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Depois de voltar de Brasília, Distrito Federal, o governador Eduardo Campos cumprirá agenda política em dois municípios do Agreste Meridional, na tarde desta quarta-feira (28). O primeiro destino do dia é Cachoeirinha, onde ele irá inaugurar o sistema de abastecimento de água e a Academia das Cidades. Em seguida, o governador vai a Lajedo lançar o programa Territórios Produtivos, inaugurar a Academia das Cidades e a Usina Experimental de Manipueira, para produção de bioetanol.

Ainda no município de Lajedo, Eduardo entregará títulos de propriedade de terra a mil agricultores familiares de 19 municípios do Agreste Meridional e dará início às atividades do Programa Territórios Produtivos, cuja proposta é fortalecer as cadeias produtivas, elevando o nível de produção e renda de produtores e rurais. O programa integra ações de relevância econômica que se relacionam com a produção familiar (sociedade civil e Estado), buscando articular políticas públicas e otimizar recursos para dinamizar e fomentar o desenvolvimento rural sustentável.

A agenda também inclui a visita as obras de construção das 84 casas do Loteamento Frei Damião e inauguração de Academias das Cidades nos dois municípios.

Para convencer a direção do PSB a avalizar uma aliança com o ex-ministro Fernando Haddad para a Prefeitura de São Paulo, o PT apresentou um cardápio de municípios onde pode ceder a vice ou a cabeça de chapa ao aliado. Os socialistas esperam receber o apoio do PT em cidades estratégicas como Campinas (SP), Mossoró (RN) e Duque de Caxias (RJ), e em grandes municípios paulistas como Franca, Taubaté, Taboão da Serra e Itanhaém. As negociações entre os partidos foram impulsionadas também no ABC paulista, onde o PT pretende ceder a vaga de vice ao PSB em troca do apoio a Haddad. O pedido foi feito pelo presidente nacional do PSB, governador Eduardo Campos (PE), ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Quem coordena as articulações na região é o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT), que passou a tratar os socialistas como aliados preferenciais. O PSB condiciona o apoio à garantia da vaga de vice em três cidades: Santo André, Diadema e Mauá. O primeiro acordo deve ser firmado até o fim de abril em Santo André. O vereador do PSB José Ricardo é o nome mais cotado para a vaga de vice do candidato petista, o ex-sindicalista Carlos Grana. Em Diadema, o vice-prefeito é o socialista Gilson Menezes, que quer manter o posto na chapa do prefeito Mário Reali (PT). O PSB também pretende incluir no acordo um espaço nas chapas petistas de Guarulhos e Osasco.

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A direção do PT paulista espera que a abertura de espaço a seus aliados quebre as resistências do presidente estadual do PSB, Márcio França, que é secretário de Turismo do governo Geraldo Alckmin (PSDB) e favorável a uma aliança com José Serra. Para facilitar um acordo com o PSB, o PT negocia ceder a vice ou a cabeça de chapa em cidades com mais de 150 mil eleitores.

"Há vontade de ter um entendimento estratégico, que passa pela visão de País. Eles (PSB) colocaram uma lista de cidades. Não é uma imposição. É um esforço, por isso precisa de tempo até junho", disse o presidente municipal do PT em São Paulo, Antonio Donato, coordenador da campanha de Haddad.

No Recife e em Fortaleza, capitais governadas pelo PT, o partido cederia a vaga de vice aos socialistas. Os petistas estudam, também, abrir mão de candidatura própria em João Pessoa e pedem que o PSB apoie sua candidatura em Macapá. As negociações no País são conduzidas por Campos e pelo presidente nacional do PT, Rui Falcão. Um mapeamento mais detalhado será feito nos próximos dias pelo vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, e pelo secretário nacional de Organização do PT, Paulo Frateschi. A equipe de campanha de Haddad diz que a negociação sobre o apoio a sua candidatura com o PR "é a que está melhor". Donato retomará conversas com o PCdoB em abril, pois o partido pediu prazo até o fim de março, "para uma rodada de avaliação das candidaturas deles em dez capitais". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente nacional do PSB, governador de Pernambuco, Eduardo Campos, disse ao ex-presidente Lula, em reunião neste domingo, na sua casa, em São Bernardo do Campo, que somente em junho o PSB vai decidir quem apoiar na eleição de São Paulo. "Não há decisão antes de junho", afirmou Eduardo em entrevista à Rádio Folha, local, por telefone, em São Paulo, antes de embarcar para Brasília, onde cumpre agenda administrativa. Segundo ele, como não há consenso, o processo de debate vai passar pela direção municipal, direção estadual, até chegar à direção nacional do seu partido. E isto, segundo ele, foi dito a Lula, que quer o apoio dos socialistas para seu candidato, Fernando Haddad. Em São Paulo o PSB é aliado do PSDB.

O governador também deu entrevista à Rádio Jornal, do grupo Jornal do Commercio, quando reforçou não ter havido uma conversa específica, com o ex-presidente, sobre as eleições em São Paulo e Recife. Segundo ele, há um levantamento inicial onde os dois partidos - PSB e PT - disputam eleições. "Apresentamos lugares onde seria possível o PT nos apoiar e eles levantaram as prioridades para eles: São Paulo e Recife", disse o governador, que estava acompanhado, no encontro com Lula, do presidente do PT, Rui Falcão, do prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho e do vice-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral. "Disse que em Recife e Fortaleza, capitais de Estados governados pelo PSB, nossa posição e de Cid (Gomes) é pela manutenção da aliança", observou. "Estamos no aguardo de debate interno do PT para em seguida construirmos a unidade com outros partidos da frente popular".

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No Recife, o prefeito João da Costa (PT) não consegue unir a sigla em torno da sua reeleição e uma ala do partido, a Construindo um Novo Brasil, lançou o nome do deputado federal Maurício Rands, que é secretário de Eduardo Campos. O governador disse respeitar os dois e que não veta nenhum nome que o PT venha a indicar. "Qualquer companheiro que possa representar o conjunto da frente poderá ter nosso apoio".

Eduardo disse que o ex-presidente está bem, com o espírito elevado e a cabeça animada e que pretende retomar suas atividades em maio.

Um dia depois do encontro entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, dirigentes do PT e do PSB já saíram a campo para tentar costurar acordos entre as duas siglas, com vistas às eleições municipais de outubro deste ano. Na tarde desta segunda, o presidente do PT paulista, Edinho Silva, reuniu-se com o deputado federal e pré-candidato do PSB à prefeitura de Campinas, Jonas Donizette, para falar sobre um eventual acordo entre as duas siglas. A Agência Estado apurou que, no encontro, Jonas criticou o fato de o PT ter pregado voto nulo nas eleições suplementares indiretas que irão ocorrer na cidade, no próximo dia 10 de abril - pleito que definirá o substituto dos prefeitos cassados Hélio de Oliveira Santos (PDT) e Demétrio Vilagra (PT).

O pessebista lamentou que o PT não tenha apoiado a coligação encabeçada pelo vereador do PSB, Arly de Lara Romeo na cidade. Jonas Donizette considera importante a derrota ao atual prefeito interino Pedro Serafim (PDT), presidente da Câmara de Vereadores, pois este teria articulado a cassação de Vilagra. As eleições foram marcadas em Campinas em razão da chamada "dupla vacância do cargo" - prefeito e o vice deixaram o posto. O então prefeito Hélio teve o mandato cassado em agosto do ano passado e Vilagra, que era seu vice, sofreu impeachment em dezembro.

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Na conversa de hoje, segundo lideranças do PT em São Paulo, Jonas Donizette não condicionou um eventual acordo com o PT nas eleições indiretas do mês que vem com as eleições municipais de outubro. Até mesmo porque, segundo o pessebista, "está claro para o PT" que ele tem um compromisso com o PSDB em Campinas. "E eu pretendo honrar este compromisso (com os tucanos)", disse o deputado pessebista à Agência Estado. Por esse acordo, os tucanos indicarão o vice na chapa encabeçada por Jonas, na disputa à prefeitura de Campinas, nas eleições de outubro deste ano. "(Edinho) me disse que o PT está disposto a ser de vice em nossa chapa, mas deixei claro que tenho compromisso com os tucanos e não pretendo desmanchar (tal acordo)."

Jonas Donizette, que já foi líder do então governador José Serra na Assembleia Legislativa de São Paulo, disse também que na semana passada recebeu um telefonema de Serra. O tucano telefonou para tranquilizá-lo quanto ao cumprimento do acordo em Campinas. Em troca do apoio, os líderes do PSDB em São Paulo esperam uma reciprocidade do PSB quanto à candidatura do ex-governador. A esse respeito, Donizette argumentou: "Em nenhum momento eu condicionei este apoio, porque São Paulo passa por uma negociação nacional". Apesar disso, o presidente do PSDB paulista, deputado Pedro Tobias, disse à Agência Estado que espera reciprocidade neste caso. "Vamos apoiar Donizette e esperamos o apoio do PSB a José Serra em São Paulo", frisou.

Contradições

Depois da conversa com Donizetti, o presidente do PT em São Paulo deve procurar o presidente do PSB paulista, Marcio França, que é secretário de turismo do governo Geraldo Alckmin (PSDB). Entretanto, um acordo entre os pessebistas com os tucanos em São Paulo passa pelo crivo do presidente nacional da sigla, Eduardo Campos, que ontem esteve reunido com Lula. Em entrevista hoje, à rádio Jornal do Recife, Campos reiterou sua proximidade com o PT da presidente Dilma Rousseff. "(No encontro) Fizemos uma leitura do quadro político nacional, reafirmamos parte a parte a aliança estratégica do PT com PSB em nível nacional, na base de sustentação do governo Dilma e sabemos que nas eleições municipais temos de conviver com as contradições que são próprias nas disputas nas cidades", disse o governador, com relação ao tamanho da base do governo Dilma, que comporta legendas de várias vertentes, muitas das quais concorrentes em várias cidades neste pleito.

Eduardo Campos disse também que é importante atuar naquilo que é possível resolver e citou que existe uma comissão eleitoral do PT, coordenada pelo secretário nacional de organização do PT, Paulo Fateschi, e do PSB, coordenada pelo vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, para fazer um mapeamento da situação das duas siglas nos municípios e ver onde é possível o PT apoiar o PSB e vice-versa. Além de São Paulo, onde a sigla é disputada tanto por petistas quanto por tucanos, outras cidades também enfrentam negociações delicadas, como é o caso do Recife, onde Lula pediu para Campos apoiar o nome de Maurício Rands, deputado federal e secretário do governo, para disputar a prefeitura pelo PT. Contudo, o nome de Rands poderia barrar a candidatura à reeleição do atual prefeito, João da Costa, também do PT, mas cujo governo não é bem avaliado pela legenda. "Não temos veto a qualquer nome, não fizemos nenhum ação para apoiar alguma alternativa, queremos um nome que unifique a frente popular (no Estado)", frisou Eduardo Campos.

A indefinição na escolha do candidato do PT no Recife foi um dos principais assuntos do jantar na casa do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, em São Bernardo do Campo, São Paulo. Os grandes convidados da noite do último domingo (25) foram o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB Eduardo Campos (PSB), o presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão, e o prefeito de São Bernardo do Campo (SP), Luiz Marinho.

Informações dão conta de que Eduardo Campos teria levado ao conhecimento de Lula dados que apontam a avaliação negativa do prefeito do Recife, João da Costa (PT). Em contrapartida a candidatura do secretário estadual de governo Maurício Rands (PT), é colocada como opção forte e conciliadora. Isto porque o nome do secretário tem acalmado inclusive os partidos da Frente Popular que articulavam, até então, uma candidatura alternativa. Além disso, o nome de Rands é simpático ao ex-presidente, já que na época do escândalo do mensalão se colocou como defensor de Lula na Câmara dos Deputados. 

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Com os pratos na mesa, agora é esperar que o PT faça sua escolha. Porém, mesmo com a gestão desgastada, segundo a avaliação popular e a falta de apoio de parte do próprio partido e de algumas legendas da Frente Popular, João da Costa (PT), não pretende desistir de disputar a reeleição. Na intenção de firmar seu nome para o pleito, o prefeito também está articulando um encontro com Lula, além da conversa que terá com o presidente nacional do partido nesse início de semana.

O PT decidiu hoje, em votação com ânimos acirrados e direito até a empurra-empurra, apoiar a candidatura à reeleição do prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB). No entanto, o apoio será acompanhado de uma "sugestão" para que os socialistas rejeitem a participação do PSDB na coligação. Em Minas, o PSB faz parte da base de apoio do governador tucano Antonio Anastasia e a direção socialista já indicou que vai aceitar a exigência do PSDB, de participar formalmente da aliança e da coordenação de campanha.

A tese prevaleceu sobre a proposta de condicionar o apoio petista à exclusão dos tucanos da coligação com um placar apertado. Dos 479 delegados que votaram no processo, 255 (53%) optaram pela aliança incondicionalmente. Ao defender sua posição favorável à proposta vencedora, o ex-ministro Patrus Ananias lembrou que também é preciso "pensar no plano nacional, na posição da Dilma e do Lula". "Não quero o PSDB e minha posição é muito clara. (Mas) é possível avançar essa aliança com o PSB", afirmou. Os socialistas integram a base aliada do governo federal e o PT quer manter esse apoio para a disputa presidencial de 2014.

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Um dos dirigentes do PT mineiro lembrou ainda que a decisão em Belo Horizonte também pesa para as negociações com o PSB em outras capitais, principalmente São Paulo, onde os petistas buscam o apoio socialista para a candidatura do ex-ministro Fernando Haddad. "Isso (troca de apoios) não é explícito, mas também é levado em conta", observou. Um dos principais defensores da candidatura própria do PT caso os tucanos sejam aceitos na aliança pelo PSB, o vice-prefeito Roberto Carvalho se mostrou decepcionado com o resultado e avaliou que, com a participação do PSDB, o maior problema será convencer a militância petista a aderir à campanha. "Tivemos 47% dos votos e o pessoal não vai participar", alertou.

Já o presidente do diretório mineiro do PT, o deputado federal Reginaldo Lopes, ressaltou que, apesar de não vetar, a proposta vencedora ontem também é contra uma coligação com a oposição ao Executivo federal. O texto aprovado pelos delegados "reitera a não participação nessa coligação de partidos políticos que se opõem ou venham a se opor ao governo da presidente Dilma Rousseff". "É um veto político, não um veto legal", disse.

A terceira via que começou a ser discutida pelo PSB na eleição pela Prefeitura de São Paulo desperta a resistência de petistas e tucanos, que querem o tempo de televisão dos socialistas no horário eleitoral e veem com ceticismo a ideia de uma candidatura independente na eleição paulistana.

