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Pernambuco tem tradição nas piscinas. Esta não é uma afirmação controversa, o histórico de atletas compondo a seleção brasileira e conquistando torneios internacionais só reforça que o Estado costuma ser um celeiro de grandes nadadores. Nomes como o de Adriana Salazar, o próprio João Reinaldo Costa Lima Neto, o 'Nikita', passando por Joanna Maranhão, Paula Baracho, e mais recentemente, Etiene Medeiros, costumam levar a bandeira pernambucana aos postos mais altos dos pódios. A preocupação agora é sobre quem irá manter o ritmo, principalmente sabendo que o caminho de fácil não tem nada.

O LeiaJa.com conversou com a nadadora Joanna Maranhão, dona de diversos recordes nacionais e medalhas em mundiais e jogos Pan-Americanos. Longe do Recife, ela treina em Belo Horizonte-MG, mas entende a realidade do esporte no Brasil e em Pernambuco. A necessidade de tornar a natação mais acessível é algo imprescindível no ponto de vista de Joanna.

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Joanna é uma das maiores recordistas de medalhas no Brasil (Foto: Satiro Sodré/SS Press/CBDA)

"O que falta na natação pernambucana é o mesmo do Brasil inteiro. É um esporte caro, desde o momento de oportunizar para todo mundo uma piscina, e a prática que precisa começar cedo não é para todos. Quando o profissional começa a nadar tem traje técnologico, touca, óculos, nutricionista, parte física, é tudo muito caro. A gente precisa popularizar mais a natação. Inclusive dentro de Pernambuco, se foca muito no Recife e o Estado tem criança para caramba então temos que expandir para o interior", afirmou.

Tornar a prática algo mais comum aos Pernambucanos parece ser o caminho mais rápido. Mesmo que, em um primeiro momento, não seja algo exclusivamente voltado para formar atletas de alto rendimento. "É popularizar a modalidade. Em um primeiro momento sem visar o alto rendimento, apenas aumentando o número de praticantes. Depois, com uma boa quantidade, se tira qualidade. O caminho é esse, colocar mais crianças nadando, desde a base, mais atrativa, mais brincadeira de caráter lúdico", disse a nadadora.

Sobre o cenário atual, a imagem que chega para Joanna é de um quadro enfraquecido, especialmente pela saída daquele que foi um dos formadores de grandes expoentes das piscinas pernambucanas, o técnico Nikita. "Eu estou fora de Pernambuco desde 2015, então fica difícil falar. Mas vejo, em geral, um cenário pior. No sentido de que, quando se fala da demanda de atletas que chegavam à seleção brasileira, quase a totalidade era de Nikita que dava uma noção mais profissional e a gente chegava. Como foi comigo, Paula, Etienne. Eu nunca vi outro clube com atletas indo e permanecendo. Com o fato dele não estar mais trabalhando com competições, vejo um quadro piorado", contou.

A reportagem visitou as piscinas da escola de natação Nikita e do Sport para conversar com o próprio Nikita e Raul Fuentes, treinador que também teve contato com os maiores destaques do cenário local. Confira o resultado do papo com os técnicos no vídeo a seguir:

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Os buracos de algumas vias do Recife são alvos corriqueiros de reclamações da população. Mas nesta terça-feira (31), o problema ficou ainda mais evidente e de forma inusitada. O professor e ex-atleta João Reinaldo Nikita, responsável pela preparação de vários atletas em Pernambuco, teve a honra de carregar a tocha olímpica, mas acabou pisando em um buraco e caiu com um dos mais importantes símbolos dos Jogos.

Em registro feito pela TV Globo, Nikita recebeu a tocha, caminhou tranquilamente e logo em seguida tropeçou em um buraco na Rua Ernesto de Paula Santos, no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. De imediato, integrantes da Força Nacional, que acompanham todo o trajeto do revezamento, ajudaram o professor a ficar de pé. 

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Após completar os 200 metros, Nikita entregou a tocha a outro participante e recebeu atendimento médico. O professor é responsável por revelar grandes nomes da natação em Pernambuco, como Adriana Salazar, Joanna Maranhão e Etiene Medeiros. 

A conclusão do revezamento deve ocorrer por volta das 20h, no Marco Zero do Recife. Todo o trajeto será feito em 35 quilômetros.

Seis clubes pernambucanos disputarão a partir da noite desta sexta-feira (22) o Torneio Absoluto de natação, no parque aquático do Clube Português. Sport, AABB, Português/Nikita, Náutico, AASM e SESC serão representados por cerca de 150 atletas, de 13 a 25 anos. As eliminatórias serão realizada hoje, mas na tarde deste sábado, as provas valerão medalhas. A competição segue até o próximo domingo. 

O Sport é o atual campeão nordestino da competição. Após vencer o torneio da categoria Infantil à Sênior, a equipe rubro-negra tem como principais concorrentes o AABB e o Português/Nikita. De acordo com o coordenador de natação do Sport, Eurico da Fonte, o Torneio Pernambucano serve como preparação para o Campeonato Norte-Nordeste e Campeonato Brasileiro, ambos agendados para este segundo semestre.

