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Os shopping centers registraram queda nas vendas de 47,2% na semana entre 12 e 18 de abril, na comparação com a semana equivalente de fevereiro de 2020 (período pré-pandemia), aponta a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). O porcentual representa uma desaceleração das perdas em relação à semana anterior (5 a 11 de abril), quando as vendas apresentaram redução de 55,4%.

Em relação à semana equivalente do mês anterior, houve crescimento de 64,8% nas vendas. As perdas acumuladas de 04 de janeiro a 18 de abril totalizam 36,3% na comparação com período equivalente de 2020, antes da pandemia. Os dados são apurados em parceria com a Cielo e compõem o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), que identifica as vendas do chamado "varejo total", com separação por lojas de shopping centers e de rua.

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Até o domingo passado, quando o levantamento foi concluído, o Brasil operava com 94% dos seus shoppings abertos, frente aos 61% da semana anterior. Com o aumento das reaberturas, com exceção da região Centro-Oeste que registrou estabilidade, todas as regiões apresentaram desaceleração das perdas. Na região Sudeste, o estado de São Paulo teve todos os shoppings reabertos no último dia 18.

"A última semana de março representa um ponto de inflexão na trajetória de vendas do setor, que até então vinha enfrentando, desde o início de fevereiro, um movimento contínuo de aceleração das perdas. A reabertura gradual dos empreendimentos ao longo deste período vem possibilitando esta retomada, que deverá ser intensificada nas próximas semanas diante da reabertura dos shoppings no Estado de São Paulo", afirma Glauco Humai, presidente da Abrasce, em nota.

Nesta sexta-feira, 23, do total de 601 shopping centers no País, 599 operavam com algum tipo de restrição, enquanto dois ainda estavam fechados, em Minas Gerais. Em Barbacena, o shopping voltará a reabrir neste sábado, ficando apenas um shopping fechado no País, em Sete Lagoas.

A região Norte registrou a menor queda entre as regiões, com 12,2% na semana de 12 a 18 de abril, seguida pelas regiões Sul (19,3%), Centro-Oeste (31,6%), Nordeste (32,2%) e Sudeste (61,9%).

Quem tem gosto pela leitura provavelmente conhece a Bienal Internacional do Livro de Pernambuco. Este ano, ela está em sua décima edição, e traz mais de 100 atividades até o dia 12 de outubro. Com o tema Literatura, Resistência e Transformação, a Bienal está com indícios de baixa venda em comparação aos outros anos, segundo consumidores e expositores.

Neste sábado (3), o Centro de Convenções, onde está sendo realizado o encontro, pareceu um tanto morno. Apesar da grande quantidade de pessoas circulando pela área, expositores e até mesmo os próprios visitantes reclamaram da queda de vendas e compras neste ano. 

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Os professores estaduais Enedina Cristina e Wellington Cléber se mostraram desapontados por estarem em um evento do porte da Bienal e não levar nenhum título. “Esta é a primeira vez que eu venho e não compro nenhum livro”, comentou Cristina. Eles explicaram que, com os cortes no benefício oferecido pelo Governo Estadual, destinado à aquisição de livros durante a Bienal do Livro, ficou difícil comprar novos exemplares. “O evento não está tendo o sucesso como era para ter. Com os salários atrasados, o professor olha o extrato bancário e não sabe se vai receber ou não. Então, como vai comprar livro?”, comentou Cléber.

Expositores também sentiram falta da presença de compradores. A editora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) estava com ar morno. “Acho que a feira ainda não começou, não é? Se até o próprio Estado não acreditou na Bienal, cortando o bônus, quem vai acreditar?”, comentou a responsável pela editora, Bárbara Miranda. Ela ainda disse que as vendas estão baixas. “Todos os livros da editora UFPE estão com 50% de desconto e ainda assim quase ninguém compra. Acho que falta incentivo. A Fenelivro, por exemplo, estava muito melhor que a Bienal”, cravou Miranda. 

Apesar da maré de reclamações sobre a compra e venda dos livros, existem pessoas muito satisfeitas com a Bienal. A estudante Tainá Melo, de 13 anos, carregava uma sacola de livros. Segundo a jovem, que sempre comparece ao evento, “os preços são muito bons, melhores que nas grandes livrarias, e aqui se consegue encontrar mais coisas que nas lojas”. 

A estudante Adriany Janinni, 19, também estava satisfeita com os títulos comprados. “O preço depende de estande para estande. Mas geralmente são bem menores do que nas lojas e eles ainda fazem desconto. É momento para quem gosta de ler, comprar”, comentou. 

Editoras de nome também estavam cheias. A Saraiva, por exemplo, era uma das que tinham mais movimentos na feira. Os locais de livros a preços mais populares também estavam concentrando grande parte do público. A professora de educação infantil Ana Clécia, sempre frequenta esse tipo de estande porque lá são encontrados os melhores custos-benefícios em relação aos livros. “Em algumas editoras, os livros de histórias clássicas, como Cinderela, têm o mesmo preço, mas são mais resumidos, Aqui eu encontro de melhor qualidade e barato”, explicou. 

Depois de reduzir a semana de trabalho para quatro dias na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, a Mercedes-Benz deu férias coletivas de 20 dias para os funcionários da unidade de Juiz de Fora (MG). Com isso, a montadora paralisou toda sua produção de caminhões naquela unidade.

Outras fabricantes, como Scania e Ford também adotaram recentemente medidas para reduzir a produção de caminhões. As vendas desses veículos caíram 32,4% neste mês na comparação com o mesmo período de março de 2013. Até quinta-feira foram vendidas 8.049 unidades. Em relação a fevereiro a queda é de 1%.

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No acumulado do ano, os negócios apresentam retração de 13,9% ante o mesmo intervalo de 2013, para 29.250 unidades, segundo dados preliminares de registros de licenciamentos. A Mercedes informou que, desde segunda-feira, todos os 450 funcionários da linha de produção dos caminhões Actros e Acello estão em férias coletivas na unidade mineira. O retorno está previsto para 14 de abril.

No ABC, 2 mil trabalhadores da linha de montagem de caminhões trabalham quatro dias por semana desde o fim de fevereiro. Para as linhas de ônibus e motores não há cortes. A fabricante alega que, além da queda das vendas no mercado interno, a redução das exportações para a Argentina afetaram a produção, que teve de ser readequada.

As empresas também afirmam que Programa de Sustentação dos Investimentos (PSI), do Finame, com financiamento subsidiado venceu em dezembro e demorou a ser renovado, o que paralisou encomendas. A Scania deu cinco dias de folga aos funcionários de São Bernardo em fevereiro e março e dará mais dois dias em abril, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

No mês passado, a Ford dispensou o pessoal da fábrica de caminhões por cinco dias, mas já opera normalmente. A Iveco informou que não adotou ações de corte de produção na fábrica de Sete Lagoas (MG), assim como a Volvo em Curitiba (PR).

Automóveis

Montadoras de automóveis e comercias leves também adotaram medidas para reduzir a produção. Em fevereiro, a PSA Peugeot Citroën suspendeu temporariamente os contratos de trabalho de 650 funcionários da fábrica de Porto Real (RJ) por período de até cinco meses.

A Volkswagen fez o mesmo com 300 funcionários de São José dos Pinhas (PR), divididos em dois grupos de 150 trabalhadores. Eles ficarão afastados por três meses. Em São Bernardo, a empresa deu licença de dez dias na sequência do feriado do carnaval a 5,2 mil trabalhadores, mas todos já retornaram.

Neste mês, até quinta-feira, o segmento de automóveis e comerciais leves registra queda de 23,9% nas vendas ante março de 2013, mas alta de 7,2% em relação a fevereiro. No trimestre, os negócios estão 4,6% menores em comparação a 2013.

Somando todos os segmentos, incluindo ônibus, a retração em relação ao primeiro trimestre de 2013 é de 5% até agora, para 781,9 mil unidades.

Este mês deve ser o pior março em vendas desde 2008, segundo executivos do setor. Até quinta-feira foram licenciados 209,9 mil veículos, 24,2% a menos que em março de 2013, mas 6,9% melhor que fevereiro.

A média diária de vendas, de 13.121 veículos, é 10% menor quer a de um ano atrás (14.580), mas 6,9% acima da média de fevereiro (12.278 unidades). As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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