Pressionada pelo PT para apoiar o pré-candidato Fernando Haddad, a direção nacional do PSB tenta buscar uma saída para a questão em São Paulo, onde a direção regional prefere uma coligação com o PSDB, que deve lançar como candidato o ex-governador José Serra.

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O presidente nacional do partido, governador Eduardo Campos (PE), tem encontro com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no começo da semana que vem para falar da aliança com Haddad. Levará um levantamento da executiva do PSB sobre as capitais em que o PT pode apoiar os socialistas, facilitando a costura em São Paulo.

O lançamento da candidatura avulsa começou a ganhar força. Campos já falou com interlocutores sobre essa saída, que é vista com mais simpatia em São Paulo, onde o apoio a Serra pode ser vetado pela direção nacional, que tem a prerrogativa de dispor sobre as alianças nas capitais. As direções nacional e estadual do PSB atuam, por enquanto, juntas para encontrar uma solução.

Na segunda-feira, o presidente do PSB estadual, Márcio França, esteve com o presidente do PDT paulista, o pré-candidato Paulinho Pereira da Silva, da Força Sindical. Conversaram sobre uma aliança entre as siglas.

Mas, apesar dos sinais pró-candidatura própria, aliados do governador pernambucano dizem que ainda é difícil Campos não atender a um pedido de Lula. A pré-candidatura petista enfrenta problemas com o PR e o PC do B, que ameaçam não apoiar Haddad, reduzindo os minutos do petista na propaganda gratuita. Os vereadores do PSB também resistem a uma candidatura própria alternativa. A ampliação da bancada na Câmara tem relação com o desempenho do candidato a prefeito apoiado pela sigla.

Para o PT, a terceira via do PSB é rechaçada e vista como traição a Lula. Os tucanos acham pouco provável uma candidatura independente. Mas, se a pressão pró-PT for grande, vão atuar para que, pelo menos, o PSB não apoie Haddad no 1.º turno.

Defensores da aliança com o PSDB alegam que o PSB precisa crescer na Região Sudeste e que o apoio aos tucanos fortalece a relação com o PSD, de Gilberto Kassab, que fechou um acordo eleitoral com Campos para o futuro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tem encontro com o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, no próximo domingo (25) em São Bernardo do Campo, São Paulo. O apoio do PSB à candidatura de Fernando Haddad em São Paulo estará na pauta. Isto porque a direção regional do PSB teria uma preferência em apoiar a candidatura do tucano José Serra na eleição paulistana. O impasse deve ser resolvido pelo presidente nacional e o estadual da legenda.

Outro tema que será debatido pelos políticos será a candidatura do PT no Recife. O PT está a frente da administração na capital pernambucana há quase 12 anos e não pretende perder a cadeira em 2012. Os nomes que estão sendo articulados para a corrida eleitoral na cidade são o do prefeito João da Costa, o do secretário de governo, Maurício Rans e do ex-prefeito João Paulo.

Como o nome de João da Costa não é consenso entre os partidos que integram a Frente Popular, o governador Eduardo Campos, até então, não tem interferido diretamente no processo de escolha do nome pestista no Recife.









Os presidentes estaduais do PSB e do PDT, Márcio França e Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, respectivamente, abriram negociações para lançar uma candidatura apoiada pelas duas siglas na corrida pela Prefeitura. Apesar das tratativas, a tendência hoje ainda é de caminhos distintos na corrida eleitoral.

Os dois se encontraram na noite de segunda-feira em um restaurante de São Paulo para falar de um eventual apoio do PSB à candidatura de Paulinho, que diz que concorrerá a prefeito. O pedetista quer o apoio do PSB para aumentar o tempo de TV no horário eleitoral gratuito. França disse a Paulinho que o apoio ao PDT poderia ser uma saída para o seu partido, já que há uma divisão no PSB. A direção nacional da legenda diz que quer apoiar o PT, de Fernando Haddad. Mas as lideranças estaduais, entre elas França, que é secretário de Turismo do governador Geraldo Alckmin (PSDB), preferem se coligar com os tucanos. O apoio a Paulinho é visto como uma "terceira via" para o PSB, que poderia indicar o candidato a vice.

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Paulinho e França também criticaram a relação do PT com os demais partidos da base. O PDT aguarda a indicação do deputado Brizola Neto para o Ministério do Trabalho, o que ainda não ocorreu. O PSB fala, entre outros pontos, da demora na liberação das emendas parlamentares. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O PSDB mineiro encostou na parede o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), e impôs hoje condições para que o partido mantenha o apoio à reeleição do socialista. Entre os "pontos essenciais" apresentados pelos tucanos está a participação formal do partido na aliança e uma fatia maior no governo em caso de vitória da chapa. Mas deram a entender que aceitam a indicação do candidato a vice pelo PT, que ainda definirá em processo interno se continuará ao lado de Lacerda ou se terá candidato próprio no pleito.

Pela manhã, os presidentes dos diretórios tucanos de Minas e de Belo Horizonte, respectivamente o deputado federal Marcus Pestana e o deputado estadual João Leite, reuniram-se na residência de Lacerda com o prefeito e o presidente do diretório estadual do PSB, o ex-ministro Walfrido Mares Guia. Segundo Pestana, o encontro foi realizado para que os tucanos apresentassem as "diretrizes e expectativas para a construção de um novo patamar na aliança".

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Em 2008, o socialista foi eleito com o apoio do então governador e atual senador Aécio Neves (PSDB-MG) e do ministro Fernando Pimentel (PT), a quem Lacerda sucedeu na prefeitura da capital. Mas, por imposição da direção petista, os tucanos participaram apenas informalmente da aliança. Pestana afirma que, este ano, além de integrar formalmente a coligação, a legenda quer ter poder de decisão nos rumos da campanha eleitoral. "Alguns (pontos) são fundamentais, como a coligação clara, formal, transparente, a participação na coordenação da campanha e na discussão do programa de governo", declarou.

Depois de 16 anos de mandatos do PT e PSB na prefeitura, o PSDB voltou ao Executivo municipal justamente com a eleição de Lacerda e hoje comanda órgãos importantes como as secretarias de Saúde e de Desenvolvimento Econômico, a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) e a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), entre outros. Mas, de acordo com Pestana, o espaço ainda é pouco e o partido quer "a participação no futuro governo". "Uma participação maior, proporcional ao nosso peso político. Afinal, é o maior partido de Minas, tem o governador Antonio Anastasia e o líder maior, que é o senador Aécio Neves", salientou.

Mas as lideranças tucanas deram a entender que aceitam que o PT indique o candidato a vice, apesar de considerarem que isso não influenciará na decisão do partido de participar ou não da aliança. "O PT não tem mais democracia interna. Tem um comando sólido do Lula (ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva), que tirou a Marta em São Paulo. Aqui em Belo Horizonte, o Lula já direcionou para que seja o apoio a Marcio Lacerda", alfinetou o tucano. Mas ele ressaltou que outra condição para que o PSDB integre a coligação é que "o vice-prefeito encarne o espírito da aliança". "Não pode ser uma pessoa que produza dissenso, divergência, conflito. Não pode ficar pensando em 2016. O foco é 2012", disse, referindo-se ao atual vice-prefeito, o petista Roberto Carvalho, que entrou em rota de colisão com Lacerda ainda no início do governo e é um dos principais defensores da candidatura própria do PT.

Uma operação política em curso nos bastidores da sucessão da Prefeitura de São Paulo pode provocar uma reviravolta no jogo eleitoral e arrefecer a resistência do PT a uma composição com o prefeito Gilberto Kassab, criador e presidente do PSD. A ideia, já debatida entre três grandes articuladores políticos - o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, e Kassab - é atrelar o PSB paulistano à candidatura do ex-ministro Fernando Haddad, com a indicação de um vice do partido que tenha a concordância e aval de Kassab.

Oficialmente, nenhum dos lados admite abertamente a negociação. Dirigentes do PSB nacional afirmam que a costura de alianças na capital ainda está em processo e que passa por conversas com o presidente estadual da sigla, Márcio França - secretário estadual de Turismo do governo do tucano Geraldo Alckmin. No PT o assunto já circula entre a cúpula. No PSD, Kassab, por ora, insistirá na indicação de um vice numa aliança com o PT.

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A saída política geraria dividendos políticos a todos os lados. Kassab conseguiria fechar a aliança com o PT sem exposição direta do PSD e sem ouvir os gritos da militância petista. Mas, em troca, teria de assegurar uma vaga na chapa petista por um cargo majoritário em 2014 - ou vice-governador de São Paulo ou senador -, isso sem contar a possibilidade de uma vaga futura no ministério da presidente Dilma Rousseff para ele próprio ou um expoente do PSD.

Para Eduardo Campos, a saída política na capital abriria portas ao projeto nacional do governador, que quer se aproximar cada vez mais do PT e se cacifar como uma possibilidade para vice de Dilma Rousseff em 2014 ou para tentar um voo solo em 2018. Segundo petistas envolvidos nas discussões, "vale lembrar que o PMDB de Michel Temer vai lançar candidatura própria na capital paulista com Gabriel Chalita (ex-tucano) e, num eventual segundo turno, o partido pode cair no colo de Geraldo Alckmin".

Sob o ponto de vista do PT, uma aliança com o PSB seria extremamente lucrativa, sobretudo porque mina alianças do partido com os tucanos no Estado de São Paulo. Além disso, os petistas amarrariam o apoio de Kassab a Hadda sem provocar traumas na militância, que resiste fortemente à união com o PSD.

Se fechar uma aliança com o PT, Kassab teria dificuldades para indicar um nome da legenda para vice de Haddad. O vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, só aceita uma composição com o PSDB. O ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, mais palatável ao PT, recusa-se terminantemente a aceitar a missão.

