Tópicos | reunião na Alepe

As falhas na representatividade política dos parlamentares brasileiros, diante da visão popular, estiveram entre os assuntos mais consensuais abordados, nesta segunda-feira (6), durante a audiência pública promovida pela Comissão Especial da Reforma Política na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), no Recife. 

Citando dados de pesquisas nacionais, o relator da Comissão, Marcelo Castro (PMDB-PI) pontuou que 71% dos eleitores brasileiros não têm nenhuma afinidade com nenhum partido político. O percentual, segundo ele, “é uma demonstração inequívoca da falência do nosso sistema político”. “Os movimentos nas ruas são contra Dilma, mas é contra todos nós também”, analisou o parlamentar.

##RECOMENDA##

“Político virou uma classe estranha à sociedade e amaldiçoada. Há um verdadeiro divórcio entre a sociedade brasileira e os políticos”, acrescentou o peemedebista.

Corroborando Castro, o ex-governador Gustavo Krause (DEM), afirmou que “crise de representatividade é óbvia” e não é resultado apenas da falta de uma reforma política, mas de um conjunto irregularidades cometidas pelos que “deveriam representar o povo”.  

“Há uma faixa que diz assim: Isto não é uma crise, é que nós não amamos mais vocês. Vocês somos nós, os políticos. Vamos continuar sempre neste posicionamento de comodidade? A pergunta que cabe é porque a reforma não foi feita antes?”, indagou analisando que no Brasil existem 32 partidos, 28 com representatividade no Congresso Nacional e outros em processo de análise no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para criação.

Krause ainda observou que normalmente se colocam a responsabilidade dos escândalos de corrupção na falta de uma reforma política, quando na realidade não é este o motivo. “Não é a política que faz o candidato ladrão, mas o voto que faz ladrão o candidato e político”, disparou.

Ampliando o debate sobre representação, o deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) disparou contra a presidente Dilma Rousseff (PT). “Não sei até quando o Brasil vai aguentar um a presidente que ainda não completou 100 dias e está na crise de representatividade como esta”, observou. “Não sei se a presidente renúncia, se ela vai ser submetida ao impeachment, se ela vai tentar uma conciliação nacional ou se ela vai se unir e ouvir o seu protetor, o Lula”, acrescentou o deputado.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando