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Na última semana, o Grêmio demitiu o preparador de goleiros do time sub-14, Eduardo Hamester, condenado por atentado ao pudor e uso de violência ao lado do treinador Cuca, nos anos 1980. Com a saída de Cuca do Corinthians após protestos da torcida, o clube gaúcho vinha sendo pressionado por conselheiros e sócios pelo desligamento de Hamester. 

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Saída de Hamester vinha sendo cobrada por conselheiros e sócios do Grêmio. (Reprodução/Instagram)

O preparador atuava na base do Grêmio desde 2015. Ele foi campeão gaúcho três vezes pelo clube. 

Entenda o caso 

Durante uma excursão do Grêmio à Europa, em 1987, Cuca, Hamester, Fernando Castoldi e Henrique Etges foram detidos na Suíça por acusação de terem tido relações sexuais com uma garota sem consentimento. De acordo com o inquérito policial, a menina foi ao quarto dos jogadores acompanhada de amigos. O quarteto, então, puxou a jovem e praticou os abusos.  

O Santa Cruz anunciou na última quarta-feira (4), o mais novo preparador de goleiros do clube. Renato Nogueira Pontes, de 32 anos, já vai dar início aos trabalhos nesta quinta-feira (5). Renato ficará no lugar de João Lacerda, que estava no time coral desde 2010, mas deixou o clube na última terça-feira (3).

O profissional tem em seu currículo passagens pelo Náutico, América-PE, Afogados da Ingazeira e Belo Jardim. Renato Pontes também já trabalhou nas categorias de base do Santa Cruz. No ano passado, enquanto trabalhava na equipe sub-20 tricolor, foi convocado para Seleção Pernambucana da categoria para disputar o Campeonato Brasileiro. 

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Uma grande defesa de Cássio aos 49 minutos do segundo tempo impediu o empate do Atlético Goianiense e garantiu a vitória do Corinthians, em Goiânia, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro, no último domingo. Velocidade de reação, raciocínio rápido e tomada de decisão foram demonstrados pelo goleiro no lance e estão entre as características buscadas à exaustão nos treinos diários comandados por Mauri Lima.

Para fugir da monotonia, o preparador costuma levar novos desafios a Cassio, Walter e aos outros goleiros no CT corintiano. Mauri, por sua vez, alerta que as inovações devem ser combinadas a situações de jogo para que sejam produtivas em campo.

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"Busco mudar no dia a dia para que o trabalho não fique tão monótono e cada vez apareça alguma coisa diferente que possa dar recursos para os goleiros em termos do que vão usar em campo. Não adianta fazer qualquer tipo de trabalho que não será rentável em jogos ou treinos. Tudo é voltado para que possa melhorar desempenho técnico, físico, capacidade de reação, velocidade e concentração", afirma ao Estado.

Em uma das inovações, Mauri utilizou um painel em uma das metas composto por números, cores, distintivos do Corinthians e símbolo da Nike, fornecedora de materiais esportivos do clube. De frente para o gol e de costas para o batedor, os goleiros tinham de tocar nas imagens correspondentes de acordo com as instruções do profissional - por exemplo, dois mais dois, Corinthians, azul. Em seguida, deveriam defender três chutes vindos de fora da área.

Na última semana, o profissional colocou uma faixa azul estendida dentro da área, limitando o campo de visão dos goleiros em chutes rasteiros. As duas atividades são apenas uma amostra de um trabalho a longo prazo que vem sendo desenvolvido por Mauri ao longo de sua carreira.

Aliar a parte técnica com a lúdica é uma das premissas do trabalho estratégico do preparador de goleiros para melhorar a performance de seus atletas. E ele também ressalta a importância de vez ou outra retomar as atividades para que sejam assimiladas pelos jogadores.

"Não adianta só fazer esses treinamentos diferenciados hoje e amanhã não fazer mais. À medida que você os repete, o grau de dificuldade vai diminuindo porque eles (goleiros) vão crescendo com a performance. A resposta quando você coloca qualquer trabalho diferente é muito boa", explica.

Mauri reconhece que o calendário apertado nem sempre permite que ele saia da rotina durante os treinamento, mas tenta montar um planejamento para que possa implementar as novidades. Para se manter atualizado, o funcionário do Corinthians procura observar o trabalho de outros colegas de profissão, assiste a vídeos e tenta adaptar alguns exercícios a seu próprio olhar.

"Se não se mantiver atualizado, fica para trás, naquela monotonia, fazendo sempre a mesma coisa, é ruim até para os goleiros, os goleiros gostam de desafio e a forma de desafiá-los é com trabalho. É preciso estar sempre focado, antenado e procurando algum tipo de mecanismo para que o trabalho do goleiro mude no dia a dia", destaca.

A função na comissão técnica ainda é uma novidade para Bosco, novo preparador de goleiros do Santa Cruz. Ainda assim, o arqueiro explica que a experiência em treinamentos e os mais de 20 anos trabalhando com futebol servem para fundamentar a nova carreira. "O goleiro acaba sendo um auxiliar de goleiros, é treinador sem saber".

