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O brasileiro Kiko Loureiro, guitarrista da banda Megadeth, lançou o seu quinto álbum solo, “Open Source”. Os recursos que viabilizaram o trabalho vieram de uma campanha de financiamento coletivo.

O álbum foi gravado em Los Angeles por Loureiro e pelo produtor musical Adair Daufembach. Já a masterização foi feita na Austrália e ficou por conta de Adam Nolly.

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São 11 faixas, que incluem a participação do baixista e do baterista do Angra, Felipe Andreoli e Bruno Valverde. Além deles, o ex-guitarrista do Megadeth, Marty Friedman, emprestou o seu talento na faixa “Imminent Threat”.

O trabalho completo está disponível no Spotify e no YouTube.

Loureiro se consagrou como guitarrista pelo seu trabalho na banda brasileira de metal Angra e hoje o músico toca no grupo norte-americano de heavy metal Megadeth.

Quase 15 anos desde que o termo open source foi aplicado no mercado de TI pela primeira vez, as tendências que conduzem o movimento de código aberto não são as mesmas. Naquela época, a vantagem de preço, a diferenciação sobre licenciamento em comparação com o software proprietário e a adoção liderada por empresários inovadores foram fatores fundamentais para dar forma ao código aberto.

Hoje, o movimento está mais maduro, e as tendências em torno dele também. Sua revolução teve um impacto significativo, e tratar open source como se ele estivesse associado apenas à economia de dinheiro é não compreender o quão longe o código aberto chegou.

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Abaixo, veja cinco tendências que são consideradas fatores-chave de projetos e das comunidades de código aberto hoje. Elas são o retrato de uma indústria em evolução.

1. Aumento das comunidades

Quinze anos de movimento e o que está claro é que não há uma única forma de governança de open source. Enquanto muitos projetos de código aberto compartilham algumas características, cada abordagem tem suas armadilhas e cada comunidade enfrenta desafios de governança. Dito isso, dois temas recorrentes resumem os pontos mais bem-sucedidos de projetos de código aberto. 

Em primeiro lugar, embora as comunidades pareçam ser uma democracia, quase todas não são. Em quase todos os casos, o direito de ter voz na determinação dos resultados - por votação ou como parte de um consenso formal - é concedido a um número limitado de participantes da comunidade com base no mérito associado com a contribuição de algum tipo. Isso resulta numa forte e estável liderança compreendendo os líderes mais favorecidos.

Se o projeto for realmente aberto, qualquer um pode tornar-se um contribuinte reconhecido se demonstrar mérito, mas, no final, "aberto, oligarquia meritocrática" são os termos mais corretos do que a "democracia" contida na descrição de muitas comunidades de código aberto. Esses grupos são regidos por pessoas reconhecidas, cujas ações têm demonstrado aptidão para liderar, mas podem ser substituídos a qualquer momento se outros demonstrarem características adequadas.

Um segundo tema que tornou-se tendência nos últimos anos é como o engajamento empresarial no open source tornou-se mais forte. Os projetos já perceberam que precisam de um lugar próprio, resultando no surgimento de entidades jurídicas independentes que atuam como recipientes para as comunidades de código aberto.

Geralmente chamadas de "fundações", independentemente da sua forma jurídica real, essas entidades sem fins lucrativos legais oferecem vários benefícios, incluindo:

Apenas criar uma fundação não resolve os problemas de relacionamento da comunidade. Estabelecer bons relacionamentos e garantir confiança entre os membros é fundamental. O crescimento de entidades como a Apache Software Foundation e a Eclipse Foundation, a introdução de fundações para grandes projetos, como OpenStack e LibreOffice, e existência de fundações de uso geral, como OW2 e OuterCurve, fornecem ampla evidência da crescente importância das fundações no impulso do open source.

Todas essas entidades cultivam a confiança na estabilidade das atividades que representam e incentivam a participação de empresas. 

2. Proliferação de opções de licenciamento open source

Outro fator-chave do movimento open source, hoje, é o grande volume de opções de licenciamento disponíveis e como a escolha de licença de código aberto está mudando, graças a uma maior participação de organizações empresariais que reconhecem a importância da comunidade.

Todo o software automaticamente beneficia-se da proteção de direitos autorais para o seu autor, dando-lhe o controle sobre quem pode fazer cópias do código-fonte ou derivados, incluindo extratos de fonte e compilados binários. Uma vez que a versão executável do software tem de ser copiada para um computador para ser usada e na memória para ser executada, é necessário ter uma licença do detentor dos direitos autorais pelo uso do software.

Nos primeiros dias do open source, foram duas as opções de direitos autorais de licenciamento: Unix Berkeley System Distribution (BSD), de Bill Joy, e General Public License (GPL), de Richard Stallman.

A adoção dessas ideias por parte das empresas foi motivação fundamental para a criação do Open Source Definition como ferramenta para categorizar licenças de código aberto. Em 1998, estava claro que os outros queriam replicar a experiência do projeto Mozilla e declarar o seu trabalho "livre", enquanto ignoravam a necessidade de oferecer a liberdade do software. 

Para combater isso, o Open Source Initative foi formado com o objetivo de promover o "open source" e dar a credencial software verdadeiramente livre. A partir daí, concessão de licenças de software poderiam ser usadas, estudadas, modificadas e distribuídas, tendo o OSI como representante.

Empresas que pretendem evitar o uso do GPL seguiram o exemplo do projeto Mozilla e criaram suas próprias licenças. Como resultado, mais de 60 licenças foram aprovadas pela OSI nos primeiros anos da era do código aberto. Mas essa proliferação veio com um custo. Licenças de código aberto muitas vezes não se conversam, condenando o projeto ao isolamento. 

Nos últimos anos, novos projetos têm tido mais consciência do papel da licença para permitir a formação de comunidade. O resultado tem sido uma tendência de licenças liberais, como o Apache License ou BSD/MIT, eliminando barreiras em relação à participação de colaboradores de empresas. OpenStack, por exemplo, usa o licenciamento liberal.

3. Espectro de patentes de software

O sistema legal conta com um efeito multiplicador sobre o movimento atual de código aberto sob a forma de patentes de software, um grande contraste em relação há 15 anos.

Patentes protegem implementações de ideias, não ideias propriamente ditas. Embora o software só possa ser formalmente protegido por direitos autorais, construções verbais inerentes ao software ou algoritmos para computadores de uso geral têm permitido a concessão de cada vez mais patentes de software.

Patentes de software também são diferentes de objetos físicos. Dois programadores em dois lugares do mundo podem, de fato, conceber o mesmo método para resolver o mesmo problema sem copiar um ao outro. Assim, para o software de código aberto e proprietário, as patentes representam uma ameaça. A qualquer momento, uma empresa com bons recursos pode desafiar outra entidade de qualquer tamanho. Não há nada que um desenvolvedor individual possa fazer para ser protegido contra as patentes de software.

As melhores formas de proteção para os desenvolvedores são:

As solicitações de patentes mais lucrativas são realizadas em segredo, começando com grandes ameaças privadas acompanhadas por uma oferta de licença em troca de uma parte da receita e garantia de sigilo. Essa é uma fonte de receita significativa para as grandes corporações, como IBM e Microsoft. 

Nada disso era um problema sério há 15 anos. Hoje, o código aberto está evoluindo no contexto de cenários de patente. Fundações oferecem uma estrutura que protege patentes da comunidade e também de corporações. Modernas licenças de código aberto, como GPLv3 e MPLv2, oferecem uma "paz de patentes”, ou seja, concedem licenças para patentes de contribuintes em troca de um acordo de não litigar.

As patentes de software continuarão a ser um fator-chave para a evolução do código aberto, tanto para as comunidades lidar com elas como para as corporações explorarem as vantagens de bases de código aberto e licenças.

4. Cloud computing: celeiro para código aberto

Construída predominantemente em software de código aberto, a computação em nuvem tem evoluído para tornar-se força motriz significativa do movimento atual de open source.

Soluções de cloud devem ser implementadas de forma flexível, especialmente em situações de balanceamento de carga, nas quais várias instâncias temporárias podem ser necessárias. Como resultado, a maioria dos pacotes proprietários, que usa complexos métodos de preços, é inacessível em aplicações em nuvem.

Software de código aberto, por outro lado, pode ser modificado para atender às necessidades da empresa. Como consequência, é preferido para a entrega de cargas de trabalho na nuvem. 

Como resultado, o crescimento de organizações que utilizam código aberto na nuvem ampliou a pressão para criar fundações sem fins lucrativos para sediar código compartilhado. Assim, as abordagens de licenciamento estão sendo reforçadas para incluir implementações de nuvem como um gatilho [Affero General Public License faz isso] - ou desenvolvedores estão seguindo esse caminho.

A ascensão da computação em nuvem também está alimentando novos modelos de negócios de código aberto, como o CloudBees. Testemunhar o salto de nuvem nas comunidades de código aberto, como o OpenStack, é parte do movimento.

5. Big Data: valor além do software

O modelo de negócios em torno do software de código aberto está em torno de consultoria, suporte e serviços. O surgimento de organizações centrado em dados está mudando esse cenário.

No mercado, agora, a maior base de software de código aberto está em empresas como Google, Facebook e Twitter. Eles reúnem grandes quantidades de dados sobre a atividade dos usuários e as processam para conduzir os negócios. Assim, o que diferencia seus negócios não é o software em si, mas a forma como ele está configurado, implementado e combinado com outras soluções para gerenciar e extrair valor a partir de dados em grande escala.

Conforme mais empresas se movem em direção ao open source, podemos esperar crescimento do modelo: mais projetos liberados, mais empresas envolvidas em comunidades, mais pressão de patentes, entre outros.

Futuro do open source

O movimento de código aberto evoluiu significativamente desde que o OSI foi lançado há 15 anos. No entanto, em muitos aspectos, os fatores de condução do uso do código aberto e a adoção são simplesmente herdeiros dos impulsionadores originais do código aberto: liberdade de software e sua garantia por meio de licenciamento de fonte aberta.

A Microsoft já tinha incomodado alguns grupos devido ao potencial excludente do Windows 8, e, na última semana, a comunidade open source ficou de cabelos em pé novamente.

Desta vez, a causa da polêmica foi a linha de produtos Visual Studio 11, que teve novos detalhes liberados pela companhia no começo do mês. Especificamente, ao que tudo indica a versão gratuita Express do novo produto - muito utilizada por desenvolvedores para criar aplicações open source para Windows- não irá oferecer mais suporte para aplicações para desktop. Ao invés disso, os usuários do Visual Studio 11 Express só poderão desenvolver aplicações para a interface Metro.

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“O Visual Studio 11 Express para Windows 8 oferece ferramentas para o desenvolvimentos de aplicativos ao estilo Metro” aponta a Microsoft no blog sobre o produto, voltado para desenvolvedores. “Para criar apps para desktop, é preciso utilizar o Visual Studio 11 Professional ou superior”. Essa ferramenta, no entanto, está muito distante de ser gratuita (ou mesmo barata), e custa nada menos do que 500 dólares.

O Visual Studio 2010 Express continuará disponível para download gratuito, frisou a companhia de Redmond, entretanto faltam diversos recursos essenciais do novo Visual Studio 11. Outra versão do software, chamada Visual Studio 11 Express for Web irá focar em sites HTML e Java Script.

Enquanto isso, para fazer com que não haja trapaças, o Windows SDK (Kit de Desenvolvimento de Software, em tradução livre) não é mais liberado com um ambiente completo de compilação em linha de comando, concluiu a Microsoft.



Antigo conhecido e aliado das instituições governamentais, o open source já não é mais considerado bicho de sete cabeças pelas companhias, até mesmo as de grande porte, que atualmente, ao menos, avalia o recurso. Atrativos como não ficar preso a um fornecedor, poder realizar melhorias no sistema a qualquer momento e redução de custos têm angariado novos usuários corporativos, impulsionando a penetração no mercado.

Bruno Arrial dos Anjos, analista sênior de Mercado da Frost & Sullivan, inclui na lista de benefícios o poder transformador, de usar comunidades para melhorar os produtos. “Trata-se de um grande impulsionador da colaboração”, completa. O Hadoop, plataforma de código aberto que armazena, gerencia e analisa grandes volumes de dados, diz, é prova disso. “Várias empresas estão contribuindo para que esse projeto avance rapidamente.”

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Segundo ele, open source é assunto importante desde o nascimento da computação e sempre será para o desenvolvimento do setor. “Empresas que conseguem extrair benefícios dele saem à frente. Exemplos são o Facebook e até a Fiat. No Brasil, o governo é forte patrocinador desse tipo de iniciativa, porque levanta a bandeira de utilizar software livre e open source para tornar o mercado mais democrático”, avalia.

Ele diz que o tema, no entanto, ainda gera dúvidas em relação a sua definição e é confundido com software livre e free software. “Open source permite acesso ao seu código-fonte, ele pode estar dentro de produtos de empresas como Oracle e Microsoft. Já o software livre é livre de patentes”, observa. O free software, prossegue, é gratuito e não necessariamente tem o código aberto.

Para ele, o receio em torno da segurança não deve ter peso na escolha de plataformas open source, já que, por existirem diversas comunidades e profissionais dedicados ao desenvolvimento de soluções baseadas no conceito, a localização de vulnerabilidades é mais rápida.

“O mercado tem-se mostrado cada vez mais aberto ao open source. Existem ainda alguns receios quanto à confiabilidade, segurança, evolução das funcionalidades e, principalmente, quanto ao suporte. A companhia quer ter a certeza de que se ocorrerem problemas terá o apoio necessário e com o menor impacto para os negócios”, observa Fernando Lemos, diretor sênior de Consultoria da Oracle do Brasil.

Por isso que, detalha, a estratégia da Oracle para os produtos open source é torná-los melhores, com mais funcionalidades, mais qualidade e performance e suporte adequado. “Começamos nossa jornada com o open source pelo Linux e estamos ampliando o apoio a essas iniciativas nos produtos”, diz.

O investimento no desenvolvimento de soluções para comunidades, como MySQL, GlassFish, Linux, PHP, Apache, Eclipse, Berkeley DB, NetBeans, VirtualBox e InnoBD faz parte do posicionamento da empresa, garante. Recentemente, a fornecedora integrou a distribuição da Cloudera, que inclui o Apache Hadoop, no Oracle Big Data Appliance, solução que processa dados com alta performance.

Para Maurício Pretto, executivo de contas da SUSE Brasil, e Sergio Toshio, country manager do Attachmate Group [holding que agrega SUSE, Novell, NetIQ e Attachmate] no Brasil, a ideia de a segurança ser o elo mais fraco do open source está mudando. “Além disso, empresas como a SUSE reforçam a proteção dessas tecnologias provendo suporte à ambientes de missão crítica, desenvolvendo plataformas e atendendo às demandas específicas”, afirma Pretto.

O open source está no centro das atenções da SUSE no mundo e, de acordo com a companhia, entre os setores que mais investem no modelo estão aviação, varejo e automotivo. O ano passado, segundo Pretto, foi de bons resultados para a companhia. “Hoje, temos 80% de participação no mercado Linux em mainframe no mundo e mais de 70% das instalações SAP rodam em SUSE”, detalha.

Agora, a organização trabalha para expandir soluções open source em cloud, modelo que o executivo acredita que será cada vez mais baseado em padrão aberto. “Uma das grandes mudanças alavancadas pelo open source foi a adoção de padrões abertos em alguns segmentos como banco de dados, virtualização e nuvem”, afirma. “O código aberto está presente em todas as tecnologias usadas hoje desde telefones móveis, até na pesquisa aeroespacial. Existem muitas oportunidades”, assinala.

Os últimos resultados da Red Hat, fornecedora de software open source, mostram que o código aberto é um negócio rentável. A companhia foi a primeira, totalmente dedicada ao open source, a registrar faturamento superior a 1 milhão de dólares no último ano fiscal, encerrado em 29 de fevereiro de 2012. “Trata-se de uma marca significativa para este setor”, sintetiza Jim Whitehurst, vice-presidente de Marketing Global da Red Hat.

A organização encontrou a fórmula adequada para chegar a esse patamar. A companhia oferece subscrição da tecnologia e junto dela o suporte necessário e ainda treinamento. “Fazemos os clientes felizes e com isso eles querem manter o relacionamento”, diz Whitehurst. “O que fazemos é testar e integrar as tecnologias, porque as empresas buscam estabilidade e não querem mexer no código todo dia”, observa.

Segundo ele, o Brasil é um dos grandes usuários das tecnologias da Red Hat e é por isso que a companhia estabeleceu, há seis anos, operação no País, que hoje somam três unidades [São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília]. O JBoss, servidor de aplicação de código aberto, tem forte aceitação por aqui, prossegue, e está entre os primeiros países que mais usam o middleware.

“Temos grande penetração no governo, mas estamos muito presentes também nas empresas de serviço financeiro, que tradicionalmente são as que mais têm preocupações com segurança, mas apostam no open source como parte da estratégia”, observa o executivo.

Telecomunicações é outra área que tem buscado plataformas open source, afirma. A intenção da Red Hat é conquistar outros segmentos em solo nacional, como manufatura e petróleo e gás. Para isso, a empresa conta com sua rede de parceiros. “As vendas indiretas representam 50% dos negócios”, contabiliza.

Para ele, tecnologias emergentes, como cloud e mobilidade têm impulsionado o uso de open source, mas as vantagens do modelo estão atraindo empresas, que antes se fechavam para esse mundo. “Tecnologias open source nunca estão trancadas e não é preciso pagar pelo uso de licenças. Além disso, a segurança é aprimorada, já que, por ser aberta os desenvolvedores descobrem rapidamente falhas e tratam de consertá-las prontamente”, lista.

Ele diz que o Linux é o sistema com maior participação nos negócios da companhia, mas não revela números. Virtualização e middleware estão na segunda e terceira posições na lista de interesse dos usuários da Red Hat.

Sobre o futuro do open source, Whitehurst arrisca dizer que é estabelecer maior integração com sistemas operacionais. “Além disso, acredito que open source vai ir além do campo da infraestrutura e migrar para soluções e CRM e ERP”, aposta.

Big data + open source

Para especialistas do setor, plataformas open source estão crescendo no mercado de análises avançadas. Segundo post recente do analista da Forrester James Kobielus publicado em seu blog, à medida que as empresas amadurecem no uso de Hadoop vão migrar para essa nova plataforma de código aberto.

“A adoção corporativa da linguagem open source R saltará neste ano e vamos ver uma convergência maior entre a indústria R e Hadoop, especialmente entre os fornecedores de ferramentas de análise que vão integrar as duas plataformas em suas ofertas”, diz.

Diante dessa tendência, prossegue, e da velocidade em que os fabricantes incorporam tecnologias de código aberto em suas soluções, a Forrester acredita que o Hadoop, por exemplo, será o número da próxima geração de Enterprise Data Warehouse (EDW) na nuvem, e o R será a chave do código na integração com ferramentas de Big Data. “Também esperamos diversos bancos de dados NoSQL open source”, completa.

O sucesso do Linux e do Apache é bastante conhecido, mas outras tecnologias de código aberto estão em ascensão e deverão ganhar mais espaço no mercado. Entre as quais cinco prometem se destacar em 2012 são: Nginx, Openstack, Stig, Linux Mint e Gluster. 

Em 2012, se tudo correr conforme o planejado, a Red Hat deverá tornar-se a primeira empresa de software open source a gerar mais de 1 bilhão de dólares em receitas. Será um marco para a comunidade de código aberto, que há muito tempo vê a sua abordagem de desenvolvimento baseada em comunidades como uma alternativa viável.

”Estamos percebendo uma mudança fundamental sobre onde a inovação começa a acontecer, deixando os enormes laboratórios das empresas de software, e emergindo das enormes comunidades de código aberto”, defende Jim Whitehurst, presidente e CEO da Red Hat.

O open source tem deixado o mundo do software proprietário em tumulto durante os últimos anos. O Linux, Apache Web Server, Perl, Apache, Hadoop, OpenOffice e GIMP têm disputado mercado com programas comerciais concorrentes. 

Mas quais serão os pesos pesados do open source no futuro? Há cinco projetos para acompanhar de perto em 2012 e que podem formar a base para novos negócios e indústrias. Ou podem apenas seduzir as mentes dos programadores e administradores com formas de fazer alguma coisa mais facilmente, ou pelo menos, menos cara.

Veja a seguir quais são essas tecnologias que prometem dar um novo gás em 2012 ao ambiente de código aberto, segundo os especialistas:

1) Nginx Durante a maior parte da última década, a oferta de software para servidores Web têm sido bastante estável. O Apache tem sido utilizado na maioria dos servidores Web, enquanto o Microsoft IIS (Internet Information Services) é usado no resto.

Entretanto, a utilização de um terceiro software, o Nginx (pronuncia-se em inglês “engine-x”), passou a ser considerada graças a sua capacidade de lidar facilmente com elevados volumes de tráfego.

O Nginx está sendo executado em 50 milhões domínios de internet, com participação de 10% do ambiente web, estimam os vários programadores de software.

Essa tecnologia é particularmente utilizada em sites de alto tráfego, tais como Facebook, Zappos, Groupon, Hulu, Dropbox, e WordPress.com. O Nginx foi criado por Igor Sysoev em 2004, especificamente para lidar com um grande número de usuários simultâneos, com capacidade para gerenciar até dez mil acessos por servidor. 

“É uma arquitetura bastante enxuta”, disse Andrew Alexeev, co-fundador de uma empresa fornecedora de uma versão comercial do software. Ele diz que 2012 promete ser de grande adoção do Nginx. Em 2010,  ano passado, o projeto recebeu três milhões de dólares de apoio de uma série de empresas de capital de risco, incluindo capital do CEO da Dell, Michael Dell.

A empresa de Alexeev formou uma parceria com a Jet-Stream para fornecer o Nginx para uma plataforma de Content Delivery Network. O fornecedor de software também está trabalhando com a Amazon para atuar como integradora do serviço de cloud AWS (Amazon Web Service).

Além de uso em operações de grande porte na web, Alexeev acredita que o Nginx será utilizado mais ampla pela nuvem e serviços compartilhados. “Este é o universo onde poderemos adicionar mais benefícios”, considera o executivo.

O grande lançamento do software está previsto para este ano, com uma versão mais flexível para ambientes compartilhados. O produto promete melhorias também para lidar com ataques de Distributed Denial of Service (DDoS) e recursos adicionais de segurança.

2) OpenStack O projeto OpenStack chegou relativamente tarde para participar da festa de cloud computing, mas traz uma característica particularmente indispensável: capacidade de expansão.

“É importante destacar a possibilidade do OpenStack ser processado em 100 ou até mesmo mil servidores. Outras opções não têm escala para esse volume de processamento”, diz Jonathan Bryce, presidente do OpenStack Board Policy Project.

Desde o seu lançamento em julho de 2010, o OpenStack ganhou rapidamente apoio de grandes fornecedores de TI interessados que estão disputando cloud computing, como HP, Intel e Dell. 

Os “devotos” do OpenStack afirmam que o projeto já conta com a adesão de mais de 144 empresas e 2,1 mil participantes. A Dell lançou um pacote, chamado Dell OpenStack Cloud Solution, o qual combina o OpenStack com software e servidores da própria empresa. A HP anunciou um serviço de cloud ainda em beta com a tecnologia.

Os componentes do núcleo computacional do OpenStack foram desenvolvidos no centro de investigação Nasa Ames, para suportar uma cloud interna de armazenamento de grandes quantidades de imagens espaciais. Originalmente, os administradores da Nasa tentaram usar o software Eucalyptus como plataforma de projetos de software.

Entretanto, a agência espacial americana enfrenta desafios para expandir o uso desse software, de acordo com Chris Kemp, que supervisionou o desenvolvimento do controlador de cloud OpenStack, quando era CIO do Nasa Ames.

Para promover uma adoção mais vasta, o OpenStack está sendo equipado com uma série de novos recursos para torná-lo mais atrativo para as empresas, disse John Engates, CTO da Rackspace fornecedor da solução.

Um projeto, chamado Keystone, permitirá que as organizações integrem o OpenStack com os seus sistemas de gestão de identidade, baseados em Microsoft Active Directory ou outras implantações de LDAP (Lightweight Directory Access Protocol). 

Além disso, os programadores estão trabalhando num portal de interface para o software. A Rackspace fez uma primeira parceria com a Nasa para “empacotar” o OpenStack para uso generalizado. Mas está também apresentando o projeto como uma entidade totalmente independente, na esperança de ser uma opção atrativa para os fornecedores de cloud computing.

“2011 foi o ano de desenvolvimento para a base do produto, mas acho que em 2012 esse projeto deslancha e será base para uma série de nuvens públicas e privadas”, acredita Engates.

3) Stig Em 2010, houve um enorme crescimento no uso das bases de dados não relacionais, como a Cassandra, a MongoDB, a CouchDB e inúmeros outros. Mas na conferência NoSQL Now, realizada em setembro deste ano, muitas das conversas centraram-se numa base dados que será lançada chamada Stig. Sua chegada está prevista para 2012.

O software Stig foi concebido para processar grandes volumes de dados característicos de sites de mídias sociais, dizem os seus gestores. Ele nasceu no ambiente da rede social Tagged, criada pelo engenheiro de software Jason Lucas, o qual classifica a tecnologia com base de dados gráfica distribuída.

O Stig foi projetado para suportar aplicações web interativas e sociais. Sua arquitetura de armazenamento de dados permite busca diferenciada, possibilitando que os usuários e as aplicações encontrem conexões entre informações distintas.

Essa capacidade é em razão de a tecnologia ter sido desenvolvida, em parte, na linguagem de programação funcional Haskell. Assim consegue dividir o seu volume de trabalho por vários servidores. 

O Stig é um pouco misterioso, pois ainda não foi lançado oficialmente. Mas analistas preveem que a tecnologia chegará para se destacar no nicho de redes sociais e outras aplicações que processam grandes volumes de variedade de dados. 

As necessidades das redes sociais são diferentes de outros serviços e a tecnologia pode ser uma aliada, espera Lucas.

“Não é possível ter um serviço relevante neste espaço, sem capacidade de expansão para um ‘tamanho planetário’”, diz o engenheiro de software. A tecnologia Stig funciona atualmente num servidor do Tagged, embora a empresa espere expandir o seu uso para ser a única base de dados da empresa.

Originalmente, os programadores estavam planejamento a liberação código em dezembro, mas adiou o lançamento para 2012. “O que eu vi parecia muito interessante”, disse Dan McCreary, um arquiteto de soluções semânticas da Kelly-McCreary & Associates, empresa de consultoria. 

4) Linux Mint Apesar de anos de apologia por parte dos adeptos do código aberto, o Linux nunca teve uma forte presença em ambientes pessoais de trabalho. Mas normalmente há sempre uma distribuição Linux mais fácil de usar, como alternativa ao Microsoft Windows.

Nos últimos anos, o Ubuntu, da Canonical, tem cumprido esse papel, embora o Linux Mint está se tornando mais popular. Ele poderá ultrapassar o Ubuntu por ser mais fácil de usar.

O engenheiro de software, Clement Lefebvre, concebeu o Linux Mint depois de rever outras distribuições Linux, para diversos fóruns online. A partir deste trabalho, ele desenvolveu vários recursos imprescindíveis para distribuição ideal para os consumidores finais.

Assim como a Canonical se apropriou da distribuição Linux Debian para tornar o Ubuntu popular, Lefebvre usou o Ubuntu como base para o Linux Mint. 

Hoje, o projeto Linux Mint é financiado por doações, receitas de publicidade do seu site, e os rendimentos obtidos a partir das buscas dos seus usuários por meio de uma parceria polêmica com a DuckDuckGo.

O Linux Mint foi projetado para atrair os usuários que querem um sistema operacional de código aberto sem seu PC, sem se preocupar e saber como funciona o Linux. Esta abordagem torna a instalação, a execução do software e a manutenção mais fáceis.

Ainda mais do que o Ubuntu, o Mint centra-se na facilidade de uso em razão de não adotar novos recursos. O Mint evita, por exemplo, a interface de desktop Unity, um tanto controversa, escolhida pela Canonical para portar o Ubuntu para plataformas móveis. Em vez disso, a tecnologia adota a interface Gnome, que é mais madura.

Segundo os desenvolvedores do Linux Mint, o projeto já é o quarto mais usado em desktops no mundo inteiro, depois do Windows, Mac OS X (Apple) e Ubuntu.

Em 2010, o Mint assumiu o lugar do Ubuntu como líder, segundo o site de notícias DistroWatch Linux, que adota métricas para perceber a popularidade de distribuições Linux. Sem dúvida, 2012 deve trazer maior crescimento para essa tecnologia.

