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O ministro interino da Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou nesta terça-feira que não acredita que o aumento da taxa de câmbio, mesmo se persistir por algumas semanas, possa ter algum "impacto perceptível sobre o índice de inflação". Barbosa disse que a flutuação do câmbio é muito pequena para causar alguma mudança no índice inflacionário.

"O dólar é flutuante e essa flutuação que está ocorrendo agora é perfeitamente normal tendo em vista o que está ocorrendo no resto do mundo", disse, após um almoço com senadores do bloco PTB, PR, PSC e PPL, no Senado, para discutir a conjuntura econômica de projetos relativos ao pacto federativo. De acordo com ele, o câmbio flutuante serve para absorver as flutuações do mercado. "O mais importante é que o Brasil tem reservas internacionais elevadas e tem capacidade de suportar eventuais choques internacionais sem desorganizar a sua economia", completou.

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ICMS

Os senadores que almoçaram com Barbosa fecharam questão em apoiar o projeto enviado pelo governo que unifica a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em 4% para operações interestaduais. O projeto deve ir a votação na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) no dia 16.

O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, reiterou nesta terça-feira a posição a favor da unanimidade nas decisões do Conselho de Política Monetária (Confaz). "A unanimidade do Confaz não é nenhuma jabuticaba", disse, citando exemplos em que este mecanismo é exigido, como a votação na União Europeia (UE) para mudanças tributárias no bloco. De acordo com Barbosa, enquanto a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) for de 12%, o poder de um governo de Estado é muito grande porque pode decidir sobre as finanças de outra administração estadual. "Quando a alíquota for menor, pode ter critérios mais flexíveis de unanimidade", afirmou, em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

Ele ainda rebateu as críticas sobre o valor do fundo de compensação de perdas de arrecadação e sobre a composição do Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR). Barbosa afirmou que a simulação do governo estimou que seria de R$ 15 bilhões a perda de arrecadação se não houvesse os benefícios fiscais. Por isso, o governo previu R$ 8 bilhões como "o valor provável" das perdas de receitas. Segundo o secretário executivo do Ministério da Fazenda, é necessário que a gestão federal estabeleça uma previsibilidade do valor a ser ressarcido aos governos estaduais.

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Barbosa rebateu também as críticas sobre o prazo de transição para unificação do ICMS. "Cai daqui a 13 anos. Isso são quantos mandatos? Então, tem tempo para se adequar, adaptar-se e com a ajuda da União para fazer esta travessia", disse. Barbosa afirmou também que a decisão de compor a maior parte do FDR com recursos financeiros (empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) é porque há uma limitação nos recursos orçamentários. "Dá mais transparência e mais comprometimento do outro lado, da empresa que vai tomar o empréstimo. Além disso, o incentivo de ontem vai financiar o incentivo do outro ano", disse.

Acordo

 

Barbosa declarou que está em discussão um acordo para convalidar os incentivos fiscais do ICMS concedidos até agora pelos Executivos estaduais. Questionado por senadores sobre qual a melhor forma de ratificar os benefícios dados, o secretário executivo do ministério esclareceu que o assunto está em discussão no Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).

Barbosa admitiu não saber se é possível convalidar esses incentivos por meio de emenda à Medida Provisória (MP) 599/2012, que criou os fundos de compensação e desenvolvimento regional por conta da unificação da alíquota do ICMS. "Ele (a convalidação) resolve para traz, meio que equaliza. Para a frente, você vai ter as novas regras", destacou.

O secretário executivo reconheceu, mais uma vez, que a proposta não atende a todos os pedidos das gestões estaduais e que até "pode ser" melhorado. Entre os pontos em discussão, Barbosa falou da possibilidade de alocação de mais recursos da administração federal nos fundos. Questionado, o secretário não quis falar sobre mudanças nas regras das dívidas de Estados e prefeituras com o Poder Executivo federal, destacando que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, deve abordar o assunto em breve no Congresso.

Competitividade

Barbosa acredita que, para melhorar a competitividade de produtos brasileiros, o ideal seria ter uma alíquota zero de ICMS. "O ideal é zero, porém, não é uma coisa que se faz rápido. Por isso, estamos propondo (a unificação de todos os Estados em) 4%, que é intermediário", considerou. Conforme o secretário, a alíquota de 4% tem vários benefícios, como a diminuição do espaço para disputa fiscal, reconhece incentivos, melhora a fiscalização e a competitividade. Barbosa salientou que as exportações de alguns produtos que passam por algum nível de industrialização, como a soja, que vira óleo e passa a ter cobrança de ICMS, desestimula a produção brasileira. "O etanol também sofre com a alíquota de ICMS", pontuou. Por isso, para Barbosa, uma alíquota de 4% é melhor do ponto de vista da eficiência econômica. "Estamos dispostos a fazer transferência de recursos para compensação em 12, 13 anos", considerou.

