Tópicos | Sindicato dos Metalúrgicos

A poucos minutos do horário previsto para o discurso do ex-presidente Lula em São Bernardo do Campo, berço do petismo - a previsão era de que Lula falesse por volta das 13h -, as ruas no entorno do Sindicato dos Metalúrgico do ABC estão tomadas por militantes e simpatizantes do Partido dos Trabalhadores (PT) e da Campanha "Lula Livre".

Já marcam presença no ato caravanas do interior e litoral de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná e várias outras partes do País. Mas outras caravanas continuam chegando.

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já chegou à sede do Sindicato. Ele entrou pelo estacionamento do local e foi abraçado por políticos, militantes e tirou fotos com os presentes.

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Na tarde deste sábado (7), manifestantes que estavam em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos, em São Paulo, onde o ex-presidente Lula aguardava para se entregar à Polícia Federal, protagonizaram momentos de tensão. Além de eventos de agressões à jornalistas que trabalhavam no local, parte das pessoas presentes tentaram impedir a saída do ex-presidente, quando este decidiu deixar o sindicato, por volta das 17h.

O veículo de cor cinza que transportava Lula teve dificuldades de deixar o prédio por conta do montante de manifestantes que se posicionou em frente aos portões. Eles se colocaram em frente ao portão de saída, segurando-o para que não fosse aberto, forçando o carro em que o ex-presidente estava a dar marcha ré e tentar sair por outro lado. A confusão tomou tal proporção que Lula abandonou o carro e voltou para o interior do Sindicato. 

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva cancelou a sua participação no evento de posse da nova diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, neste domingo. Principal presença no evento, Lula decidiu não comparecer por conta do mau tempo e para preservar a voz, informou a assessoria de imprensa do Instituto Lula.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, em apoio à Força Sindical, aprovou em uma reunião extraordinária nesta quinta-feira (2), a volta do gatilho salarial, mecanismo de indexação de salários. "Hoje tudo está indexado, o aluguel, a energia. Pelo menos 11 itens estão indexados publicamente, só o trabalhador está perdendo", afirmou o presidente do sindicato, Miguel Torres.

A proposta aprovada defende que a cada 3% de inflação, o salário suba na mesma proporção para "recompor o poder de compra do trabalhador". "O centro da nossa meta inflacionária é 3%. Se o governo não quiser que se recupere 3% é que não deixe a inflação chegar a isso", afirmou. "Nossa data-base foi em novembro e até abril já temos uma inflação de 3,36%."

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Segundo Torres, ao contrário do que tem defendido o governo, a inflação não está sob controle. "O governo tem que entrar em campo para fazer. Não dá pra segurar a inflação só na pressão", avaliou. Para ele, a desoneração da cesta básica, por exemplo, foi feita sem nenhuma contrapartida para o consumidor. "São medidas bilaterais, entre governo e empresário, elas não incluem o trabalhador", afirmou, ressaltando que a redução de imposto na conta de luz ajudou, mas nenhum produto 'baixou o preço por conta do menor custo com a luz'.

De acordo com o sindicalista, o peso da inflação no salário mínimo, que era de 47% no ano passado, já está em 53,91% este ano. "Isso prejudica quem ganha menos. Para os que ganham até R$ 1.500, a inflação anualizada já deve estar em 20%", estimou. Após a proposta aprovada nesta quinta, o sindicato vai iniciar a campanha de defesa da medida, convocando a categoria para uma Assembleia Geral no dia 25 de maio. "Vamos levar a discussão para a fábrica".

Torres, que acumula a função de vice-presidente da Força Sindical, defende a bandeira apresentada pelo líder da entidade, o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, durante as celebrações do Dia do Trabalhador. "O gatilho tem uma imagem marcada", disse Torres, ponderando, no entanto, que a medida é a saída para proteger o trabalhador.

Na quarta-feira, Paulinho afirmou que a responsabilidade sobre a inflação é do governo "e não dos trabalhadores". A sugestão de volta do gatilho, no entanto, não é unânime e as demais centrais já se manifestaram contra a proposta. "Sei que tem críticas (à proposta). Chegou a hora de ver quem tem coragem", disse o deputado durante a celebração de quarta.

A Foxconn de Jundiaí, empresa responsável pela fabricação de produtos Apple em São Paulo, pode correr o risco de parar no dia 3 de maio, visto que seus funcionários ameaçaram entrar em greve dez dias após as reclamações feitas na última segunda-feira (23).

Em paralelo aos elogios recebidos pela empresa, inclusive pelo Sindicato dos Metalúrgicos, seus trabalhadores apresentaram reclamações como a falta de água, refeições de péssima qualidade e problemas no transporte.

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Segundo os funcionários, na semana passada, chegou a faltar água até para preparar as refeições, por esse fato, as comidas chegaram à empresa via Sedex. Um outro problema crucial é o meio de transporte: pela alta contratação de funcionários para darem conta da demanda, os ônibus terceirizados para transportá-los não têm dado conta e seguem em viagens lotadas, e muitos dos passageiros seguem em pé.

A empresa, que não se pronunciou sobre o assunto, precisa regularizar tais situações até o dia 3 de maio para que a produção não pare, caso contrário, a situação seguirá para as autoridades.

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