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Transportadores de carros e de combustíveis decidiram parar os caminhões em suas bases e não fazer novas viagens a partir desta sexta-feira (11). Em comunicado divulgado ontem, as empresas afirmaram que o aumento dos combustíveis anunciado pela Petrobras inviabilizou o frete e que, até que as condições financeiras sejam restabelecidas, a frota ficará parada.

A orientação para quem estiver com cargas em andamento é que terminem as entregas e voltem para as bases. O assessor executivo da presidência da Confederação Nacional de Transportadores Autônomos (CNTA), Marlon Maués, diz que se trata de uma paralisação técnica, sem bloqueios nas estradas. "O aumento fez com que o sistema entrasse em colapso."

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Wagner Jones Almeida, outro assessor da CNTA e empresário do ramo de transporte de combustível, também confirmou as paralisações na sua área. "Já havia uma defasagem nos preços do frete de 24% a 25%. O novo aumento inviabilizou o custo, pois as empresas já não aceitavam reajustar os valores", disse. "Agora piorou."

Nesta quinta-feira (10), após 57 dias, a Petrobras anunciou aumento de 25% do diesel e de 19% da gasolina. O reajuste vale a partir de hoje. Com a escalada dos preços do petróleo por causa da guerra entre Rússia e Ucrânia, a estatal não conseguiu segurar os reajustes. Ainda assim, o preço no mercado interno está bem abaixo do avanço da commodity no mercado internacional.

"O que temos de ter em mente é que não parou por aí. Daqui a pouco vem mais 11% de reajuste", disse o presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, o Chorão. Para ele, essa não é uma pauta só dos caminhoneiros, mas de toda a sociedade. "Como ocorreu em 2013, com as passagens de ônibus, chegou a hora de toda população protestar, pois isso vai acabar no bolso de todo consumidor."

Ele explica que, com os aumentos sendo repassados para o frete, todos os produtos vão encarecer nos supermercados, lojas e shoppings. Questionado sobre uma paralisação apenas dos caminhoneiros, ele diz que isso pode ocorrer de uma forma natural, mas não orquestrada - como os cegonheiros e transportadores de combustível. "Ou seja, com o aumentos dos custos, muitas viagens podem se tornar inviáveis economicamente. Ninguém vai trabalhar no prejuízo."

Para Maués, da CNTA, está se criando uma equação semelhante à de 2018, quando houve a greve dos caminhoneiros. "Hoje há um descontentamento geral com a situação, seja por parte das transportadoras, agronegócio e outros agentes da sociedade." Além dos caminhões, lembra ele, colheitadeiras, trens e ônibus também usam diesel. Portanto, segundo ele, o movimento contrário aos aumentos deve ser em conjunto com toda a sociedade. "O caminhoneiro não pode ser usado como massa de manobra."

Após o governo de Minas Gerais reduzir o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre diesel de 15% para 14%, os tanqueiros - transportadores de combustíveis e de derivados de petróleo - do Estado reiteraram o pedido de redução do tributo para 12%. "A redução de um ponto porcentual no ICMS sobre diesel não atende à categoria. Queremos que volte ao patamar de 12%", disse o presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtaque-MG), Irani Gomes, em vídeo divulgado nas redes sociais. "A categoria está aguardando a sensibilidade do governador para que seja atendida essa reivindicação", acrescentou.

A redução do ICMS era uma das demandas dos tanqueiros mineiros que paralisaram as atividades na semana passada. Cerca de 800 tanqueiros do Estado deixaram de circular em paralisação contra os elevados preços dos combustíveis, lubrificantes e derivados, segundo o Sindtaque. A greve teve fim com um acordo dos tanqueiros com distribuidoras em relação ao valor do frete.

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Os tanqueiros (transportadores de combustíveis e de derivados de petróleo) de Minas Gerais estão pedindo ao governo estadual redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre diesel de 15% para 12%. A reivindicação foi reiterada pelo presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque-MG), Irani Gomes, em vídeo divulgado nas redes sociais, após ter sido demandada em greve da categoria na semana passada.

"Queremos redução do ICMS que era 12% e foi elevado para 15%. Queremos que ele volte para 12%. É um pedido da categoria", afirmou Gomes. "Esperamos que o governador tenha sensibilidade de reduzir a alíquota de ICMS dos combustíveis, porque hoje o óleo diesel (de Minas Gerais) tem uma das alíquotas mais altas da região Sudeste", argumentou Gomes.

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Na manhã de segunda-feira (25), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo-MG) anunciou o congelamento da cobrança do ICMS sobre o diesel no Estado. O governador não detalhou a duração do congelamento do tributo em anúncio feito na sua conta oficial do Twitter. "Considerando que o aumento do valor do combustível, decorrente dos reajustes constantes da Petrobras, tem consequências diretas no custo de vida dos mineiros, o governo de Minas vai congelar o ICMS do diesel no Estado a partir desta segunda-feira", disse Zema.

"Esta medida do governador foi uma vitória que tivemos depois da greve, mas ainda não atende completamente nossa demanda. Precisamos da redução da alíquota. Essa medida somente não resolve o problema da alta dos combustíveis", disse Gomes, no vídeo. Na última quinta-feira, cerca de 800 tanqueiros do Estado deixaram de circular em paralisação contra os elevados preços dos combustíveis, lubrificantes e derivados, segundo o Sindtanque. A greve teve fim com um acordo dos tanqueiros com distribuidoras em relação ao valor do frete.

Os tanqueiros de Minas Gerais também defendem a mudança na política de preços da Petrobras para combustíveis. "Pedimos ao presidente Jair Bolsonaro que reveja o que foi assinado no passado, porque não podemos aceitar pagar tão caro pelo combustível como hoje. Não adianta apenas baixar os impostos com o preço de paridade de importação (PPI)", afirmou Gomes.

Depois de provocar filas em postos de gasolina e deixar bombas de abastecimento vazias no estado de Minas Gerais, a greve dos tanqueiros, motoristas que transportam combustível, foi encerrada na tarde desta sexta-feira, 22, um dia após ser iniciada. A suspensão foi anunciada pelo presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque), Irani Gomes. Houve paralisação também no Rio de Janeiro, com menos adesão. Em São Paulo, a mobilização também foi anunciada, mas não ganhou corpo.

Segundo Gomes, houve um acordo com as distribuidoras para encerrar a greve. O movimento, no entanto, pode ser retomado no dia 1º de novembro, para quando estava prevista uma mobilização mais ampla, que foi antecipada em Minas. "Após a sensibilidade das distribuidoras, junto às transportadoras de combustíveis do estado de Minas Gerais, resolvemos suspender a paralisação. Mas ainda aguardamos uma posição do governo", disse, em vídeo, na página do sindicato em rede social.

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Os tanqueiros reivindicam redução das alíquotas do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), um tributo estadual, sobre o preço do combustível. Segundo Gomes, a luta é pela redução da alíquota atual de 15% sobre o diesel para 12%, como era praticado no estado até 2011.

Quando o sindicalista fez o anúncio da suspensão da greve, parte dos caminhões já havia voltado a trabalhar em Betim, região metropolitana de Belo Horizonte. Às 16 horas, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Minas Gerais (Minaspetro) informou que os caminhões voltaram a carregar combustível e a situação do abastecimento no estado estaria normalizada em algumas horas.

Desde a noite de quinta, 21, filas se formaram nos postos de Belo Horizonte e região metropolitana. Alguns postos elevaram o preço da gasolina, que chegou a custar quase R$ 7 o litro. Durante a madrugada, a Polícia Militar montou um gabinete de crise para acompanhar a paralisação. Foram disponibilizadas escoltas para os caminhoneiros que decidiram continuar trabalhando. Mesmo assim, muitos postos ficaram sem gasolina, embora tivessem etanol.