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O preparador de goleiros coral contou que, "quando vem essa função, o desafio é não ser mais goleiro e, sim, um preparador de verdade. É um desafio a mais. Mas é tranquilo, os goleiros daqui são todos bons, então é mais fácil".

Bosco atuou em duas passagens no Sport, que somam quase nove anos. Ainda assim, o ex-goleiro esclareceu: "Eu tenho uma história no Sport, mas o importante é a história que nós vamos fazer aqui (no Santa Cruz). Eu vou passar para os goleiros daqui tudo que aprendi na minha carreira. Vai ser legal, um desafio em um clube grande, que me recebeu super bem".

Antes de assinar com o Santa Cruz, Bosco estava morando nos Estados Unidos, onde trabalhou como treinador de goleiros no Orlando City. O pernambucano explica a mudança em relação ao Brasil. "São experiências diferentes. Nos Estados Unidos, a gente precisa formar goleiros, o futebol lá está começando agora. É mais complicado você ensinar o goleiro a pegar a bola. Aqui não, é só manutenção, porque os jogadores já têm qualidade muito grande".

O preparador de goleiros também falou sobre a concorrência na meta coral. Fred terminou a última temporada como titular por conta da lesão de Tiago Cardoso, já Bruno (ex-Palmeiras) foi contratado recentemente. "Creio que vá ser uma bela disputa, está sendo uma bela disputa. É como falei hoje de manhã com eles, ‘tem que ter união’. Porque aqui nós vamos trabalhar todos os dias durante o ano todo. A disputa fica ali dentro, cada um fazendo seu melhor, porque a decisão vai ser de Ricardinho", declarou.

Bosco destacou que Fred leva uma certa vantagem na disputa porque "acabou jogando, fez boas partidas. Então, o torcedor já conhece". Mas ressaltou, também, as qualidade do recém-contratado Bruno: "Tem uma grande história, um currículo muito bom. Mas o importante é isso, tem que ter união. A disputa fica extra-campo. Ali dentro tem amizade e cada um tenta fazer o melhor".

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Vestir a camisa do Sport, outra vez, passava todos os dias pela cabeça do ex-atacante Leonardo. Era desejo, um sonho. Só agora, dez anos depois, pôde ser realizado. O uniforme não carrega mais o número 7. Aliás, nem numeração tem. É apenas o símbolo do Leão, assim como todo o restante da comissão técnica das divisões de base. De volta à Praça da Bandeira, ao clube que o consagrou, o piauiense de Picos chega para passar sua experiência aos garotos dos times sub-15, sub-17 e juniores. Mas também para "aprender", como o próprio faz questão de dizer e repetir. Leonardo explicou, em entrevista exclusiva ao Portal LeiaJá, como será sua nova função na Ilha do Retiro.

“Estou muito feliz. O Sport é o time que eu gosto”, disse logo de cara, sem esconder o sentimento pelo clube em que marcou 133 gols em 367 partidas – o terceiro maior artilheiro rubro-negro. Esse reencontro foi ensaiado desde 2012, quando encerrou a carreira no Cametá-PA. A história de Leonardo, mesmo como um ex-jogador, não havia terminado em 2004 no Leão da Praça da Bandeira.

“Eu vinha sempre ao Sport e conversava com a diretoria. Estive na posse de (Luciano) Bivar e falei que queria trabalhar na divisão de base. Conversei com o coronel Genivaldo Cerqueira e ele disse que tinha um projeto. E que quando fosse para a base, era para eu procurar ele. Graças a Deus, chegou a oportunidade de aprender”, resumiu.

Aprender foi a palavra mais dita por Leonardo. Contudo, ele também tem muito a ensinar. “Estou sempre acompanhando Neco (técnico da equipe de juniores) nos treinamentos. Depois vou pegar só os atacantes para treinar finalização e passar minha experiência. O projeto é lapidar esses meninos para que façam gols desde o time sub-15. Estou aqui para ajudar mesmo”, afirmou o ex-atacante, que ainda não teve muito tempo para avaliar jogadores com potencial e faro de artilharia.

No que depender de Leonardo, a experiência do Sport transcenderá as divisões de base. Se permitirem, o ídolo da torcida rubro-negra também quer estar com o time profissional. “Quero participar de tudo. Vou ter a oportunidade de conversar com Eduardo Baptista e falar que estou aqui. Quero assistir aos treinos táticos, de finalização, as preleções também. Estou aqui para aprender e espero que ele abra esse espaço para mim”, revelou, como quem está em início de carreira.

Embora não tenha o desejo de ser treinador, Leonardo vai se especializar e buscar o conhecimento teórico. Afinal, como já repetido diversas vezes, “aprender” é o objetivo. “Não tenho vontade de ser técnico, mas ninguém sabe o dia de amanhã. Vou fazer um curso de treinador que o Tacão (preparador físico do Sport) é coordenador. Quero me aprimorar”, finalizou. Quem imaginaria, entre os anos 1997 e 2001, que o rubro-negro sucederia as chuteiras e a camisa 7 com uma prancheta?

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