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Os contribuintes brasileiros pagaram em 2022 um valor de mais de R$2,8 trilhões em impostos de acordo com o Impostômetro, um painel instalado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) na região central da capital paulista. O valor apurado equivale a 11,5% a mais do que no ano passado.  

Esse é o montante arrecadado aos governos federais, estaduais e municipais incluindo taxas, contribuições, multas, juros e correção monetária. Em 2021, o mesmo painel registrou aproximadamente R$2,6 trilhões. De acordo com a avaliação do economista do Instituto Gastão Vidigal da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, o avanço em 2022 se deu pela maior arrecadação de tributos federais, apesar das desonerações promovidas pelo governo, como foi o caso de combustíveis, energia elétrica e telecomunicações. 

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“Adicionalmente, ainda, tivemos inflação em níveis elevados, o que encarece produtos e serviços”, pontuou Ulisses. O especialista defende a realização de reformas estruturais para reduzir o peso dos impostos. “A nossa carga tributária continua sendo elevada para os padrões de um país emergente. A reforma administrativa e a contenção dos gastos públicos são alguns dos caminhos para diminuir o peso dos impostos”, sugeriu Ruiz de Gamboa.  

O Impostômetro foi implantado em 2005 pela ACSP para conscientizar os brasileiros sobre a alta carga tributária e incentivá-los a cobrar os governos por serviços públicos de mais qualidade. Outros municípios e capitais se espalharam na iniciativa e instalaram seus painéis. No portal é possível visualizar valores arrecadados por período, estado, município e categoria. 

Em maio de 2009, o senador Flávio Bolsonaro e o vereador Carlos Bolsonaro pagaram R$ 31 mil em dinheiro vivo à corretora de valores Intra, para cobrir prejuízos em investimentos na bolsa. Chama atenção o fato de que, no mesmo período, Flávio, à época deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), era investigado por prática de "rachadinha", que consiste na transferência de parte dos salários dos funcionários de um gabinete de volta para a conta do parlamentar para quem prestam serviço. As informações são do jornal Folha de São Paulo.

Os próprios políticos disseram à Justiça que utilizaram o dinheiro vivo, em processos movidos contra o Citigroup, justamente o banco que comprou a Intra. Os irmãos acusam um operador da empresa de realizar investimentos em desacordo com suas orientações, mas perderam suas ações em primeira instância. O pagamento feito por Flávio e Carlos cobriu prejuízo de um investimento iniciado em 2007.

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Enquanto o vereador declarou o repasse de R$ 130 mil à Intra, o senador R$ 90 mil. Veio então a crise financeira de 2008 e os dois foram informados de que tinham um débito de R$ 15,5 mil, sendo a estas as quantias que eles quitaram em dinheiro vivo.

Atualmente, Flávio é investigado pela Operação Furna da Onça, deflagrada pela Polícia Federal (PF). Em maio deste ano, o empresário Paulo Marinho acusou o senador de ter recebido informações privilegiadas de um delegado da PF, que teria antecipado sua situação de alvo no procedimento. Já Carlos é investigado pelo Ministério Público (MP), por suspeita de empregar funcionários fantasmas na Câmara Municipal do Rio.

A maioria das micro e pequenas empresas manteve os pagamentos em dia em 2011. O percentual de pontualidade ficou em 94,9%, sofrendo uma leve queda em relação a 2010, quando o registro foi de 95,1%. Os números foram divulgados pelo Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e consideram os pagamentos feitos até a data de vencimento ou sete dias após, no máximo.

Os números também informaram que o valor médio dos pagamentos pontuais sofreu elevação, passando de R$ 1.509 no ano de 2010, para R$ 1.645 em 2011. Os dados foram levantados pelo Indicador Serasa Experian da Pontualidade de Pagamentos das Micro e Pequenas Empresas, referentes a 2011. O indicador também registra que a expectativa é que em 2012 a capacidade das MPE aumente, no sentido de pagamento das dívidas.

Segundo o economista Luiz Rabi, que opinou para o Sebrae sobre os números, os resultados do ano passado representam esperança para este ano. “É uma sinalização importante de que podemos ter um cenário mais positivo em 2012. A queda dos juros pode consolidar essa redução do atraso dos pagamentos, uma vez que reduz os custos financeiros das empresas. O aumento da pontualidade dos pagamentos tem grande chance de se confirmar em 2012”, informou o economista.

As micro e pequenas empresas do comércio, que correspondem 51,5% do total das MPE, de acordo com o Sebrae, foram as mais pontuais, segundo o Indicador Serasa. O estudo ainda mostra que de cada mil pagamentos, 953 foram quitados com no máximo sete dias de atraso. No que diz respeito à indústria e ao setor de serviços, o valor de pagamentos pontuais foi de 943 e 944 para cada mil dívidas, respectivamente.

De acordo com o Sebrae, o Indicador Serasa Experian da Pontualidade de Pagamentos das Micro e Pequenas Empresas leva em consideração uma amostra de 600 mil. Isso representa um total de 8 milhões de pagamentos registrados por mês. Para a Serasa Experian, são MPE as empresas que possuem faturamento líquido por ano de até R$ 4 milhões.  

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