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A Avianca-Taca anuncia na próxima semana sua entrada na maior aliança de companhias aéreas do mundo, a Star Alliance. A adesão da empresa colombiana inviabiliza a permanência na aliança da Latam, a holding formada pela fusão da TAM com a chilena LAN. Uma das condições para a aprovação do negócio pela autoridade chilena é que a Latam participe de apenas uma aliança, e que não seja a mesma em que está a Avianca-Taca. A TAM é membro da Star Alliance, mas a LAN pertence a outra aliança, a Oneworld.

"Em nenhum caso (a Latam) poderá pertencer à aliança na qual o grupo Avianca-Taca seja membro associado", diz a decisão do Tribunal de Defesa da Livre Concorrência do Chile (TDLC), de setembro de 2011.

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A Latam ainda não informou oficialmente sua escolha. O TDLC impôs um prazo de dois anos para que o grupo definisse a aliança, mas a família Cueto, controladora da LAN, queria antecipar essa decisão.

Em viagem ao Rio em novembro de 2011 para participar de um encontro de executivos do setor, o presidente da LAN, Ignacio Cueto, disse que a intenção era escolher uma aliança até o fim de junho deste ano.

A Star Alliance tem 25 membros - entre eles, Lufthansa, TAP e United Airlines -, ante 12 da Oneworld, grupo que inclui Iberia, British Airways e American Airlines. Apesar de a Star Alliance ter mais associados, a expectativa no setor aéreo era mesmo de que a aliança da LAN, que detém participação majoritária na holding, prevaleceria.

Segundo especialistas, era esperado que a estratégia da Latam para voos internacionais seguisse os ditames dos chilenos da LAN. A companhia concentra seus negócios no segmento e tem subsidiárias na Argentina, Colômbia, Equador e Peru. "A estratégia da Latam em nível internacional é a estratégia da LAN, que já está em curso. Não muda nada se a LAN não puder ir para a Star Alliance", disse o professor da UFRJ Elton Fernandes, especialista no setor aéreo. Procurada, a TAM não comentou a questão por estar em período de silêncio.

A entrada da Avianca na Star Alliance é aguardada desde novembro de 2010, quando o anúncio da adesão da companhia à aliança foi feito. No mercado, comenta-se que o processo se arrastou porque a Star Alliance aguardava a decisão da Latam.

A Avianca-Taca é controlada pelo grupo brasileiro Sinergy, dos irmãos German e José Efromovich. Eles também são donos da Avianca Brasil, a antiga OceanAir, mas a empresa funciona separadamente da Avianca-Taca. A adesão à Star Alliance, ao menos por enquanto, não contempla as operações do Brasil. A companhia aérea fará uma coletiva de imprensa no próximo dia 21, em Bogotá, para anunciar a entrada na aliança. No mesmo dia, a panamenha Copa também oficializará sua adesão à Star Alliance.

A entrada na aliança abrirá novas oportunidades para a Avianca-Taca, segundo o consultor em aviação Nelson Riet. "As companhias aéreas favorecem a venda de passagens de empresas parceiras em trechos que elas não oferecem", disse.

A saída da TAM da Star Alliance pode gerar descontentamento nos passageiros acostumados a trocar milhas por passagens em companhias estrangeiras associadas à aliança, alertam especialistas. Para minimizar essa possibilidade, a empresa precisará negociar um período de transição que não cause muitos transtornos para os clientes com milhas acumuladas. "Um cliente TAM que tem esse tipo de milha e gosta de usar essas companhias vai ter de se acostumar a outra realidade", diz o advogado Guilherme Amaral, especialista em direito aeroviário e sócio do escritório Aidar SBZ Advogados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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