5) Gluster A Red Hat poderá revolucionar o mundo do software de armazenamento como o fez com o mercado de sistemas operacionais baseados em Unix? A empresa adquiriu a Gluster, fornecedora do sistema de arquivos GlusterFS, que organiza em clusters drives SATA (Serial Advanced Technology Attachment), unidades NAS (Network Attached Storage) e sistemas em repositórios de armazenamento, com elevada capacidade de expansão.

De acordo com o CEO Red Hat, Jim Whitehurst, o mercado de software de armazenamento gera quatro bilhões de dólares em receita anual, mas não é por isso que a empresa está interessada na tecnologia de código aberto.

A companhia quer é encontrar uma tecnologia de armazenamento capaz de fazer migrações para cloud computing com mais velocidade. “Não há outras soluções como esta no mercado”. Em 2010, os downloads do GlusterFS aumentaram 300%. Em novembro de 2011, o software foi baixado mais de 37 mil vezes.

O último ano foi muito emocionante para o Linux. O que começou como passatempo, na Finlândia, completou 20 anos e dominou quase tudo, desde dispositivos móveis a supercomputadores. E tudo leva a crer que 2012 ainda será um ano interessante para o sistema operacional do pinguim.

O Linux não chega a ter um roadmap. O desenvolvimento é resultado da colaboração entre centenas de desenvolvedores e de muitas empresas. Não existe ninguém elaborando uma lista de recursos a serem adicionados e direcionando desenvolvedores a trabalharem nela, ou em melhorias no kernel. Mas se você prestar atenção nas discussões da comunidade Linux, poderá ter uma ideia razoavelmente boa do que vai acontecer no futuro próximo.

Aqui estão algumas coisas que você pode esperar ver no Linux em 2012:

1 - Melhorias no Btrfs

Uma das grandes contribuições da Oracle para o kernel do Linux é o Btrfs, o sistema de arquivos que adiciona muitas características que as empresas gostariam de ver no OS. Por exemplo, o Btrfs suporta uma série de recursos e benefícios ausentes em outros sistemas para Linux, como pooling, instantâneos de estado do disco, soma de verificação, spanning integral de múltiplos dispositivos, uma maior integridade dos dados através da soma de verificação, instantâneos do sistema inteiro de arquivos antes de qualquer grande mudança, melhor gerenciamento de volume e RAID.

No entanto, faltam ao Btrfs algumas características- principalmente, a ferramenta fsck — que muita gente gostaria de ver implementada antes de colocá-lo em produção. A previsão era a de que a ferramenta fsck estivesse disponível no fim de 2011. É provável que esteja pronta ainda no início de 2012, o que deve acelerar a adoção do Btrfs por algumas das distribuições Linux muito rapidamente.

Se eu tivesse que fazer uma previsão, diria que o Btrfs acabará por suplantar o Ext4 como sistema de arquivos padrão para a maioria das principais distribuições Linux. Mas não espere ver uso generalizado em ambientes de produção antes de meados de 2013.

2 - Android, alinhamento com plataforma ARM e foco nos sistemas embarcados

O Linux em sistemas embarcados vai continuar a ser um dos principais focos em 2012. Isso inclui tudo, desde set-top boxes, o Roku para telefones Android e tablets, e até sistemas para impressoras e qualquer outra coisa que você possa pensar.

Há muito barulho na imprensa especializada em TI sobre o fato do Android ser uma "ramificação" do Linux. Aqui está algo sobre o qual você não deve ter ouvido falar muito a respeito: o pessoal do kernel Linux e o do Android tem trabalhado duro para sincronizar o kernel principal e o kernel do Android.

Com o kernel 3.3, a maioria das funcionalidades do Android deve estar presente no kernel principal. Não tudo, mas progressos estão sendo feitos muito rapidamente. Se tudo correr bem, os usuários devem ser capazes de executar Android em cima de um vanilla kernel (kernel reduzido) até o fim do ano.

Note que este tipo de inclusão assíncrona não é incomum, e não há nenhuma razão para pânico. O Xen esteve fora do kernel padrão durante anos, enquanto sua equipe aprendia a trabalhar com a comunidade responsável pelo kernel (e vice-versa). A Red Hat e outras distribuições de Linux têm incluído patches para recursos ou dispositivos constantemente. É algom comum à plataforma.

Ao mesmo tempo, o pessoal do kernel continua a tentar domar o "oeste selvagem" da arquitetura ARM. Em um dado momento, havia cerca de 70 sub-arquiteturas ARM na árvore do kernel. Compare isso com outras arquiteturas, e você verá um problema aí. A boa notícia é que você também verá um esforço maior este ano para a resolução do problema.

Parte dele é o suporte a longo prazo da árvore do kernel para os fornecedores de eletrônicos de consumo. A Long Term Stable Kernel Initiative (LTSI) é focada na produção de um kernel estável, que estará disponível por aproximadamente a mesma quantidade de tempo de vida da maioria dos dispositivos eletrônicos de consumo (2 a 3 anos). O fato de muitos fornecedores estarem trabalhando juntos em um único núcleo deve fornecer uma série de benefícios.

A Canonical também anunciou na CES que está trabalhando em um Linux para set top boxes e DVRs. Será interessante ver a receptividade dos principais fabricantes desses dispositivos. Sou cético sobre suas chances de sucesso, a menos que consigam emplacar em algum dispositivo de uma grande marca, que o torne atraente para os usuários.

3 - Melhor ajuste e provisionamento

O cgroups é um recurso do kernel do Linux, desde a versão 2.6.24, que tem como finalidade limitar, contabilizar e isolar o uso de recursos. Continua a evoluir e permitir um controle mais refinado do sistema. Por exemplo, no Linux 3.2 (lançado em 04 de janeiro) temos um novo recurso chamado CPU bandwidth control que permite que os administradores definam quanto tempo de CPU um grupo de processos pode usar.

