Tópicos | ministro russo

O ministro da Saúde da Rússia, Mikhail Murashko, definiu como "absolutamente infundadas" as dúvidas sobre a vacina contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2) aprovada no país na última terça-feira (11).

    A candidata "Sputnik V" (em referência ao primeiro satélite artificial da Terra) obteve registro na Rússia antes mesmo de iniciar a terceira e última fase de estudos clínicos, considerada a mais importante e na qual se avalia sua eficácia para imunizar seres humanos.

    "Parece que os colegas estrangeiros estão sentindo as vantagens competitivas do medicamento russo e estão tentando expressar certas opiniões absolutamente infundadas", declarou Murashko.

    Vacinas que já estão na fase 3 dos testes em humanos, como a de Oxford, ainda não obtiveram registro em nenhum país.

    Essa etapa costuma ser mais demorada, já que, para comprovar a imunização, é preciso acompanhar os voluntários por um longo período - um ano, no caso da vacina de Oxford. Apesar disso, a Rússia pretende iniciar a produção em massa da Sputnik V já em setembro.

    O primeiro lote, de acordo com Murashko, deve estar disponível daqui duas semanas e será aplicado prioritariamente em profissionais da saúde. A candidata utiliza cepas adaptadas de um adenovírus para estimular a resposta imune no corpo humano.

    "A Rússia não compartilhou dados, então é impossível fazer um juízo. Não é assim que funciona a ciência", disse o imunologista italiano Alberto Mantovani, diretor científico do Instituto Humanitas, em Rozzano, nos arredores de Milão, em entrevista ao jornal La Repubblica.

Da Ansa

##RECOMENDA##

O ministro do Esporte da Rússia anunciou neste sábado (26) que vai pedir para que seja transformada em lei a criminalização do vazamento de casos de doping. Em meio a um escândalo que estourou no país no ano passado e à revelação de novos casos, Vitaly Mutko foi na contramão e preferiu apontar os malefícios causados por aqueles que denunciam a atividade ilegal.

Em entrevista a uma rede de tevê estatal, Mutko afirmou que vazar o nome de atletas que falharam em exames antidoping causa "barulho e tumulto" e viola a presunção da inocência a qual todos os cidadãos têm direito.

##RECOMENDA##

Mutko lembrou que todos os atletas tem direito a pedir a análise de uma amostra B depois que a amostra A testa positivo para alguma substância proibida. A absolvição de atletas com a amostra B é rara, mas o ministro considerou que o vazamento de informações antes de ela ser analisada pode incriminar pessoas inocentes.

O político acusou diversas federações esportivas de realizar justamente este expediente, o de vazar informações antes de as amostras B serem testadas. "Agora, nós vamos proibir isso administrativamente e criminalmente", ameaçou.

A Rússia é a protagonista de um grande escândalo de doping que estourou no ano passado, sob a acusação de que o país teria trabalhado para acobertar os casos de diversos de seus atletas. Por conta disso, o atletismo russo foi suspenso de competições internacionais e corre o risco de sequer vir à Olimpíada do Rio.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando