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Na madrugada da última terça-feira (13), a Polícia Militar Ambiental prendeu dois homens que tentaram fugir de carro após abordagem dos profissionais de segurança na cidade de Paulicéia, no interior de São Paulo. Os suspeitos, um de 31 anos e outro de 46 anos, foram identificados com porte ilegal de armas de fogo e 137 kg de carne de capivara.

Durante patrulhamento noturno, os policiais avistarem feixes de luzes e barulhos de motor. Os agentes suspeitaram de um possível crime ambiental e fizeram a abordagem. Os caçadores carregavam espingarda calibre 20, carabina calibre 38 e quase 20 cartuchos de munição.

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No banco traseiro e porta-malas do carro, a polícia encontrou diversos materiais de caça de animais silvestres, como facas, machados, farolete e lanterna. Os homens confessaram aos policiais que haviam utilizados os itens para abater quatro capivaras.

Os homens foram presos por porte ilegal de armas e crime ambiental, sem direito à fiança, e encaminhandos à Delegacia da Polícia Civil. De acordo com o artigo 25 da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (Sima), cada um dos caçadores recebeu multa R$ 68,5 mil. A quantidade de carne foi destinada para o aterro sanitário, por ser considerada imprópria para consumo.

Dois vereadores foram afastados do cargo pela Justiça, nesta quarta-feira, 3, suspeitos de terem comprado um conjunto de lustres com dinheiro público e instalado os equipamentos no imóvel particular de um deles, em Pauliceia, no interior de São Paulo.

Interpelados sobre o desaparecimento das luminárias, eles apresentaram à Justiça réplicas de qualidade inferior à dos lustres desviados, segundo o Ministério Público Estadual. Além da perda dos mandatos, os parlamentares terão de ressarcir o erário, pagar multa e ainda serão processados criminalmente pela fraude. Os dois tiveram os bens bloqueados.

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De acordo com denúncia do Ministério Público Estadual, em 2017, o vereador Cristiano Fernandes Bazílio (PSDB), atual presidente da Câmara, usou dinheiro do Legislativo para adquirir 20 lustres, ao custo de R$ 7,7 mil. Os equipamentos foram entregues a outro vereador, Alessandro Arenga Martins (PV), que os instalou em sua loja de automóveis. Após receber denúncia, a Promotoria de Pauliceia realizou diligência na Câmara, confirmou a compra, mas não encontrou os lustres.

Enquanto o paradeiro das luminárias era investigado, os vereadores providenciaram a compra dos similares e, em horário sem expediente, durante um fim de semana, os colocaram em armários da Câmara.

Na segunda-feira seguinte, segundo o MP, os vereadores informaram à promotoria que os lustres tinham sido encontrados. A essa altura, porém, a investigação já havia localizado os equipamentos originais, instalados na revenda de carros de Martins. Ao checar as imagens das câmeras do circuito interno da Câmara, o promotor constatou que as imagens daquele fim de semana não estavam mais registradas.

Um laudo indicou que os lustres devolvidos à Câmara eram menores e tinham acabamento inferior aos que haviam sido desviados. O MP entrou com ação civil contra os vereadores por improbidade administrativa, enriquecimento ilícito e violação dos princípios da administração pública. Além da perda das funções e do ressarcimento dos cofres públicos, o MP quer a suspensão dos direitos políticos deles por até dez anos. Os parlamentares foram denunciados também pelos crimes de peculato e fraude processual.

Na liminar que determinou o afastamento dos dois vereadores, o magistrado escreveu que "a presença dos requeridos nos mandatos eletivos que ocupam, ante os graves fatos narrados e o lastro probatório já existente nos autos, geraria uma certa afronta à ordem pública local, por infundir no cidadão sentimentos como insegurança e descrédito em relação à Casa Legislativa de Pauliceia, a qual, além de possuir a função típica de elaborar as leis, detém também funções administrativas e fiscalizadoras".

Defesas

Os dois vereadores não foram localizados pela reportagem. O expediente na Câmara de Pauliceia estava suspenso nesta quinta-feira, 4, em razão do falecimento de uma servidora - seu corpo era velado nas dependências do Legislativo.

Maurício Miranda, diretor do Legislativo, informou que a Câmara de Vereadores não foi notificada pela Justiça de qualquer decisão ou de processo em curso envolvendo os vereadores. "Só depois da notificação é que podem ser tomadas as providências regimentais necessárias", disse.

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