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Os pernambucanos que acionarem indevidamente serviços de emergência, atendimentos policiais ou de combate a incêndios serão punidas com uma multa de R$ 1 mil por cada chamado. A medida passará a valer caso o Projeto de Lei n° 2050/2018 seja aprovado pela Assembleia Legislativa. A matéria foi aprovada nessa quarta-feira (7) pela Comissão de Administração Pública.

A proposta acrescenta a penalidade à Lei Estadual n° 14.670/2012, que já prevê o ressarcimento dos valores gastos desnecessariamente pelo Poder Público para atender os chamados “trotes”.

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Segundo a proposição, o valor será duplicado em caso de reincidência. “Apesar da Lei nº 14.670 prever o ressarcimento em caso de acionamento indevido, o número de trotes ainda é muito grande. O Corpo de Bombeiros de Pernambuco, apenas em junho de 2018, recebeu 16.486 trotes, denotando a necessidade da adoção de medidas mais enérgicas”, explicou, na mensagem anexa à matéria, o deputado Zé Maurício (PP), que propôs a medida.

A norma atualmente em vigor define o acionamento indevido como “aquele originado de má-fé ou que não tenha como objeto o atendimento a emergência ou situação real que venha a justificar o acionamento, salvo nos casos de erro justificável”. No processo que pode gerar a aplicação de penalidades, é garantida ampla defesa ao responsável, acrescenta o texto.

O pacote de medidas de saúde lançado pelo governo federal inclui uma estratégia para melhorar a qualidade do atendimento dos serviços de emergência no País. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, define essa área de atendimento como uma das mais críticas de todo Sistema Único de Saúde (SUS). "Quisemos ir para arena e domar o touro à unha", repetia Padilha hoje.

A estratégia começa com 11 hospitais de grande porte, considerados referências regionais. Entre eles estão o Santa Marcelina e a Santa Casa, ambos de São Paulo e o Miguel Couto, do Rio. Uma das primeiras medidas será instalar uma forma de atendimento que, embora seja básico, até agora não é colocado em prática em vários serviços: a triagem de pacientes pelo risco de saúde que estão enfrentando. "Muitos hospitais não têm essa avaliação prévia", assegura o secretário de Atenção à Saúde, Helvécio Miranda.

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As outras medidas previstas no programa, batizado de SOS Emergências, são igualmente simples e há tempos consideradas essenciais: controle do fluxo da internação, organização de leitos e manuais de atendimento de paciente. Mas além da melhora da organização e gestão, o SOS prevê a articulação com outros serviços de emergência, como o Samu, as Unidades de Pronto Atendimento, serviços de Atenção Básica e o Melhor em Casa.

Nesta primeira etapa, 11 hospitais deverão receber R$ 3,6 milhões para financiar a qualificação e, se necessário, ampliar a emergência. Está prevista ainda a concessão de R$ 3 milhões para reformas no pronto-socorro. A expectativa é de que o programa, até 2014 seja estendido para 40 maiores hospitais do País.

O uso dos recursos e a aplicação das diretrizes será acompanhada por um representante do Ministério da Saúde destacado para cada hospital. Miranda afirma que a estratégia não se trata de uma espécie de "intervenção" nos serviços. "Secretários de saúde dos Estados e dos municípios estão de acordo com essa política", disse.

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