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"Temos objetivos ousados nesta temporada, e utilizaremos essa competição como forma de buscar novo título e nivelar por cima as atividades que antecedem as disputas inter-regional e nacional", afirmou.

Confira destaques do Sport na competição:

Categoria Infantil 1 - Maria Eduarda Soriano, João Victor Correia e José Hugo

Categoria Infantil 2 - Maria Laura, Gabriela Calábria e Lucas Coelho
Categoria Juvenil 1 - Clarissa Rodrigues, Isa Galindo e Duda Sá
Categoria Juvenil 2 - Carolline Gomes e Irla Barbosa
Categoria Júnior 1 - Marina Abreu, Millena Teles, Washington Lopes e Rômulo Lima
Categoria Júnior 2 - Gabriela Soriano, Stenlley Almeida, Rogério José, Caio e Carlos Pereira
Categoria Sênior - Louyse Carvalho, Stephanie Passos, Paula Batista, Enio Dantas

Nenhum treinador conhece tão bem Joanna Maranhão quanto Nikita. Foi com ele que a nadadora iniciou a carreira aos 13 anos. Depois de um hiato na relação entre os dois – não por briga, mas por influência do próprio treinador para que ela evoluísse como atleta em outro estado-, eles estão novamente trabalhando juntos e mirando a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro.

No entanto, Nikita terá de ter uma atenção ainda mais especial com a medalhista pan-americana. “Na parte técnica e física ela está no melhor momento da carreira. Mas, ela fica nervosa antes das provas e acaba não traduzindo em bons resultados nas competições”, explicou.

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A pernambucana sofreu uma crise de pânico durante o Mundial de Esportes Aquáticos, em Barcelona, em julho deste ano. Por isso, a preocupação do técnico com o psicológico de Joanna Maranhão. “Ela não conseguiu nadar lá. Pensou em patrocínio, clube e acabou perdendo o foco. Aqui ela vai pensar exclusivamente em natação”, afirmou Nikita.

Com o objetivo traçado, o treinador e a nadadora planejaram os próximos meses. “Ela voltou esse ano e vai ficar um período fora das competições internacionais. Vai se dedicar e terminar a faculdade. Neste período, vai disputar campeonatos regionais e nacionais”, contou.

A intenção deste plano é dar mais confiança à Joanna Maranhão e fortalecer seu lado psicológico. “Vamos manter esse ritmo dela para ganhar segurança e chegar forte em 2016”, disse. “Ela continua sendo uma das melhores nadadoras do país e será uma grande vitória chegar à quarta olimpíada. Poucos atletas conseguem esse feito”, completou Nikita.

O nome de Nikita está estreitamente atrelado ao da natação pernambucana. Também não era para menos. Foram 40 longos e ininterruptos anos dedicados às piscinas, diariamente e sempre com afinco. Não que ele tenha abandonado o esporte, muito pelo contrário. Ele continua apaixonado, mas atualmente é mais um administrador do que técnico. Aliás, já não é mais técnico. Aposentou-se em 2009, montou a sua academia em Boa Viagem, na zona sul do Recife, mas ainda mantém a equipe que leva seu nome.

Do escritório da academia, que fica no primeiro andar, ele nem conversou muito sobre o seu passado no esporte e nem quis entrar muito em detalhes. E nem precisa. Foram 25 anos de Clube Náutico Capibaribe e 23 de Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Tanto tempo dedicado já diz muita coisa sobre este professor e apaixonado pelo esporte, mesmo com alguns contratempos. A preocupação demonstrada com o futuro da natação pernambucano evidencia que a chama ainda está bem acesa em Nikita.

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“A natação pernambucano não está em boa fase. Falta investimento e não temos nem piscina pública. Tudo depende da iniciativa privada e das escolinhas dos clubes”, ressaltou Nikita, que através de suas escolinhas ainda leva o esporte a mais de 500 crianças.

“A piscina do Santos Dumont está entregue às baratas. Há anos prometem uma reforma e não sai do papel. Em Recife, as piscinas olímpicas que temos são de clubes como o Náutico, Português, Sport e o Colégio Salesiano”, esclareceu.

Pelos ensinamentos de Nikita passaram grandes nomes como Etiene Medeiros e Joanna Maranhão, que elevaram Pernambuco na natação e seguem dando exemplo. Só que não há quem possa seguir e manter a tradição do Estado.

“Não vejo nenhum nome atualmente em Pernambuco com boas perspectivas de futuro, além dos que já temos como a Joanna Maranhão. Tem a Clarissa Rodrigues, de 14 anos, mas há dois anos os resultados dela não avançam. E na natação é preciso melhorar o tempo constantemente”.

Mesmo cuidando mais dos negócios do que das piscinas, Nikita está acompanhando sempre de perto os atletas. E entre uma ligação e outra para resolver problemas, há uma planilha com uma série de treinamentos no computador montada por ele mesmo e enviada aos auxiliares técnicos da equipe.

“Oriento meus assistentes da Equipe Nikita. Monto os treinamentos dos atletas e passo a eles. Mas, além disso, administro a equipe, patrocínio e outras coisas eventuais”, contou.

