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O Movimento Ocupe Estelita agendou um novo protesto para a próxima quarta-feira (13). Intitulado de “3° Grande Ato: Caça ao prefeito foragido”, o protesto é uma forma dos ativistas pressionarem o prefeito, que segundo eles, estaria evitando aparecer. A última agenda pública de Geraldo Júlio ocorreu na sexta-feira (8), enquanto a lei do Plano Urbanístico do Cais José Estelita, criticada pelo movimento, foi oficialmente sancionada na terça-feira (5). 

A concentração da manifestação ocorrerá na Praça Cidade do Porto, no bairro de Boa Viagem. Segundo os manifestantes, o objetivo seria procurar o prefeito na zona sul da cidade. “Estamos ocupando ela inteira”, informa a descrição do evento criado no Facebook. O roteiro do protesto não foi divulgado.

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Também durante o ato haverá o lançamento de um novo vídeo do Movimento Ocupe Estelita. A manifestação está marcada para começar às 16h20. 

O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), sancionou, nesta terça-feira (5), a Lei 18.138/2015 que estabelece as normas para a criação do Plano Urbanístico Específico para o Cais José Estelita, Cais de Santa Rita e Cabanga.  A nova legislação foi aprovada pela Câmara dos Vereadores em dois turnos na tarde dessa segunda (4), durante uma votação acalorada e em meio a protestos de movimentos, como o Direitos Urbanos, que defende a manutenção original dos armazéns do Cais José Estelita. O texto seguiu diretamente para o prefeito, que apesar de estar em trânsito entre São Paulo e Brasília, autorizou a sanção.

A Lei permite a construção do projeto Novo Recife que inclui a construção de 13 prédios residenciais e comerciais com até 38 andares, túnel, ciclovias e outras intervenções. Fora da Ordem do Dia da Casa José Mariano, dessa segunda-feira, o texto foi acrescentado como pauta extra pelo presidente, o vereador Vicente André Gomes (PSB). Sem aviso prévio da votação, os componentes da bancada de oposição se recusaram a apreciar a proposta, mas os governistas, maioria da Casa, decidiram aprovar. Primeiro com 22 votos a favor, depois 23. 

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O texto deixou membros do Direitos Urbanos, líderes do Ocupe Estelita que aconteceu no ano passado, revoltados. Eles, inclusive, fizeram protestos em frente à Câmara e já agendaram uma manifestação para a tarde desta terça-feira. A concentração do ato será no Parque 13 de Maio, ao lado da Casa José Mariano, às 16h, Centro do Recife. 

O destino do Cais José Estelita será, mais uma vez, alvo de audiência pública na capital pernambucana. Nesta sexta-feira (10), às 9h, o plano específico elaborado para a área – que também abrange o Cais de Santa Rita e o Cabanga – será discutido na Câmara Municipal do Recife. A audiência foi convocada pelo vereador Gilberto Alves e acontecerá no plenarinho. 

Aberto ao público, o encontro tem como convidados da sociedade civil o presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco, Roberto Montezuma, a presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil em Pernambuco, Vitória Régia, e o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado (CREA-PE), Evandro de Alencar. Integrantes do movimento Ocupe Estelita não foram convidados, mas confirmam presença no debate. 

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“Óbvio que a Prefeitura quer abafar, calar a boca do movimento. Na última reunião, do Conselho da Cidade, contestamos a forma como o processo vem sendo feito pela Prefeitura, sem estudos necessários, no atropelo”, afirmou Leonardo Cisneiros, representante do grupo Direitos Urbanos e um dos líderes do movimento contrário ao projeto Novo Recife. 

Alguns vereadores, segundo Cisneiros, encaminharam emendas para o plano urbanístico. Insatisfeitos com o modo de diálogo da gestão municipal, os membros do Ocupe Estelita acionaram o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para exigir que o plano não seja autorizado sem o parecer do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

No último dia 26 de março, após passeata pelo centro do Recife, uma comissão com quatro integrantes do movimento foi recebida pela direção do Iphan e entregou uma petição, com aproximadamente 11 mil assinaturas, que pede o tombamento do pátio ferroviário do Cais José Estelita. 

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