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Jair Renan Bolsonaro, filho mais novo do presidente Jair Bolsonaro (PL), recebeu R$ 9,5 mil para reformar o seu escritório localizado no estádio Mané Garrincha, Brasília. Foi o que afirmou o empresário Luís Felipe Belmonte à Polícia Federal.

Segundo o jornal O Globo, Belmonte disse, em depoimento, que o pedido de contribuição financeira para obras de melhorias na sala comercial do filho "04" do presidente foi feito pelo próprio Jair Renan e seu personal trainer, Allan Lucena.

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O empresário garantiu que o fato de se tratar do filho do presidente da República não foi relevante para que ele desse o dinheiro. A PF obteve comprovante de transferência que atesta o pagamento feito à arquiteta identificada Tânia Fernandes.

Ela confirmou ao O Globo a reforma e o recebimento dos valores de Belmonte.

"Eu fiz o contrato de reforma do camarote, com o que seria feito, e ele fez a transferência, depois gerei o recibo de pagamento e executei a obra conforme estava planejado. Foi uma reforma simples e rápida", esclareceu.

Uma pintura em geral, construção de um pedaço de parede de gesso, ajustes de elétrica, polimento de pedra que já tinha no espaço, instalação de iluminação simples e de um piso flutuante de compensado foram os ajustes feitos no local.

"O resto de materiais, como mobílias, móveis, painéis, plantas e placa da logo deles, foi de patrocinadores de outras empresas, que foram passadas para mim e eu só defini o tipo, cor e tamanho, mas a tratativa ou acordos ou sei lá não foi comigo. Só defini mesmo mediante catálogos o que ficava bom lá dentro", assegurou a arquiteta ao site.

Tráfico de influência 

Jair Renan Bolsonaro é investigado por tráfico de influência. Durante o depoimento de Luís Felipe Belmonte, a PF quis saber se ele havia solicitado que o "04" intermediasse um encontro com o presidente Bolsonaro - mas o empresário negou. 

A polícia investiga se Renan, que também está sendo acusado de lavagem de dinheiro, atua junto ao Governo Federal em benefício de sua própria empresa, a “Bolsonaro Jr Eventos e Mídia”.

Uma das suspeitas é a utilização da empresa para possibilitar articulações entre grupo empresarial e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.  

O mercado de locação e de compra e venda de imóveis comerciais continua no vermelho, apesar de a economia brasileira ter tecnicamente saído da recessão. Em 12 meses até setembro, o valor dos aluguéis e os preços de venda de salas comerciais de até 200 metros quadrados caíram cerca de 7%, já descontada a inflação do período, aponta o índice FipeZap. Nos últimos anos, desde setembro de 2013, o tombo foi ainda maior. Os aluguéis comerciais caíram 42,5% em termos reais e os preços de compra e venda recuaram 31,6%, também descontada a inflação.

"A recuperação da economia é lenta e frágil e pesam negativamente sobre o mercado imobiliário alguns fatores, como a falta de confiança, por exemplo", diz o economista da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Bruno Oliva. O indicador FipeZap é calculado com base em 50 mil anúncios coletados na internet para quatro cidades: São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG) e Porto Alegre (RS).

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No mês passado, os preços de venda das saletas comerciais caíram, em média, 0,54%, superando a inflação oficial do País para o período, que foi de 0,48%, de acordo com o IPCA do IBGE. Das quatro cidades pesquisadas, apenas em Porto Alegre houve um ligeiro aumento, de 0,13%, no preço de venda, e ainda sem descontar a inflação.

Nos aluguéis, o quadro de retração do mercado de compra e venda se repetiu. Em setembro, o valor nominal da locação, isto é sem descontar a inflação, caiu, em média, 0,57%. E o recuo ocorreu em todas as praças pesquisadas.

Não é de hoje que o mercado imobiliário comercial patina. Desde 2013, o valor dos aluguéis em 12 meses corre abaixo da inflação. No caso de compra e venda, essa situação ocorre desde 2014. Para um período mais longo, o economista da Fipe explica que, num primeiro momento, uma grande oferta de saletas comerciais depreciou os preços dos imóveis comerciais, tanto para locação como para compra e venda. Com a recessão, a crise no setor se acentuou.

O momento atual, que é de retomada, geralmente é mais demorado para o setor imobiliário comparado a outros setores, diz o economista. "O setor imobiliário normalmente é o último da fila: primeiro os empresários precisam ver uma reação na demanda, para depois disso começar a contratar funcionários e finalmente ampliar as instalações", diz Oliva.

Ele acredita que a incerteza do quadro político atual certamente tem retardado a retomada do mercado imobiliário. E a perspectiva, segundo o economista, é que esse cenário continue no ano que vem. "Talvez os preços parem de cair, mas não estou tão otimista. Haverá muita incerteza em 2019."

Preços

No mês passado, o valor médio do metro quadrado para compra e venda nos quatro municípios monitorados pelo Índice FipeZap foi de R$ 9.486. Para locação, o valor médio do aluguel ficou em R$ 39,31 por metro quadrado. O Rio de Janeiro se manteve como a cidade com o maior preço médio de venda (R$ 10.272 por metro quadrado). Já São Paulo se destacou como o maior preço médio de locação, com R$ 42,45 por metro quadrado.

Com o recuo nos preços de venda e de locação, a pesquisa mostra também que o investimento em imóveis comerciais deixou de ser um bom negócio nos últimos anos. Desde 2014, o retorno oferecido pelo imóveis foi inferior à rentabilidade do Certificado de Depósito Interbancário (CDI), diferencial que se acentuou desde 2015. Nos últimos 12 meses, a rentabilidade média do CDI foi 6,7%, enquanto a renda dos imóveis comerciais (aluguel e valorização do ativo) foi de 1,8%, em média, no mesmo período, aponta a Fipe. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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