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Candidato do PCB à Presidência da República, Mauro Iasi defende uma revolução na organização política e social, com a implantação de um governo socialista, reversão das privatizações e estatização de setores estratégicos como energia, comunicação, mineração, recursos naturais, transporte e logística de distribuição e produção.

No programa de governo, o postulante apresenta as 21 principais propostas para o país. Quantidade visa reforçar o número da legenda. As dez principais são as seguintes:

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- Reforma agrária radical com condições de vida e trabalho para pequenos camponeses, trabalhadores rurais dos assentamentos da reforma agrária e iniciativas de produção agrícola socializada em grande escala, com uma nova política agrícola sustentável ecologicamente;

- Imediata reversão das privatizações e estatização de setores estratégicos como energia, comunicação, mineração, recursos naturais, transporte e logística de distribuição e produção;

- Saúde Pública e SUS 100% público, estatal e gratuito e por um país sem manicômios;

- Educação pública, gratuita e de qualidade em todos os níveis;

- Contra o racismo, o machismo, a homofobia, a xenofobia e todas as formas de preconceito;

- Não pagamento da dívida pública;

- Nenhum recurso público para a iniciativa privada;

- Garantia e ampliação de todos os direitos dos trabalhadores, recomposição imediata dos salários e sua correção com ganhos reais acima da pela inflação, redução da jornada de trabalho sem redução salarial;

- Fim da Polícia Militar e da criminalização da pobreza e dos movimentos populares. Por uma profunda reforma da legislação penal, buscar alternativas ao encarceramento. Contra a diminuição da maioridade penal. Pela descriminalização dos usuários de drogas hoje consideradas ilícitas;

 

- Garantia do direito ao aborto.

Historiador e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com mestrado e doutorado em sociologia, Mauro Iasi é o candidato do Partido Comunista Brasileiro (PCB) à Presidência da República. Entre suas propostas, destacam-se a adoção de um planejamento econômico com controle estatal sobre setores estratégicos, como energia, saúde, educação e transportes, a desoneração da renda do trabalhador e o aumento da tributação de grandes fortunas e patrimônios.

Confira, abaixo, algumas das propostas do candidato:

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Agência Brasil: As estimativas de inflação oficial pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) para o ano que vem estão em torno de 6,2%, próximo do teto da meta. Como o senhor pretende atuar para conter o aumento de preços?

Mauro Iasi: No Brasil, as políticas anti-inflacionárias estão hoje vinculadas ao chamado equilíbrio macroeconômico, e essa ficção, que é a chamada inflação em torno da meta, é que o Banco Central administra. Nossa proposta é retomar a ideia do planejamento econômico. O que temos hoje é uma economia de mercado que funciona sem freios, e o governo tentando, a posteriori, administrar os preços. Revertendo as privatizações, equacionando o problema da dívida pública e com uma política de investimentos para pensar a economia, com setores estratégicos controlados pelo Estado e pelos trabalhadores, teremos como resultado o equilíbrio de preços. E não o inverso: uma economia sem freios ou controle, tentando controlar os preços depois, o que resulta na situação atual, em que o única meio de controlar preços é produzir políticas recessivas. É preciso inverter essa lógica pela ideia de planejamento.

ABr: Apesar de todo o seu potencial energético, o Brasil continua com tarifas altas. O que fazer para evitar mais aumentos?

Iasi: A questão hídrica tem várias dimensões. Não vemos essa situação simplesmente como a crise do regime de chuvas: é uma crise do modelo de gestão desses recursos, que são totalmente capturados pelas necessidades das grandes empresas, seja para resfriamento de turbinas, seja pelo próprio uso da água sem nenhum tipo de controle ou intervenção dos comitês de bacias. No longo prazo, isso levou à situação atual. Criticamos esse modelo de gerenciamento – os comitês reguladores hoje são expressão dos interesses das empresas que privatizaram o setor. Nossa proposta é reverter o as privatizações no sistema elétrico. O que tem mantido as taxas altas é a pressão pela lucratividade no setor, e não o volume de recursos necessários para uma infraestrutura, para pensar em energia para o país.

ABr: Quais são seus planos para resolver gargalos de infraestrutura que persistem no país?

