Um dos maiores sarcófagos faraônicos de madeira já descobertos, contrabandeado para fora do Egito e que, até recentemente, estava em exibição em um museu dos Estados Unidos, foi devolvido nesta segunda-feira (2), anunciou o ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Shoukry.
"Existem dois tipos de sarcófagos: os de restos da realeza e os de nobres. Este pertenceu a um nobre", disse Mostafa Waziri, chefe do Conselho Supremo de Antiguidades.
Shoukry e Waziri falaram em entrevista coletiva no Ministério das Relações Exteriores, transmitida pela televisão.
O sarcófago, de 2,94 metros de comprimento e 90 centímetros de largura, com a face pintada de verde, data do final do período faraônico, há cerca de 2.700 anos, e foi descoberto no centro do Egito.
Na última década, o país conseguiu recuperar mais de 29.000 peças de antiguidades roubadas e vendidas fora do Egito.
Além disso, também anunciou várias descobertas importantes nos últimos meses, principalmente na necrópole de Saqqara, ao sul do Cairo.
Em 2021 e 2022, mais de 300 sarcófagos e 150 estátuas de bronze foram reveladas, muitos com mais de 3.000 anos.
O Egito espera que estas novas descobertas reativem o turismo, muito afetado pela pandemia de covid-19, setor que emprega 2 milhões de pessoas e gera mais de 10% do PIB do país.