A Universidade Guarulhos (UNG) promove uma série de palestras, mesas-redondas e oficinas gratuitas, até a próxima sexta-feira (28), durante a Semana Pedagógica, que este ano traz o tema “Formando educadores conscientes do seu papel na sociedade”. O evento tem como objetivo proporcionar o diálogo sobre o exercício da profissão com os estudantes, educadores e a comunidade.
“Como trabalhar a saúde mental com as crianças?”; “Esperançar: Histórias de Resistência e Bem Viver”; e “O trabalho com brinquedos nas dificuldades e transtornos de aprendizagem” são alguns dos temas que fazem parte da programação. Interessados em participar não precisam realizar inscrição, basta comparecer à Universidade. O evento será realizado em três ambientes - Auditório do prédio da Pós-Graduação, Anfiteatro F e Sala de Metodologia Ativa.
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“Serão trabalhados temas de relevância social e educativa. A programação terá profissionais com diferentes olhares, a exemplo do subsecretário da Igualdade Racial de Guarulhos, Anderson Guimarães, para possibilitar um momento acadêmico de trocas de experiências e aprendizagens”, afirmou a coordenadora do curso de Pedagogia da UNG, Vanessa Patrício.
A Semana da Pedagogia também irá arrecadar alimentos não perecíveis, que serão destinados à ONG Mel do Bem, presidida pela ex-aluna do curso, Vitória Nascimento. Os participantes que puderem colaborar, podem entregar a doação no Setor de Extensão, localizado no Prédio L.
Programação:
Manhã - 8h às 10h
28/10 - Oficina: Como trabalhar a saúde mental com as crianças? - Palestrante: Debora Rodrigues
Local: Auditório - Prédio da Pós-Graduação
Noite – 19h30 às 22h
26/10 - Mesa: Esperançar: Histórias de Resistência e Bem Viver – Palestrantes: Cosme Nascimento, Claudia Maria de O. Souza, Vera Aparecida dos Santos, Inaiá Araújo - Mediação: Veruschka de Sales Azevedo
Local: Anfiteatro F
28/10 - Oficina: O trabalho com brinquedos nas dificuldades e transtornos de aprendizagem – Palestrantes: Gabriela Centenaro e Marcelo Flório
A Prefeitura de Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR), por meio da Secretaria Municipal de Educação, realiza seleção de estagiários das áreas de licenciatura em pedagogia e psicologia. Os interessados em participar da seletiva devem comparecer à Gerência Pedagógica e/ou Gerência de Pessoal da Secretaria Municipal de Educação, situada na Rua Floriano Peixoto, S/N, Centro - Paulista.
Para realização da candidatura, os estudantes devem entregar as seguintes documentações: currículo, foto 3X4, comprovante de residência, RG e CPF (cópias), assim como, declaração da faculdade. Os selecionados receberão bolsa no valor de R$ 700 e R$ 100 para deslocamento.
A UNAMA – Universidade da Amazônia, campus Ananindeua, promove, nesta quinta-feira (31), das 18h30 às 21 horas, o seminário “Impactos Sociais do Racismo Estrutural no Brasil e nas Amazônias''. O evento tem como objetivo discutir as formas como o racismo afeta a sociedade. Os interessados podem se inscrever pelo do site extensao.unama.br.
O seminário, organizado pelos cursos de Pedagogia e Serviço Social da UNAMA Ananindeua, terá como convidados o geógrafo Aila Colares, doutor em Geografia Humana, e a estudante de Jornalismo Júlia Martins, militante do movimento negro, feminista e estudantil do Coletivo de Juventude Nacional Afronte.
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A professora Altair Klautau, docente dos cursos de Serviço Social e Pedagogia da UNAMA, lembra que a luta de combate ao racismo deve ser de todos. “Levar essa discussão para o meio acadêmico vai nos proporcionar entender melhor algumas questões sobre esse racismo estrutural e como devemos combater e trabalhar políticas públicas para ajudar a diminuir os efeitos desse crime na sociedade”, destacou.
Serviço
Seminário: Impactos Sociais do Racismo Estrutural no Brasil e nas Amazônias.
O movimento de pedagogia Mais Paulo Freire, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), fez uma postagem, nessa quinta-feira (18), solicitando reajuste das bolsas dos estagiários de escolas públicas do Recife.
"Nós, da categoria, sentimos que a muito tempo os estagiários das escolas municipais do Recife, estão sem reajuste das bolsas. Diante disso, alguns estudantes entraram em contato para compartilhar a situação conosco, e nós, do movimento mais paulo freire não poderiamos ficar calados diante desses fatos", explicou o movimento, plelas redes sociais.
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Por conta da situação, o grupo se mobiliza, por meio de um grupo de WhatsApp, para realizar reuniões e debater sobre o tema. "Estamos nos mobilizando para reunir e debater formas de reincidicar um reajuste no valor das bolsas e melhores condições de trabalho para nós docentes em formação", diz a postagem.
"Estagiário dando aula como se fosse professor, porque não abrem concurso tem uns 10 anos. Pegando várias turmas e recebendo os míseros R$350 que a Prefeitura do Recife paga, por meio de repasse a empresas", comentou uma internauta.
O patrono da educação do Brasil, Paulo Freire, é tema de disciplina em curso de pedagogia na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). As professoras responsáveis são Eliete Santiago e Marília Gabriela, ambas da Cátedra Paulo Freire da UFPE. As aulas começam em 8 de fevereiro, sempre às terças-feiras.
O curso é destinado a estudantes de graduação da UFPE e de outras instituições de Ensino Superior (IES), egressos da UFPE e portadores de diploma. A matrícula para estudantes regulares da UFPE acontece no Siga até o dia 20 deste mês, e as inscrições para as demais pessoas serão nos dias 25 e 26 deste mês.
As inscrições para o concurso da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) seguem abertas até este domingo. A seleção é detsinada ao cargo de professor de pedagogia. As candidaturas podem ser feitas por meio do sistema eletrônico de informações (SEI).
Ao total, são três vagas para atuar na Unidade Acadêmica de Educação Infantil, com a jornada de 40 horas semanais. Para se candidatar é preciso ter a graduação completa em pedagogia. A taxa de inscrição custa R$ 75,00.
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Segundo a retificação do edital, o cronograma das demais atividades tambem foi modificado. A nova data da prova didática, etapa única do processo seletivo, será realizada no dia 4 de fevereiro de 2022. As demais datas após a avaliação prática ainda serão divulgadas.
Crianças da rede municipal de ensino de Belém participaram de uma programação especial em alusão ao Dia da Consciência Negra. A atividade foi organizada pela Faculdade UNINASSAU Belém, por meio do curso de Pedagogia, dentro da Escola Municipal de Educação Infantil "Direito de Ser Criança". O público presenciou contação de histórias de valorização da diversidade nas relações humanas.
O evento faz parte das atividades de extensão da unidade Quintino Bocaiúva. Foi mediada pela professora Milene Vasconcelos Leal, docente da disciplina "Relações Étnico Raciais", que também já lecionou no Colégio Municipal assistido no projeto. Acadêmicos de diversos semestres estiveram presentes.
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De acordo com o coordenador do curso de Pedagogia da UNINASSAU Belém, Igor Belo, essa foi uma ação integrada, visando construir uma sociedade mais igualitária, justa e sem preconceitos. "Foi desenvolvido um planejamento, com elaboração e execução desse dia em alusão ao Dia da Consciência Negra, no qual alunos do curso de Pedagogia fizeram contação de histórias que trata da valorização da diversidade nas relações humanas, buscando construir uma sociedade com menos discriminação racial", disse o gestor.
Os acadêmicos também ficaram responsáveis pelo ensaio e produção de painel, histórias, músicas e brindes para as crianças. "Para os discentes, foi um momento de engajamento social, planejamento e ação, uma preparação para o exercício da docência na prática. E, para as crianças, foi um momento de aprendizado, debate e interação, pois elas se posicionaram também sobre o tema abordado, trazendo à tona a questão do racismo, visando romper com práticas de discriminação", finalizou o coordenador.
Morta aos 24 anos, meses antes de se formar como pedagoga pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Remís Carla Costa recebeu diploma In Memorian e teve um dos laboratórios do campus Recife batizado com seu nome. Nesta terça-feira (9), cerca de quatro anos após o assassinato, o ex-namorado e acusado de feminicídio será julgado por júri popular.
Natural de uma família humilde, o pai da vítima Carlos Costa lembra do esforço da filha pela formação e se mostrou surpreso pela forma brutal que ela foi morta às vésperas do Natal de 2017.
O reitor da UFPE, Alfredo Gomes, foi ao Fórum Thomaz de Aquino, área Central do Recife, para acompanhar o julgamento e prestar solidariedade à família. "Nós esperamos que seja devidamente justiçada. Que a pessoa que cometeu o crime seja devidamente julgada e punida pelo que fez", reforçou.
Assassinada em novembro de 2017, a estudante teria se formado em junho do ano seguinte e, em maio de 2018, recebeu Diploma Especial de Graduação In Memoriam do departamento de Pedagogia da instituição. Remís também foi homenageada ao dar nome a um dos laboratórios da UFPE.
Na época, Alfredo era diretor do Centro de Educação e recorda o sentimento de tristeza nos corredores com a morte da aluna. "Nós ficamos realmente muito abalados com o assassinato dela. A universidade fez todos os esforços para apoiar a família e dar maior assistência possível, e também para apoiar no sentido que o julgamento viesse a ser realizado com maior celeridade possível", comentou.
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O acusado
O réu é Paulo César Oliveira da Silva, que na época tinha 25 anos, e teria enforcado a estudante durante uma briga. Ele é acusado de ocultar o corpo a cerca de 400 metros de casa, no bairro da Várzea, na Zona Norte da capital.
Após o crime, Paulo César fugiu para o município de Vicência, na Mata Norte de Pernambuco, mas foi capturado e preso há quatro anos.
O Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) promove seleção simplificada para profissionais nas áreas de pedagogia e fisioterapia. O período de inscrições vai de 20 a 24 de setembro, por meio do preenchimento de um formulário eletrônico.
O certame oferece uma vaga para cada um dos cargos, e os selecionados deverão cumprir uma carga horária de 30 horas semanais. Os salários para os aprovados, segundo o Imip, variam de R$1.746,46 a R$2.426,11.
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Para participar, é preciso apresentar obrigatoriamente a seguinte documentação: documento oficial de identidade com foto; certificados e diplomas de conclusão de curso, emitidos por instituições oficialmente reconhecidas pela autoridade pública competente; e documentos comprobatórios de experiência e/ou pós-graduação com tempo especificado emitidos por instituições reconhecidas pela autoridade competente.
Segundo o edital da seleção, o processo será feito em duas etapas, sendo a primeira uma avaliação curricular dos candidatos, de caráter eliminatório. A segunda etapa, de caráter classificatório, consiste em uma entrevista presencial com o comitê avaliador. O resultado está previsto para ser divulgado no dia 13 de outubro.
O Instituto Federal do Piauí (IFPI) anuncia seleção simplificada que visa a contratação de um professor substituto de pedagogia, para atuação no Campus Picos. As inscrições terão início na segunda-feira (2) e seguirão até 6 de agosto.
Os candidatos interessados em pleitear a vaga precisam comparecer na Coordenação de Gestão de Pessoas do Campus Picos, localizado na Avenida Pedro Marques de Medeiros, sem número, Bairro Pantanal. A seleção será por meio de títulos e realização de prova de desempenho didático.
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O candidato selecionado ocupará o cargo por período determinado, por até um ano, conforme descrito no edital. Ele receberá um salário inicial de R$ 3.130,85 mais benefícios.
O início das atividades está previsto para 10 de abril. O número de vagas é limitado em 40. Gratuita, a formação continuada abordará os conhecimentos didáticos para professores que trabalharão com álgebra nos anos iniciais do ensino fundamental. A formação será ofertada em parceria com a Sociedade Brasileira de Educação Matemática (SBEM), e com o apoio dos programas de Pós-Graduação em Ensino de Ciências da UFRPE e em Educação Matemática e Tecnológica da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
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A proposta da extensão é voltada para coordenadores pedagógicos, professores dos anos iniciais do ensino fundamental, professores de matemática dos anos finais e ensino médio, que tenham interesse pelo tema, e alunos dos cursos de pedagogia.
As aulas serão realizadas de forma remota, com encontros virtuais a cada 15 dias, aos sábados pela manhã. Entre os temas que serão abordados no curso estão orientações curriculares para o ensino de álgebra nos anos iniciais; pensamento algébrico; propriedades da igualdade; sequências e padrões, e a teoria da objetivação. Ao final, será emitida certificação de 60 horas. Mais informações podem ser obtidas pelo email: jadilson.almeida@ufrpe.br
O Grupo Eleva Educação, holding de educação básica, está com vagas abertas para seu Programa de Estágio 2021 destinado a estudantes de pedagogia, com previsão de conclusão de curso entre dezembro de 2021 e julho de 2022. Interessados devem se candidatar até o dia 17 de janeiro por meio do site da seleção.
O programa terá duração de um ano letivo, previsto para começar em março, e visa desenvolver as competências dos participantes em diferentes áreas da educação. As oportunidades são para atuar na área de gestão escolar nas escolas da marca espalhadas pelo Brasil.
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Os candidatos passarão por uma seleção composta por análise curricular e teste de português. Ao serem selecionados, os estagiários trabalharão 30 horas semanais. O Grupo não informou a quantidade de vagas e nem o valor das remunerações. Confira mais detalhes por meio do site do processo seletivo.
Na última quinta-feira, 17, foi realizada a ação Natal da Esperança, promovida pela UNAMA - Universidade da Amazônia e faculdade UNINASSAU. Foram entregues cerca de 500 brindes para estudantes de ensino infantil e fundamental de escolas municipais de Belém. É também uma iniciativa das atividades do Estágio Supervisionado do curso de pedagogia da UNINASSAU Belém.
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Segundo a professora Cacilene Tavares, o objetivo da atividade foi favorecer um momento de descontração, esperança e a empatia na prática. “A ação atendeu cerca de 280 crianças dos anos iniciais do ensino fundamental da Escola Municipal Ruy da Silveira Brito e 190 crianças da Unidade Pedagógica Lions Club, que receberam das mãos dos estudantes de Pedagogia singelas lembranças contendo materiais escolares e guloseimas para alegrar o coração da meninada”, contou.
“Tivemos como participação especial a presença do Papai Noel, as ajudantes de Papai Noel e vários personagens que de forma lúdica encantaram este momento, trazendo o sentido do Natal aos corações de todos: o Natal da Esperança, do (re) nascimento”, explicou a professora Cacilene.