Iasi: O governo passado lançou mão do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), que vinculava a política de investimentos às demandas mais imediatas, como vimos nos setores elétrico, de estradas, de armazenamento da safra e na estrutura de portos e aeroportos, em que se apostou na privatização. Como se os investimentos necessários à reativação de tais áreas estivessem necessariamente na iniciativa privada. É um quadro paradoxal, porque os concessionários privados presentes na infraestrutura atuam fundamentalmente com verbas públicas, que vêm do financiamento barato do governo, do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] e, às vezes, do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e de outras fontes públicas. [E eles acabam] investindo pouco recurso de fundos próprios. Com esses recursos do Estado, seria possível executar um plano de revigoramento da infraestrutura brasileira sem necessidade de privatização do setor. Também nessa área é urgente retomar o princípio do planejamento. Obras essenciais para a mobilidade pública são preteridas por outras que dão mais ganhos às empreiteiras.

ABr: Qual é a sua posição sobre a atual minirreforma política? Como o chefe do Executivo pode contribuir para que essa discussão efetivamente avance, respeitando a prerrogativa de independência entre os Poderes?

Iasi: O que se expressou na minirreforma política é uma reforma cosmética. Pegando por pontos: não é alterando a forma do voto nominal ou do voto em lista, do voto proporcional ou do voto distrital, que vamos mudar a natureza dos problemas que foram denunciados e se manifestaram nos protestos do ano passado. São medidas absolutamente superficiais. Não é à toa que questões como o financiamento de campanha e o voto facultativo ficaram fora dessa discussão e vão acabar tendo uma solução – se por acaso encontrarem uma – ainda que extremamente distorcida. Uma assembleia constituinte exclusiva, eleita por critérios diferentes daqueles que hoje elegem o Congresso, poderia criar, em consonância com a vontade popular, um desenho diferente de estruturação política do país.

ABr: No Congresso, tramita uma proposta de reforma tributária que pouco tem avançado. Quais os planos do seu governo para equacionar essa questão e minimizar o desgaste político que isso pode gerar?

Iasi: Ainda que seja grande, a carga tributária no Brasil não é uma das maiores do mundo. Pelo contrário, no ranking, é um país com pouca carga tributária. O problema não é o peso da carga tributária, mas onde ela incide. A maior parte dos tributos incide sobre o consumo. As grandes fortunas e o patrimônio são pouquíssimo taxados. Tratar o salário como renda, recolhendo  previamente um tributo para ser devolvido no fim do ano, penaliza justamente aqueles que não podem reagir, o que resulta em uma série de mecanismos que podem levar à sonegação. É possível fazer uma reforma respeitando os princípios constitucionais vigentes, na medida em que você não se preocupe em ferir interesses privados. Se você não faz nada no Brasil para não ferir os interesses de quem financia sua campanha, a reforma tributária continuará no papel.

ABr: O Plano Nacional de Educação (PNE) é considerado uma grande conquista para o setor. Como o senhor pretende, em quatro anos, avançar nas pautas indicadas na lei? Como pretende resolver a questão do financiamento?

Iasi: O Plano Nacional de Educação é um profundo retrocesso na educação pública, em vários aspectos, mas vamos apenas citar dois. Ele consagra o princípio pelo qual o Poder Público desvia recursos para o setor privado. Hoje temos um paradoxo em que o setor privado só existe no ensino superior, devido ao enorme subsídio do Poder Público por meio do ProUni [Programa Universidade para Todos], do Fies [Fundo de Financiamento Estudantil) e de outros instrumentos. Os princípios debatidos por aqueles que pensam a educação no Brasil incluem uma estrutura pública capaz de garantir qualidade e universalidade a essa educação. No PNE, desaparece a relação ensino-aprendizado. É um plano de adestramento, de desenvolvimento de aptidões e técnicas, voltado muito mais para os anseios e necessidades da camada empresarial, e não da formação crítica e reflexiva, de uma educação integral, politécnica. Uma integração que desenvolva o ser humano em todas as dimensões. Somos contra o PNE.

ABr: A Constituição Federal de 1988 estabeleceu prazo de cinco anos para que todas as terras indígenas fossem identificadas e demarcadas. Passados 21 anos do fim desse prazo, pouco mais de 44% foram homologados. Como o senhor pretende resolver a questão da demarcação de terras indígenas?

