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Confira as imagens do primeiro dia da First Lego League, campeonato de robótica que acontece no Recife e que recebeu o astronauta brasileiro Marcos Pontes.

O astronauta brasileiro Marcos Pontes participou, neste sábado (10), do 1° dia de competição da etapa regional do First Lego League. Marcos Pontes foi o convidado para dar uma palestra sobre a importância da educação, para gestores educacionais de Pernambuco.

Em entrevista exclusiva ao Portal LeiaJá, o 1° astronauta brasileiro a ir ao espaço diz que uma competição como esta incentiva os jovens a conhecerem ainda mais a ciência e a tecnologia, e também incentiva o trabalho em grupo. Sobre a educação no Brasil, ele afirmou que esta é  essencial, mas que a situação no pais é complicada. Disse ainda que o Brasil precisa de um sistema mais homogêneo de educação, que alcance todos os cantos país, sem diferenças.

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Confira a entrevista:

LeiaJá - Qual a importância de uma competição como esta para os jovens?
Marcos Pontes- uma competição como esta incentiva os jovens a conhecerem ainda mais a ciência e a tecnologia, e também incentiva o trabalho em grupo. Eles também aprendem a lidar com as emoções fortes, alegria e tristeza, pois competindo eles aprendem a saber perder e a saber ganhar.

 

LeiaJá -   Além de astronauta, você também é professor. Como prefere ser chamado: Professor Marcos Pontes ou astronauta Marcos Pontes?
Marcos Pontes Pra mim, a carreira de professor é a mais importante que existe. Não existe nehuma outra profissão senão existir um professor para ensiná-la. Prefiro, então, ser chamado de professor Marcos Pontes.

LeiaJá -Hoje você também ministra palestras. Como a sua experiência de ter ido ao espaço pode ajudar ou motivar alguém.
Marcos Pontes- Apesar das muitas atividades ainda arrumo um tempinho para dar palestras, que vão desde as motivacionais até as mais técnicas, a maior parte de engenharia. A minha ida ao espaço serve para mostar que nós podemos conseguir o que queremos. Eu nasci em Bauru, numa vila muito pobre e algumas pessoas diziam que eu não iria sair dali, mas eu resolvir estudar e correr atrás. Hoje, através das minhas paletras, conto um pouco da minha trajetória de vida. Além de ajudar, quero inspirar muito a quem tem o mesmo sonho que eu.

LeiaJá - Você pode nos citar algumas dessas palestras?
Marcos Pontes-
Claro que sim. As palestras que mais ministro são: curso de desenvolvimento pessoal, liderança para alta performance e empreendedorismo para jovens líderes. E algumas de engenharias também: sistemas Aeronáuticos, sistemas Espaciais, aerodinâmica e gerenciamento de Projetos.

LeiaJá- Muitas crianças sonham em ser astronauta. Este também era o seu sonho quando criança?
Marcos pontes- Ser astronauta não era o meu sonho, eu queria ser piloto, queria estar no ar, mas não no espaço. Meu tio era da força aérea e me ajudou a descobrir como poderia  ser um astronauta e assim começou a surgir, aos poucos, o desejo de me tornar um.

LeiaJá - Qual a sua missão de vida hoje?
Marcos Pontes- A minha missão de vida é servir e continuará sendo sempre esta. Enquanto puder ajudar alguém, vou sentir que o meu papel, e a minha missão continua sendo cumprida.

LeiaJá -  Que mensagem você deixa aos jovens que sonham em serem astronautas num país como o nosso, que não tem tradição em pesquisas espaciais?
Marcos Pontes-
Que devem persisitir. Lembro de uma frase da minha mãe citava sempre que alguém dizia que eu não iria chegar a lugar algum pois era de uma família pobre, a frase é a seguinte: Você consegue chegar onde quiser se estudar, trabalhar, persistir e sempre fizer mais do que esperam de você.

 

A etapa regional do First Lego League reúne equipes escolas públicas e privadas do Nordeste e está sendo realizada até este domingo (11), na quadra do ginásio poliesportivo da Secretaria de educação de Pernambuco, na rua Afonso Olindense, 1513, no Recife. As atividades acontecem das das 8 às 18h. 

Neste final de semana, Recife recebe a First Lego League, um dos mais importantes torneios de robótica do mundo, que reunirá equipes do Nordeste. As escolas que irão participar da competição estão, há semanas, preparando as equipes.

