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Um homem foi espancado até a morte em uma calçada diante do Mercado Público de Porto Alegre na madrugada desta segunda-feira. As cenas foram gravadas pelas câmeras de segurança da prefeitura e chocaram pela brutalidade até os policiais que iniciaram a investigação. Depois de cair ao chão, a vítima continuou a ser chutada pelos cinco agressores, entre eles uma mulher. Ao final, pelo menos um integrante do grupo jogou lajotas na cabeça do homem, aparentemente já desacordado.

A polícia prendeu um dos suspeitos. Ele alegou que foi assaltado pela vítima em um ponto de ônibus ao lado do Mercado Público e que teria saído correndo atrás do ladrão. Também afirmou que não conhece as quatro pessoas que se juntaram a ele e participaram da agressão. Frequentadores da área central da cidade disseram que o homem, não identificado até o início da noite desta segunda, era morador de rua.

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Bombeiros de Sorocaba (SP) retiraram nesta quarta-feira (7) das águas do rio que dá nome à cidade o corpo de um homem que teria sido linchado por moradores após abusar sexualmente da própria sobrinha, uma menina de cinco anos. O crime ocorreu domingo, no Parque Vitória Régia, zona norte da cidade, onde o servente de pedreiro I.T.M., de 30 anos, vivia com uma tia da vítima.

A mãe da menina fazia uma visita à irmã quando o suspeito se ofereceu para levar a criança a um parque localizado no bairro. Quando voltaram, a criança tinha as roupas sujas e estava assustada. A menina acabou contando à mãe que o tio a havia levado para um matagal e, enquanto tapava sua boca para que não gritasse, a estuprara. As duas mulheres chamaram a Polícia Militar, mas o acusado fugiu. A criança foi levada para uma unidade hospitalar onde foi constatada a violência sexual. De acordo com informações colhidas pela PM, o homem acusado da violência foi localizado e espancado até a morte pelos moradores. Em seguida, o corpo foi jogado no rio.

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O cadáver encontrado tinha um ferimento na cabeça e vestia roupas semelhantes às usadas pelo suspeito, mas até o final da tarde desta quarta os familiares não tinham feito o reconhecimento. I.T.M. havia saído da prisão em março último, após cumprir parte da pena de 11 anos a que fora condenado sob a acusação de estuprar uma jovem de 18 anos, em Guarulhos, em março de 2006. Na ocasião, a Polícia Militar chegou a tempo de salvá-lo do linchamento pelos vizinhos que o cercavam e agrediam.

Dois brasileiros que teriam matado a tiros três bolivianos na segunda-feira foram retirados da delegacia da cidade de San Matías, na fronteira da Bolívia com o Brasil, espancados e queimados vivos na terça-feira por um grupo de cerca de 400 pessoas, informaram autoridades da cidade.

Os brasileiros mortos foram Rafael Max Diez, de 27 anos, acusado de ter feito os disparos, e Jefferson Castro de Lima, de 22. "Os brasileiros dispararam contra um grupo de cinco pessoas, das quais três morreram e uma ficou gravemente ferida", disse o vice-governador de San Matías, Matías Gil, em entrevista por telefone à Associated Press.

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Segundo ele, há indícios de que o crime foi motivado pelo acerto de contas da venda de motocicletas, aparentemente roubadas. Matias Gil disse que os brasileiros são presidiários que fugiram de prisões brasileiras e que se refugiaram em San Matias.

"A fúria foi incontrolável, a polícia não pôde opor nenhuma resistência. Os policiais não quiseram entregar os detidos e a fúria da multidão apenas aumentou", disse o comandante policial da região, o coronel Lily Cortez. O fiscal Isabelino Gómez disse que a multidão era formada por 400 pessoas e invadiu a delegacia armada com facões, paus, pedras e coquetéis Molotov.

O prefeito de San Matías, Carlos Velarde, disse que a polícia fez disparos para tentar deter a multidão. Segundo ele, nos últimos tempos San Matías, que fica na fronteira com o Brasil, virou um local de refúgio para delinquentes vindos do Estado do Mato Grosso. San Matías fica na província de Santa Cruz.

"Vamos identificar os responsáveis (pelo linchamento) e processá-los", disse Cortez. O Consulado do Brasil em Santa Cruz informou que uma comissão irá a San Matías para recolher informações sobre o crime.

Sergio Ramos, um boliviano sobrevivente do tiroteio da segunda-feira, relatou nesta quarta-feira à emissora de televisão Red Uno de Santa Cruz que um grupo de bolivianos e brasileiros bebia cerveja e fazia piadas, quando Max Diez sacou o revólver e começou a atirar nos outros. "Eu só me salvei porque fingi estar morto", disse Ramos. Ele levou um tiro no braço.

"O linchamento foi uma barbaridade, mas as pessoas por aqui estão cansadas de tanta violência e insegurança, nenhuma autoridade toma conta desse município. Aqui os delinquentes fazem o que querem", disse o vereador Claudio Rojas. Segundo ele, os corpos dos dois brasileiros linchados foram entregues à polícia do Mato Grosso à meia noite da terça-feira.

San Matías é um município na fronteira com 15 mil habitantes, onde são frequentes acertos de contas entre quadrilhas de traficantes de drogas e ladrões de automóveis, tanto bolivianos quanto brasileiros. O município é um dos principais locais de saída da cocaína boliviana para o Brasil, via Mato Grosso.

Paulo Gomes, porta-voz da Polícia Federal brasileira no Estado de Mato Grosso, diz que automóveis e motos são roubados no Brasil e trocados por cocaína na Bolívia. Gomes disse que recentemente o governo brasileiro enviou soldados para a região.

 

As informações são da Associated Press.

O corpo do motorista de ônibus Edmilson dos Reis Alves, de 59 anos, foi sepultado às 9 horas de hoje 29, no Cemitério São Pedro, na Vila Alpina, zona leste de São Paulo, onde também foi realizado o velório. O motorista da Via Sul Transportes Urbanos foi espancado até a morte, na madrugada desta segunda-feira, 28, por frequentadores de um baile funk, após sofrer um mal súbito, em Sapopemba, zona leste de São Paulo.

Ele perdeu o controle do ônibus e atropelou uma pessoa, além de bater em três carros e duas motos estacionadas na rua, antes que uma cobradora que pegava carona conseguisse puxar o freio de mão. Os agressores ainda roubaram R$ 25 do caixa do cobrador.

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Começa hoje a nova sessão do júri popular contra os envolvidos no caso conhecido como "Chacina de Matupá". O crime ocorreu em novembro de 1990 e resultou no linchamento e morte de três pessoas após um assalto na cidade de Matupá (MT). Hoje serão julgados Antonio Pereira Sobrinho, Roberto Konrath, Enio Carlos Lacerda e José Antônio Correia, acusados de participação no linchamento.

As três vítimas fatais foram os assaltantes que invadiram uma residência e mantiveram duas mulheres reféns por mais de 15 horas, em 23 de novembro de 1990. A Polícia Militar foi acionada e os assaltantes se renderam. No entanto, eles foram capturados pelas pessoas da cidade, levados até uma praça pública, espancados e queimados.

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Até hoje, dos oito julgados, sete foram absolvidos e só um foi condenado. Apenas o acusado Valdemir Pereira Bueno, que admitiu ter jogado combustível nos assaltantes, foi condenado a oito anos de reclusão em regime inicialmente fechado.

Na primeira sessão de julgamento, realizada no dia 4 de outubro, após 19 horas, os jurados absolveram os réus Santo Caioni e Alcindo Mayer, que se declararam inocentes. Na segunda sessão, ocorrida no dia 10 de outubro, após dez horas de julgamento, os réus Donizete Bento dos Santos, Gerson Luiz Turcatto, Paulo Cezar Turcatto, Mauro Pereira Bueno e Airton José de Andrade foram absolvidos.

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