Tópicos | Operação Construtor

A organização criminosa desarticulada nesta quinta-feira (2) pela Polícia Federal (PF) na Operação Construtor fazia a lavagem de dinheiro com a compra de veículos e imóveis de luxo e abrindo empresas fantasmas. De acordo com a PF, o líder estava vivendo numa mansão em Fortaleza-CE. As ações aconteceram nos estados de Pernambuco, Fortaleza, João Pessoa e Paraná.

O grupo é acusado de fazer tráfico internacional de cocaína. As investigações apontam que a organização importava o material do Paraguai escondido em veículos até Recife e da capital pernambucana a droga era distribuída para outras cidades do Nordeste.

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Ao todo, foram cumpridos seis mandados de prisão preventiva, cinco mandados de busca e apreensão, além da apreensão de veículos, bloqueio de oito contas bancárias, sequestro de oito imóveis e sigilo fiscal de quatro pessoas. Três alvos dos mandados de prisão preventiva já estavam presos no Complexo do Curado, no Recife. A polícia acredita que eles continuavam atuando de dentro da unidade prisional.

Em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), foi detido um suspeito de fazer a cobrança de valores e distribuição das drogas. Ainda em Pernambuco, um advogado foi intimado a prestar esclarecimentos. A Polícia Federal havia pedido a sua prisão, o que não foi concedido pela Justiça. Ele é suspeito de ter auxiliado na lavagem de dinheiro, além de ter conhecimento das atividades da organização. 

“O líder da organização criminosa abriu algumas empresas com o objetivo de lavar esse dinheiro do tráfico, comprou alguns terrenos, construía imóveis e revendia. Esse dinheiro apurado ele investia em outros imóveis e aí comprava apartamentos e casas de alto padrão tanto em Fortaleza quanto em João Pessoa”, diz o coordenador da operação, o delegado Dário de Sá Leitão. 

O líder do grupo atuava no Recife mas atualmente vivia em Fortaleza. Tanto ele quanto a esposa foram detidos. Ele já foi indiciado por homicídio após acidente de trânsito em que estava alcoolizado. 

Os envolvidos vão responder por associação e tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e constituir/integrar organização criminosa, podendo pegar até 65 anos de reclusão. As investigações continuam para identificar outros possíveis integrantes. 

A Polícia Federal (PF) cumpre quatro mandados de prisão em Pernambuco dentro da Operação Construtor, deflagrada nesta quinta-feira (2). Em Fortaleza-CE, a mesma operação cumpre dois mandados de prisão contra um empresário líder da organização criminosa e de sua esposa.

A operação, cujas investigações iniciaram ainda em 2014, tem como alvos suspeitos de envolvimento com associação e tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Dos quatro mandados que estão sendo cumpridos em Pernambuco, três são contra pessoas que já se encontram no presídio. Ainda no Estado, um advogado foi intimado e buscas serão realizadas em sua residência e seu escritório. Os suspeitos podem pegar até 65 anos de reclusão. 

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Estão sendo cumpridos também cinco mandados de busca e apreensão (três em Pernambuco, um no Ceará e outro no Paraná); apreensão de três veículos, bloqueio de oito contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas; sequestro de oito imóveis (seis no Ceará e dois na Paraíba) e afastamento de sigilo fiscal de quatro pessoas físicas e jurídicas, tendo todas as medidas cautelares sido expedidas pela 13ª Vara da Justiça Federal de Pernambuco. 

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Os mandados estão sendo cumpridos simultaneamente no Recife, Fortaleza-CE, João Pessoa-PB e Foz do Iguaçu-PR. De acordo com a PF, a quadrilha lavava o dinheiro do tráfico adquirindo veículos, apartamentos e terrenos, onde eram construídos imóveis para revenda.

Em Pernambuco, os presos envolvidos na operação estão recolhidos no Presídio Juiz Antonio Luiz Lins de Barros (PJALLB), no Complexo do Curado, após terem sido presos em flagrante com 24,4 kg de cocaína no dia 22 de agosto de 2014. Eles estavam em uma pousada em Piedade, no município de Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife (RMR), quando um químico da quadrilha veio do Paraguai para melhorar a qualidade da droga.

O líder da organização vive com a atual esposa em Fortaleza e, em seu nome, estão registrados alguns dos imóveis que estão sendo sequestrados. O investigado já foi indiciado pela prática de homicídio, ocorrido em um acidente de carro supostamente causado por sua embriaguez. O acidente resultou na morte da motorista do veículo atingido, que se encontrava grávida de oito meses. 

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