A versão 3.2 acrescentou também ajustes finos de provisionamento ao Linux Device Mapper, que permite que administradores possam controlar o excesso de oferta de cotas de armazenamento para cada usuário. Isso pode parecer duvidoso, mas se você tiver algumas centenas de usuários em um sistema, será necessário definir um limite superior para a quantidade de armazenamento que poderão usar. Claro que, se configurado corretamente, a maioria dos usuários não se aproximará desse valor. Então você provavelmente não precisará de armazenamento suficiente para dar a cada usuário sua quota máxima.

Você pode esperar ver a melhoria contínua do cgroups e de outras áreas no kernel para permitir que os administradores de TI possam definir limites de recursos e outras formas de afinar seus sistemas ainda mais. As melhorias podem deixar de estar presentes em futuras versões do Linux por alguns ciclos, mas estão a caminho. Suspeito que o SUSE Enterprise Linux será lançado com um kernel 3.0 em 2013.

4 - Crescimento do OpenStack

Finalmente, esperamos ver o OpenStack sendo implantado até o fim de 2012 ou início de 2013. O projeto foi anunciado em 2010 e já atraiu mais de 140 empresas e organizações. É também a pilha de IaaS para o SUSE Linux e o Ubuntu. A partir das minhas conversas com membros da comunidade OpenStack, SUSE e Rackspace, digo, sem medo de errar, que o OpenStack terá um grande impulso em meados do ano.

Basicamente, o Linux vai continuar a melhorar para uso nas empresas e nas plataforma móveis. Com o Kindle Fire e o Nook, da Barnes & Noble, acho que veremos mais e mais tablets Android ganhando mercado. E, a não ser que algo drástico aconteça, o Android continuará a manter uma liderança firme no mercado de telefonia. O único lugar em que o Linux continuará a definhar será no desktop. Mas não se pode ter tudo, certo?

A NASA (Agência Espacial dos Estados Unidos) anunciou, nesta semana, através do seu blog, o lançamento de um site para o desenvolvimento de softwares de código aberto. A página code.nasa.gov abriga um diretório dos projetos open source da organização e ainda fornece acesso aos documentos dos seus processos de programas de código aberto.

O objetivo da agência é que no futuro o portal funcione como uma central de desenvolvimento de código aberto. Para isso, é planejada a adição de um fórum e ferramentas de colaboração para facilitar a vida dos desenvolvedores que quiserem levar os projetos da Nasa para o mundo código aberto.

Os projetos inicialmente listados no novo site da Nasa incluem um mapeador lunar e um kit de ferramentas para determinação de órbita. No entanto, apenas alguns deles já possuem seu código aberto na página, enquanto a agência garante que os outros códigos chegarão “em breve”.

A Nasa possui um histórico antigo em produzir de maneira colaborativa com a comunidade de código aberto. Os projetos anteriores variavam de rastreadores de erros (bug trackers) até criar soluções open source mais escaláveis para computação na nuvem.

Recentemente, a agência lançou outra novidade no mundo digital, uma rádio online que mistura rock e tecnologia chamada Third Rock.

Na última segunda-feira (21), um evento realizado no Rio de Janeiro apresentou as diretrizes e vantagens da lei nº 5978/2011, mais conhecida como “lei ODF”, que determina a utilização de documentos de padrões abertos, como o OpenDocument (.odf) — equivalente ao “.doc”, da Microsoft —, no âmbito da administração pública estadual.

A lei foi sancionada em maio, pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e diz que "os Órgãos e entidades da Administração Pública Direta, Indireta, Autárquica e Fundacional do Estado do Rio de Janeiro, bem como os Órgãos autônomos e empresas sob o controle estatal adotarão, preferencialmente, formatos abertos de arquivos para criação, armazenamento e disponibilização digital de documentos".

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“Para os cofres públicos do Estado, a economia será de 15 milhões anuais", afirmou o deputado Robson Leite (PT/RJ), autor do projeto no qual a lei se baseia. "A Índia já passou por este momento, quando adotou o software livre e o desenvolvimento da sua indústria de TI acelerou. Esperamos que isto aconteça no Rio de Janeiro também”, completou.

Além do deputado Robson Leite, também estiveram no evento o coordenador do comitê de Software Livre do Serpro, Júlio Neves, o presidente do Centro de TIC do Estado do Rio de Janeiro (Proderj), Paulo Coelho, o gerente geral da Universidade Petrobras, Ricardo Salomão, e representantes da Receita Federal, do Exército Brasileiro e da prefeitura de Silva Jardim (RJ), mostrando seus respectivos casos de uso do formato OpenDocument.

A adoção de padrões abertos, além de promover o corte de custos para o governo, também garante uma maior compatibilidade dos arquivos com softwares mais recentes ou desenvolvidos por outras empresas, que também adotam o formado por ser livre de restrições. "Na justiça, existem alguns processos que estão salvos no formato do Carta Aberta, um software que há muitos anos sumiu do mercado. Até hoje, existem algumas máquinas que só servem para ler estes processos", revelou Júlio Neves, do Serpro.

*Com informações do Serpro

O governo do Paraguai anunciou que migrará todos os computadores do governo federal de softwares proprietários, como Windows e Microsoft Office, para software livre, a partir de 2012. A decisão é bem simples: cortar custos investido em soluções alternativas gratuitas.

O anúncio foi feito por Nicolás Caballero, gerente de TI do gabinente da Presidência da República do Paraguai. “O primeiro e mais evidente objetivo é salvar recuros”, disse Caballero um entrevista ao site europeu OSOR.

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Ainda segundo Caballero, só o Ministério da Saúde Pública e Bem-Estar Social deve economizar aproximadamente US$ 4 milhões, fazendo com que as despesas do governo, após a mudança, fiquem restritas apenas ao treinamento dos funcionários.

