Algumas horas depois de ser anunciada a interdição da Casa Rosada, o estabelecimento foi liberado pela Prefeitura do Recife. Com o argumento de descumprimento do decreto municipal 27.248/2013, referente à segurança em casa de festas, o poder público municipal havia fechado o estabelecimento pela falta de um adesivo informando a capacidade máxima de pessoas.
Segundo a assessoria da Casa Rosada, a Secretaria Executiva de Controle Urbano (Secon) solicitou que fosse fixado o aviso na área externa do espaço, informando o número de pessoas que o espaço comporta, bem como o termo de responsabilidade da diretoria assumindo que a casa comporta esse número de convidados no espaço, no caso, 740 pessoas.
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Questionada se a interdição imediata, antes de uma possível negociação para solução dos problemas, não seria a melhor medida a ser tomada, a secretária da Secon, Cândida Bomfim, afirmou que a ação é fundamentada na lei. “O decreto é claro e diz que, se a empresa desobedecer as exigências, a interdição é automática. Não queremos interditar nenhuma. Porém, é do somatório das pequenas coisas que ocorrem as grandes tragédias”, disse Bomfim, ao explicar que algo negativo acontecer, a responsabilidade cai nas costas da Prefeitura e do Corpo de Bombeiros.
“Se (a empresa) sabia que os documentos eram necessários, por que não providenciaram antes? Nossa intenção é essa, colocar a empresa numa situação que faça ela resolver as pendências”, explicou a secretária. De acordo com Cândida, a pretensão é tornar as fiscalizações como rotina da Secon, não ações esporádicas.
Mais casas interditadas – Também nesta quarta-feira (29), a Associação Atlética Banco do Brasil (AABB) foi interditada pela equipe de vistoria. Cândida Bomfim esclareceu que o espço tinha um atestado de regularidade dos Bombeiros, mas fez uma obra fechando um dos salões e tornou o documento desatualizado. “O salão de festa foi todo confinado, modificou a estrutura e a capacidade máxima anterior, para duas mil pessoas, tornou-se inexistente. Tem que fazer um novo projeto”.
Outro estabelecimento interditado nesta quarta-feira (29) foi o Clube Português. O LeiaJá escutou a gerente geral do espaço, que explicou que havia uma divergência entre documentos de órgãos públicos. “No documento da Prefeitura do Recife eram 12 mil e no do Corpo de Bombeiros (CBMPE) eram 5.146”, explicou Maria Auxiliadora, que acrescentou que o espaço deve ser liberado em 24h. “Teremos show apenas no final de semana e até amanhã iremos resolver esses problemas”, garantiu.
Com informações de Pedro Oliveira