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O grupo Alimentação voltou a pressionar o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), na passagem da última quadrissemana de maio para a primeira de junho, apurou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Neste período, o indicador geral acelerou de 0,32% para 0,48% e a principal contribuição para o resultado veio de Alimentação (de 0,36% para 0,65%).

Desde a primeira quadrissemana de abril, quando registrava taxa de variação de 1,49%, o índice de Alimentação vinha desacelerando, com um único acréscimo apresentado da segunda para a terceira quadrissemana de maio (de 0,51% para 0,54%). Nas outras quadrissemanas dos últimos dois meses, o grupo registrou decréscimo. No início do ano, Alimentação foi a classe de despesa responsável por pressionar o indicador, chegando a 2,18% na última leitura de janeiro, por exemplo.

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Na primeira quadrissemana de junho, o item laticínios teve influência de alta no grupo, ao passar de alta de 2,25% na última prévia de maio para 2,38%.

Mais cinco grupos apresentaram acréscimo em suas taxas de variação e contribuíram para pressionar o IPC-S no início do mês. Entre eles está o grupo Transportes (-0,19% para 0,01%), no qual a tarifa de ônibus urbano foi destaque, ao sair de queda de 1,34% para um queda menor, de 0,13%. A primeira prévia do IPC-S já coletou os preços depois da alta na tarifa de ônibus, que começou a valer no dia 2 de junho.

Habitação acelerou de 0,39% para 0,59%, com acréscimo na taxa de tarifa de eletricidade residencial (de -1,11% para -0,70%). Também aceleraram os grupos Vestuário (0,91% para 1,12%), Educação, Leitura e Recreação (0,28% para 0,35%) e Comunicação (0,10% para 0,27%), com destaque para os itens calçados masculinos (0,27% para 1,41%), passagem aérea (-1,49% para 4,27%) e tarifa de telefone residencial (-0,49% para -0,03%), respectivamente.

Só dois grupos apresentaram decréscimo nas taxas. Saúde e Cuidados Pessoais foi de 0,72% para 0,60%, influenciado pela desaceleração nos preços de medicamentos em geral (de 1,16% para 0,54%), e Despesas Diversas (de 0,20% para 0,01%), com destaque para serviço religioso e funerário (0,26% para -0,71%).

A lista de maiores influências positivas no IPC-S é composta por refeições em bares e restaurantes (de 0,57% para 0,64%), mamão papaia (de 20,44% para 30,83%), aluguel residencial (de 0,59% para 0,89%), leite tipo longa vida (de 3,47% para 3,68%) e mão de obra para reparos em residência (de 1,78% para 1,47%).

No movimento contrário estão entre as maiores pressões negativas tarifa de eletricidade residencial (de -1,11% para -0,70%), gasolina (de -0,48% para -0,62%), cebola (de -5,82% para -7,13%), laranja pera (de -6,59% para -8,88%) e alimentos preparados e congelados de ave (de -2,04% para -2,80%).

O grupo que teve a principal contribuição para o resultado do Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), que desacelerou de 0,71% para 0,65% da primeira para a segunda quadrissemana de abril, foi Alimentação, informou nesta terça-feira, 16, a Fundação Getulio Vargas (FGV). A inflação desta classe de despesa saiu de 1,49% para 1,37% no período, puxada pelo comportamento do preço das frutas, que recuou de 6,19% para 5,57%. Apesar disso, o tomate, tido como o atual "vilão da inflação", continua como o produto com maior influência positiva no índice. Na segunda quadrissemana do mês, os preços do tomate desaceleraram, mas continuam com alta de 15,09%, ante 15,90% na primeira prévia do mês.

Desde a segunda quadrissemana de janeiro até agora, o tomate não saiu do grupo de produtos que exercem a maior influência para a alta da inflação medida pelo indicador, variando de posição - às vezes em primeiro lugar, outras perdendo para itens como a gasolina. Três meses depois, o produto encabeça o ranking, seguido de três itens relacionados à alimentação: batata-inglesa (de 12,54% para 17,65%), refeições em bares e restaurantes (de 0,72% para 0,65%) e cebola (de 23,99% para 16,92%). Aluguel residencial, que teve alta de 0,64% contra 0,75% na leitura imediatamente anterior, fecha a lista.

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Do outro lado, continua liderando as maiores influências negativas o item passagem aérea, que saiu de -13,13% para -11,32%. Na sequência vêm alcatra (de -5,27% para -5,24%), costela bovina (de -3,20% para -4,47%), óleo de soja (de -3,68% para -5,21%) e frango inteiro (de -0,47% para -2,22%).