E apesar de não se dedicar tanto quanto antes, o empresário e treinador não pensa em abandonar nem tão cedo a natação. “Meu ensinamento é útil e por isso vou continuar”, concluiu de maneira simples, com a ciência do peso que esta frase pode ter para futuros atletas. 

O time do Sport é bicampeão do Torneio PE Infantil a Sênior, após vencer a competição no último sábado (5), pela segunda edição da disputa realizada no Complexo aquático da Ilha do Retiro. Cerca de 200 atletas, entre 13 e 20 anos, caíram na água entre os dias 3 e 5 de maio.

Os rubro-negros conquistaram 1625,5 pontos, com 68 medalhas de ouro, 52 de prata e 34 de bronze. Em segundo lugar ficou a equipe do Aabb, com 1312 pontos e para completar o pódio Nikita/Sesi marcou 1127,5 pontos. Aasm e Sesc foram as outras duas equipes que participaram da competição estadual.

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Os destaques masculinos foram Rogério Cavalcante, Stenley Almeida, Diogo Halla e Daví Borges. E entre as mulheres, Carolline Gomes, Clarissa Rodrigues, Tathiane Quirino e Louyse Carvalho venceram todas as provas que disputaram.

“Esse bicampeonato vem mostrar que estamos no caminho certo. O trabalho conjunto realizado pela Vice-Presidência, diretores e pelos treinadores Fernando Martinez e Raul Fuentes estão sendo determinantes para os bons resultados da natação Rubro-Negra”, declarou Eurico da Fonte, coordenador da natação do Sport.

"Gostaria de destacar a importância de todos os 55 atletas que participaram do Torneio, pois todos pontuaram e foram fundamentais na conquista deste bicampeonato", acrescentou o técnico Fernando Martinez

Três equipes pernambucanas conquistaram medalhas no XVII Torneio Nordeste de Clubes Infantil a Sênior – Troféu Sérgio Silva, disputado nos dias 20 e 21 de abril, no clube do Sesi, em Maceió-AL. Cerca de 400 atletas, entre 12 e 20 anos, de 27 clubes do Nordeste disputaram o Torneio. O título ficou com o clube Grêmio Cief, da Paraíba.

Os pernambucanos da AABB ficaram com a segunda colocação, a equipe do Nikita terminou em terceiro e o clube do Sport ficou com a quinta colocação da competição, com 29 medalhas, sendo 11 de ouro.

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Duas atletas bateram recorde no torneio. Nos 50m borboleta, a vice-campeã mundial Clarissa Rodrigues, ficou em primeiro lugar e bateu recorde com 30seg80. A atleta também levou o Troféu Eficiência da categoria Infantil 1. Outra nadadora que atingiu marca inédita foi Isa Galinda, que ganhou dois ouros, uma prata e um bronze, com 32seg77 nos 50 metros costas.

 

Em uma das etapas mais rápidas da história do Campeonato Pernambucano Absoluto de Natação, com pouco mais de 30 minutos de duração, a equipe do Nikita/Sesi segue na frente por mais um título do campeonato com 225 pontos, o Sport vem em segundo com 63 pontos e em terceiro a AASM com 44 pontos.

Nos 50m peito feminino, Caroline Gomes (Sport) venceu, com o tempo de 38s20. A segunda colocação ficou com Maria Costa (Nikita/Sesi), com 38s73 e em terceiro lugar ficou Juliana Fell (Sport), com 40s11.

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No masculino, deu dobradinha do Nikita na prova dos 50m peito. Caio Oshima em primeiro, com 33s51 e Caio Pereira, com 34s92, na segunda colocação. O terceiro lugar do pódio ficou com  Romulo Lima (Sport), com 35s77. Já nos 200m borboleta feminino, Paula Batista (Nikita/Sesi) garantiu o ouro, com 2m41s07, em segunda Julia de França, com 2m47s06 e chegando na terceira colocação, Maria Medeiros, com o tempo de 2m49s11.

Nos 200m borboleta masculino, Bruno Goes (AASM) conquistou seu segundo ouro na competição, marcando o tempo de 2m21s13, em segundo Daniel Lindoso (Nikita/Sesi), com 2m21s26 e Daniel Arnaud ficou com o bronze fazendo 2m22s25.

Um dos momentos mais emocionantes da segunda etapa, foi a tomada de tempo da atleta Mariana Fernandes (Nikita/Sesi) que estava em busca do índice para o campeonato Brasileiro Juvenil em novembro de 2011. Foram cinco tentativas para garantir o índice de 29s50 na prova dos 50m livre feminino. As duas primeiras vezes foram no Campeonato Pernambucano de categorias realizado no ínicio de outubro também no Sport e mais três tentativas nesse absoluto. Ontem, por duas vezes o índice bateu na trave 29s53 na primeira tentativa e 29s54 na segunda. Finalmente nesta quinta na tomada de tempo ela conseguiu o índice fazendo a marca de 29.25.

“Eu sempre tive índices em várias provas do Brasileiro, mas como estava parada por um ano, eles perderam a validade. Agora que consegui, vou viajar para completar o revezamento e ajudar minha equipe na competição”, falou Mariana, alegre por ter conseguido o índice.

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