylan pela profundidade de suas letras.

"Leonard Cohen foi um músico sem igual, cuja obra assombrosa e original alcançou gerações de fãs e artistas", destacou a gravadora Sony Music.

"Seu extraordinário talento teve um impacto profundo em um número incalculável de cantores e compositores, e sobre a cultura em geral", afirmou a Academia dos Grammys, que concedeu em 2010 um prêmio especial a Cohen pelo conjunto de sua carreira.

Mais músicas de amor e ódio vêm por aí: o cantor e compositor Leonard Cohen anunciou o seu 13º álbum de estúdio, Popular Problems, para setembro deste ano - mês em que ele comemora 80 anos.

De acordo com a Billboard, o álbum terá nove músicas inéditas, e será produzido pelo também compositor Patrick Leonard (conhecido por seus trabalhos com Madonna).

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Por meio de seu canal no Youtube, Cohen divulgou também uma das faixas do álbum, chamada Almost Like the Blues.

"No álbum, Leonard Cohen passeia pelas avenidas dos nossos sonhos e estabelece um novo tom e velocidade para a esperança e desespero, dor e alegria", diz o site oficial do cantor. "A claridade e força destas nove hipnóticas canções nos farão cantá-las repetidamente."

"De novo, Leonard Cohen rompe limites musicais com criativa inspiração", diz o CEO da Columbia Records, Rob Stringer, também no site oficial do cantor. "Estas nove músicas são simplesmente sublimes e inovadoras, com um espírito único", exalta.

A lista de canções de Popular Problems é a seguinte:

1. Slow

2. Almost Like The Blues

3. Samson In New Orleans

4. A Street

5. Did I Ever Love You

6. My Oh My

7. Nevermind

8. Born In Chains

9. You Got Me Singing

Como Mick Jagger, astro dos Rolling Stones que, na sexta-feira, completa 70 anos, os veteranos do rock resistem e, muitas vezes, ressuscitam, meio século depois de revolucionarem a música exatamente com sua juventude.

O cantor dos Stones, sempre ágil e com a voz intacta, acaba de se apresentar no Hyde Park, em Londres, para milhares de espectadores em comemoração aos 50 anos de sua mítica banda.

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Os shows do grupo foram aplaudidos por público e crítica. Mesmo sem lançar um novo álbum - apenas duas músicas inéditas foram divulgadas no início do ano - os músicos parecem ávidos para voltar aos palcos.

"Não vejo porque não haveria um sexagésimo aniversário" da banda, disse com otimismo o guitarrista Keith Richards, que logo também vai se transformar em um septuagenário.

Os Stones não são os únicos. Vários músicos que começaram a carreira na mesma época continuam presentes no cenário musical, se misturando e inspirando outros que cresceram escutando sua música e que têm idade para serem seus netos.

No início do ano, David Bowie, o "pai" de Ziggy Stardust, de 66 anos, rompeu com dez anos de silêncio e surpreendeu o mundo lançando um novo álbum, "The Next Day".

O cantor e ícone pop, que segundo rumores estaria doente, alimenta as expectativas sobre uma possível volta aos palcos em confidências a seus amigos e colaboradores.

No ano passado, Bob Dylan (72 anos), Leonard Cohen (78) e Patti Smith (66) lançaram novos álbuns, demostrando que não perderam nada de seu talento e inspiração.

Por necessidades financeiras, como no caso de Cohen, ou por puro prazer, como Dylan e sua "Never Ending Tour", estas estrelas da música continuam tocando nos palcos de todo o planeta.

Os críticos e fãs do rock se apaixonaram recentemente por Sixto Rodríguez, de 71 anos, músico de Detroit de origem mexicana que lançou dois álbuns sem nenhuma repercussão, exceto na África do Sul, até que o documentário "Searching for Sugarman" (2012) contou sua incrível história.

Após décadas de esquecimento, Rodríguez, que nem mesmo sabia que suas canções conquistaram a África, transformando-o na voz do movimento apartheid, está em tour por vários continentes, ganhando os aplausos do público.

Brian Wilson, de 71 anos, membro fundador dos Beach Boys, está vivendo um novo apogeu. O compositor e arranjador voltou a reunir a banda para a comemoração de seus 50 anos e publicou um novo álbum deliciosamente nostálgico.

Já o ex-membro dos Beatles, Paul MacCartney, que nasceu em 1942, também tem muitos projetos e shows pela frente.

Os pioneiros do rock, Little Richard (80 anos) e Chuck Berry (86), não ficam atrás e fazem participações esporádicas em shows.

"Vivemos em uma época em que a cultura popular está obcecada por seu próprio passado e ávida de comemorações", diz o crítico britânico Simon Reynolds em sua obra "Retromania", um ensaio definitivo sobre a cultura pop no século XX.

Por isso vemos "bandas que voltam a se unir, turnês de reunião, álbuns tributo e coletâneas, festivais de aniversário, shows de álbuns clássicos: cada ano é melhor que o anterior para consumir música de antigamente", diz Reynolds.

Este especialista da cultura da nostalgia explica o fenômeno da "moda retrô" por vários fatores, como o temor da indústria fonográfica em explorar novos terrenos e a vontade dos velhos artistas em aumentar suas contas bancárias.

"Será que o maior perigo que ameaça o futuro de nossa cultura musical é... seu passado?", se pergunta o crítico britânico.

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