Para Caciele, foi um momento de união de todas as unidades que ofertam o curso de Pedagogia do Grupo Ser Educacional nas cidades de Belém e Ananindeua, além de proporcionar a integração dos alunos da UNINASSAU com a UNAMA, no que se refere à responsabilidade social humanizada nos tempos de pandemia que se vive. “Ver o sorriso estampado no olhar das crianças e dali nascer a esperança de viver num mundo melhor é imensurável e nos dignifica”, ressaltou.
“Trazer a Residência Pedagógica do curso de Licenciatura em Pedagogia para vivenciar novas práticas de estagio supervisionado, confrontando-os com a realidade da escola hoje, só nos faz crer que estamos formando pedagogos que saberão de sua responsabilidade frente a função social da escola”, concluiu a professora Cacilene Tavares.
Foram seguidos todos os protocolos de segurança contra a covid-19.
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) anunciou, nessa sexta-feira (27), a abertura das inscrições para os cursos de licenciatura em pedagogia e computação, na modalidade à distância, distribuídas em cinco polos de apoio presencial da Universidade Aberta do Brasil (UAB): Bicas, Durandé, Itamonte, Monte Sião e Confins, todos no estado de Minas Gerais. Os cursos e vagas variam conforme o polo. Ao todo, há 164 vagas ofertadas.
Os interessados podem realizar as inscrições até às 18h, do dia 2 de dezembro, no site da Coordenação Geral de Processos Seletivos (Copese). No período da inscrição, o candidato deve ler atentamente as instruções, preencher o formulário com seus dados completos e enviá-los eletronicamente, efetivando, assim, o seu cadastramento no processo de seleção. Em seguida, deve imprimir a Guia de Recolhimento da União (GRU) correspondente à taxa de inscrição, no valor de R$ 120, e efetuar o pagamento até às 20h do dia 2 de dezembro, exclusivamente no Banco do Brasil, de acordo com a UFJF.
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Vale pontuar que os candidatos podem optar por uma das modalidades de ingresso, que envolvem aproveitamento da pontuação obtida no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), considerando as cinco das edições mais recentes do exame, concorrendo à proporção de 90% do total das vagas; disputa das vagas destinadas a professores da rede pública de ensino, em exercício, sem formação inicial em nível superior; ou ainda às vagas voltadas para aqueles que não possuem formação na área em que atuam, na proporção de 10% do total.
De acordo com o edital, o candidato deve optar por dois polos, em ordem de preferência, onde pretende cursar a graduação escolhida. As vagas em cada uma das modalidades, cursos e polos respeitam os limites das vagas existentes. Havendo número de inscritos superior na modalidade para professores, o critério de escolha será de acordo com o maior tempo de serviço. Persistindo o empate, com o de maior idade. A divulgação do resultado final do processo de seleção está prevista para 8 de dezembro, a partir das 15h, no site da Copese.
A pandemia da covid-19 obrigou as escolas a adotar o Ensino a Distância (EAD), com regime remoto. Muitas crianças, no entanto, enfrentam dificuldades nesse modelo, sobretudo aquelas que possuem necessidades especiais, e também no retorno às aulas presenciais.
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A administradora Rita Bezerra, de 39 anos, mãe de um filho autista, relata os problemas de adaptação do aluno. "Ele teve muita dificuldade, principalmente por conta da ansiedade, porque como tudo é no tempo dele, às vezes ele não queria fazer as atividades em casa", disse Rita.
"O material dele é adaptado para o Transtorno do Espectro Austista (TEA), e as professoas me informaram quais atividades fazer nos livros. Ele não consegue acompanhar aulas no computador, por isso faz atividades impressas ou no livro", comentou a administradora.
Rita alega que a escola deveria dispensar maior atenção às crianças especiais nesse momento. "Antes da pandemia ele costumava frequentar aulas com crianças mais novas e passou a comparecer com jovens da idade dele, o que acabou prejudicando essa interação. Com isso, eu e o meu marido compramos um piscina de plástico para ele brincar com os irmãos e melhorar o contato", frisou.
Rose Mary, pedagoga, disse que o importante com as crianças especiais é estabelecer uma rotina. "É fundamental para as crianças ter um horário pra brincar e pra estudar", destacou.
Rose também deu dicas sobre como os pais devem lidar com a ansiedade dos filhos por não poderem sair de casa e interagir com outras crianças. “Minha experiência como professora e mãe me fez ver que assistir filmes em família, realizar antigas brincadeiras educativas como detetive ou jogos de tabuleiro como banco imobiliário fazem você interagir com seu filho e ter um contato que ajuda no controle da ansiedade.”
Carla Guerra Teixeira, psicóloga e especialista em Saúde Mental e psicanalista em formação pelo Círculo Psicanalítico do Pará (CPPA), disse que, além dos cuidados contra a covid-19, é necessário ter cautela com os costumes criados. “Aos pais de filhos com alguma síndrome ou transtorno, é interessante pensar na mudança de rotina, já que estamos há mais ou menos sete meses sem acesso as aulas presenciais”, disse a psicóloga.
