Tópicos | nota de corte

O Sistema de Seleção Unificada (Sisu), ferramenta através da qual os estudantes que fizeram as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) podem concorrer a vagas em universidades públicas e institutos federais de todo o país, é muito esperado por milhões de estudantes que almejam uma vaga no ensino superior público. Há a possibilidade de averiguar as notas de corte e escolher entre várias universidades e cursos durante o período de abertura do sistema, ao mesmo tempo em que dá uma liberdade de escolha maior aos estudantes que não precisam fazer várias provas de vestibular.

O LeiaJá ouviu professores de cursos pré-Enem para dar dicas e orientações aos feras que farão suas inscrições desta terça-feira (23) até a próxima sexta-feira (26) para concorrer às 239.601 vagas ofertadas em 130 instituições. As inscrições são feitas pela internet

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“A escolha precisa ser real”

Um dos primeiros pontos a se ter em mente, de acordo com o professor de geografia João Correia, é que os estudantes não devem concorrer com sua nota a cursos e instituições nas quais não deseja realmente estudar, pois a chance de não realizar a matrícula é grande. Para o professor, essa é uma má escolha pois “o Sisu não é um jogo e muitas pessoas estão depositando anos de estudo nisso, a escolha precisa ser real". "Já vi alunos aqui de Pernambuco que botam a nota para instituições no Acre e não se inscrevem, retardando a inscrição de quem quer e anulando o sonho de alguém”, conta o professor. 

O professor de física Nilson Lourenço também destaca que, quando o estudante chega a fazer a matrícula em um curso ou instituição que não era de fato o seu desejo, as vagas de alunos que desistem da graduação são perdidas. Ele explica que, “às vezes para satisfazer a família ou o ego, o aluno escolhe uma universidade bem distante do seu estado, entra no curso e depois abandona, essa vaga fica perdida e isso acaba com o sonho de muitos alunos”.

O professor João Correia destaca a importância de ter calma para avaliar bem os anseios profissionais, os desafios envolvidos e o perfil do curso desejado em cada instituição antes de escolher a universidade desejada. “O Sisu exige muita serenidade do aluno e a família também é muito importante na tomada de qualquer decisão nesse momento e o aluno jamais deve se precipitar nessa escolha porque o caminho traçado na universidade deve corresponder ao que ele vislumbra para o futuro”, complementa o docente. 

João explica que além de escolher o curso com base no desejo que o estudante já nutria para o seu futuro, é importante observar outros pontos. Para ele, o aluno e a família devem avaliar as condições financeiras em caso de universidades em uma cidade ou estado diferente de onde o estudante vive. Ainda sobre a distância, o professor destaca que mais do que questões ligadas ao custo, também é necessário entender que estar longe envolve outras dificuldades. Para ele, “o estudante tem que ver se aguenta viver longe da família e dos amigos, pois tudo isso é difícil e exige sacrifícios”.

Para o professor Nilson Lourenço, a escolha tem que ser cuidadosa e considerar diversos fatores como, por exemplo, a distância e o reconhecimento da qualidade do curso. “Ir para qualquer universidade é ruim, cada estudante tem que levar em consideração não só a qualidade do curso na universidade que está avaliando, mas também a distância de casa”. 

E a família? 

Muitas das inseguranças que levam os alunos a cometer erros têm a ver com cobranças e muitas vezes a família tem participação na criação desse nervosismo. Para o professor João Correia, a hora de escolher ao que concorrer no Sisu não é o momento para que os parentes pressionem o estudante, mas sim que lhe deem o apoio necessário para tomar uma decisão consciente. 

“Às vezes a família quer interferir até na escolha do curso do aluno ou pressiona para que seja aprovado logo. Isso é perigoso, o aluno deve avaliar com carinho todas as possibilidades pois a escolha do curso universitário é uma das mais importantes da vida do estudante”, reforça o professor.

Nota, pesos e pontos de corte

Outro fator importante é, claro, avaliar a sua nota para entender quais são as opções possíveis diante da concorrência e dos pesos que cada instituição de ensino atribui para cada prova do Exame Nacional do Ensino Médio. O professor de física Nilson Lourenço explica que o estudante, ao ver sua nota e buscar o seu curso nas universidades disponíveis, deve avaliar alguns pontos para entender as chances. "O estudante tem que ter calma no Sisu, é importante observar o primeiro dia do ponto de corte nas universidades que ele deseja para ver se a nota é ou não competitiva ali”, orienta.

Já o professor João Correia explica que é importante observar, no resultado individual do Enem, quais foram as melhores notas que o estudante obteve e quais universidades, dentre as que ele considera como opções, podem valorizar mais as suas maiores notas. "O estudante deve colocar a instituição e o curso mais desejado na primeira opção, mesmo que esteja um pouco abaixo da nota de corte, pois não poderá concorrer à lista de espera da segunda opção, mas pode ser classificado nela até se passar na primeira”, finaliza o educador.

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Erik Yudi acreditava que, com as questões que acertou, seria mais fácil ir para a segunda fase da Fuvest, vestibular para ingresso na Universidade de São Paulo (USP). Mas ele se surpreendeu. "Subiu demais a nota de corte", diz o candidato de Medicina, de 20 anos, que conseguiu a aprovação por dois pontos.

