Na manhã desta quinta-feira (10), a Polícia Federal (PF) cumpre 11 mandados de busca e apreensão em empresas, residências e um órgão público nos municípios pernambucanos do Recife, Olinda, Camaragibe, Itapissuma, Gravatá e Ipojuca. A operação é um desdobramento da investigação que apura a aquisição irregular de materiais hospitalares na pandemia por uma empresa de fachada.
O inquérito indica que foram gastos cerca de R$ 9 milhões em materiais superfaturados, que não chegaram a ser entregues integralmente, negociados com um grupo econômico pertencente ao mesmo dono da empresa do setor gráfico AJS Comércio e Representação Ltda. Segundo a PF, ela era beneficiada com contratos públicos firmados sem licitação há cerca de 10 anos. No acumulado, o rombo aos cofres do Estado gira em torno de R$ 136 milhões, já para os municípios é de R$ 133 milhões.
##RECOMENDA##Os envolvidos podem responder por corrupção, organização criminosa, favorecimento em licitações, entre outros crimes. Um dos investigados possui privilégio de foro e as autoridades aguardam a quebra de sigilo para confirmar a identidade do servidor.
O cumprimento dos mandatos é resultado do material apreendido na Operação Casa de Papel, deflagrada em junho, a qual foram realizados 35 mandados de busca e apreensão nas respectivas prefeituras, na sede da empresa e nos casos dos seus sócios. A operação foi deflagrada junto com a Operação Antídoto, que investiga 14 dispensas de licitação no valor total de R$ 81 milhões junto à mesma empresa.