Tópicos | Operação Cui Bono?

Ao concluir o inquérito da operação Cui Bono?, a Polícia Federal indiciou 15 pessoas, entre elas o ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB), o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ), o corretor Lúcio Funaro, o ex-vice-presidente da Caixa Fabio Cleto e os empresários Joesley Batista, do Grupo J&F, Henrique Constantino, da Gol, e Marcos Molina, da Marfrig. A lista dos indiciados foi revelada pelo Jornal Nacional, da TV Globo, e confirmada pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Deflagrada em janeiro de 2017, a Cui Bono? investiga se Geddel, vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa de 2011 a 2013, cobrava propina para liberar empréstimos. Investigadores suspeitam que o emedebista fornecia informações privilegiadas para Cunha, Funaro e Cleto.

##RECOMENDA##

Segundo a PF, foram identificados crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa, formação de quadrilha e obstrução à investigação de crime praticado por organização criminosa.

No pedido que deu origem à operação, o procurador Anselmo Lopes disse que mensagens encontradas no celular de Cunha apontavam a solicitação de propina a empresas interessadas em empréstimos da Caixa. "Os diálogos não deixam dúvidas de que Geddel Vieira Lima e Eduardo Cunha buscavam contrapartidas indevidas nas diversas empresas, visando à liberação de créditos que estavam sob a gestão da vice-presidência de Geddel", disse Lopes.

Em uma das mensagens, de 30 de julho de 2012, Geddel diz a Cunha que o "voto sai hj' - sobre um empréstimo a Marfrig. No outro dia, Geddel envia novamente a Cunha informações sobre aprovações de crédito da Marfrig. Após informar que o voto foi favorável a duas operações da empresa, de R$ 300 milhões e R$ 50 milhões, Geddel sinaliza que estava feito o que lhe cabia. "Opinião de voto: favorável. Já foi, agora é vc", diz.

O advogado de Funaro, Bruno Espiñeira, afirmou que ele "segue colaborando com as autoridades, respeitando todas as cláusulas do seu acordo". Procurados, os outros indiciados não responderam até a publicação desta matéria. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Polícia Federal concluiu inquérito da Operação Cui Bono?, instaurado para investigar esquema de fraudes na liberação de créditos junto à Caixa Econômica Federal. A PF indiciou 16 investigados.

O relatório final do inquérito, segundo a PF, se baseou em provas colhidas no decorrer das investigações que foram obtidas através de medidas de busca e apreensão, provas testemunhais e documentais, "além de diligências de campo e análises de dados".

##RECOMENDA##

Segundo a PF, foram identificados crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa, formação de quadrilha e obstrução à investigação de crime praticado por organização criminosa.

O inquérito policial foi encaminhado à 10.ª Vara da Justiça Federal em Brasília.

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha (MDB-RS), começou a depor na manhã desta terça-feira (6), na Justiça Federal em Brasília, como testemunha de defesa de Geddel Vieira Lima (MDB-BA), ex-ministro do governo Michel Temer. No processo, que faz parte da Operação Cui Bono?, Geddel é acusado de obstrução da Justiça. A suspeita é de que ele tentou atrapalhar a delação de Lúcio Funaro, na fase em que este estava em tratativas com a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Padilha está sendo ouvido via videoconferência, com sinal entre o gabinete dele e a sala de audiência. As acusações dão conta de que seu ex-colega de Palácio do Planalto tentava pressionar Funaro para que permanecesse em silêncio e não partisse para um acordo de colaboração premiada.

##RECOMENDA##

Geddel também será ouvido nesta mesma audiência, mas presencialmente. Ele foi deslocado do presídio da Papuda, em Brasília, para a sede da Justiça Federal, na capital federal. O ex-ministro chegou por volta das 9h50 ao local e está aguardando em um sala ao lado do local onde prestará depoimento.

O ex-ministro Geddel Vieira (MDB) será interrogado na próxima terça-feira, 6, no âmbito de ação penal que responde por suposta tentativa de barrar a delação premiada de Lúcio Funaro. O caso, investigado na Operação Cui Bono?, levou o emedebista pela primeira vez à para a prisão, em julho de 2017, antes da descoberta do bunker dos R$ 51 milhões.