Grupos

Ajudando a puxar o IPC-S para uma alta menor do que a registrada no início do mês, outros quatro grupos registraram decréscimo em suas taxas de variação, além de Alimentação. Em Habitação (de 0,73% para 0,62%) o destaque foi o desempenho do item empregada doméstica mensalista (de 1,42% para 1,10%). Já em Comunicação (0,31% para 0,24%), Vestuário (0,46% para 0,40%) e Educação, Leitura e Recreação (0,06% para -0,05%), a FGV chama a atenção para a o comportamento dos preços de tarifa de telefone residencial (0,05% para -0,46%), roupas (0,69% para 0,54%) e show musical (2,06% para -0,48%), respectivamente.

No movimento contrário, Saúde e Cuidados Pessoais (0,57% para 0,60%), Despesas Diversas (0,25% para 0,28%) e Transportes (0,26% para 0,28%) apresentaram aceleração nos preços, com influência dos itens medicamentos em geral (0,61% para 0,91%), serviço religioso e funerário (0,49% para 0,63%) e tarifa de táxi (-1,28% para 0,43%).

A maioria das medidas de núcleos do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) de novembro acelerou na comparação com os dados de outubro, segundo cálculos feitos pelo Besi Brasil. As taxas, contudo, ficaram dentro das estimativas dos analistas consultados pelo AE Projeções, levando-se em conta as respectivas medianas. Com base na alta de 0,54% do índice de inflação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA-EX, ficou em 0,58%, de 0,52% do núcleo que teve como base o IPCA-15 de outubro (0,65%). A variação esperada para este núcleo era de elevação de 0,46% a 0,63%, com mediana de 0,52%. O IPCA-EX exclui do cálculo preços de alimentos com comportamentos mais voláteis e combustíveis.

O IPCA-DP, abreviação de Índice de Preços ao Consumidor Amplo - Dupla Ponderação, ficou em 0,57% em novembro, ante 0,56% no mês anterior, segundo o banco. Pesquisa AE Projeções indicava alta entre 0,49% e 0,61%. Com base neste intervalo de previsões, a mediana ficou em 0,55%. O IPCA-DP pondera novamente os pesos de alguns itens, dando menor peso aos que apresentaram maior volatilidade em um período de 48 meses passados.

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IPCA-MS

Quanto ao IPCA-MS, que é o tradicional núcleo de médias aparadas com suavização, o Besi Brasil informou que houve desaceleração e a taxa ficou em 0,50% em novembro, após variação de 0,55% observada na leitura do IPCA-15 de outubro. Neste caso específico, as previsões dos economistas consultados pelo serviço especializado da Agência Estado mostravam aumento entre 0,46% e 0,54%, o que gerou mediana de 0,49%.

As medidas de núcleos do IPCA são calculadas tradicionalmente pelas instituições do mercado financeiro logo que o IBGE divulga o indicador, uma vez que são acompanhadas de perto pelo Banco Central, que tem como um dos seus principais objetivos o cumprimento das metas de inflação. Os resultados encontrados podem variar ligeiramente de instituição para instituição, mas sempre indicam o caminho que os núcleos estão tomando, auxiliando o mercado e o próprio BC no monitoramento da inflação.

 

Índice de difusão

O indicador de difusão do IPCA-15 de novembro atingiu a marca de 63,8%, segundo o cálculo do Besi. O resultado do indicador de difusão, que representa o porcentual de preços de itens em alta do IPCA-15 do penúltimo mês de 2012, ficou abaixo da taxa registrada em outubro, de 66%.

Serviços

A inflação do grupo Serviços no IPCA-15 do mês acelerou. O grupo ficou em 0,71% no penúltimo mês de 2012, contra alta de 0,43% registrada em outubro, diz o Besi. O resultado desse conjunto de preços veio dentro do intervalo das expectativas dos economistas consultados pelo AE Projeções, que ia de 0,53% a 0,86%, mas ficou acima da mediana (0,62%).

Preços livres

Os preços livres desaceleraram no âmbito do IPCA-15 de novembro. Segundo cálculos do Besi Brasil, esse conjunto de despesa teve alta de 0,60% neste mês, ante elevação de 0,76% em outubro. O resultado veio dentro das previsões dos analistas consultados pelo AE Projeções. As estimativas iam de 0,49% a 0,66%. A taxa, contudo, ficou acima da mediana de 0,57% encontrada na pesquisa.

Quanto aos preços administrados houve aceleração. Segundo o Besi Brasil, o grupo avançou a 0,36% no mês em questão, contra 0,31% em outubro. O número veio em linha com a mediana do levantamento do serviço especializado da Agência Estado, obtida a partir das projeções que indicavam aumento entre 0,25% e 0,47%.

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