O governo paraguaio também pretende assumir o controle de qual software será utilizado e como será utilizado, tomando estas decisões sem a interferência de empresas privadas que fornecem licenças de softwares pagos.

O KDE, criado para ser um ambiente de trabalho simples para sistemas baseados em UNIX e voltado ao usuário final, completou 15 anos nesta sexta-feira (14).

A sigla significa K Desktop Environment — originalmente chamada Kool Desktop Environment. O projeto nasceu a partir de uma lista de discussão iniciada pelo engenheiro de software alemão Matthias Ettrich, em 1996, pedindo sugestões e convocando colaboradores para criar uma interface gráfica simples e que utilizasse a biblioteca gráfica Qt.

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Uma de suas queixas sobre as aplicações de desktop da época era que sua namorada não conseguia usá-las, por não serem muito amigáveis.

O lançamento, no entanto, só acontece em 12 de julho de 1998, mas a data da postagem da mensagem é considerada o marco inicial.

Em pouco tempo, o KDE se tornou a GUI mais completa e estável disponível, tornando-se o ambiente padrão para a várias distribuições até o começo da década de 2000, quando outros ambientes gráficos ficaram mais populares, como o GNOME — usado no Ubuntu e Fedora, por exemplo, mas distribuições Linux mais usadas.

Atualmente, Ettrich trabalha para a Nokia no desenvolvimento de interface de usuário do Qt e no ambiente de desenvolvimento integrado do framework. Ele também é conhecido pelo desenvolvimento do aplicativo de edição de texto em código aberto LyX, muito popular entre autores técnicos e cientistas, devido aos seus avançados modos matemáticos.


KDE Plasma 4.7, lançado no final de julho

O KDE encontra-se atualmente na versão 4.7.2 e conta com mais de 1800 colaboradores no alto escalão de desenvolvimento, que diariamente atualizam a ferramenta utilizada por milhões de usuários de várias distribuições Linux.

O sistema operacional Ubuntu Linux será o principal sistema operacional do serviço de Cloud da HP, ainda não lançado, de acordo com a Canonical, empresa responsável pelo Ubuntu. A HP recentemente lançou um beta fechado de um serviço de IaaS que vai oferecer processamento e armazenamento online, usando a plataforma de código aberto OpenStack.

OpenStack, que foi recentemente desmembrada da Rackspace, é desenvolvida para trabalhar com múltiplos sistemas operacionais e plataformas de virtualização. Opções incluem VMware, Hyper-V, Windows e Xen. A HP trabalhará com um controlador completamente em código aberto, um gerenciador de máquinas virtuais KVM e o Ubuntu para o sistema operacional.

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"HP e Canonical estão trabalhando juntas durante os testes do beta privado para ter certeza que nós vamos oferecer o mais seguro e escalável modelo corporativo de nuvem para companhias de todos os tamanhos", diz o post no blog da Canonical.

A nuvem da HP é direcionada a desenvolvedores, ISVs e clientes corporativos, com a possibilidade de implantar máquinas virtuais e capacidade de armazenamento on demand. Durante o beta privado, o número máximo de usuários de teste foi atingido.

O que mais cresce

Na última segunda-feira (10), dados divulgados pela W3techs revelaram que o Ubuntu é a distribuição Linux que mais cresce no mercado de servidores web.

Depois de ultrapassar Suse e Fedora, no ano passado, o Ubuntu Server Edition passou o Red Hat, no mês julho, ficando atrás apenas de Debian e CentOS  — praticamente empatados na liderança.

Isso mostra que o trabalho da Canonical em popularizar o Linux vem dando certo, pelo menos com a sua distribuição. O Ubuntu já é o sistema operacional baseado em Linux mais popular em desktops e, num futuro próximo, também pode liderar entre os sistemas para servidores. A parceria com a HP só deve reforçar ainda mais isso.

A empresa de soluções de código aberto Red Hat anunciou os resultados financeiros do segundo trimestre do ano fiscal 2012, encerrado no dia 31 de agosto. O faturamento da companhia cresceu 28% em relação a igual período do ano passado, alcançando US$ 281,3 milhões.

O lucro líquido foi de US$ 40 milhões, ante os US$ 23,7 milhões obtidos no mesmo período do ano anterior. Já o lucro operacional para o segundo trimestre, foi de US$ 52,5 milhões, ou margem operacional de 18,7%.

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"A combinação de sólida execução de vendas e demanda dos clientes resultou na receita do segundo trimestre, que foi acima da nossa previsão e representou nosso quarto trimestre consecutivo de crescimento da receita”, disse o presidente e CEO da Red Hat, Jim Whitehurst.

 

Um ataque de injeção maciça de iFrame comprometeu por malware cerca de 100 mil páginas de sites de comércio eletrônico baseados em software open source "OS Commerce", na semana passana. O alerta é da empresa de segurança Armorize.

A origem do ataque foi identificada como sendo a Ucrânia. Os sites seriam comprometidos com o malware, que depois seria utilizado para atacar seus visitantes. Segundo o CTO da Armorize Wayne Huang, embora este tipo de crime não seja incomum na internet, a ofensiva chama a atenção por tratar-se de um tipo de injeção maciça e, aparentemente, uma reminiscência de ataques realizados com grande frequência há cerca de três anos, mas hoje pouco habituais.

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Para Huang, os atacantes “podem ter aproveitado uma vulnerabilidade conhecida” no software open-source. Ele lembra que o OS open source Commerce é uma fundação popular para sites de comércio electrónico, a qual recebe mais tarde um aspecto diferente através de várias adições, geralmente vendidas. O CTO avalia que alguns destes suplementos têm dados de configuração integrados diretamente no código fonte, tornando as atualizações difíceis.

O grupo de suporte ao OS Commerce diz ter 249.500 proprietários de lojas online como utilizadores do seu software Merchant Online – disponível gratuitamente sob a GNU General Public License. Mas a comunidade não se manifestou.

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