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Nesta sexta-feira (18), a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, OSESP vai realizar uma transmissão gratuita do concerto “Sinfonia de Games”, que ocorrerá na Sala São Paulo a partir das 20h30.O repertório inclui as trilhas sonoras dos seguintes jogos: Pokemón (1998), Fortnite (2017), The Last Of Us: No Escape (2013), Uncharted II (2009), Resident Evil: Wesker Battle (2000), Final Fantasy VII (1959), Tetris Opera (1861), World Of Warcraft (2004 e 2014), The Legend Of Zelda (1986 e 2016), Kingdom Hearts (2002), entre outros.Sinfonia de Games conta com o Coro Acadêmico da Osesp, o regente Wagner Polistchuk, a soprano Érika Muniz e a apresentação da jornalista do Omelete, Carol Costa. Além de arranjos de Polistchuk, Greg Cox, Gabriele Delfino, Tommy Tallarico, Eimear Noone e Craig Stuart Garfinkle. Confira a programação completa no link.Serviço - Sinfonia de Games da OSESPData: 18 de novembro de 2022Horário: 20h30Local: Sala São PauloTransmissão online: https://youtu.be/u7QWKcs03kI

O ensaio na tarde de terça se constrói a partir dos detalhes. Em uma determinada passagem da Sinfonia nº 4 de Anton Bruckner, nem todos estão juntos; em outra, os músicos se equilibram entre a ideia de força e intensidade. "Isto é extremamente poderoso, mas está forte demais", diz o maestro. A melodia, nas mãos das violas e, em seguida, dos violinos, se transforma. "Bom, bom" - e logo a música para uma vez mais. Uma pequena correção, uma, duas notas. "Ótimos, todos juntos."

A cena poderia ser corriqueira. Mas não quando o maestro à frente da Osesp é o polonês Stanislaw Skrowaczewski. Dizer que, aos 91 anos, ele é uma lenda da regência não dá conta de explicar a importância de sua trajetória. São 80 anos de música - sua primeira apresentação pública, como pianista, foi aos 11 e, aos 13, ele já regia -, ao longo dos quais esteve à frente de todas as grandes orquestras do mundo. Estreou dezenas de obras; nos anos 60, fez a estreia em Paris e nos EUA de sinfonias de Shostakovich; e, ao mesmo tempo em que sempre apostou na diversidade de repertório, construiu a reputação de herdeiro de uma tradição que remonta a grandes nomes da regência do final do século 19 e início do século 20.

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Em São Paulo, ele rege, esta semana, a quarta sinfonia de Bruckner e o concerto para violino de Berg; e, na semana que vem, o Concerto nº 27 de Mozart e a Sinfonia nº 2 de Brahms. "É um repertório que vai muito bem com minha sensibilidade artística", diz ele em entrevista exclusiva ao jornal O Estado de S.Paulo, em seu camarim, após o ensaio. Mas logo ele leva a conversa para Bruckner.

Não é por acaso. Ele foi um dos primeiros maestros a gravar todas as sinfonias do compositor. "Talvez na Europa, nos países germânicos, suas sinfonias sempre tenham sido interpretadas, de uma forma ou de outra. Mas, quando cheguei aos Estados Unidos (ele se mudou para o país nos anos 1960), fiquei surpreso ao perceber que as principais orquestras não as conheciam. Eu lembro de receber em uma ligação do maestro George Szell me dizendo: acabei de tocar a sinfonia nº 3, é uma grande obra, inclua ela no seu repertório. Eu incluí e fico feliz de ter construído uma carreira em torno dessas sinfonias."

Para Skrowaczewski, "tocar mal qualquer música é algo ruim". "Mas há compositores que sofrem ainda mais quando mal tocados. Bruckner é um deles.

Maestros fazem tudo muito rápido, superficial. É preciso compreender o estilo e alcançar leituras mais transcendentais, espirituais, belas. E, quando falo em algo belo, estou me referindo a um ideal de beleza pura."

Skrowaczewski testemunhou boa parte da história do século 20 - dentro e fora dos palcos. Conversar com ele é ter a chance de abrir uma porta privilegiada em direção ao período. Mas o maestro, depois de um dia de ensaios, pede que a conversa seja "o mais breve possível". Resta uma última pergunta: como, após 80 anos no palco, mudou sua relação com a música? A resposta vem sem hesitação. "Quando você ouve três notas de uma peça de Mozart ou Beethoven, você percebe que está diante de algo especial, único. Eu passei a vida tentando explicar isso em palavras. E não consegui. Mas é um privilégio, depois de tanto tempo, continuar a procurar a resposta sobre o palco", diz o maestro. E sorri. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A temporada 2015 da Orquestra Sinfônica do Estado (Osesp) terá 36 programas sinfônicos e elegeu como tema "Os Lugares da Música". Ao todo, 70 artistas convidados participarão dos concertos. O compositor visitante será o norte-americano John Adams e o compositor transversal, o japonês Toru Takemitsu. O artista em residência será o pianista Arnaldo Cohen.

Entre os destaques, há um ciclo intitulado Quem Tem Medo de Schoenberg, que inclui concertos em comemoração aos 80 anos de Isaac Karabtchevsky e peças como Gurre-Lieder e Pierrot Lunaire (com a soprano Manuela Freua e regência de Emmanuele Baldini); concertos e recitais da pianista Angela Hewitt; a volta do maestro Kristian Järvi, além de Osmo Vänska (que estreia obra de Aylton Escobar); e o barítono Mathias Goerne, que vai interpretar obra de Marc-André Dalbavie, co-encomenda da Osesp com a Orquestra de Paris e a Filarmônica de Londres.

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A orquestra vai interpretar também as quatro sinfonias de Brahms, encerrar um ciclo dedicado às sinfonias de Sibelius, por conta de seus 150 anos. Outros compositores lembrados por conta de efemérides incluem Nielsen (150 anos) e Scriabin (100 anos). Mendelssohn terá diversas obras apresentadas ao longo do ano, assim como Strauss, de quem seráo executadas as Quatro Últimas Canções.

Entre as encomendas, além das peças de Escobar e Dalbavie, estão novas partituras de Aurélio Edler-Copes, Paulo Costa Lima, Egberto Gismonti Clóvis Pereira, Antonio Ribeiro, Gunther Schueller e André Mehmari - elas serão apresentadas na série sinfônica e também na programação de música de câmara.

A série de recitais terá, além de Arnaldo Cohen, o violoncelista Antonio Meneses, os pianistas Nelson Goerner, Cristian Budu e Éric Le Sage. A orquestra de câmara da Osesp também fará uma série de concertos, com repertório que vai dos clássicos à escrita do século 21, incluindo autores como Flô Menezes e Claudio Santoro. O mesmo vale para a série própria do Coro da Osesp.

O tema do ano, Lugares da Música, vale para todas as séries de concertos - e a proposta é pensar as diversas programações de forma integrada. "O tema desta temporada pode ser interpretado de quatro modos, pelo menos", escreve o diretor Arthur Nestrovski. A temporada, assim, seria uma homenagem a todos os lugares da música, como a própria Sala São Paulo; são lugares da música também cidades, bairros, ruas, casas; os lugares da música na atualidade, seja do ponto de vista social, seja econômico; e os lugares da música na vida de cada um.

"Toda a programação da temporada - como de resto da atividade da Fundação Osesp - pode ser vista com um, ou mais de um desses critérios em mente. O poder evocativo da música não pode ser subestimado; e será fácil identificar bom número de obras aludindo diretamente a lugares reais ou imaginados, da Sinfonia Praga de Mozart aos jardins do compositor transversal Takemitsu, da viagem de 'Haroldo na Itália' à Escócia da Sinfonia de Mendelssohn, do 'Americano em Paris' a destinos mais ambiciosos: 'Os Planetas'", diz Nestrovski.

A tarefa não é das mais fáceis: programar, anualmente, um festival em torno do compositor Hector Berlioz e, a cada edição, fugir do perigo de se tornar repetitivo. Mas é justamente isso que tem feito o etnomusicólogo Bruno Messina, diretor artístico do Festival Berlioz, com uma boa dose de imaginação.

Este ano, por exemplo, ele relaciona a trajetória do compositor com a época em que viveu. Rechaça a ideia do autor romântico e estabelece sua relação com dois novos mundos: de um lado, o continente americano; de outro, a novidade trazida pelas revoluções industriais.

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O trajeto proposto é fascinante. Berlioz certa vez comparou Beethoven com Cristóvão Colombo, descobridor de um novo continente musical. No palco, então, a Orchestra des Siècles recupera a sinfonia Cristophe Colomb, de Félicién David, amigo de Berlioz; e o pianista François Frédéric Guy interpreta, com Xavier Phillips, a integral das sonatas para violoncelo de Beethoven.

A lembrança do continente americano, por sua vez, serve de pretexto à execução de Des Canyon aux Etóiles, em que Messiaen descreve o oeste dos EUA, assim como, em um universo musical totalmente diferente, Dvorak fez com a Sinfonia Novo Mundo, tocada aqui pela Sinfônica Nacional de Lyon. Já a mecanização é tratada por Buster Keaton em A Locomotiva General, longa exibido no festival, com trilha escrita pelo compositor François Narboni executada ao vivo.

Há outros exemplos e o festival terá ainda esta semana nomes estelares como John Eliot Gardiner, Leonard Slatkin e os irmãos Gautier e Renaud Capuçon. Mas, em geral, o mais interessante da programação é o modo como embaralha as épocas. Dos barrocos aos contemporâneos, há música para todos os gostos, estabelecendo diálogos entre autores e épocas, mostrando que a experiência musical depende tanto da reinterpretação do grande repertório quanto da busca por novos territórios estéticos. Sem concessões.

Ao lembrar de La Côte Saint-André, no sul da França, sua terra natal, o compositor Hector Berlioz falava do "silêncio de sonhadora majestade, aumentada pelo cinturão de montanhas que a limita ao sul a leste". Na terça-feira, porém, a noite da pequena cidade medieval de quatro mil habitantes terminou em samba após o concerto da Orquestra Jovem do Estado de São Paulo, que fez o público dançar no palco do festival que, anualmente, celebra a memória e a música do autor.

A terça começou com um pequeno imprevisto: pela manhã, a chuva deu as caras e fez com que precisasse ser cancelado o ensaio no palco montado no pátio do Château Louis XI, prédio do século 13 que observa, do alto, a cidade. Chance de conversar com alguns músicos. Lina, Camila, Eder, Samuel, Danilo, Rodrigo, Barbara, Michelle, Gessica. Todos do naipe de violas da orquestra, de 18 a 26 anos. Para Camila e Barbara, é a primeira visita à Europa - os demais estiveram por aqui com a orquestra no ano passado, quando o grupo fez uma viagem pela Alemanha.

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Depois do movimento de Amsterdã, cidade onde a orquestra iniciou a sua turnê europeia, eles estranharam a tranquilidade de La Côte Saint-André. Tocando na rua, dois deles foram convidados a entrar por moradores. Outros chamam atenção para o fato de que tocar Berlioz na cidade do compositor é uma responsabilidade - assim como apresentar obras de dois autores brasileiros, Villa-Lobos e Guarnieri. Todos entendem a música como um caminho sem volta - uma descoberta da juventude que os vai acompanhar para sempre. E falam na viagem como uma experiência marcante.

Experiência que, como explica Paulo Zuben, diretor artístico e pedagógico da Santa Marcelina Cultura, vai além da simples prática orquestral. A sinfônica é o ponto mais visível de um projeto de educação musical que inclui a Escola de Música do Estado e o Guri Santa Marcelina. O objetivo, diz, é integrar cada vez mais as etapas do processo, da iniciação musical ao ingresso na orquestra - mas sem que ela seja entendida como um "ponto de chegada". "Temos o péssimo hábito de entender a orquestra como o foco único do músico. E é por isso que uma viagem como essa é importante. Ao ter contato com artistas e professores de outros países, os músicos entendem que há um mundo muito maior aqui fora. Estar na orquestra não é um fim, mas, sim, uma janela que se abre para outras possibilidades e caminhos mais ambiciosos", afirma ainda Zuben.

No concerto de terça-feira, o grupo não teve um programa fácil pela frente. A Abertura Concertante, de Camargo Guarnieri, e a Bachiana Brasileira n.º 7, de Villa-Lobos, estão repletas de armadilhas rítmicas e exigem tanto virtuosismo individual como enorme senso de conjunto - características ainda mais necessárias na Sinfonia Fantástica de Berlioz.

Os músicos, porém, estiveram à altura do desafio, regidos com segurança pelo maestro Cláudio Cruz, com notável senso arquitetônico na construção da interpretação. Ao final, longos aplausos de pé. E, de brinde, Garota de Ipanema e Aquarela do Brasil, acompanhados pelas palmas da plateia. Na saída, em clima de festa, uma roda de choro pôs fim à "soirée bresiliénne" do Festival Berlioz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Criado no final dos anos 1840, o saxofone esteve presente ainda na segunda metade do século 19 em composições ditas clássicas, uso que se tornou mais frequente na música moderna das primeiras décadas do século 20. No imaginário, no entanto, o instrumento está antes de mais nada associado ao jazz. E é trabalhando com esses múltiplos universos que o compositor John Adams escreveu seu Concerto, que a Osesp interpreta a partir desta quinta-feira, 14, até sábado, 16, na Sala São Paulo, pelos seus 60 anos (a apresentação desta quinta será transmitida pela internet, em concertodigital.osesp.art.br).

"É muito difícil separar o saxofone do jazz, e não há problema nisso", diz Timothy McAllister, saxofonista que será o solista das apresentações. "Afinal, o jazz e a música das bandas de bailes do começo do século 20 foram responsáveis por popularizar o instrumento. Ainda assim, é importante ver, como faz Adams, o instrumento tanto como completamente emblemático do jazz e também como parte de uma tradição clássica que remonta à Europa do século 19", afirma.

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A própria relação de McAllister com o instrumento nasce da convivência de ambientes sonoros. "Escolhi o saxofone por conta da enorme popularidade que ele tinha na música pop e no rock dos anos 1980. Eu cresci na geração MTV, na época dos clipes. E o saxofone estava sempre ali. Pouco depois, descobri o smooth jazz, o jazz fusion e a partir deles fui conhecer mestres como Charlie Parker e John Coltrane", conta. "Mas quando descobri os grandes concertos para saxofone solista de Glazunov, Ibert, Villa-Lobos, Debussy, tocados por concertistas excepcionais, me dei conta de que queria seguir esse caminho."

McAllister hoje dá aulas na Universidade de Michigan e integra o quarteto Prisma, especializado na interpretação da música contemporânea. Em seu currículo, o músico contabiliza a estreia mundial de 150 obras. E, olhando esse universo, como ele diria que a música de concerto do início do século 21 trata o saxofone?

"Compositores hoje se voltam para muitas fontes. E a beleza do saxofone é sua habilidade de existir em diversos tipos de música. Compositores clássicos podem utilizar o seu enorme alcance, explorando sua paleta dinâmica para recriar desde um tratamento sinfônico até sons mais exóticos. Afinal, nas mãos de um bom músico, o saxofone pode ser tão audacioso quanto um trombone, doce como um corne inglês ou mais delicado que uma flauta. No entanto, o que atrai mais os compositores parecer ser o caráter melancólico do instrumento", diz o músico.

E como o concerto de Adams se insere nesse contexto? O compositor já definiu a obra - que foi gravada no ano passado pela Sinfônica de Saint Louis - como uma "viagem de descoberta", em que dialogam a música de seu passado e de seu presente como autor. McAllister, por sua vez, explica que o saxofone que emerge da peça é fruto da evocação de diferentes ambientes da música americana. "O som que buscamos mistura a sensibilidade do cool jazz, a escola clássica da composição nos EUA, que mantém relação com o teatro musical e a Broadway, e a sonoridade ouvida no trabalho de intérpretes da metade do século 20, que atuavam em praças como Nova York, Detroit e Chicago. Quando toco a peça, eu tento canalizar em alguns momentos o saxofone de Leonard Bernstein e, em outros momentos, Charlie Parker."

Para o saxofonista, o início da peça "lembra um filme de ação que começa já em uma cena de perseguição". "À medida que a obra assume um tom mais lento, surgem então as referências aos clubes de jazz, aos filmes noir, o que fica particularmente visível na escrita para as cordas. Depois de uma cadência, há uma passagem com toda a orquestra que se assemelha a uma dança diabólica. É de tirar o fôlego, com uma exigência muito grande tanto para o solista quanto para a orquestra. E espero que a sensação seja a mesma para a plateia", explica. "No fundo, trata-se de uma peça bastante tradicional e idiomática no modo como trata o instrumento. O virtuosismo está justamente na diversidade de paletas e sensações que ela propõe."