"Então, principalmente crianças com autismo podem sentir muito mais desconforto a esse retorno do que outras que não possuem dificuldades às mudanças bruscas em seus hábitos. Um conselho seria acolher essas crianças, dando voz ao que elas têm a dizer aos pais, avós ou professores”, observou.
A psicóloga acredita na necessidade de amparo da criança para uma melhor produtividade. “O rendimento escolar, mesmo sendo presencial, é específico para cada aluno. Aquele aluno ou aluna que possui algum tipo de dificuldade, seja cognitiva, física ou comportamental, pode apresentar baixo rendimento, já que sua atenção e concentração podem sofrer desestabilidades com as mudanças do ambiente”, afirmou Carla.
“O importante seria realizar um acompanhamento psicopedagogo e/ou psicológico para manter um acolhimento e conduzir de forma específica, dependendo da necessidade de cada criança”, finalizou.
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação (Semec), na segunda-feira (19) houve o retorno às aulas de 33% dos alunos do 6º e 7º anos, com limite de 12 alunos por turma. Essa é a terceira etapa de cinco para a volta. O quarto estágio tem previsão de início para o dia 3 de novembro.
Ausência da dinâmica escolar, acúmulo de tarefas e desgaste mental. Estes são alguns pontos a serem observados durante a alfabetização remota em tempos de pandemia. A tarefa que, quando aplicada convencionalmente já apresenta suas dificuldades, considerando os recortes sociais, se faz ainda mais desafiadora quando grande parte do aprendizado é realizado em casa.
Sobre estes recortes, a pedagoga Suely Batista Rios, professora da rede pública da Prefeitura de Guarulhos, analisa que nos lares de famílias numerosas, que têm apenas um computador ou outro aparelho onde são reproduzidas as aulas e que é usado por todos, os desafios são maiores. "Muitas crianças não conseguem acompanhar os saberes em casa, nem pela televisão, pois o sinal de transmissão do canal não pega no bairro onde atuo", conta.
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Já sobre a adaptação a um novo ambiente de aprendizado, que, por variados fatores, refuta o direito a uma condição escolar básica ao educando, a psicóloga clínica Ana Caroline Boian afirma que a quantidade de tarefas dadas aos alunos, em conjunto com os outros afazeres dos responsáveis, é o ponto mais desgastante para todos os envolvidos. "Neste momento, não é preciso desenvolver toda a demanda dos afazeres escolares. Para os dias mais estressantes, onde as distrações se fazem maiores, é preciso apresentar novas atividades, como fazer uma receita com os responsáveis, onde as crianças estarão trabalhando a cognição e o raciocínio", diz.
Outro ponto observado por Ana é sobre a cobrança dos responsáveis em desenvolver todas as atividades. "Realizar tarefas como cuidar da casa, alimentação, rotina escolar e do trabalho remoto, ao mesmo tempo, nem sempre dará certo. Este não é o melhor momento para cobrar perfeição de alguém", sugere a psicóloga.
É o que acontece com a estudante de Pedagogia Petra Nuí, 25 anos. Mãe solo de uma criança de cinco anos, ela afirma que dar conta de todas as tarefas, incluindo as enviadas pelo colégio do filho, não é fácil. Assim, avaliando as situações, Petra propõe outras atividades além das escolares. "Os pais de crianças de quatro a seis anos podem encontrar outras alternativas de desenvolver a alfabetização. Visto que manter o foco dessas crianças em frente a um computador ou o realizar tarefas em um ambiente onde a proposta inicial é outra, é praticamente impossível", finaliza a a pedagoga Suely.
A Faculdade UNINASSAU Natal, por meio da coordenação do curso de Pedagogia, realiza, no próximo dia 26 de agosto, uma palestra intitulada "Pedagogia: Perspectiva e Mercado”. O evento será gratuito e as inscrições podem ser feitas pelo site extensao.uninassau.edu.br.
A palestra será aberta à população e tem como objetivo aprofundar os conteúdos sobre a pedagogia voltada para as mudanças de mercado que surgiram com a pandemia. Além disso, busca reconhecer as diferenças e abrir discussões sobre o assunto.
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De acordo com o diretor da UNINASSAU Natal, André Lemos, a atividade trará a oportunidade para os participantes compreenderem um pouco mais sobre o tema e todas as mudanças que vieram junto com a pandemia. "Nosso propósito é demonstrar uma abordagem profunda do tema, com o objetivo de explorar os elementos envolvidos no mercado e as oportunidades da Pedagogia nesse período. Nossa intenção é qualificar os processos de ensino e de aprendizagem", pontuou.
O especial "Estudante, você também é herói", produzido pelo LeiaJá, traz, agora, a rotina de uma universitária. Ana Beatriz, de 23 anos, enfrentou desafios pessoais e encara os duros obstáculos ocasionados pelo novo coronavírus. Perseverante, a jovem aposta sonhos no pedagogia como ferramenta de desenvolvimento educacional. Foto: Cortesia.
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“É o meu sonho e, apesar disso tudo, eu vou enfrentar e eu vou conseguir realizá-lo”. O pensamento otimista da estudante de pedagogia Ana Beatriz da Silva de Miranda, 23, é uma injeção de perseverança que por pouco perdeu seu brilho. É trancada em um quarto, em cima de uma cama, longe por alguns instantes da filha Raabe da Silva Miranda, de apenas dois anos, e convivendo com o som dos carros e pessoas na rua, que a graduanda participa das aulas remotas da instituição de ensino em que realiza o curso.
Da jornada estudantil à pandemia da Covid-19
Ana Beatriz, como prefere ser chamada, nasceu e passou a maior parte da infância em Andaraí, bairro localizado na Zona Norte do Rio de Janeiro. Aos dez anos, chegou ao estado de Pernambuco em companhia de sua mãe, Deodete Maria da Silva, 66 anos, e do pai, João Minervino da Silva, 69 anos, ambos nascidos e criados na cidade de Pombos, terra conhecida pelas plantações de abacaxi, no interior pernambucano.
Em Pernambuco, Ana morou no bairro da Cohab, localizado no município do Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife, onde fez os ensinos fundamental e médio. Em 2016, começou a caminhada na graduação no curso de pedagogia. A jovem acordava às 5 horas para sair de casa às 5h45. Nesse meio tempo, tomava banho, arrumava a bolsa com os materiais de estudo, preparava e tomava o café da manhã, quando conseguia.
Ao sair de casa, fazia um percurso que durava mais ou menos dez minutos andando até o terminal do ponto de ônibus, que a levava para o Terminal Integrado (T.I.) de Cajueiro Seco e, de lá, pegava a segunda condução do dia para chegar ao centro da cidade do Recife.De segunda-feira a sexta-feira, a jovem repetia o mesmo trajeto, que levava cerca de duas horas. Todo o esforço era feito para chegar à UNINABUCO - Centro Universitário Joaquim Nabuco, localizado na Avenida Guararapes, no Recife.
“Do Terminal Integrado de Cajueiro Seco, eu tinha duas opções. Pegava outro ônibus ou o metrô para o centro do Recife. A aula começava às 8h20. Eu conseguia chegar 10 minutos antes”, detalha Ana Beatriz em entrevista ao LeiaJá. “Quando saía de lá [da faculdade], fazia o mesmo trajeto para retornar, chegava em casa por volta das 13h30”, completa.
No primeiro semestre de 2016, a taxa de desocupação no Brasil era de 11,2%, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nesse mesmo ano, durante o primeiro período do curso de pedagogia, a estudante fazia parte desse percentual. Sem estágio ou emprego fixo, Ana Beatriz só podia contar com a ajuda da sua mãe Deodete, para pagar a mensalidade do curso.
Neste ano de 2020, a Pnad Contínua registrou que a taxa de desocupação no Brasil ficou em 13,3% no trimestre encerrado em junho. Ana Beatriz ainda faz parte dessa parcela de brasileiros.
Acesso ao ensino superior
“Quando eu estava concluindo o ensino médio, eu queria cursar letras, mas quando terminei e fiz a prova do Enem - Exame Nacional do Ensino Médio - pensei que era minha única oportunidade. E por causa do nervosismo, acabei não conseguindo uma boa nota para ingressar na universidade com uma bolsa de estudos”, relata a estudante.
“Eu também não queria esperar mais! Eu queria iniciar minha graduação em 2016. Então assim, a pedagogia era minha segunda opção, mas não imaginada que sempre foi a primeira opção no meu coração. Eu não me arrependo dessa escolha”, diz, afetuosamente.
No segundo semestre do mesmo ano, a graduanda começou a estagiar em uma creche, localizada no bairro da Várzea, Zona Oeste do Recife. Foi assim no segundo e depois no terceiro período.
Ao concluir o quarto período da graduação, uma notícia surpreendeu Ana e seu Marido, Anderson Miranda, de 26 anos. “Eu descobri que estava grávida”, revela. “Então, por estar desempregada, precisei pausar o curso. Fiquei dois anos sem estudar e sem trabalhar, sendo o primeiro ano da gestação e o segundo ano passei cuidando da minha filha”, explica Ana Beatriz.
No final de 2019, a filha do casal, Raabe, já estava com um ano. “Com o apoio do meu marido, consegui voltar aos meus estudos. Fiz a rematrícula no quinto período e já consegui concluí-lo. Já estou matriculada no sexto período e pretendo não interromper mais meu curso", comenta.
No Brasil, há 2.537 instituições de ensino superior, segundo o Censo da Educação Superior de 2018, o mais recente, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Rede de apoio e desafios
Ana Beatriz conta com familiares a amigas e amigos nessa jornada até sua formação em pedagogia. Em entrevista ao LeiaJá, Anderson, o marido da estudante, enfatiza que o empenho de sua companheira é essencial para que ela alcance seus objetivos e, assim, proporcione algo melhor para si e para a sua família. “Tanto ela quanto eu nos dedicamos aos estudos com essa finalidade. E desde sempre eu incentivei ela a continuar nesse caminho. Quando a gente recebeu a notícia de que ela estava grávida, ela optou por parar [a faculdade], mas se fosse por mim eu não queria”, conta.
