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A Secretaria Estadual de Saúde informou nesta terça-feira (19), que foi notificada de mais um caso da Síndrome Inflamatória Multissistêmica (SIM-P). Trata-se de uma criança de três anos do sexo masculino. O paciente apresentou os sintomas na primeira quinzena de setembro deste ano, foi internado em serviço de saúde e recebeu alta hospitalar no fim do mesmo mês. 

A criança é do município de Petrolina, no Sertão de Pernambuco. Com este caso, o Estado soma 35 ocorrências da SIM-P. 

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Dessas, 33 evoluíram para cura e alta hospitalar e duas vieram a óbito. Do total, 34 tiveram resultado positivo para Covid-19 e uma teve contato comprovado com pessoas confirmadas para o novo coronavírus. Dos casos registrados até o momento, 21 são do sexo masculino e 14 do feminino, com idades entre um e 14 anos. 

Dos 35 casos, 32 são de Pernambuco - Recife (8, entre eles os 2 óbitos), Caruaru (3), Ipojuca (1), Jaboatão dos Guararapes (4), Goiana (1), Sirinhaém (1), Joaquim Nabuco (1), Limoeiro (1), Timbaúba (1), Flores (1), Nazaré da Mata (1), Santa Cruz do Capibaribe (1), Vitória de Santo Antão (1), Serra Talhada (1), Sertânia (1) e Paulista (2), Petrolina (2) e Carpina (1) - e 3 de outros estados (Alagoas, Piauí e Paraíba), mas que procuraram atendimento médico no Estado.

A Secretaria Estadual de Saúde anunciou nesta quarta-feira (4), que foi notificada de mais três casos da Síndrome Inflamatória Multissistêmica (SIM-P). As ocorrências envolvem duas crianças de um ano e uma de oito anos, sendo duas do sexo masculino e uma do feminino. Elas adoeceram entre os meses de março e maio e já evoluíram para cura e alta hospitalar. As crianças são dos municípios do Recife, Jaboatão dos Guararapes e Carpina.

Com estes casos, Pernambuco soma 34 ocorrências da SIM-P. Dessas, 32 evoluíram para cura e alta hospitalar e duas vieram a óbito. Do total, 33 tiveram resultado positivo para Covid-19 e uma teve contato comprovado com pessoas confirmadas para o novo coronavírus (critério clínico epidemiológico). Dos casos registrados até o momento, 20 são do sexo masculino e 14 do feminino, com idades entre um e 14 anos.

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O que é a SIM-P

Os relatos da Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica descrevem manifestações sindrômicas caracterizadas por febre persistente e elevada acompanhada de um conjunto de sintomas que podem incluir hipotensão (pressão baixa ou choque), comprometimento de múltiplos órgãos e elevados marcadores inflamatórios. 

O paciente hospitalizado pode apresentar manifestações cardiovasculares ou gastrointestinais agudas (diarreia, vômito, dor abdominal); conjuntivite ou manifestações cutâneas; quadro inflamatório e confirmação laboratorial (técnica RT-PCR ou sorologia) ou história de contato com caso confirmado do novo coronavírus.

Os sintomas respiratórios não são presentes em todos os casos, de acordo com as evidências atuais. As características são semelhantes à síndrome de Kawasaki e síndrome do choque tóxico.

Pesquisadores descobriram que algumas crianças têm apresentado uma forma atípica da Covid-19, a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P). Pela primeira vez, uma pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) identificou a extensão dos efeitos do novo coronavírus grave nos tecidos das crianças que morreram da doença.

Os estudos comprovam que as crianças mortas pelo vírus tiveram todos os órgãos vitais do corpo lesionados, sendo essas lesões associadas à SIM-P. Além disso, a pesquisa também aponta que todos os pacientes com a síndrome apresentaram obstruções nos vasos sanguíneos dos pulmões, mesmo com pneumonia leve.

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Os resultados dos estudos foram publicados na revista científica EClínical Medicine, do grupo Lancet. Segundo o Jornal da USP, os pesquisadores analisaram cinco pacientes, com o tempo de vida variando entre um ano até adolescentes de 15 anos. 

Dois pacientes tinham doenças prévias. Marisa Dolhnikoff, da FMUSP, que coordenou os estudos, afirma que esses dois desenvolveram a forma mais clássica do vírus, com doença predominantemente pulmonar, associada a complicações das doenças prévias. 

Os outros três pacientes não tinham doenças prévias e desenvolveram a SIM-P, com manifestações distintas: miocardite e insuficiência cardíaca; quadro abdominal agudo, simulando apendicite; e quadro predominantemente neurológico, com múltiplas e constantes convulsões. 

 “Esses três pacientes tinham em comum o sobrepeso ou obesidade, frequentemente associada ao maior risco de covid-19 grave, tanto entre adultos como em crianças", salientou Marisa.

Segundo a professora, os resultados da pesquisa reforçam que, apesar de rara, a covid-19 grave pode acometer crianças e levar à morte. “Dois padrões principais de covid grave podem existir, um deles é o de uma doença com predominância de comprometimento pulmonar  à semelhança do que se observa em adultos”, aponta.

O outro padrão é a SIM-P, que, segundo os estudos, podem causar miocardite e insuficiência cardíaca, inflamações, quadro neurológico agudo com convulsões, por exemplo. A coordenadora da pesquisa reforça que as manifestações clínicas diferentes podem dificultar o diagnóstico da SIM-P. 

"Por isso, é muito importante que, em crianças com quadro de febre persistente que apresentem quaisquer dessas apresentações clínicas, o diagnóstico de infecção pelo sars-cov-2 seja considerado e investigado, para que o tratamento seja iniciado adequadamente", detalha Marisa.

Além disso, os estudos apontam que a SIM-P é caracterizada por uma reação inflamatória sistêmica e exacerbada, podendo ocorrer vários dias, e até semanas, após a criança ser infectada pela Covid-19.  

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