Nas apresentações, a Osesp vai interpretar também a Abertura da ópera Lo Schiavo, de Carlos Gomes, e a Sinfonia n.º 5 de Tchaikovsky. As duas obras fazem parte do programa da turnê brasileira que a orquestra realiza na segunda quinzena do mês, com apresentações marcadas para Rio, Porto Alegre, Salvador, Belo Horizonte e Curitiba - a outra peça será o Concerto para Piano e Orquestra de Grieg, com solos de Dmitri Mayboroda. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A partir do dia 13, a Osesp começa a venda de ingressos antecipados de sua temporada de concertos com desconto.

Entre as opções estão programas sinfônicos, concertos de câmara e recitais de piano na Sala São Paulo. O público interessado pode montar uma série personalizada, comprando o mesmo número de ingressos para pelo menos três concertos da programação.

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A venda de ingressos é feita pela Ingresso Rápido, pelo telefone (11) 4003 1212 e pelo site www.ingressorapido.com.br. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo anunciou ontem, 29, sua temporada para 2014. Ao todo, serão apresentados 79 programas diferentes - incluindo concertos sinfônicos, de câmara, recitais e apresentações dos corais. Fora de São Paulo, a Osesp fará uma turnê por seis capitais brasileiras - e, além dos discos previstos para a gravadora Naxos, fará dois registros para o selo Decca, um deles para comemorar os 70 anos do pianista Nelson Freire.

Freire é um dos 70 artistas convidados da programação. Entre os solistas, a maior parte é de pianistas. São nomes como Nicolai Lugansky, Fabio Martino, Dmitri Maiboroda, Stephen Hough, Jeremy Denk e Lars Vogt, além do francês Jean-Efflam Bavouzet, que será o artista em residência. Entre os músicos de outros instrumentos, destaque para o violoncelista Antonio Meneses, o violonista Manuel Barrueco, o flautista Emmanuel Pahud e o barítono Paulo Szot.

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Na lista de regentes, chama atenção a volta do jovem brasileiro radicado em Boston Marcelo Lehninger, que será o maestro de um dos discos a ser gravado para a Decca, com solos de Nelson Freire. Isaac Karabtchevsky segue como um principal regente convidado informal, continuando a gravação da integral sinfônica de Villa-Lobos. Um dos queridos da orquestra, Frank Shipway também estará de volta - assim como um outro veterano da regência, o polonês Stanislaw Skrowaczewski.

A Osesp completa 60 anos em 2014 e, para tanto, a direção artística do grupo montou alguns ciclos comemorativos. Haverá uma "breve seleção de obras de autores brasileiros" compostas em 1954, ano de fundação do grupo; a série Villa-Lobos em Foco terá obras do compositor para diversas formações; serão interpretados os quatro concertos para piano de Rachmaninoff, além da obra completa de Stravinsky para piano e orquestra; e terá continuidade o ciclo das sinfonias de Sibelius, agora com as de nº 3 e nº 5.

O compositor visitante do ano será o escocês James MacMillan, que terá suas obras regidas por Marin Alsop - mas a Osesp também colocou na agenda uma encomenda para o compositor americano John Adams, em parceria com as sinfônicas de Baltimore e Sidney. Foram encomendadas peças a cinco autores brasileiros: Alexandre Lunsqui, Egberto Gismonti. Ronaldo Mianda, Celso Loureiro Chaves e Sergio Assad.

Leonard Bernstein, um dos grandes nomes da música no século 20 e professor de Marin Alsop, foi escolhido como compositor transversal - e, assim, terá obras interpretadas em todas as principais séries de concerto da temporada. Entre os destaques, está a exibição, em versão de concerto, da opereta Candide, com regência de Alsop.

A abertura oficial da temporada será no dia 13 de março mas, já a partir de 6 de fevereiro, haverá uma série de concertos a preços populares. A orquestra promete ainda novas transmissões digitais de concertos e outros lançamentos gratuitos pelo selo digital.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O concerto que a Sinfônica do Estado apresenta nesta quinta, 27, e sexta-feira, 28, na Sala São Paulo foi programado há mais de um ano; e o repertório - peças de Camargo Guarnieri, Leonard Bernstein e Luciano Berio - foi pensado à luz de uma apresentação que a Osesp fará em outubro em um festival londrino. Ainda assim, as recentes manifestações pelo País deram a ele uma atualidade contundente. É o que sugere a maestrina norte-americana Marin Alsop, que rege as apresentações. São todas obras estreadas no fim dos anos 60, ela lembra, e que carregam dentro de si algumas perguntas: qual o futuro possível, para onde vamos? "É o que percebo que o povo brasileiro está perguntando hoje nas ruas."

A orquestra começa o concerto com a Sinfonia n.º 4 - Brasília, de Guarnieri; em seguida, toca as Danças Sinfônicas de West Side Story, de Bernstein; e encerra a noite com a Sinfonia de Berio, da qual os Swingle Singers participam como solistas. "Bernstein é o eixo do programa. Guarnieri dedicou sua sinfonia a ele e Berio escreveu sua peça para que ele a estreasse em Nova York. Nesse sentido, eles lidam com a questão que ocupava Bernstein no fim dos anos 60: para onde vamos em termos da arte como representativa da sociedade civilizada?", indaga Alsop, que faz então uma relação com o momento vivido pelo País. "O que está de fato acontecendo? Vivemos o caos, tudo isso é fruto de algum acaso? Mais importante: a sociedade está se rompendo? Há um futuro? Há alguma regra, alguma justiça? Podemos confiar em alguma instituição nesse processo?", pergunta-se.

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OSESP - Sala São Paulo. Praça Júlio Prestes, 16, Campos Elísios, 3223-3966. 5ª e 6ª, 21 h; sáb., 16h30. R$ 28/ R$ 160.

Músicos e profissionais da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) vão percorrer quatro regiões do interior durante este mês para levar ao público, gratuitamente, concertos, aulas de história da música e oficinas de instrumentos. O programa Osesp Itinerante, da Fundação Osesp, está na sexta edição e visa formar novos públicos para ampliar as fronteiras de atuação da orquestra.

No período de 13 a 26, os músicos estarão pela primeira vez nas cidades de Americana, Indaiatuba, São José do Rio Pardo, São João da Boa Vista e Espírito Santo do Pinhal e, em segunda visita, em Araraquara, Itu, Piracicaba e Sorocaba.

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Iniciado em 2008, o programa já visitou 50 cidades, atingindo um público de 228 mil pessoas. Além de apresentações que incluem concertos sinfônicos ao ar livre, música de câmara e coral, haverá oficinas de instrumentos tanto para alunos de música como para interessados em geral, ministradas pelos próprios instrumentistas da orquestra.

O projeto tem parceria com o Sesc/SP. As inscrições podem ser feitas no site www.osesp.art.br/itinerante, que traz também a programação em cada cidade. A Osesp é uma das maiores e mais conceituadas orquestras da América do Sul. Os músicos que se apresentam no interior também irão participar de uma turnê pela Europa, em outubro deste ano, apresentando-se em 13 cidades da França, Alemanha, Irlanda, Suíça, Áustria e Inglaterra.

A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo anunciou, nesta quarta-feira (3), a realização de uma nova turnê pela Europa, de 7 a 27 de outubro. O grupo passará pela França, Alemanha, Suíça, Áustria, Inglaterra e Irlanda. A regência será de Marin Alsop; o pianista Nelson Freire será o solista; e os Swingle Singers farão participação especial em algumas apresentações.

No programa estão obras de Clarice Assad ("Saravá - Homenagem a Vinicius de Moraes"), Prokofiev ("Sinfonia n.º 5"), Camargo Guarnieri ("Sinfonia n.º 4"), Chopin ("Concerto n.º 2"), Beethoven ("Concerto n.º 4"), Mahler ("Sinfonia n.º 1"), Berio ("Sinfonia") e Bernstein ("Danças Sinfônicas de West Side Story"). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A greve que atinge os servidores públicos respingou na Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp). Voltando ao Brasil na última segunda-feira, depois de uma turnê na Europa, a orquestra teve seus instrumentos barrados pela alfândega do Aeroporto de Cumbica, devido à paralisação da Polícia Federal.

Até ontem, os 114 músicos regidos pela americana Marin Alsop estavam ensaiando com instrumentos reservas para uma apresentação prevista para esta sexta-feira.

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"Os músicos estão usando instrumentos reservas para ensaiar", disse Arthur Nestrovski, diretor artístico da Osesp. Ele reclamou do atraso para a liberação dos instrumentos, preocupado com a proximidade do novo concerto da orquestra. Segundo a assessoria da Osesp, a previsão era que os instrumentos chegariam à Sala São Paulo ainda ontem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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