Ana destaca o apoio de seu marido e o amor de sua família. Foto: Cortesia
“Isso me ajudou a não desanimar”, reforça Ana Beatriz, que expressa gratidão ao apoio recebido.
Para que Ana pudesse ir à faculdade, sua filha Raabe, agora com dois anos, era cuidada por sua mãe ou outro membro da família que estivesse disponível. Na casa, além de Ana Breatriz, o companheiro e a filha, moram a mãe e o pai da acadêmica, além da tia chamada Izabel Maria da Silva, 77 anos.
Diante da pandemia causada pelo novo coronavírus, as aulas presenciais foram suspensas e a situação ficou mais apertada para a estudante. No entanto, a futura pedagoga foi contemplada com o benefício do Auxílio Emergencial, do Governo Federal.
Entre um soninho e outro de Raabe, a mesa onde é servida as refeições das família transforma-se no local de estudo da graduanda. Diante do novo contexto, com restrições de circulação impostas pela pandemia da Covid-19, as aulas passaram do formato presencial para a forma remota.
Apesar de a conexão com os colegas de classe e professores ser a distância, sentada em uma cama e apoiando as costas na parede, Ana Beatriz permanece atenta às aulas, realiza atividades acadêmicas e fortalece laços afetivos com os amigos. “Isso, com certeza, é fundamental para o processo de ensino-aprendizagem”, opina a jovem.
“Quando essa responsabilidade vem junto com a maternidade, precisamos planejar nossa rotina e assim poder equilibrar todos os sonhos e atividades. Cuidar de uma criança, da casa da família, requer dedicação assim como manter as aulas em dia também. Por isso, um apoio familiar nesse momento auxilia bastante, porque além da ajuda física, temos o suporte emocional, de ajudar o aluno a não desistir, afinal estamos falando de um crescimento pessoal e profissional e que diretamente irá impactar nas condições financeiras do futuro", afirma a psicóloga clínica Márcia Karine.
“O conselho para estudantes que têm a responsabilidade da maternidade, do trabalho home office, das tarefas de casa e dos estudos é: organize seu dia a dia, gerando um rotina. Assim você conseguirá dar conta das obrigações sem desistir do sonho de concluir sua faculdade. Peça ajuda aos seus familiares, eles poderão compor esse quadro de apoio. Ajuda também a diminuir os quadros de ansiedade e o medo do fracasso”, recomenda a psicóloga em conversa com a reportagem do LeiaJá. A profissional também é coordenadora do curso de psicologia UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau
Ana Beatriz nos revela que não sabe “como será esse novo período”. Acredita que “provavelmente vai continuar com aulas remotas” e, mesmo não gostando muito da modalidade, diante as circunstâncias de emergência sanitária do Brasil, até prefere que seja assim.
“O processo de graduação a distância possibilita o planejamento dos horários de estudo de acordo com a rotina da casa. O que seria negativo é gerado pelo aumento da ansiedade que dá vazão ao medo, causado pelo acúmulo de tarefas não cumpridas. Hoje, temos um aumento dos quadros depressivos em virtude também de muitas atividades para serem cumpridas em um só momento”, diz a psicóloga.
Estima-se que mais de 18 milhões de pessoas sofram em decorrência de transtornos de ansiedade ante a pandemia global. Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS). Contudo, nossa estudante que intitula- se como "heroína de si mesma" segue com os seus planos.
“Quero muito passar em um concurso público e também quero fazer uma pós-graduação em educação infantil, eu gosto muito dessa área”, destaca Ana Beatriz. “Quero trabalhar, de preferência, em uma creche ou em alguma escola municipal mesmo, porque a educação está muito defasada. Eu quero contribuir com tudo o que aprendi, durante esses anos, para uma educação básica de qualidade”, declara a estudante.
Confira, abaixo, as demais matérias do especial “Estudante, você também é herói”. Nossos repórteres mostram as rotinas de alunos, da educação infantil à pós-graduação, durante a pandemia do novo coronavírus:
A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) provocou mudanças inesperadas na rotina das pessoas de todo mundo, influenciando também nas atividades diárias das crianças. Afinal o que fazer?
Segundo a especialista em Psicopedagogia Escolar e coordenadora do curso de Pedagogia da Universidade UNG, Vanessa Angélica Patrício, adequar a rotina nesse período de quarentena não significa transformar o dia a dia em uma planilha com atividades rígidas e inflexíveis, mas aproveitar esse momento também em prol do desenvolvimento da criança, levando em conta o seu tempo e suas necessidades”, explica.
