Tópicos | Novo Plano

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva, afirmou nesta quarta-feira (6) que até o final de maio, início de junho, a presidente Dilma Rousseff vai anunciar o novo plano de infraestrutura do governo. "A presidente esta trabalhando intensamente nisso e será um plano arrojado, que redesenha o Brasil da perspectiva da infraestrutura", declarou o ministro, ao explicar que o projeto está sendo detalhado nas reuniões da presidente com os ministros.

De acordo com Edinho Silva, o programa "será muito atrativo não só para investidores nacionais, mas para investidores internacionais". E emendou: "ele vai trazer um aprimoramento logístico inédito para o País".

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Hoje à tarde, no Palácio do Planalto, a presidente Dilma terá mais uma rodada de reuniões e negociações sobre os projetos em discussão. O ministro Edinho não falou, mas a expectativa é de que R$ 150 bilhões sejam anunciados nos diferentes projetos do programa.

Contingenciamento

O ministro Edinho Silva não quis falar no tamanho do corte que poderá ser feito pelo governo por conta do ajuste fiscal, mas assegurou que "nenhum dos avanços conquistados pelo povo serão afetados ou desorganizados". Segundo o ministro, "o ajuste foi pensado e formulado para que o Brasil possa voltar a crescer de forma sustentável".

O Projeto Novo Recife, que previa a construção de 12 prédios no Cais José Estelita, no bairro do Recife, deve ser redesenhado mais uma vez. O novo plano foi apresentado na tarde desta quarta-feira (10), na Prefeitura do Recife, e foi modificado a fim de valorizar a área verde da Cidade. No entanto, apenas o empreendimento responsável pela adequação do projeto pôde aprovar o novo sistema.

Os grupos Ocupe Estelita e Direitos Urbanos do Recife, que desaprovam a construção, foram barrados de participar do encontro.A Prefeitura apenas propôs reajustes. Agora, o Consórcio tem um prazo de 30 dias para aceitar ou não a nova proposta. Segundo informações da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, as modificações foram feitas a partir de contribuições enviadas ao e-mail do órgão. "Recebemos 287 propostas da população e analisamos uma por uma. A partir daí, foi que estabelecemos as mudanças no plano", disse o secretário da pasta, Antônio Alexandre. 

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Questionado sobre as principais modificações da ação, o gestor disse: "Entre as principais mudanças estão à construção de nove vias de mobilidade no entorno da área. Antes, eram apenas quatro avenidas. Estas vias vão melhorar o tráfego de veículos no local. Além disso, temos também a diminuição em dois terços da altura do prédio, a fim de valorizar as construções históricas no entorno do Cais (José Estelita)”, explicou.  

O redesenho do projeto também prevê o alargamento da Avenida Dantas Barreto, a não construção de residências na parte térrea do empreendimento, além do restauro e conservação de elementos históricos, como os galpões de açúcar instalados no Cais. Apesar de a Prefeitura interferir nas decisões do Consórcio Novo Recife, há possibilidade de setor responsável pelo empreendimento negar o redesenho. "Estas são diretrizes estabelecidas em negociações. Respeitamos o fato de o empreendimento ser privado e correr o risco de não obter determinado ganho devido às mudanças, porém temos que mostrar a necessidade que o Recife tem em manter sua estrutura histórica", concluiu o secretário. 

Um dos membros do grupo Direitos Urbanos do Recife tentou entrar na coletiva, mas, segundo relato do participante, foi impedido de subir até o local onde houve a reunião. “Ficamos surpresos ao saber pela imprensa que haveria esta coletiva, porque não fomos informados de nada. Tudo está sendo discutido a porta fechada, sem a presença dos representantes do movimento. Não sabemos como as sugestões foram selecionadas. Falta uma participação popular e democrática”, disse Leonardo Cisneiros.

Procurada pela reportagem do Portal LeiaJá, a assessoria de imprensa da Prefeitura explicou o motivo da não convocação da sociedade civil. “A coletiva de imprensa foi convocada para apresentar o resultado de um trabalho a cargo da Prefeitura do Recife e, portanto, foi uma reunião apenas para jornalistas”, alegou.

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