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Em defesa da prisão em 2ª instância, a senadora e presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Simone Tebet, disse que o Projeto de Lei está pronto para ser votado na próxima quarta-feira (27), mas sinalizou que a depender da reunião de líderes, marcada para a segunda-feira (25), o rumo da PL pode mudar.

A parlamentar que está de passagem pelo Recife, em função da sua participação no seminário 'Mulheres mais políticas', realizado nesta sexta-feira (22), respondeu que o andamento do projeto teve a interferência do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). E que caso os líderes decidam por unanimidade que o caminho da aprovação seja o da Câmara, ela "terá que acatar". 

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"Nós tínhamos um acordo anunciado por mim e pelo presidente do Senado de que nós votaríamos em uma lei, de alteração ao processo penal, cuja votação seria votada na quarta-feira (27), na CCJ, depois no plenário e depois iria para a Câmara dos Deputados. Mas ontem, Rodrigo Maia disse que a nossa lei eles não apoiariam e os líderes seriam convocados para uma reunião nesta segunda-feira (22)". 

A sentença em 2ª instância prendeu presos como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2016. A partir do dia 17 de outubro, por 6 votos a 5, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que uma pessoa só poderia ser presa de fato se houver sentença condenatória transitado e julgado. Ou seja, quando não cabe mais recursos na decisão. 

Tabet justificou seu apoio as prisões em 2ª instância, pois, segundo ela, com muitos recursos, podem continuar soltos criminosos que tenham feito parte de crimes organizados, por exemplo. "O crime organizado mata através da venda de armas e da venda de drogas os nossos filhos. Seja na periferia, nos grandes centros, nas esquinas das nossas capitais, e é por isso que defendo a 2ª instância", completou. 

Em sua vinda ao Recife para participar do seminário ‘Mulher mais política’, na manhã desta quinta-feira (22), a presidente da Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), Simone Tebet, disse que ao ter criado um novo partido, o presidente Jair Bolsonaro "está indo na contramão da história". O Aliança pelo Brasil, que foi lançado nesta quarta-feira (21), é denominado por Bolsonaro como um sendo um partido "sem viés ideológico". 

Na opinião da senadora, um dos grandes problemas do país é a quantidade recorde de partidos e que não há democracia no mundo que conviva e que tenha bons resultados com 32 partidos instalados e 29 partidos constituídos na Câmara dos Deputados. "Nesse aspecto o presidente está indo na contramão da história daquilo que a gente quer de um processo que nós começamos lá atrás, quando ele era deputado federal, em relação a diminuir o número de partidos com cláusula de barreira mais rigorosa para que possamos daqui a 12 anos ter no máximo, algo em torno de 12 constituídos dentro da câmara", disse.

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Bolsonaro será o presidente da comissão provisória da legenda, que terá seu filho, o senador Flávio Bolsonaro como vice. De acordo com o chefe do estado, o partido terá o número 38 nas urnas. Nesta semana, o chefe do estado assinou a carta de desfiliação do PSL, partido que o lançou como presidente. Outros 30 parlamentares do PSL deverão migrar para o Aliança pelo Brasil.

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