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Não se desespere! Confira algumas dicas da pedagoga
- Elabore, junto às crianças, uma rotina com um calendário visual, com desenhos e cores. Construa com eles esse planejamento de atividades diárias. Assim, os pequenos se sentirão parte do processo. Permitir que eles também nos mostrem o caminho;
- É importante não confundir esse período com férias, por isso, mantenha horários para hora de tomar banho, comer e dormir;
- Defina momentos para os estudos, mas use estratégias com músicas, histórias infantis, brincadeiras. É importante incluir atividades que aumentam a concentração, despertem a curiosidade e a coordenação motora. Utilize também a tecnologia a favor da aprendizagem, com jogos pedagógicos compatíveis com a faixa etária e atividades manuais, como montar brinquedos com materiais recicláveis;
- Reserve momentos para cantar, ouvir músicas, assistir filmes e dramatizar, por exemplo. Quebra-cabeças, jogos dos sete erros, adivinhação, jogos de memória, desenhar e, até mesmo, fazer exercícios como meditação. Use a criatividade. As opções são infinitas;
- Atenção aos excessos e lembre-se da importância do brincar livre, sem o comando direto de um adulto, pois não precisa intervir o tempo todo no que deve ser feito. A dica é nada de atividades rígidas e inflexíveis para que tudo isso aconteça de modo saudável e pleno;
- Aproveitar este momento para estreitar laços familiares. Esteja próximo da criança, monitorando e acompanhando com olhar de encorajamento e admiração ao que eles são capazes de fazer;
Portanto, avalie se a rotina criada pode, de fato, contribuir para o desenvolvimento e à vida da criança. O importante é criar e otimizar alguns hábitos que impactem de forma positiva e que você também possa conciliar com as atividades da família.
Medicina, direito, engenharia, pedagogia e licenciaturas estão entre as carreiras mais procuradas por estudantes de 15 anos em 41 países. No Brasil, quase dois a cada três estudantes pretendem seguir as dez profissões mais citadas no questionário do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) 2018 por aqueles que fizeram as provas.
Os resultados estão no estudo “Empregos dos sonhos? As aspirações de carreira dos adolescentes e o futuro do trabalho”, divulgado hoje (22) pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A publicação analisa, entre outras, as respostas à pergunta: “Qual profissão você espera ter aos 30 anos de idade?”, feita aos participantes do Pisa. O levantamento analisa ainda os resultados dos países que participaram da edição do exame em 2000 e em 2018.
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“As aspirações profissionais dos jovens são importantes”, diz o estudo. “As aspirações de carreira dos adolescentes são um bom preditor dos empregos que os alunos podem ocupar quando adultos”, observa. A intenção é mostrar também como essas aspirações mudaram ao longo do tempo.
Ranking por gênero
Os rankings das profissões mais desejadas variam de acordo com o gênero dos estudantes. Entre as mulheres, tanto em 2000 quanto em 2018, medicina, direito, pedagogia e licenciaturas, enfermagem, psicologia, administração e veterinária estão entre as top 10.
Em 2000, profissões como jornalista, secretária e cabeleireira completavam o ranking. Em 2018, elas saíram e deram lugar às ocupações de designers, arquitetas e policiais.
Entre os homens, as profissões mais procuradas em 2018 foram engenheiro, administrador, médico, advogado, profissional de educação física, arquiteto, mecânico automobilístico, policial e profissional de tecnologia da informação e comunicação. As profissões são as mesmas desejadas em 2000, apenas mudaram de lugar no ranking. Engenharia, que ocupava a terceira posição entre os meninos, passou a ser a mais buscada.
“De maneira esmagadora, são mais frequentes os meninos que esperam trabalhar em ciência e engenharia do que as meninas, mesmo quando meninos e meninas têm o mesmo desempenho no teste científico do Pisa, mas esse nem sempre é o caso. Além disso, em muitos países, o nível de interesse das meninas por essas profissões é maior do que o dos meninos”, diz o estudo.
No Brasil, 63% dos estudantes de 15 anos querem seguir essas carreiras. O índice só é superado pela Indonésia, com 68%. França e República Tcheca têm o menor percentual, 36%.
Futuro das profissões
O estudo analisou também os riscos de as profissões escolhidas pelos estudantes não existirem mais no futuro devido ao uso de robôs e de inteligência artificial para substituir trabalhadores.
De acordo com o texto, a maioria das carreiras mais populares entre os jovens, como profissionais de saúde e sociais, culturais e legais, tende a ter baixo risco de automação.
No entanto, fora do ranking das profissões top 10, “muitos jovens selecionam empregos com risco muito maior de automação. Ao todo, 39% dos empregos citados pelos participantes do Pisa correm o risco de ser automatizados dentro de 10 a 15 anos”.
O estudo mostra que o risco de automação varia entre países. Na Austrália, Irlanda e no Reino Unido, cerca de 35% dos empregos citados pelos estudantes correm o risco de automação. Na Alemanha, Grécia, Japão, Lituânia e Eslováquia, mais de 45% desses empregos estão em risco.
Pisa 2018
O Pisa é aplicado a cada três anos e avalia estudantes de 15 anos quanto aos conhecimentos em leitura, matemática e ciências. Em 2018, o Pisa foi aplicado em 79 países e regiões a 600 mil estudantes. No Brasil, cerca de 10,7 mil estudantes de 638 escolas fizeram as provas.