Iasi: O atraso não foi por motivos técnicos, nem jurídicos. O que atrasou a demarcação foi o conflito com interesses econômicos de madeireiros, produtores de arroz, mineradores ou do próprio governo, quando pensamos, por exemplo, na construção de usinas hidrelétricas e na aprovação do uso daquele espaço para outros fins que não a demarcação. Essa lógica acabou criando um conflito que alcançou dimensões dramáticas, não apenas nos assassinatos de líderes indígenas, mas também na violência com que os grandes produtores rurais e madeireiros vêm se contrapondo à demarcação das terras. As questões indígena e fundiária não se resolvem de maneira isolada uma da outra. É preciso pensar a questão indígena no conjunto de uma profunda reforma agrária, de uma mudança da política fundiária e no princípio de respeito à autonomia dos povos. É preciso respeitar seus valores, sua história, suas terras ancestrais. A mudança de paradigma exige mudanças mais profundas que a mera demarcação. Ela remete diretamente à política fundiária e à reforma agrária, porque, senão demarcam-se terras e, no dia seguinte, haverá conflitos com os mesmos interesses que hoje tensionam e impedem a demarcação.

ABr: É possível tornar o passe livre uma realidade? Como? Como o governo federal pode atuar para garantir melhorias na mobilidade urbana nos grandes centros?

Iasi: Do ponto de vista da gestão e dos recursos, é perfeitamente possível. Estudos mostram que os mesmos recursos aplicados pelo Poder Público passa subsidiar o setor poderiam garantir de imediato um sistema de transportes mais adequado às necessidades da população. É um tabu na gestão pública: o transporte custa dinheiro e o governo tem que desembolsar. Não é custo, é um gasto necessário a ser computado entre os gastos do Poder Público. Existem linhas que não dão lucro, mas são essenciais para a mobilidade urbana, serviços em que é necessária a renovação para manter a qualidade e que envolvem investimentos que não existe sem financiamento público.

ABr: Como garantir a manutenção de um sistema de saúde público, universal e gratuito e enfrentar os gargalos? Como suprir a falta de médicos nas regiões mais isoladas?

Iasi: Aí, o planejamento também faz muita falta, porque houve um processo intenso de privatização no setor de saúde. Isso, na suposição inicial, levaria o Estado a concentrar recursos onde eles são mais necessários, tornando a saúde pública [um serviço] de qualidade. As duas coisas estão falhando. Nem o setor privado oferece um bom serviço. Isso gerou um caos na saúdeHoje a medicina é totalmente voltada para métodos curativos: espera-se o problema ocorrer para tratá-lo nas redes conveniadas privatizadas ou públicas. É preciso mudar essa concepção e ter uma política de saúde preventiva, pensar a saúde a partir de vetores como saneamento básico e educação, que é a raiz da proposta do movimento sanitário. O SUS foi praticamente transformado no único elemento da reforma da política sanitária e hoje está descaracterizado por uma privatização, terceirização ou quarteirização. Isso acaba quebrando qualquer possibilidade de uma política consistente de saúde. Mesmo que o volume de recursos ainda seja menor do que o necessário, já seria suficiente. Uma vez aplicado no setor público, com uma estrutura em que as pessoas sejam atendidas gratuitamente onde e quando precisam, teríamos um serviço de saúde público, universal e estatal. E se eliminaria a dependência do setor privado de subvenções para acabar prestando um péssimo serviço.

Com informações da Agência Brasil.

O candidato do PCB à Presidência da República, Mauro Iasi, disse nesta segunda-feira (25) que pretende incentivar a iniciação científica na educação básica brasileira. Segundo ele, a proposta é fundamental para garantir o avanço científico e tecnológico do país. A afirmação foi feita durante encontro com o presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Jacob Palis.

No encontro, na sede da ABC, no Rio de Janeiro, Iasi recebeu um documento com propostas que a academia está entregando a todos os candidatos à Presidência. “Não é possível desenvolver uma política sustentável de ciência e tecnologia de longo prazo, se não criarmos uma base educacional, cultural na nossa sociedade. É necessária uma escola pública de qualidade universal e gratuita para todos, onde a gente possa desenvolver ali programas especiais de iniciação científica e iniciação ao desenvolvimento da pesquisa”, disse Iasi.

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De acordo com Iasi, além desse incentivo à ciência e tecnologia nas escolas, é necessário também ter uma política de Estado, de longo prazo, para o setor. “A política de ciência e tecnologia no Brasil tem respondido a programas e linhas de financiamento que oscilam muito, na direção e na natureza, de governo para governo. Ou mesmo dentro de um mesmo governo”, afirmou.

Um terceiro eixo de sua proposta para ciência e tecnologia é o estímulo à produção científica nacional. “As grandes empresas têm seus centros de desenvolvimento em tecnologia fora do país, desenvolvendo aqui o que é necessário, simplesmente transferindo tecnologia e conhecimento na medida de seus interesses, protegendo suas patentes. Reflexo disso é o pouco número de pesquisadores brasileiros envolvidos nas grandes empresas multinacionais”, disse.

Segundo ele, é importante ainda que o país tenha um controle maior sobre pesquisadores estrangeiros que se aproveitam, por exemplo, de recursos naturais brasileiros para desenvolver produtos farmacêuticos por empresas de outros países. Em relação ao gasto anual de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do país em ciência e tecnologia, segundo números da ABC, Iasi disse que o valor é pequeno e que é preciso investir mais.

O candidato à Presidência da República pelo PCB, Mauro Iasi, defendeu a melhoria dos salários dos professores e das condições da educação pública. Ele esteve em campanha nessa quinta-feira (7), em Campo Grande (MS).

"Sempre militei ao lado dos professores por melhores salários e condições de trabalho. Hoje, entre os funcionários do governo de que se exige nível superior, eles têm os piores ganhos. Isso tem que mudar", frisou o presidenciável durante debate com professores, funcionários e estudantes da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS).

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Mauro Iasi é professor da Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ele é formado em história e doutor em sociologia. Nesta sexta-feira (8), o presidenciável participa de bate-papo com militantes, professores e estudantes da Universidade Federal de Mato Grasso (UFMT).

Com informações da Agência Brasil.

O candidato do PCB à Presidência, Mauro Iasi, criticou o presidencialismo no Brasil e afirmou que, se eleito, apresentará um projeto de "poder popular", apostando na "democracia direta". Segundo ele, essa demanda surgiu nas manifestações de junho do ano passado. Iasi também defendeu o fim da política de troca de cargos por apoio do Congresso.

No segundo bloco da sabatina do G1, ao responder a perguntas dos jornalistas, o candidato criticou a gestão do PT. "O governo do PT, a partir de 2002, escolheu um tipo de governabilidade que o distanciou das metas e bandeiras populares e do horizonte socialista, ficando preso a uma armadilha na qual teve que trocar seu projeto histórico por uma continuidade de governo", afirmou.

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Iasi também defendeu acabar com a Polícia Militar (PM), que, segundo ele, não soluciona o problema da segurança pública, mas o agrava. "Isso tem gerado verdadeiro genocídio no Brasil, principalmente entre a população negra e pobre", ressaltou. Iasi afirmou que o fim da PM é uma exigência para se pensar em uma política de segurança pública de longo prazo.

O candidato defendeu também o fim da rede privada de saúde, criticando os altos preços e o atendimento dos planos que, segundo ele, são "campeões de reclamações" por parte dos usuários.

Questionado sobre quem apoiaria no segundo turno, Iasi afirmou que pensará nisso na hora adequada. "O PT tem a jogada de antecipar esse debate, mas segundo turno é outra eleição", comentou. Mesmo assim, ele acrescentou: "Se eu tivesse que escolher alguém hoje, eu escolheria Zé Maria (PSTU) ou Luciana Genro (PSOL)."

No terceiro bloco, o candidato se colocou a favor das cotas raciais, da eutanásia, do fim do direito de herança, de um salário mínimo de R$ 2.915, do Bolsa Família e da legalização da maconha.

O próximo entrevistado pelo G1 será o candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, na próxima segunda-feira.

O Portal LeiaJá dá continuidade a publicação dos perfis dos candidatos à Presidência da República. Nesta quarta-feira (6), o eleitor poderá conhecer um pouco mais Mauro Iasi, do Partido Comunista Brasileiro (PCB).

Nascido em São Paulo, em 1960, Iasi participou da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT) na década de 1980. Ele deixou o partido em 2004, período em que alguns parlamentares foram expulsos da legenda por choque de propostas.

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Esta será a primeira vez que ele concorre ao comando do Palácio do Planalto. A professora universitária Sofia Manzano completa a chapa, concorrendo à Vice-Presidência. O partido diz que a candidatura visa "abrir caminho para um futuro candidato de convergência de forças anti-reformistas, anti-capitalistas e anti-imperialistas que ponha o socialismo na ordem do dia".

A previsão orçamentária para a campanha é de R$ 300 mil.

No programa de governo entregue ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o candidato defende uma revolução na organização política e social, com a implantação de um governo socialista, com ações anticapitalistas e maior participação popular na gestão. Outra proposta é a reversão das privatizações e estatização de setores estratégicos como energia, comunicação, mineração, recursos naturais, transporte e logística de distribuição e produção.

Na segurança pública, Iasi propõe ainda o fim da Polícia Militar e a reformulação do sistema penal. O candidato é contra a diminuição da maioridade penal e é a favor da a descriminalização dos usuários de drogas hoje consideradas ilícitas.

O candidato do Partido Comunista Brasileiro (PCB) à Presidência da República, Mauro Iasi, nasceu em 10 de fevereiro de 1960, em São Paulo, é solteiro e professor da Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Sofia Manzano, que também é professora universitária, completa a chapa de Iasi, concorrendo à Vice-Presidência.

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Na declaração de bens, o candidato diz que seus bens somam R$ 204.348,57. A previsão de gastos do PCB com a campanha presidencial está em R$ 100 mil. A eleição deste ano será a primeira na qual Iasi participa como cabeça de chapa – em 2006, ele foi candidato a vice-governador de São Paulo, também pelo PCB.

Iasi participou da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT)  na década de 1980 e trabalhou na campanha de Luiz Inácio Lula da Silva para a Presidência da República, em 1989, na primeira eleição direta para o cargo após a ditadura militar. Ele deixou o partido em 2004.

No programa de governo apresentado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foram colocados 21 pontos como propostas iniciais do PCB. O documento, intitulado Programa Anticapitalista, o Poder Popular e a Alternativa Socialista, diz que o Brasil tem hoje uma série de problemas estruturais advindos da opção capitalista, que beneficia uma pequena parte da população – os monopolistas, que controlam os principais meios econômicos e dominam toda a vida pública do país.

A proposta de Mauro Iasi defende mudanças profundas no atual sistema capitalista. “Somente a Revolução Socialista, entendida como um forte e poderoso processo de lutas populares que desemboque na construção de uma sociedade alternativa ao capitalismo e à ordem burguesa, será capaz de realmente resolver os problemas vividos pelos trabalhadores e setores populares”, destaca o programa de governo registrado pelo PCB no TSE.

O partido considera prioridades a construção do poder popular; a socialização dos principais meios de produção essenciais à garantia da vida; a realização de uma reforma agrária socializada; com uma política agrícola sustentável ecologicamente; a reversão imediata das privatizações e a estatização de setores estratégicos; bem como de todo o sistema financeiro; e a garantia de saúde pública e educação pública e de qualidade para todos.

O PCB também prega um sistema de previdência e assistência social gratuito; o não pagamento da dívida pública; a garantia e ampliação de todos os direitos dos trabalhadores; a recomposição imediata dos salários; a redução da jornada de trabalho, sem redução salarial; auditoria imediata das remessas de lucro das corporações transnacionais; o fim da Polícia Militar e a apuração e punição de todos os crimes contra os direitos humanos cometidos durante a ditadura militar (1964-1985).

Com um discurso voltado para a construção de alianças no campo das esquerdas e das forças anticapitalistas, o Partido Comunista Brasileiro (PCB) lançará no próximo sábado (12), Miguel Anacleto como pré-candidato ao governo de Pernambuco. O ato político será prestigiado pelo pré-candidato à presidência da República, Mauro Iasi, na Praça das Cinco Pontas, no Recife, às 9h. 

Antes do lançamento, os dois futuros postulantes participarão de uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira (11).  A sabatina será no Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas de Pernambuco (Sindgraf), localizado no bairro de Santo Amaro, no Recife, às 17h. 

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O objetivo da entrevista é apresentar as alternativas propostas pela legenda à sociedade brasileira e ao Estado de Pernambuco. Entre as principais defesas do partido estão: as lutas empreendidas pela sociedade nas ruas, nas universidades e nos locais de trabalho; a garantia do Passe Livre, da Universidade Popular, de melhores salários para os trabalhadores, de cidades voltadas para atender aos interesses da maioria; da construção do Poder Popular, da organização dos trabalhadores do campo e da cidade e a luta pelo Socialismo.

 

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