O Colégio Apoio, localizado no Recife, competirá com a própria equipe de robótica, a Apoiobot, que é composta por dez integrantes. O grupo está desenvolvendo um robô de lego nunca visto antes, de acordo com informações da instituição. A Apoiobot também aperfeiçoou uma pesquisa voltada para crianças com dificuldades de comunicação. A professora e uma das coordenadoras do grupo, Vancleide Jordão, explicou a intenção do trabalho deste ano: “O tema desse ano é relativo à biotecnologia. Com o nome de Body Forward, o desafio incentiva os jovens a explorar o mundo da engenharia biomédica, descobrindo modos de reparar, curar ou aprimorar o corpo humano”.

Segundo informações da assessoria de comunicação do Apoio, o projeto “Corpo e Tecnologia: novos cenários para inclusão” está sendo modificado e aprimorado para integrar a mostra. Recentemente, o trabalho foi reconhecido em eventos do segmento. “Ciência não é só fazer um trabalho, ser premiado e parar. A ideia é que aquilo sirva para a sociedade, que todo mundo usufrua, esse é o efeito científico”, relatou a diretora do Apoio, Terezinha Cysneiros.

Outra escola que está se preparando bastante para a competição é o Colégio Fazer Crescer, também de Recife. A equipe é a Technobots, com dez integrantes, entre 12 e 14 anos de idade. De acordo com Carmem Guerra, assistente de comunicação da instituição, “a equipe fez uma pesquisa ligada ao sistema cardiovascular, com a ideia de usá-la com um instrumento de tratamento”, adiantou Carmem, avisando que mais detalhes serão mostrados no torneio.

Uma das profissionais responsáveis pela Technobots é a professora de biologia, Clícia Kely Melo. Ela explicou como foi o processo de preparação dos alunos: “Há dois meses estamos nos preparando, o que é pouco tempo. Por isso, tivemos que trabalhar sábados e à noite, pois, os estudantes são de turnos diferentes e os horários se chocavam. Mas, o que ajudou, foi que eles já possuíam experiências em torneios passados e têm aulas extracurriculares de robótica".

Fabiana Mendes, professora de química, falou sobre o processo de avaliação do FLL. “Na apresentação da pesquisa, é verificado se ela tem relevância e também como foi o seu processo inicial, ou seja, como ela se deu. Há também as missões, que são tarefas para serem feitas, onde os alunos programam as engrenagens, o tempo de funcionamento, entre outras coisas”, relatou a professora. Ela também comentou sobre o envolvimento dos alunos com profissionais de saúde: ”Eles entraram em contato com médicos e entenderam um pouco do processo. Isso foi uma ponte de trocas de conhecimento”.

Dentre os integrantes da Technobots, está o garoto Kaio Luna, 13. O aluno afirmou que a equipe se preparou muito bem, apesar do tempo reduzido. “Tivemos pouco tempo, mas, nos preparamos bem. Tudo está sendo positivo”. Ele também falou sobre a expectativa para o torneio: “Tem alguns colégios que são fortes, mas, a nossa equipe terá um bom desempenho”, apostou. Kaio salientou, ainda, a importância do FLL para ele como futuro profissional. “A robótica é importante, pois, eu quero me formar em engenharia mecatrônica”, disse o participante.

Guilherme Milet, 14, que também é participante da equipe, destacou os benefícios trazidos pela tecnologia em prol da humanidade. “Com a tecnologia nós podemos mudar o mundo, ajudando pessoas, pois, já existem robôs que contribuem para a recuperação de deficientes físicos”.



A Escola Manoel de Queiróz, da rede pública de ensino, localizada na cidade de Paulista, também vem forte para a competição, mesmo tendo algumas dificuldades para desenvolver a preparação. “A gente só teve um mês de preparação e passamos por muitas dificuldades. A condição física também não é boa, porque, falta espaço e estamos trabalhando no chão. No entanto, nossa equipe, a Ejomaq, vem forte, pela força de vontade dos alunos”, disse a professora de física e responsável pelo grupo, Ivone Alves. A professora também comentou sobre a questão humana da competição: “O FLL envolve questões de vida e tecnologia, os frutos serão ações práticas que beneficiarão as pessoas”.

Um dos integrantes da Ejomaq, Mateus Guedes, de 13 anos, falou da diversão proporcionada pelos encontros da equipe. “De certa forma foi divertido, e nos trouxe coisas boas. Tecnologia está em tudo”, falou Guedes.