O nome cogitado por Kassab até o momento é o de Alexandre Schneider, secretário municipal de Educação. A militância do PT, porém, não aceita a indicação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O PSDB de Campinas anunciou nesta segunda-feira que não terá candidato próprio a prefeito nas eleições de outubro deste ano e que apoiará a candidatura do deputado federal Jonas Donizette (PSB). A decisão foi tomada pelo diretório municipal, no último sábado, e a contrapartida será o PSDB indicar o nome do candidato a vice-prefeito na chapa de Donizette.

A aliança, condicionada a uma "gestão compartilhada" no município - como classificam os tucanos - também faz vistas ao apoio de Donizette à reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB), em 2014. "Não me foi cobrado nada, o governador não pediu isso, mas há uma consciência política de ter parceria futura nos projetos do PSDB", afirmou o pré-candidato a prefeito de Campinas.

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A escolha do nome do candidato a vice-prefeito na chapa de Donizette deverá ser feita em maio.

O PT escolheu o dia 25 de março para decidir se terá candidato próprio para disputar a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) ou se vai se aliar ao PSDB para trabalhar pela reeleição do prefeito Marcio Lacerda (PSB). O prazo foi definido na noite de ontem, após o principal defensor do rompimento com o socialista, o vice-prefeito e presidente do diretório municipal petista, Roberto Carvalho, apresentar abaixoassinado com 5,2 mil assinaturas defendendo a candidatura própria.

Na sexta-feira, o grupo que é a favor de manter a aliança com o PSB apresentou assinaturas necessárias para que a proposta também seja votada pelos delegados petistas. Na ocasião, o presidente do PT mineiro, o deputado federal Reginaldo Lopes, mostrou confiança na proposta, que tem apoio da presidente Dilma Rousseff e da direção nacional petista, interessados em manter as boas relações com o PSB.

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Roberto Carvalho, porém, ressaltou que entre as 5,2 mil assinaturas no abaixoassinado há "no mínimo 4 mil (assinaturas)" de integrantes do partido. "É uma demonstração inequívoca da vontade dos filiados e da base petista", avaliou. Carvalho ainda classificou como "artifício" a proposta de Reginaldo Lopes de consultar a base petista na Câmara Municipal de Belo Horizonte para ver se os vereadores têm interesse em fazer aliança proporcional com o PSB - o que forçaria também a coligação majoritária. Integrantes da direção socialista, porém, já indicaram que não pretendem fazer a aliança proporcional. "Para os vereadores do PT também interessa a chapa própria. Historicamente, o partido elege no mínimo três pela legenda", declarou Roberto Carvalho.

Pelo calendário definido ontem, o partido promoverá debates durante todo o mês de fevereiro. Em 18 de março, será realizado o encontro da legenda onde serão eleitos os delegados que vão definir pela candidatura própria ou apoio ao PSB uma semana depois. Caso a coligação com os socialistas - que já confirmaram aliança com o PSDB - seja rejeitada, o PT define em 15 de abril quem será o candidato que disputará contra Lacerda.

Sob o comando do governador Eduardo Campos (PE), o PSB traçou estratégia pragmática para ampliar sua inserção no Sul e no Sudeste na eleição municipal deste ano. Com o objetivo de se projetar como uma das principais forças políticas do País, o partido pretende fechar um arco de alianças que vai do PT ao PSDB, a depender do cenário eleitoral.

Apontado como um dos nomes que podem um dia disputar a eleição presidencial, Campos, presidente da legenda, quer ampliar de 314 para 500 o número de prefeituras administradas pelo PSB - em 2004 o partido conquistou apenas 176 cidades.

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A inserção nacional do partido, se bem-sucedida, dará combustível político para o governador, cotado para ser vice numa eventual chapa de Dilma Rousseff em 2014. Ele também é apontado como um dos candidatos potenciais para concorrer ao Palácio do Planalto em 2018.

Campos costurou rede de prefeituras pelo Nordeste, ajudado pelo PT do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: 205 das 314 prefeituras ficam na região.

A maior parte está em Pernambuco. Lá, o partido comanda 49 dos 185 municípios. No Rio Grande do Norte, o desempenho é semelhante: 44 dos 167 prefeitos são filiados à sigla.

Neste ano, o PSB deve lançar 1.500 candidatos a prefeito, quase a metade no centro-sul do País. Nos três Estados do Sul, o partido tem apenas 27 das 1.188 prefeituras. No Sudeste, são 57 prefeitos nos 1.668 municípios.

No Paraná, o PSB conta com o apoio do PSDB para manter a Prefeitura de Curitiba e lançar outros 140 candidatos, como em Maringá, Foz do Iguaçu e Cascavel. Em Minas, a legenda negocia tanto com o PT e com o PSDB para reeleger o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, além de outros 150 candidatos.

No Rio de Janeiro, cogita apoiar o PMDB, do prefeito Eduardo Paes, e lançar outros 22 candidatos em municípios estratégicos, como Petrópolis, Nova Friburgo e Duque de Caxias.