O secretário acha que os parlamentares não precisam temer a interrupção dessa transferência porque ela será obrigatória, independente do governo que assumir o País. Sobre o andamento das discussões, Barbosa julga que os debates precisam caminhar na "velocidade necessária". O secretário citou que, recentemente, o Executivo federal apresentou uma série de medidas, projetos ou contribuições, como a Resolução 13 com incentivos e o comércio eletrônico, que aguarda votação na Câmara. "Esperamos que seja o mais rápido possível."

O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou nesta quinta-feira que a alta da produção industrial indica que a economia brasileira terá um crescimento "mais rápido em 2013". O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na manhã desta quinta-feira que o índice aumentou 2,5% em janeiro ante dezembro, na série com ajuste sazonal.

"A produção industrial confirmou as expectativas do governo que a economia brasileira iniciou 2013 com nível de atividade mais forte. Isso indica que teremos, como tem sido afirmado, um crescimento mais rápido da economia nesse ano. Esperamos que essa recuperação continue nos próximos meses", afirmou, após uma reunião com o líder do governo do Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM). Em relação a janeiro de 2012, a produção subiu 5,7%. Em 12 meses, a produção da indústria acumulou queda de 1,9%. A indústria foi um dos principais responsáveis pelo baixo crescimento da economia brasileira em 2012, que foi de apenas 0,9%.

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A taxa de investimento público e privado no Brasil deverá ficar entre 19,5% e 21% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011, nas estimativas feitas pelo secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa. Ela deverá ser maior do que a registrada em 2010, mesmo diante da cautela adotada pelo setor privado por causa da crise internacional.

Estímulos dados pelo governo federal, como o programa Minha Casa Minha Vida e os empréstimos subsidiados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), deverão garantir esse desempenho favorável.

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O número é mais otimista do que a estimativa preliminar disponível no momento, que é de 18,8% do PIB. A melhora não se deve a um repentino surto de investimentos, mas a uma questão numérica. "Mudou a régua", resumiu o secretário para a reportagem.

Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revisou as contas nacionais de 2009 e concluiu que a taxa de investimento naquele ano foi de 18,1% do PIB, e não 16,9% do PIB, como divulgado anteriormente. Com isso, a taxa de 2010 também foi beneficiada, pois ela já partiu de uma base maior.

"A taxa de 2010 é pelo menos 1,2 ponto porcentual maior do que a gente achava antes", comentou Barbosa. Como em 2011 os investimentos foram maiores que no ano passado, o resultado também tende a ser maior. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro interino da Fazenda, Nelson Barbosa, disse hoje que a inflação deve ficar bem perto do centro da meta em 2012, pois deve variar entre 4,5% e 5%. Ele ressaltou que tal marca será atingida inclusive com o crescimento da economia no próximo ano, que deverá ser de 5%. Para 2011, ele afirmou que o Produto Interno Bruto (PIB) deve avançar entre 3,5% e 4%.

"Pelo que estamos vendo, o PIB em 2012 deve crescer pelo menos 4%, inclusive por conta de vários fatores, entre eles o aumento do salário mínimo", comentou. O salário mínimo deve subir no próximo ano ao redor de 14% (nominal) e o governo acredita que este incremento será importante para dar continuidade para o estímulo da renda e consumo da população. "O PIB potencial do Brasil, para mim, é maior do que o patamar estimado por economistas de mercado, que vai de 4,5% a 5%."

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Com a perspectiva do governo de crescimento da economia de 5% no próximo ano, o ministro interino ressaltou que o governo vai cumprir o superávit primário cheio também em 2012. "Vamos fazê-lo a exemplo de 2011. Neste ano, vamos cumprir o superávit primário programado (no início do ano) e até elevamos este patamar", comentou Barbosa. No dia 29 de agosto, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou que a meta de R$ 117,89 bilhões de superávit primário para 2011 foi elevada em R$ 10 bilhões e passou para R$ 127,89 bilhões.

Barbosa participou hoje de fórum promovido por The Economist Group e pela Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), em São Paulo. Ele substitui o ministro Guido Mantega, que participa da reunião de cúpula do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), em Cannes, na França.

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