Os procuradores Anselmo Lopes Cordeiro e Sara Moreira denunciaram, em agosto de 2017, o ex-ministro Geddel Vieira Lima pelo crime de obstrução de Justiça no âmbito das operações Sépsis e Cui Bono? pela suposta pressão exercida pelo emedebista para que Funaro permanecesse em silêncio e não partisse para um acordo de colaboração premiada.

##RECOMENDA##

Na denúncia contra Geddel, o MPF sustenta que, após a prisão de Funaro, o ex-ministro monitorou e constrangeu a mulher do corretor, Raquel Pitta, com a intenção de "influenciá-lo" a não colaborar com as investigações referentes às operações Cui Bono e Sépsis, que tratam de desvios na Caixa.

O ex-ministro, que antes não mantinha contato com a mulher de Funaro, teria passado a fazer insistentes ligações para ela, especialmente nas sextas-feiras, dia que visitava o marido na prisão. Muitas vezes, os telefonemas eram no período da noite, a propósito de perguntar sobre o "estado de ânimo" de Funaro.

Por meio de seu advogado, Bruno Espiñeira, Funaro fez chegar à PF "impressos de ligações" recebidas por Raquel via WhatsApp. As ligações foram feitas por um certo "Carainho", que, segundo os investigadores, é Geddel.

Em audiência de custódia, quando foi preso pela primeira vez e chorou, de cabeça raspada, em frente às câmeras da 10ª Vara Federal. Na ocasião, ele negou obstrução, mas admitiu mais de dez ligações com a mulher do doleiro.

"Acabei de dizer que nesta ligação se tratou exatamente: 'como vai você?', porque é o mínimo. 'Sua família está bem?' Não se tratou de marido dela, de esposo dela, nada disso", afirmou Geddel.

Questionado a respeito de quantas ligações fez a Raquel Pitta, esposa de Funaro, o ex-ministro relatou que conversou com ela "mais de dez vezes". Sempre, segundo o emedebista, o teor era o mesmo: "Isso: 'Como vai? Tudo bem?' Ela me ligava".

Polícia Federal ainda está no gabinete do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) na Câmara dos Deputados. A ação de busca e apreensão no gabinete do deputado, irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, foi determinada pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendendo a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Em decorrência da ação da PF, o corredor de acesso aos gabinetes do 6º andar do prédio anexo da Câmara dos Deputados, onde está localizado o gabinete de Lúcio Vieira Lima, está fechado à imprensa. Somente os servidores da Câmara podem circular pelo local.

##RECOMENDA##

A Polícia Federal faz buscas na Câmara nesta segunda-feira (16). O alvo é o gabinete do deputado Lucio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima.

A ação ocorre por ordem do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF). O pedido é da Procuradoria-Geral da República, que investiga a ligação do parlamentar com os R$ 51 milhões - R$ 42.643.500,00 e US$ 2.688.000,00 - encontrados, no início de setembro, em um apartamento em Salvador na Operação Tesouro Perdido, desdobramento da Cui Bono?.

##RECOMENDA##

Geddel está preso na Papuda. Em 13 de setembro, o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10.ª Vara Federal de Brasília, decidiu remeter ao Supremo a investigação sobre o ‘tesouro perdido’ de R$ 51 mi, atribuído ao ex-ministro. O magistrado alegou em sua decisão que ‘há sinais de provas que podem levar ao indiciamento’ do deputado Lúcio Vieira Lima.

Conforme a Constituição, congressistas têm foro por prerrogativa de função e só podem ser alvo de inquéritos criminais que tramitem na Corte.

No depoimento prestado à PF, o dono do apartamento situado em Salvador onde foram encontrados os R$ 51 milhões, Silvio Antônio Cabral da Silveira, disse que foi Lúcio quem pediu o imóvel emprestado e que o fez em nome da amizade com o parlamentar, embora não conhecesse Geddel.

Além disso, no local, foi encontrada uma fatura em nome de Marinalva Teixeira de Jesus, apontada como empregada doméstica do congressista.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando