O Santa Cruz lançou oficialmente nesta sexta (12) a marca própria de material esportivo que será utilizada pelos jogadores do clube durante os próximos jogos do tricolor no ano de 2017. A expectativa da direção é vender até 60 mil camisas até o final de 2017, o que, segundo o presidente Alírio Moraes, trará uma receita nunca obtida quando o clube tinha relação com fornecedores. As camisas já começam a ser vendidas neste sábado (13), nas duas lojas oficiais do clube, na sede e no Shopping Tacaruna.
Para chegar ao modelo que será implementado a partir de agora, o Santa Cruz estudou o exemplo de outros times que já tem marca própria. "O Paysandu foi o 'case' que tivemos como base. No ano passado, eles venderam cerca de 100 mil camisas e chegaram ao faturamento de R$ 8 milhões, o que deu para saldar dívidas com a justiça e construir o CT deles", afirmou Alírio.
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A empresa escolhida pelo Santa para fabricar as suas camisas foi a cearence Bomache, que já teme experiência no modelo, uma vez que produz os uniformes da marcas Lobo (Paysandu) e Leão 1918 (Fortaleza). Além disso, a indústria é licenciada para fabricar as camisas da Juventus e do PSG no Brasil.
Mas o caso da Penalty ensinou ao Santa, que se preveniu para o caso da empresa cearence não cumprir os prazos. "Temos total liberdade, garantida por contrato, que se a Bomache não nos entregar o que foi acordado, podemos produzir com outras fábricas. Temos quatro opções já prontas para fazer o material com a mesma qualidade caso seja necessário", explicou o diretor de marketing do Santa, Denis Victor.
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FAIXA DE PREÇO
Assim como algumas empresas já fazem, a exemplo da Nike, a Cobra Coral terá três tipos de camisa, sem mudar quase nada visualmente, mas com relevantes diferenças na qualidade do tecido e pequenos detalhes de acabamento. Essa iniciativa visa oferecer vários preços de camisa, para atender às diferentes classes sociais de torcedores do Santa Cruz.
No uniforme da linha "Profissional", o mesmo que será usado pelos jogadores, a camisa será de Dry Spandex, um tecido mais elástico e que se molda ao corpo. Esse tipo de padrão será vendido por R$ 219, nos modelos masculino e feminino.
O padrão intermediário será a linha "Torcida", que possui desingn igual ao anterior, mas será fabricada com o tecido poliéster microfilamentado, sem a mesma elasticidade, mas ainda de qualidade boa, usada em uniformes de jogo em algumas equipes. O preço é um pouco mais baixo, entre R$ 179 (feminina) e R$ 199 (masculina)
A linha mais barata será a "Fan", cujo design é similar ao "Profissional", mas tem menos detalhes de acabamento. Além disso, esse modelo será produzido em poliéster básico. Com isso, o preço cai bastante, sendo comercializada por R$ 99.
Um detalhe importante é que todos os modelos serão comercializados dos tamanhos P até 8G, proporcionando conforto para torcedores de todos os tamanhos e pesos. Além disso, haverá um kit infantil, composto por uniforme completo.
LINHA ESPECIAL DE PRODUTOS PARA A LOJA OFICIAL
Quando era abastacido pela Penalty, o Santa Cruz não dispunha de uma linha tão grande vestuário, o que gerava reclamações de alguns torcedores. Com a marca própria, o clube pretende atender a alguns dos anseios. Alguns produtos serão exclusivos da loja oficial do clube, já que não tem grande mercado.
"Haverá uma grande linha de produtos com a marca. Faremos camisas causuais e executivas, como camisas sociais oficiais. Além disso, serão comercializadas os uniformes de comissão técnica e ainda agasalhos. Mas faremos a venda apenas na loja oficial, onde a margem de lucro é maior", explica Denis Victor.
Também estão nos planos algumas camisas especiais. "O Santa poderá fazer camisas históricas, referentes à títulos importantes ou ídolos. A terceira camisa pode ser feita pelos torcedores através de participação nas redes sociais. Isso vem sendo planejado por um grupo de designers, torcedores e colecionadores", revelou Constatino Júnior, vice-presidente e diretor de futebol do Santa.
TESTE BEM SUCEDIDO
Antes de romper com a Penalty, o Santa Cruz chegou a fazer uma camisa de marca própria. Segundo a direção coral, já era um teste de mercado para o lançamento da Cobra Coral. A camisa produzida, na época com a autorização da Penalty, teve seu estoque de 1.000 peças vendidas rapidamente. "Foi um laboratório que fizemos e houve um grande sucesso e aceitação por parte da torcida", disse Alírio Moraes.