Para iniciar o Outubro Rosa, o Ministério da Saúde lançou, nesta segunda-feira (1º), o programa de Mamografias Móveis, que visa aumentar a cobertura do exame preventivo realizado no Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o Brasil. Na ocasião, também foi divulgado um balanço do número de mamografias realizadas neste ano.
No primeiro semestre de 2012, foram realizados 2,1 milhões de exames preventivos. O ministério acredita que a marca dos quatro milhões será ultrapassada até dezembro. A meta até 2015 é que sejam feitas anualmente oito milhões de mamografias, alcançando 65% da faixa etária mais propensa a ocorrer o câncer de mama. De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a Organização Mundial de Saúde considera como foca de ações desse tipo as mulheres com idades acima de 50 anos. “Isso não significa que o SUS não irá oferecer o exame para mulheres com idades abaixo de 50 anos. Apenas consideramos esse público como foco”, explicou o Ministro.
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O número de mamografias realizadas em todo o Brasil cresceu em comparação ao registrado no primeiro semestre de 2010 e nos seis primeiros meses de 2012. Dos exames realizados em mulheres acima de 50 anos, a quantidade é 41% maior. Já se forem consideradas as mamografias em pacientes de qualquer idade, o número cresceu 28%. “Estamos no caminho correto para expandir o acesso ao diagnóstico e tratamento. Esse acesso ainda é muito desigual, com detrimento em áreas como o Nordeste e a região Amazônica, mas temos que trabalhar para mudar isso”, frisou Padilha.
Nesta segunda, ele assinou a portaria que autoriza a realização do programa de Mamografias Móveis, que terá como foco os municípios pequenos com baixa cobertura. Em alguns estados, essa iniciativa já funciona como forma de atender um número maior de usuárias do SUS. “Já temos ações de mamografias móveis funcionando na Bahia, no Distrito Federal e no entorno, em alguns municípios de São Paulo, no Amazonas e no Rio Grande do Norte”, informou.
Para o ministro, além de garantir esse acesso, também é preciso lutar contra o preconceito em torno do tema. “Percebemos que entre 25% e 30% das mulheres que têm o exame marcado não comparecem, porque ainda existe uma imagem de dor e mutilação em torno do câncer de mama. Entendemos que os usuários são os protagonistas das mudanças, por isso que investimos também em campanhas de incentivo”, salientou.
Entre as medidas do governo federal está a distribuição do medicamento Trastuzumabe, um dos mais eficientes medicamentos de combate ao câncer de mama, através do SUS.
A campanha deste ano, organizada pela Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), tem como tema “Todo dia uma vitória contra o câncer de mama”. "Queremos chamar as mulheres e as famílias para a luta. Todo ano, cerca de 13 mil mulheres morrem no Brasil devido ao câncer de mama e nós podemos diminuir essa mortalidade com a detecção precoce da doença!, frisou a presidente da Femama, Maira Caleffi.
O site da campanha estará no ar na segunda quinzena de outubro um novo site: www.femama.org.br/batalhadoras.