Na cidade de São Paulo, o partido pode tanto se aliar com os tucanos como com o PSD, do prefeito Gilberto Kassab, caso não saia a chapa PSDB-PSD. Como o PSB pretende ter candidatura em cem cidades pelo Estado, negocia com as duas siglas apoio para seus candidatos em Campinas, Ferraz de Vasconcellos, Taboão da Serra, São Vicente, Paulínia e São José do Rio Preto.

Campos desenhou com Kassab a estratégia no Sul e Sudeste. Os dois chegaram a estudar uma fusão PSB-PSD no ano passado, mas descartaram em nome de uma ação comum no Congresso.

Em relação ao PT, o PSB trabalha para ter o apoio em Aracaju e João Pessoa. Pode apoiar o partido em Salvador, Teresina, Rio Branco e Palmas. Em Fortaleza e Recife, pode tanto apoiar o PT quanto lançar candidato.

TV

De 1996 a 2008, a votação do PSB passou de 3,79% para 5,7% dos votos válidos. O crescimento da bancada no Congresso contribuiu para que a sigla fosse cortejada em razão do tempo de televisão no horário eleitoral gratuito: pelo menos 2min30s diários na eleição de 2012.

Para o primeiro secretário nacional da legenda, Carlos Siqueira, a eleição municipal "não guarda relação" com a disputa nacional. "Segue dinâmica própria. O PSB pretende usar a eleição de 2012 para aprofundar a discussão sobre a necessidade de uma reforma urbana nas cidades." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, foi reeleito neste sábado, em Brasília, presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), durante o 12º congresso da sigla. O partido elegeu por unanimidade o novo diretório nacional e os membros dos conselhos de ética e fiscal, segundo informações publicadas pela assessoria de comunicação do partido. O PSB manteve nos postos da executiva o primeiro vice-presidente, Roberto Amaral (RJ), o segundo vice, Beto Albuquerque (RS), e o terceiro vice, João Capiberibe (AP).

Ontem, durante a abertura do congresso, Campos pediu aos militantes do partido que ficassem atentos e não se deixassem seduzir por coligações que possam fugir do projeto de um governo de aliança de esquerdas nas eleições municipais do ano que vem. "Não podemos vacilar. Temos de impedir que volte a velha política que não serve ao Brasil", afirmou ele.

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A intenção do partido é lançar candidatos a prefeito na disputa eleitoral de 1,5 mil municípios em 2012.

Para a presidência de honra do PSB, a executiva indicou o imortal da Academia Brasileira de Letras Ariano Suassuna.

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, será reconduzido ao cargo de presidente do PSB hoje, durante realização do 12º Congresso do Partido Socialista Brasileiro, iniciado hoje, em Brasília. Também serão mantidos nos postos que ocupam os principais integrantes da Executiva do partido, como o primeiro vice-presidente, Roberto Amaral (RJ), o segundo vice, Beto Albuquerque (RS), e o terceiro vice, João Capiberibe (AP).

Durante o congresso, Eduardo Campos pediu aos militantes do partido que fiquem atentos e não se deixem seduzir por alianças que possam fugir do projeto de um governo de aliança de esquerdas nas eleições municipais do ano que vem. "Não podemos vacilar. Temos de impedir que volte a velha política que não serve ao Brasil", afirmou ele.

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Campos disse ainda que o partido é solidário com o projeto político hoje encarnado pela presidente Dilma Rousseff, que foi iniciado por Luiz Inácio Lula da Silva. "Nossa aliança não é eleitoral. É política, baseada num projeto que deu certo. Se esse projeto não tivesse sido executado, hoje o Brasil estaria enfrentando a crise econômica de uma forma traumática". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), saiu na manhã de hoje de uma reunião com o presidente do PT, Rui Falcão, dizendo que "pode acontecer de tudo" nas negociações para a eleição do ano que vem na capital mineira. Candidato à reeleição, Lacerda está rompido com o vice, Roberto Carvalho (PT), que trabalha pela candidatura própria, com o argumento de que os petistas não podem aceitar a presença formal do PSDB na aliança. O prefeito pediu pressa na decisão do PT sobre ficar na aliança ou lançar candidato próprio. "Vamos aguardar que a executiva municipal tome a decisão o mais rápido possível, até o fim de janeiro", disse o prefeito.

O prefeito, no entanto, reiterou a presença dos tucanos na coligação da reeleição. "Essa hipótese (de saída do PSDB da aliança) não existe. O PSDB de Minas foi convidado pelo PSB nacional para estar formalmente na aliança", disse Lacerda. O prefeito disse que o grupo de Carvalho é "minoritário" no PT de Belo Horizonte e "está muito associado a um projeto pessoal do vice-prefeito".

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Em jantar com Rui Falcão na noite de ontem, o vice Roberto Carvalho disse que vai "até o fim" na tentativa de aprovar a tese da candidatura própria para a prefeitura. A estratégia do vice-prefeito é fazer um discurso anti-tucano que mobilize a militância petista, apesar da preferência do comando nacional do PT pela manutenção da aliança com o PSB de Lacerda.

