Tópicos | Paulo César de Oliveira

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Julgado nesta terça-feira (9), Paulo César de Oliveira, de 29 anos, é réu em um caso sem esperança de absolvição. O homem é acusado de matar a ex-companheira, Remís Carla Costa. O crime de feminicídio aconteceu no fim de 2017, há quase quatro anos, e quando foi preso ele assumiu a autoria do assassinato. De acordo com a defensora pública que representa os interesses de César, Danielle Monteiro, pelo acusado ser réu confesso, o que pode-se esperar é um julgamento justo e com a garantia dos direitos do denunciado. A advogada não mencionou possibilidade de redução de pena.

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De acordo com a denúncia, Paulo asfixiou Remís até a morte em sua residência, após uma briga, chegou a abandonar o corpo e negar socorro por mais de 24 horas, e ao retornar para casa, ocultou o cadáver em um buraco que ele mesmo cavou nos arredores da própria casa.

“Ele não tem problemas mentais, então nós não vamos trabalhar nesta linha. A imputabilidade não tem relação com o agravamento de pena (o crime não é qualificado pelo réu ter perfeitas qualidades mentais). Ainda não conversei com ele, estou aguardando o primeiro contato; a instrução foi feita por um colega defensor público, doutor Arthur Oscar, e foi concluída num único dia. Eu não sei o que ele (réu) vai falar para mim hoje, mas também não posso comentar o que foi dito por ele pela questão do sigilo”, afirmou inicialmente.

Monteiro diz ainda que ele mostra arrependimento, mas nunca entrou em detalhes sobre o crime, tampouco afirmou suas razões para matar a ex-companheira. As declarações feitas anteriormente, ao outro defensor, também são mantidas em sigilo.

“Ele é um réu confesso e as próprias testemunhas, em relação a essa situação posterior dele (encarceramento), informam, no inquérito policial e na instrução processual, que ele sim, se arrependeu e que iria tentar suicídio, mas foi impedido por uma das testemunhas, que é um policial que foi ouvido durante a instrução”, continuou.

Ainda segundo a defensora, o réu alegou em depoimentos que a ex-companheira e ele estavam sob uso de drogas durante a briga. Paulo diz que fez uso de cocaína e que Remís fez uso de maconha. No entanto, não há exame toxicológico nos autos que comprove a versão dada pelo acusado.

Sobre as expectativas para o julgamento, a perspectiva da advogada é realista. Não há possibilidade de uma absolvição, e Monteiro também não está certa de uma redução de pena, mas espera que “seja aplicado o direito da forma correta”.

“O julgamento começa geralmente com a oitiva das testemunhas, que serão ouvidas em plenário. Foram arroladas algumas testemunhas pelo Ministério Público e veremos hoje se o Ministério Público insiste ou não. A expectativa é de um julgamento eminentemente técnico, em que há um réu naturalmente confesso; vamos trabalhar essa questão técnica prevista no ordenamento jurídico e que vão ser trabalhadas de acordo com a prova dos autos. Não esperamos a absolvição, mas esperamos que seja aplicado o direito da forma correta”, afirmou a defensora.

O julgamento foi iniciado com atraso, por volta das 10h15 desta terça (9). O réu chegou ao prédio do Fórum Thomaz de Aquino, no bairro de Santo Antônio, área central do Recife, por volta das 9h15. Sob direito legal, ele não permitiu o uso de sua imagem, logo, não foi permitido gravar vídeos ou tirar fotos em plenário que mostrassem qualquer parte do corpo de Paulo César. O acusado foi recebido sob gritos de justiça de amigos e conhecidos de Remís Carla em movimentos sociais, como o Movimento Feminista de Pernambuco (MFP).

- - > LeiaJá também: "Que ele pegue a sentença máxima", afirma pai de Remís

Está marcado para a manhã desta terça-feira (9), o julgamento de Paulo César de Oliveira Silva, acusado de matar por asfixia a ex-companheira Remís Carla Costa, há quase quatro anos. O crime de feminicídio será julgado pela juíza Fernanda Moura Carvalho, às 9h, no plenário da 3ª Vara do Tribunal do Júri do Recife, localizado no Fórum Thomaz de Aquino, na região central da capital. De acordo com o Tribunal de Justiça de Pernambuco, há cinco testemunhas intimadas pelo Ministério Público do Estado (MPPE) e que deverão ser ouvidas em plenário.

A pedagoga foi morta por César durante uma briga do casal. Remís desapareceu no dia 17 de dezembro de 2017, quando deveria ter voltado de um fim de semana na casa do namorado, com quem já não tinha uma relação saudável. Seis dias depois, em 23 de dezembro, seu corpo foi encontrado próximo à casa do réu, no loteamento Nova Morada, no bairro da Várzea, Zona Oeste do Recife.

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No mesmo ano, cerca de um mês antes do crime, a vítima chegou a denunciar o companheiro à Delegacia da Mulher, mas foi aconselhada a desistir pelos próprios agentes, segundo relatou ao LeiaJá a amiga da vítima, Jéssika Alves, que a acompanhou à unidade de polícia. À época, Remís Carla prestou queixa por injúria, ameaça, lesão corporal, cárcere privado e danos em 23 de novembro, o dia seguinte após o companheiro ter quebrado o seu celular durante uma briga. Depois da solicitação da estudante, foi emitida uma medida de afastamento pela Justiça.

O caso

Remís Carla Costa morreu asfixiada, aos 24 anos, por volta das 16h de 17 de dezembro de 2017. O autor do crime foi seu então namorado, Paulo César, um ajudante de pedreiro, à época com 25 anos, morador do bairro da Várzea, na Zona Oeste da capital pernambucana. Após constatar a morte da namorada, Paulo fugiu.

Seis dias depois, no sábado de 23 de novembro, o corpo de Remís foi localizado a cerca de 400 metros da casa do acusado. Em uma semana, Paulo foi encontrado pela Polícia Civil em Vicência, cidade na Zona da Mata Norte. Paulo César foi preso e aguarda julgamento, marcado para 9 de novembro de 2021. Em depoimento, que se iniciou com contradições, o homem admitiu que matou a namorada porque ela queria levar seu aparelho telefônico para casa, após Paulo ter quebrado o celular dela no dia 22 de novembro daquele ano, o que motivou as primeiras denúncias por agressão.

Em maio de 2018, Remís Carla Costa recebeu um Diploma Especial de Graduação In Memoriam do departamento de Pedagogia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A vítima teria se formado cerca de um mês depois, em junho.

O caso da jovem Remís Carla Costa caminha para os trâmites finais na Justiça, com a confirmação do Júri Popular para o próximo dia 9 de novembro, segundo o Tribunal de Justiça de Pernambuco. A mulher foi vítima de um crime de feminicídio, tendo sido morta por asfixia pelo próprio companheiro, Paulo César de Oliveira, durante uma briga do casal. Remís desapareceu no dia 17 de dezembro de 2017, quando deveria ter voltado de um fim de semana na casa do namorado. Seis dias depois, em 23 de dezembro, seu corpo foi encontrado próximo à casa de César, no loteamento Nova Morada, Zona Oeste do Recife. 

À frente da chamada está a juíza Fernanda Moura de Carvalho, da 1ª Vara do Tribunal da Capital. O julgamento acontecerá no plenário do 3º Tribunal do Júri, no Fórum Thomaz de Aquino, no Centro do Recife, às 9h. 

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O caso de Remís é similar ao de diversas mulheres vítimas de violência doméstica e feminicídio no país. Em 2017, cerca de um mês antes do crime, a pedagoga chegou a denunciar Paulo César à Delegacia da Mulher, mas a experiência de acolhimento não foi boa, segundo relatou ao LeiaJá a amiga da vítima, Jéssika Alves, que a acompanhou à unidade de polícia. 

Remís Carla prestou queixa por injúria, ameaça, lesão corporal, cárcere privado e danos em 23 de novembro, o dia seguinte após o companheiro ter quebrado o seu celular durante uma briga. Depois da solicitação da estudante, foi emitida uma medida de afastamento pela Justiça. 

A jovem foi incentivada a desistir das denúncias, de acordo com relato da amiga. Os servidores teriam tentado convencê-la de que o processo “é muito burocrático” e perguntaram coisas como “por que não largou esse homem?”. Remís e Jéssika se dirigiram ao Instituto de Medicina Legal sem acompanhamento, para o exame de corpo de delito, e lá, a então estudante teria sido questionada sobre ter esperado o dia seguinte para denunciar e se tinha “pintado” um hematoma com uma caneta. 

O caso 

Remís Carla Costa morreu asfixiada, aos 24 anos, por volta das 16h de 17 de dezembro de 2017. O autor do crime foi seu então namorado, Paulo César, um ajudante de pedreiro, à epoca com 25 anos, morador do bairro da Várzea, na Zona Oeste da capital pernambucana. Após constatar a morte da namorada, Paulo fugiu. 

Seis depois, no sábado de 23 de novembro, o corpo de Remís foi localizado a cerca de 400 metros da casa do acusado. Em uma semana, Paulo foi encontrado pela Polícia Civil em Vicência, cidade na Zona da Mata Norte. Paulo César foi preso e aguarda julgamento, marcado para 9 de novembro de 2021. Em depoimento, que se iniciou com contradições, o homem admitiu que matou a namorada porque ela queria levar seu aparelho telefônico para casa, após Paulo ter quebrado o celular dela no dia 22 de novembro daquele ano, o que motivou as primeiras denúncias por agressão. 

Em maio de 2018, Remís Carla Costa recebeu um Diploma Especial de Graduação In Memoriam do departamento de Pedagogia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A vítima teria se formado cerca de um mês depois, em junho. 

 

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