O paiol onde são guardadas as munições do Exército, no quartel do 13º Regimento de Cavalaria Mecanizada, em Pirassununga (SP), foi arrombado na madrugada de domingo. Mais de 3 mil cartuchos de fuzis calibres 7.62 e 9mm, munição pesada como cartuchos .50 e 90mm (para blindados) e granadas de boca desapareceram. A cidade está tomada por policiais e soldados, numa megaoperação para tentar localizar as munições. Além dos homens do Exército e da Polícia Militar (PM), ajudam nas buscas policiais civis, guardas municipais e policiais rodoviários. O helicóptero Águia da PM também realizou sobrevoos para auxiliar na operação.
O arrombamento teria ocorrido às 4 horas da madrugada, mas o fato foi comunicado à Polícia Civil em um boletim de ocorrência às 22h45 de domingo. Todos os militares que estavam de serviço no quartel estão sendo ouvidos e três soldados e um cabo ficaram retidos no quartel. Apesar de o registro do BO, as investigações e buscas serão conduzidas pelo próprio Exército com apoio da PM. O quartel do Exército teria sido invadido por um alambrado que foi cortado na divisa com o bairro Vila São Pedro. Os assaltantes arrombaram dois cadeados para entrar no paiol. Os militares que faziam guarda naquele momento declaram ter visto duas pessoas correndo do local.
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No paiol, foram abandonados um alicate, um pé de cabra, uma marreta de madeira, uma lima de aço, uma câmara de ar de bicicleta, um cobertor, uma bolsa de lona e um celular, além de duas caixas de madeira com capacidade para armazenar 250 munições. Ao todo foram furtados 2.350 cartuchos de fuzil calibre 7.62, 840 cartuchos de 9mm e 20 cartuchos de borracha de calibre 12. Munição pesada também foi subtraída: 36 cartuchos de calibre .50, duas cápsulas de calibre 90mm (munição de blindado, que só pode ser usada por tanques) e 12 granadas de boca.
O comando militar não confirmou o número de munições que desapareceu. Em duas notas emitidas no domingo, o Exército informou apenas que a contagem do material que foi furtado está sendo contabilizado em inquérito militar aberto para apurar o caso e que os soldados que faziam a guarda do local estão sendo ouvidos.
As buscas pela munição na cidade começaram domingo e continuaram durante esta segunda-feira. Todas os acessos de Pirassununga e bairros mais violentos foram ocupados por soldados do Exército e policiais. Uma operação pente fino foi feita nesta segunda-feira dentro da área do quartel para saber se o material que desapareceu do paiol não foi escondido no próprio local.