Na manhã desta sexta, motoristas relataram dificuldade para abastecer nos postos instalados ao longo da MG-010. Gerentes de postos atribuíram a escassez à corrida de motoristas para encher o tanque. Na região metropolitana, ao longo da rodovia Fernão Dias, alguns postos chegaram a fechar devido à falta de combustível. Em alguns estabelecimentos, os caminhões-tanque encostaram, mas não fizeram descarga do combustível. Segundo o Sindtanque, cerca de 800 caminhões pararam na região metropolitana. Não houve interdição de rodovias.

No Rio de Janeiro, em Duque de Caxias, desde a noite de quinta, os caminhoneiros se posicionaram nos acessos às unidades de Campos Elíseos que abastecem as principais distribuidoras. Por segurança, as bases fecharam os portões. A Polícia Militar informou que o bloqueio foi realizado de forma pacífica. Não houve prisões. Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, alguns postos fecharam as lojas de conveniência temendo depredações.

A greve também foi encerrada no Rio, informou o presidente da Associação das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados do Petróleo do Rio de Janeiro (Associtanque-RJ), Ailton Gomes. Ele estima que entre 1,2 mil e 1,5 mil veículos tanqueiros teriam deixado de circular na região Sudeste por causa da paralisação.

Em São Paulo, apesar de o presidente do Sindtanque paulista, Sandro Gonçalves, anunciar a adesão à greve, não houve registro de paralisações. Um comboio de caminhões se posicionou próximo ao acesso da Refinaria Planalto (Replan), em Paulínia, mas o movimento foi considerado normal. As concessionárias das principais rodovias, como Sistema Anhanguera-Bandeirantes, Via Dutra e Régis Bittencourt, informaram não terem sido registrados movimentos de caminhoneiros nesta sexta.

O governo de Minas Gerais informou que os últimos reajustes nos preços dos combustíveis não se devem ao ICMS cobrado pelos estados, mas à política de preços da Petrobrás. Em nota, a Petrobrás informou que a paralisação não trouxe impacto em suas unidades operacionais.

Nova paralisação

A decisão de iniciar a greve foi tomada pelos tanqueiros, embora já houvesse um movimento mais amplo programado para o dia 1º de novembro, envolvendo a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) e Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), além das associações de caminhões-tanque.

Na tentativa de evitar a greve em novembro, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) prometeu um auxílio aos 750 mil transportadores de derivados de petróleo para compensar a alta do óleo diesel. O presidente não deu detalhes sobre a medida, nem informou a fonte dos recursos que irão bancar o auxílio.

A paralisação dos transportadores de combustíveis e de derivados de petróleo em Minas Gerais atinge 100% dos tanqueiros no Estado, segundo o presidente do Sindtanque-MG, Irani Gomes. As atividades foram interrompidas na madrugada desta quinta-feira (21) e cerca de 800 caminhões estão parados na região metropolitana de Belo Horizonte, sem nenhuma interdição de rodovias ou estacionamentos. São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo também aderiram à paralisação.

Os motivos do protesto, segundo o sindicato, são os altos custos dos combustíveis praticados pela Petrobras e o ICMS dos combustíveis em Minas Gerais. Durante a manifestação, dois caixões foram colocados na entrada da BR Distribuidora, em Betim (MG), para simbolizar a "morte do frete".

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O sindicato informou que a greve é por tempo indeterminado, até que haja negociações com os governos. "Estamos com os braços cruzados até que o governo se sensibilize e olhe para essa categoria", afirmou Irani Gomes. A Câmara dos Deputados aprovou um projeto para reduzir os preços dos combustíveis, mas o presidente do Sindtanque-MG não considera a solução eficaz. "Isso é apenas tampar o sol com a peneira", avaliou Gomes.

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