No geral, estão participando da etapa regional do FLL, só de Pernambuco, 22 escolas, entre públicas e privadas. Quem vencer irá para a competição nacional, que selecionará o representante do Brasil para o mundial, que acontece nos Estadis Unidos.

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A robótica agora vai fazer parte do ensino das escolas públicas do Estado.  Esse foi o assunto discutido nessa quinta-feira (1º) em encontro na Secretaria de Educação do Estado. O secretário de Educação, Anderson Gomes, firmou parceria com a Lego Brasil, para capacitar professores. O intuito é preparar os alunos para a competição da Lego e fazer da robótica fonte de aprendizado para os esdtudantes.

A proposta do projeto é capacitar os alunos em robótica, utilizando o lego como instrumento em escolas de referência, integrais e semi-integrais da rede estadual. No primeiro momento, a capacitação será para professores de física e matemática. “O Lego faz parte do imaginário dos jovens e ajudará a estimular o aprendizado, com a identificação dos problemas e descoberta de soluções. É um incentivo para que os estudantes possam criar coisas para o mundo real a partir desse universo, desenvolvendo a proatividade”, comentou o presidente da Lego Zoom, Marcos Wesley.

Segundo o Secretario de Educação Anderson Gomes, o material didático e tecnológico já está sendo adquirido. A metodologia que deve ser usada para a formação dos professores no próximo ano também está sendo avaliada.

Na reunião, estavam presentes os representantes da Lego Zoom, o diretor de marketing e negócios Emerson Mendes, a diretora pedagógica Janaína Carvalho, e o diretor técnico Ebrahim Rocha.  Além do secretário Anderson Gomes, a secretaria de educação também estava representada pela secretária executiva de Desenvolvimento da Educação, Ana Selva, e a assessora de Projetos Especiais do Gabinete, Vitória Queiroga.

TORNEIO - Nos dias 10 e 11 de dezembro de 2011, Pernambuco será palco do First Lego League, um dos maiores campeonatos de robóticas do mundo. Recife sediará a etapa regional do torneio, que reunirá também equipes de estados próximos do Nordeste. Desse, sairão os classificados para a etapa nacional que acontecerá em São Paulo, no início de 2012. O venecedor representará o Brasil no Mundial. A etapa regional será realizada no ginásio poliesportivo da Secretaria de Educação de Pernambuco.

Pernambuco será sede de um dos mais importantes torneios de robótica, o First Lego League.  A ciência e a tecnologia são os pontos mais importantes do evento, que deve acontecer em Recife nos dias 10 e 11 de dezembro no Ginásio Poliesportivo da Secretaria de Educação de Pernambuco.

A etapa regional do torneio irá reunir equipes não só de Pernambuco, mas de cidades de todo Nordeste. Desta etapa, devem sair os classificados para a etapa nacional, que vai acontecer em São Paulo, no início de 2012. Quem passar pela etapa na capital paulista vai representar o Brasil no Mundial.

Podem participar da competição: escolas, instituições públicas e privadas ONGs e grupos independentes, com equipes de 4 a 10 componentes, com idade entre 9 e 15 anos. Cada equipe será acompanhada de um adulto que pode ser professor, profissional, pai ou estudante universitário.

Os participantes vão ter que passar por algumas etapas: “Projeto de Pesquisa”, “Projeto do Robô” e o “Desafio de Missões”. O tema deste ano é o Body Forward, sobre biotecnologia. Dentro do assunto, os times vão ter que explorar a Engenharia Biomédica, criando maneiras diferentes de reparar lesões e maximinizar o potencial do corpo humano.

Pernambuco já fez história no campeonato. No inicio deste ano, a equipe pernambucana foi a única representante brasileira no campeonato mundial, e conseguiu a terceira melhor colocação. A última edição do evento em Pernambuco foi em 2009 no Espaço Ciência.

Sobre a FLL – A FIRST, significa Inspiração e Reconhecimento da Ciência e da Tecnologia. É uma ONG com sede nos EUA, que desenvolve programas inovadores com o foco em matemática, ciência e tecnologia para jovens. Todo ano, é lançado um tema para que estudantes possam resolver problemas relacionados a ele. No Brasil, a competição acontece desde 2004, em parceria com a ZOOM, representante da LEGO® Education no Brasil.

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