A Fuvest divulgou nesta sexta-feira, 8, as notas mínimas para a aprovação dos candidatos na primeira fase. Houve elevação em oito das dez carreiras mais concorridas. Só Jornalismo teve nota de corte menor - e Medicina, em Bauru, foi criada este ano.

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As notas subiram ainda mais para os que tentam uma vaga na Medicina em Pinheiros, zona oeste de São Paulo. Para o curso, a alta foi de 10% - de 69 pontos para 76, em 90 possíveis.

Professores de cursinhos têm a explicação na ponta da língua: o crescimento tem relação com a redução no número de vagas oferecidas especificamente pela Fuvest, o que eleva a concorrência. Desde 2015, a USP adota o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como método alternativo de ingresso. Com isso, das 105 carreiras em oferta neste ano, mais da metade (58) teve aumento na concorrência pela Fuvest em relação à edição anterior.

No caso de Medicina, foram 135,7 inscritos por vaga, mais do que o dobro do ano anterior. O total de lugares pela Fuvest caiu de 295 para 125. É a primeira vez que a Medicina usará o Enem para selecionar candidatos - para 50 vagas. Além disso, a Fuvest não será mais utilizada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa, que oferecia 120 vagas na "conta" da carreira de Medicina em Pinheiros.

"Na maioria dos cursos, a nota de corte aumentou em 2 ou 3 pontos e isso é recorrente nos vestibulares", diz o coordenador do Anglo, Daniel Perry. Segundo ele, a prova considerada mais fácil deste ano também explica, em parte, o crescimento da nota mínima. "Todo vestibulando que se prepara sabia que haveria um aumento, mas 7 pontos em Medicina é realmente impactante. O aluno que tinha feito 75 ou 74 ainda tinha a esperança de ser convocado."

Candidato de Medicina na USP pela terceira vez, Yudi é um dos 359 selecionados para a segunda fase. Ele fez 78 pontos na primeira etapa e recebeu a notícia com alívio, mas viu a decepção de colegas. "Acabou surpreendendo todo mundo."

Quem também está no páreo é Marina Bianco, de 26 anos. Formada em Direito, a aluna voltou ao cursinho para mudar de carreira e fez até cálculos para estimar a nota de corte. E não errou. "Minha conta feita em casa estava dando aproximadamente 75 ou 76."

Preparação

Agora, Marina e Yudi querem aproveitar a oportunidade para estudar. E as festas de fim de ano terão de ser adiadas, pelo menos por alguns dias. "No ano passado, não comemorei o Natal. Fui ao Starbucks e fiquei estudando até fecharem. Neste ano, pretendo fazer a mesma coisa", diz Yudi.

Para Eduardo Figueiredo, coordenador de Física do Objetivo, a ideia é não relaxar. "O aluno tem de manter o ritmo que teve o ano todo. É como uma olimpíada." A segunda fase da Fuvest será aplicada nos dias 7, 8 e 9 de janeiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Fuvest, exame de ingresso da Universidade de São Paulo, divulgou a nota de corte - ou nota mínima necessária - para que os candidatos que prestaram a primeira fase do vestibular passem para a 2º, que ocorre em janeiro. A maior nota de corte é a de Medicina, que para 2016 exige 73 pontos, seguida por Medicina - Ribeirão Preto (72), Engenharia Aeronáutica (São Carlos), com 67 pontos e Psicologia, com 62 pontos.

Serão convocados 23.775 candidatos para esta etapa, que disputarão 9.568 vagas na USP e 120 vagas na Santa Casa. Além disso 1.489 vagas de diversos cursos foram oferecidas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) por meio do desempenho no Enem 2015.

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A lista com o nome dos convocados e o local das provas da 2ª fase será divulgada nesta sexta-feira, 18. As provas terão início às 13h do dia 10 de janeiro de 2016 (domingo) e irão até terça-feira, 12. Os endereços podem ser diferentes dos locais da 1ª fase.

O curso de direito da Universidade Federal Fluminense (UFF) tem a nota de corte mais alta da ampla concorrência, informou o Ministério da Educação (MEC). Os candidatos precisam ter tirado no mínimo 827,37 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) caso queiram ingressar na graduação.

A segunda maior nota de corte é do curso de medicina na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), 821,64 pontos. As notas de corte foram disponibilizadas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) na madrugada de ontem (20). A próxima divulgação será às 2h.

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Ontem foi o segundo dia de inscrição no Sisu. Os interessados em concorrer a vagas em instituições públicas de ensino superior têm até quinta-feira (22) para se inscrever na página do programa. É preciso ter feito o Enem de 2014 e não ter tirado zero na redação.

De acordo com a pasta, até as 18h25, o sistema registrou 1.967.274 inscritos. São Paulo, lidera com 223.989 inscritos. Em seguida, aparece Minas Gerais, com 230.934 inscritos. Na primeira edição deste ano, o Sisu oferece 205.514 vagas em 5.631 cursos de 128 instituições públicas de educação superior.

Os candidatos que já fizeram a inscrição têm acesso, no boletim pessoal, à classificação parcial na opção de curso escolhido. A classificação parcial é calculada a partir das notas dos inscritos na mesma opção. Tanto a nota de corte quanto a classificação parcial servem como referência para auxiliar o candidato no monitoramento de sua inscrição, não sendo garantia de seleção para a vaga ofertada.

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