No café da manhã de hoje, Rui Falcão sugeriu que Márcio Lacerda trabalhe pela inclusão do PMDB na coligação. "O presidente Rui Falcão entende que a presença de partidos da base do governo Dilma Rousseff, como o PMDB, seria útil. Entende também que o PT tenha espaço na TV (durante a campanha), o que é legítimo", afirmou Lacerda.

Falcão levou ontem à executiva nacional do PT a proposta de que o prazo final para definição de candidaturas próprias e alianças nas capitais seja antecipado de março para janeiro, para evitar o prolongamento de impasses como o de Belo Horizonte, Recife e Fortaleza. Questionado se uma possível candidatura própria do PT na capital mineira possa atrapalhar o apoio do PSB ao PT em outras capitais, Lacerda disse que é "natural que haja consideração na estratégia a nível nacional".

Depois da reunião da executiva nacional, ontem, o diretório nacional do PT se reúne hoje em Belo Horizonte. A senadora Marta Suplicy (SP), o ex-deputado e assessor do Ministério da Defesa José Genoino e parlamentares de vários Estados chegaram hoje à capital mineira

O diretório municipal do PT em Belo Horizonte promoveu na noite de hoje um ato em protesto contra as demissões de 17 integrantes do partido que trabalhavam com o vice-prefeito e presidente da legenda na capital, Roberto Carvalho. O grupo de assessores foi demitido na sexta-feira (4), por determinação do prefeito Marcio Lacerda (PSB), transformando em guerra aberta a disputa que há entre os dois em torno da eleição municipal de 2012.

Lacerda será candidato à reeleição e quer a participação do PT em uma aliança que contará também com a presença do PSDB, a exemplo do que ocorreu em 2008. Na ocasião, o socialista foi eleito com apoio do então prefeito e atual ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e do ex-governador e hoje senador Aécio Neves (PSDB-MG).

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Carvalho é contrário à aliança com os tucanos e defende uma candidatura exclusiva de partidos da base aliada da presidente Dilma Rousseff, mas a própria direção estadual do PT manteve silêncio sobre as demissões. O partido também pretende enviar a Lacerda uma solicitação para readmissão dos funcionários demitidos, todos integrantes do PT.

"O ato é em defesa do PT, em solidariedade aos companheiros demitidos e em defesa do diálogo", disse Carvalho. "Queremos uma aliança dos partidos da base da presidente e não excluímos o PSB. Mas não aceitamos o PSDB e, se o PSB optar por manter a aliança, é uma decisão deles", acrescentou.

O governador de Pernambuco (PE) e presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Eduardo Campos, classificou como uma "cortesia política" as visitas do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e do prefeito Gilberto Kassab (PSD) ao IX Congresso Estadual do PSB, que está sendo realizado hoje na Assembleia Legislativa de São Paulo.

A declaração de Campos foi uma negativa ao questionamento sobre se a visita dos dois mandatários paulistas à convenção do PSB poderia ser um movimento em direção a apoio ou aliança com vistas às eleições municipais de 2012. "Isso é uma cortesia política de dois amigos, já que o PSB participa hoje dos governos da Prefeitura e do Estado", disse Campos.

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Ainda segundo o governador de Pernambuco, a questão de uma aliança com PSDB ou PSD não foi discutida no evento, porque isso caberá à nova diretoria, que está sendo eleita. O debate só ganhará corpo a partir do ano que vem, disse Campos.

Se o prefeito de Olinda, Renildo Calheiros (PCdoB), pleiteará a reeleição em 2012, isso ainda não se sabe, porém é certo que ele pode contar com o apoio do maior cabo eleitoral de Pernambuco, o governador Eduardo Campos (PSB). Em seu discurso, na cerimônia de inauguração das obras de reestruturação do Alto da Sé, em Olinda, na noite desta segunda-feira (24), o governador fez questão de reforçar que Calheiros pode contar com sua ajuda.  

“É esse conjunto de ações que vai encontrando uma Olinda mais animada, mais bem cuidada, efetivamente pensando para onde vai. Nós sabemos, Olinda sabe, Pernambuco sabe para onde quer ir, para construir uma Olinda mais justa, mais equilibrada, com menos desigualdade. E poder dizer ao prefeito Renildo Calheiros, meu amigo de muitas jornadas, muitas caminhadas, que conte conosco, com nosso governo, com nossa equipe. Saiba que o governo do estado vai estar com você, como esteve com Luciana Santos (ex-prefeita de Olinda), para fazer as parcerias”, declarou o governador.

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Em seguida Eduardo Campos, falou do desafio que é para o prefeito Renildo governar uma cidade que tem orçamento pequeno e grandes problemas. “Olinda é um dos municípios mais difíceis do Brasil de ser administrado, porque tem uma receita pequena diante dos enormes problemas que tem, pessoas em situações muito difíceis, um patrimônio histórico para bancar que não é coisa barata. Mas graças a Deus não tem faltando em você Renildo coragem, determinação, vontade de ir buscar os recursos pra a gente sair fazendo”, finalizou. 

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