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Um estudo de DNA determinou que as tartarugas gigantes que habitam a ilha de São Cristóvão, em Galápagos, correspondem a uma nova espécie que ainda não foi descrita pela ciência, informou na quinta-feira (10) o Ministério do Meio Ambiente do Equador.

"A espécie de tartaruga gigante que habita a ilha de São Cristóvão, até agora cientificamente conhecida como Chelonoidis chathamensis, corresponde geneticamente a uma espécie diferente", informou a pasta em sua conta no Twitter.

Pesquisadores da universidade de Newcastle, da universidade de Yale, da Galápagos Conservancy e de outras instituições compararam o material genético das tartarugas que atualmente habitam São Cristóvão, uma ilha de 557 km de extensão, com ossos e carapaças coletados em 1906 pela Academia de Ciências da Califórnia em uma caverna nas terras altas da ilha.

Quando foi feita a descrição de Chelonoidis chathamensis, o grupo expedicionário que recolheu os ossos da caverna nunca chegou às terras baixas da zona nordeste de São Cristóvão, onde as tartarugas vivem atualmente.

Com isso, "os cientistas concluíram que as quase oito mil tartarugas que existem hoje em São Cristóvão não podem ser Chelonoidis chathamensis, mas sim corresponder a uma linhagem completamente nova", disse o Ministério do Meio Ambiente em comunicado.

A ONG americana Galápagos Conservancy acrescentou em um boletim que o grupo de Chelonoidis chathamensis do planalto de São Cristóvão "está quase certamente extinto" e que na ilha não habitam uma, mas duas variedades diferentes de tartarugas - uma que vivia nas terras altas e outra nas terras baixas.

Danny Rueda, diretor do Parque Nacional de Galápagos (PNG), comentou que "essa descoberta para Galápagos demonstra a constante variabilidade genética" das espécies do arquipélago, localizado a 1.000 km da costa do Equador.

O estudo, que foi publicado na revista científica Heredity, continuará com a recuperação de mais DNA de ossos e carapaças para esclarecer se as tartarugas vivas de São Cristóvão devem receber um novo nome.

Há milhões de anos, São Cristóvão pode ter estado dividida pelo mar e cada parte tinha sua própria espécie de tartaruga.

Mas uma vez que o nível da água baixou, as duas ilhas se fundiram, assim como suas tartarugas.

Galápagos, um Patrimônio Natural da Humanidade com flora e fauna únicas no mundo, foi batizado assim pelo nome das tartarugas gigantes. No arquipélago existiam originalmente 15 espécies de tartarugas gigantes, das quais três foram extintas há séculos, de acordo com o PNG.

Em 2019, um espécime de Chelonoidis phantastica foi encontrado na ilha Fernandina após mais de cem anos considerado como extinto.

A Diretoria do Parque Nacional de Galápagos (PNG), no Equador, anunciou na terça-feira (25) a descoberta de uma tartaruga que se acreditava estar extinta há mais de cem anos. O animal foi encontrado dois anos atrás na Ilha Fernandina e transferido para o Centro de Criação de tartarugas gigantes do Parque, mas até o momento não se sabia qual espécie ele pertencia.

O animal foi então submetido a estudos genéticos para identificar sua origem, realizados pela Universidade de Yale, nos EUA. Os cientistas identificaram como a espécie Chelonoidis phantasticus. "A Universidade de Yale revelou os resultados de exames genéticos e a respectiva comparação de DNA que foi feita com um espécime extraído em 1906", disse o Parque de Galápagos em um comunicado.

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O Parque Nacional de Galápagos está preparando uma expedição para procurar mais tartarugas gigantes na tentativa de salvar a espécie.

"Estamos planejando uma grande expedição no segundo semestre deste ano para a Ilha Fernandina, onde foram encontradas amostras de excrementos de tartaruga, o que dá esperança da existência de outros indivíduos da espécie encontrada", explicou o diretor da PNG, Danny Rueda.

'Fernanda', como foi apelidada a tartaruga, pode ter entre sessenta a "cem anos talvez", explicou, Washington Tapia, diretor da Galapagos Conservancy. Segundo o pesquisador, é muito difícil calcular a idade exata de um quelônio. A tartaruga tem 54 centímetros de carapaça, pequena em comparação com a maioria, que pode medir mais de 1,5 metros de comprimento. Ela também tinha pouco peso quando foi encontrada em seu habitat, mas em cativeiro ganhou volume e está bem de saúde.

As Ilhas Galápagos serviram de base para a "Teoria da Evolução das Espécies" do cientista britânico Charles Darwin no século 19, muitas variedades de tartarugas vivem junto com flamingos, atobás, albatrozes e cormorões - uma família de uma espécie de ave aquática.

Elas também abrigam muitos exemplares de flora e fauna ameaçados de extinção. A população atual de tartarugas gigantes de várias espécies está estimada em 60 mil, de acordo com dados do Parque Nacional de Galápagos. (Com agências internacionais)

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