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"Antarctica", o protótipo de um veículo 100% elétrico idealizado para as missões de exploração dos polos Ártico e Antártico, foi apresentado em Mônaco na sexta-feira (30).

Este veículo anfíbio da empresa monegasca Venturi Automobiles deve começar a funcionar em março de 2019 no Grande Norte canadense, na região de Telegraph Creek, onde serão realizados os primeiros testes técnicos.

"Quando visitei 20 estações de pesquisa científicas em 2009 na Antártica, me dei conta de que não contavam com veículos limpos para se deslocar, transportar materiais e, inclusive, para percorrer pequenas distâncias. Ninguém havia pensado nisso", explicou na sexta-feira à AFP o príncipe Albert II.

"É um mercado muito concreto, mas se chegarmos a fabricar veículos elétricos utilitários, sólidos, que resistam ao frio extremo, isso pode ter um uso interessante, até mesmo militar", acrescentou o príncipe Albert, que criou em 2006 a fundação que leva seu nome em defesa do meio ambiente e contra a mudança climática.

"Encontramos soluções inovadoras e estamos registrando patentes", assegurou Gildo Pastor, referindo-se à resistência das baterias do Antarctica, que podem funcionar em temperaturas abaixo dos -50°C.

Este veículo elétrico terá uma autonomia de 45 quilômetros e poderá circular a 20 km/h.

"As baterias do Antarctica poderão ser recarregadas de maneira limpa e por meio de energia eólica e solar, como, por exemplo, na estação de pesquisa belga Princesse Elizabeth na Antártica", explicou Bernard Fautrier, vice-presidente da Fundação FPA2.

O Banco mundial de sementes de Svalbard, preciosa "Arca de Noé vegetal" que protege a diversidade genética dos conflitos e catástrofes naturais, ultrapassou nesta segunda-feira um milhão de amostras de grãos depositados, com motivo de seu 10º aniversário.

Em temperaturas quase polares, mais de 70.000 novas amostras de grãos de arroz, trigo, milho, ervilhas e sorgo, entre outras, chegaram ao lugar fortificado, situado neste arquipélago do Ártico, entre a Noruega continental e o Polo Norte.

Com a nova chegada de sementes, a "abóbada do juízo final", enterrada a uma profundidade de mais de 120 metros no interior de uma montanha, recebeu em dez anos de existência 1.059.646 variedades, conservadas em caixas alinhadas em estantes.

"Estou muito contente de anunciar que mais de um milhão de grãos passaram nesta porta para serem colocados definitivamente em segurança", comemorou o ministro da Agricultura noruego, Jon Georg Dale, durante a cerimônia do depósito.

Esta coleção de grãos, a mais variada do mundo, é uma rede de segurança para os cerca de 1.700 bancos de genes que existem no planeta diante dos riscos relacionados com catástrofes naturais, guerras, mudanças climáticas, doenças ou imperícia do ser humano.

O depósito é propriedade da Noruega e os grãos pertencem a Estados e instituições depositárias, que podem recuperá-los de acordo com sua conveniência.

O Banco mundial de sementes foi até a data requerido por uma só instituição, o banco de genes da cidade de Aleppo, o Centro internacional de pesquisa agrícola nas zonas áridas (Icarda), danificado pelo conflito sírio, que pediu para recuperar sementes.

Devido a esta recuperação de sementes, a arca contém atualmente 967.216 variedades de grãos, mas pode receber cerca de 4,5 milhões.

Concebido para resistir aos desastres, o local foi vítima do aquecimento global: o aumento das temperaturas no Ártico levou a um degelo do permafrost (superfície que debe estar congelada de modo permanente) e provocou um vazamento de água na entrada do túnel em 2016, sem que nenhum grão tenha sido danificado.

O governo norueguês anunciou nesta sexta-feira o desbloqueio de 100 milhões de coroas (cerca de 10 milhões de euros) em 2018 para realizar trabalhos, especialmente a construção de um novo túnel de acesso e de uma estrutura que serve para afastar as fontes de calor.

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A Rússia está preocupada com o território do Ártico. Um prova disso foi o posicionamento adotado pelo presidente Vladimir Putin durante um discurso no Ministério da Defesa. O líder russo determinou uma intensificação da presença militar no espaço. O principal motivo para a adoção desta postura foi a reivindicação feita pelo Canadá junto às Organização das Nações Unidas (ONU) para que o país estendesse a sua soberania no território.

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"A Rússia está cada vez mais reinvidicando esta região promissora e, por isso, devemos ter as ferramentas necessárias para garantir a segurança e os interesses nacionais", reforçou Putin em seu discurso.

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