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JOÃO PESSOA (PB) - Alemanha, Japão, México, Estados Unidos, China e Irã. Estes são apenas seis, dos 50 países que comparecem à 17ª edição da RoboCup, competição internacional de robótica. Neste ano, o evento acontece de forma inédita no Brasil, sendo que a cidade sede é João Pessoa, na Paraíba. Desde o último sábado (19), milhares de visitantes e participantes ocupam o Centro de Convenções Poeta Ronaldo Cunha Lima. No local, jovens, adultos e idosos dividem espaço com milhares de robôs, que são as verdadeiras estrelas da festa.
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Nesta terça-feira (22), continuam as competições das categorias futebol, resgate, tarefas domésticas, trabalho e RoboCupJunior. Até a quarta-feira (23) as competições principais terminam às 20h e a júnior, às 19h.
Dançarinos, jogadores de futebol e auxiliadores de trabalhos domésticos são algumas das profissões que os robôs desempenham durante RoboCup. Assim como os participantes, eles vêm de diversos lugares do mundo. Em uma arena, é possível acompanhar uma partida de futebol entre androides da Alemanha e dos Estados Unidos. Já em outro espaço do evento, participantes do Irã ajustam os últimos detalhes para expor seus humanóides.
Este misto de culturas unidas pela tecnologia é notado facilmente por quem comparece ao evento. A diretora da escola Nossa Senhora de Fátima, Cristina Freitas, explica que veio de Vitória da Conquista, na Bahia, acompanhando seus 16 alunos. “Meus alunos participam deste campeonato desde 2008. Nossa escola já esteve presente na RoboCup do México e da Holanda. É muito bom ver jovens interessados em resolver problemas com a ajuda da robótica. Este é o grande benefício do evento, trazer benefícios para a humanidade”, complementa.
O mesmo sentimento é compartilhado pelo estudante Carlos Andrade, de 12 anos. Ele, que viajou aproximadamente 800 quilômetros de Petrolina para João Pessoa para comparecer ao evento, diz que a viajem valeu a pena. “Eu amo robótica. Estar aqui com pessoas do mundo todo vivendo robótica por diversas horas é uma sensação fenomenal. É legal ver como os participantes de outros países se comportam, já fiz amizade até com alemães”, diz o jovem.
A iraniana Shaghayegh Gharghabi, por sua vez, destaca a experiência positiva de comparecer ao Brasil. “É um aprendizado enorme. Viemos em uma equipe de seis sem saber falar nenhuma palavra em português. Mesmo assim, estamos trocando experiências com os participantes. O povo brasileiro é muito acolhedor”, explica.
Os americanos também marcam forte presença no evento. É o caso do grupo que tem como integrante o estudante Alexander Bento, de 28 anos. Ele elogia a organização do evento e os robôs brasileiros. “Os brasileiros estão muito bem preparados e sabem usar seus robôs de maneiras muito criativas. Temos muito o que aprender com eles até o final da competição”, ressalta o norte-americano.