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SALVADOR - A Prefeitura Municipal de Salvador (PMS) e a Procuradoria-Geral de Justiça entregaram, nesta quinta (02), o acórdão sobre o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) e a Lei de Ordenamento e Uso dos Solos (Louos) do município ao desembargador José Edivaldo Rotondano. Tanto o PDDU quanto a Louos sofrem uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) desde 2012 movida pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA). O acordo foi mediado pelo prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM) e o procurador-geral de justiça Wellington César Lima e Silva. 

Entre as alterações propostas nesse novo documento estão as chamadas ZEIS (Zonas de Especial Interesse Social), que poderiam ser alteradas ou extintas pelo PDDU e Louos. Os locais são áreas delimitadas legalmente, que têm como principal característica a habitação de baixa renda.

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Pela localização, muitas vezes podem ser alvo do interesse da especulação imobiliária e por isso são protegidas, entre outras formas, pela definição de parâmetros bem restritivos de construção. “O entendimento traz segurança jurídica às decisões que vão ser tomadas pela Prefeitura, sobretudo a concessão de alvarás”, disse o prefeito.

“Chegamos a um acordo no sentido de que modulássemos os efeitos da inconstitucionalidade da ação proposta pelo Ministério Público de tal modo que o Tribunal, se assim acolher, a Prefeitura poderá adotar uma série de medidas estruturantes. Modular significa permitir que as normas consideradas inconstitucionais sejam revistas para que a cidade possa ter seu desenvolvimento normal”, afirmou o procurador-geral Wellington César Lima e Silva.

 

A Câmara Municipal de Salvador começou a sessão ontem (12) e já foram aprovados a reforma administrativa do prefeito eleito, ACM Neto (DEM), o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) do prefeito em exercício João Henrique (PP) e Mudanças na Lei de Ordenamento do Uso dos Solos do Município (Louos). A sessão na Câmara dos Vereadores da Bahia foi prolongada até o fim da noite de ontem e recomeçada hoje (13).

Na noite de ontem, a Câmara aprovou o PDDU sob protesto da oposição. A bancada de minoria não teve acesso ao projeto do Plano Diretor que estava sob propriedade da Mesa Diretora, base aliada de João Henrique. Votaram contra o projeto do Plano as comunistas Olívia Santana e Aladilce, os petistas Gilmar Santiago, Marta Rodrigues e Vânia Galvão, além de Andréa Mendonça (PV) e Heber Santana (PSC). O projeto chegou à Câmara sem anexos, embora contenha no corpo do texto: "ficam substituídos os Mapas 04 e 05, integrantes da Lei 7.400/08, pelos Mapas 04A e 05A anexos a esta Lei". A vereadora Aladilce (PcdoB) foi coibida pelo vereador Adriano Meirelles (PR) de fotografar o documento.

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Reforma administrativa

A reforma administrativa proposta por ACM Neto, foi aprovada, tendo nove votos contra, sendo dos vereadores: Vânia Galvão, Henrique Carballal, Marta Rodrigues, Gilmar Santiago, Moisés Rocha e Dr. Giovanni (todos do PT); Olívia Santana e Aladilce Souza (ambas do PCdoB) e Odiosvaldo Vigas (PDT). Com a nova reforma, Salvador contará com 12 secretarias, além de novos órgãos.

A Lei de Ordenamento de Uso dos Solos (Louos) foi aprovada na sessão extraordinária de hoje (13). Nessa sessão, ainda faltam as ser votadas a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2013 e as contas de 2009 e 2010 do atual gestor João Henrique.

Lideranças da oposição e situação divergem sobre as pautas da Câmara dos Vereadores da capital baiana e reunião que votaria as contas do prefeito João Henrique (PP) é adiada para a próxima terça-feira (20). Na reunião desta terça-feira (13), as contas de 2009 e 2010 do prefeito em transição deveriam ser votadas, mas representantes da situação insistiram na inclusão de novos pontos. Os itens são referentes ao Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU), a Lei de Uso dos Solos (Lous) e um projeto de concessão do Aeroclube de Salvador.

A vice-líder da oposição, Aladilce Souza (PCdoB) alertou: “Foi essa composição da Câmara que foi eleita para fiscalizar João Henrique. A nova Câmara será para fiscalizar o novo prefeito”. Já o representante da situação, Téo Senna (PTC), contestou a mudança de posicionamento de alguns parlamentares. “Disseram que era interesse do estado votar o plano diretor (PDDU). Cedem, os e agora, para surpresa nossa, eles disseram que não tinham interesse de votar”. O PDDU, a Lous e o projeto de concessão estão com irregularidades jurídicas, argumento usado pelos dois representantes.

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Os pontos de pauta foram enviados pelo Executivo à Câmara na última sexta-feira (9). As contas do prefeito João Henrique chegaram à Câmara com a recomendação de reprovação pelo Tribunal de Contas do Município (TCM). 

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