Tópicos | primeiro ouro

O japonês Naohisa Takato, na categoria até 60 kg, conquistou a medalha de ouro neste sábado, a primeira de seu país em Tóquio-2020. Ele já havia sido bronze nos Jogos do Rio-2016 e agora alcança um ouro inédito em sua carreira.

Takato derrotou na final, com um ippon, o taiwanês Yung Wei Yan, 11º no ranking mundial e duas vezes prata no campeonato da Ásia. Os bronzes ficaram com o cazaque Yeldos Smetov e o francês Luka Mkheidze.

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No feminino, categoria até 48kg, a judoca do Kosovo Distria Krasniqi conquistou a medalha de ouro ao derrotar na final a japonesa Funa Tonaki, 3ª do ranking mundial e campeã do mundo em 2017. Ela triunfou graças a um wazari no fim do combate.

O título de Krasniqi foi o primeiro no torneio de judô, que acontece no tradicional Nippon Budokan, em Tóquio, onde a provas da modalidade já haviam sido disputadas durante as Olimpíadas de 1964.

- Brasileiros caem nas oitavas -

Mais cedo, dois judocas brasileiros foram eliminados nas oitavas de final. Gabriela Chibana estreou derrotando Harriet Bonface, do Malauí, com um ippon. Mas faltou sorte à lutadora já que na fase seguinte teve que enfrentar a própria Distria Krasniqi, número 1 do mundo e campeã europeia em abril em Lisboa.

A jovem ucraniana Daria Bilodid, de 20 anos e já bicampeã mundial, conquistou uma das duas medalhas de bronze.

O outro bronze ficou com Urantsetseg Munkhbat, da Mongólia.

Na categoria masculina, o brasileiro Eric Takabatake teve uma trajetória parecida com a de Gabriela Chibana.

Ele estreou com vitória contra Soukphaxay Sithisane, do Laos. Mas foi eliminado pelo sul-coreano Kim Won-Jin nas oitavas de final.

A vitória da judoca Rafaela Silva não se resume ao esporte. É também uma conquista pessoal, que passa pela sua derrota no judô em Londres e chega até os atritos familiares que marcam a vida da carioca de 24 anos. Nesta segunda-feira (8), ela entrou para a história do esporte mundial, ao conquista o primeiro ouro brasileiro nos Jogos do Rio, mas também escreveu um capítulo no livro da sua vida, se tornando mais um exemplo de perseverança aos desacreditados.

Emocionada, assim como os brasileiros que por alguns instantes deixam os problemas do País de lado para comemorar o ouro olímpico, Rafaela Silva relembrou sua queda nas Olimpíadas de Londres, em 2012, quando acabou sendo desclassificada. Fato que quase se tornou um ‘final infeliz’ da carioca no judô.  

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"Depois da minha derrota em Londres (na última olimpíada, quando foi desclassificada por causa de um golpe ilegal), pensei que fosse largar o judô e comecei a fazer um trabalho com minha psicóloga. Ela não me deixou abandonar o judô. Meu técnico me incentivada a cada dia, em 2014 e 2015 não tive bons resultados, estava meio desacreditada, falaram que eu era uma incógnita, mas eu vim, treinei ao máximo e o resultado veio", declarou a judoca, conforme informações da AFP.

O lado familiar também teve seu peso no ouro brasileiro da judoca. A vitória vai muito além de uma conquista esportiva. "Foi uma resposta para todos que falaram que eu era uma vergonha para minha família, que não tinha capacidade de ir para uma olimpíada, que era para voltar para a jaula”, revelou Rafaela.

Natural da comunidade Cidade de Deus, periferia do Rio de Janeiro, Rafaela enalteceu a força da torcida brasileira. "A torcida me ajudou bastante, o tatame chegava a tremer, por isso pensei que não podia decepcionar todas essas pessoas que vieram me ver", declarou. E completou: "É muito bom para as crianças que estão assistindo judô agora. Ver alguém como eu, que saiu da Cidade de Deus, que começou o judô com cinco anos como uma brincadeira, ser campeã mundial e olímpica é algo inexplicável. Se essas crianças têm um sonho, têm que acreditar que pode se realizar. Dedico essa medalha a todo o povo brasileiro, minha família, meus amigos".

Com informações da AFP

A judoca brasileira Rafaela Silva derrotou, nesta segunda-feira (8), a atleta Dorjsürengiin Sumiya, da Mongólia, na final na categoria até 57 quilos feminino. É a primeira medalha de ouro do Brasil nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Com um wazari sobre a oponente, Rafaela conquistou 10 pontos e soube administrar a luta até o final, com o apoio da torcida brasileira.

Nas disputas de hoje (8), Rafaela já havia vencido a romena Corina Caprioriu, a alemã Myriam Roper, a sul-coreana Kim Jandi e a húngara Hedvig Karakas. A portuguesa Telma Monteiro venceu por um yuko a romena Corina Caprioriu e ficou com a medalha de bronze.

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Rafaela Silva é carioca, tem 24 anos, e cresceu na comunidade Cidade de Deus. Começou a praticar judô com 5 anos, em uma academia na rua de sua casa. Aos 8 anos, entrou no Instituto Reação, no Rio de Janeiro.

Em 2011, ganhou a medalha de prata nos Jogos Pan-americanos de Guadalajara, no México e, em 2015, conquistou a de bronze no Pan de Toronto. Também foi foi vice-campeã mundial em Paris 2011. Na Olimpíada de 2012, em Londres, Rafaela foi desclassificada pelos juízes na segunda rodada por um golpe ilegal. Rafaela conquistou a medalha de ouro no Mundial de Judô de 2013, prata no Mundial de 2011 e bronze no World Masters de 2012.

A primeira medalha de ouro dos Jogos Paralímpicos foi para a chinesa Cuiping Zhang, de 24 anos, no tiro esportivo, no primeiro dia de competições. A atleta asiática somou 500,9 pontos e foi a melhor na carabina de ar de 10m SH1 (atletas que podem suportar o peso de sua arma de fogo sem apoio).

A prata ficou com a alemã Manuela Schmermund, que somou 493.6 pontos. O bronze foi para a australiana Natalie Smith (492.4). Cuiping Zhang pegou poliomielite aos três anos de idade, sofreu paralisia infantil e por isso não pode mais andar. Após a conquista, Cuiping foi questionada sobre sua aposentadoria. "Vou continuar competindo e eu não sei quando vou me aposentar", disse.

Sobre a quebra do recorde, ela disse que só "queria aproveitar o momento". "Quando eu disparei o último tiro e vi na tela, eu não queria colocar a arma no chão. Eu só queria aproveitar o momento", afirmou.

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