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Nesta sexta-feira (11), depois de ter rodado por grandes festivais, a exemplo de Gramado e do Rio, a produção pernambucana Tatuagem vai ter a sua primeira sessão no Recife. O filme será o longa da abertura da 6ª Janela Internacional de Cinema do Recife, no Cinema São Luiz, no bairro da Boa Vista.

Tatuagem foi exibido publicamente pela primeira vez durante o 41º Festival de Gramado, onde ganhou quatro prêmios, inclusive o de melhor filme. Também foram premiadas a performance de Irandhir Santos e a trilha sonora composta por Hélder Aragão (DJ Dolores).

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O filme tem roteiro do próprio Hilton Lacerda, diretor do longa, e produção da REC, empresa responsável por premiados títulos como Cinema Aspirinas e Urubus, Baixio das Bestas e Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo. Do Recife, o filme segue para a 37ª Mostra de São Paulo, onde concorre no programa Mostra Brasil – Perspectiva Internacional, e no dia 15 de novembro entra em cartaz nacionalmente.

Serviço

Abertura oficial do Janela 2013 com exibição de Tatuagem

Sexta (11) | 21h30

Cine São Luiz (Rua da Aurora - Boa Vista)

O VI Janela Internacional de Cinema do Recife inaugura a mostra competitiva de longas-metragens, entre nove títulos nacionais e estrangeiros. O festival acontece de 11 a 20 de outubro, com programação dividida entre o Cinema São Luiz e o Cinema da Fundação, com as mostras de curtas, programa de clássicos e seleções especiais, projetados em 2 e 4K, DCP (Digital Cinema Package), 35mm e 3D digital. Aproximadamente 110 filmes participam da programação.

Na mostra competitiva de longas, disputam os filmes Tatuagem (Hilton Lacerda), Depois da Chuva (Cláudio Marques e Marília Hughes), O Lobo Atrás da Porta (Fernando Coimbra), Avanti Popolo (Michael Wahrmann), Gatinha Estranha (Ramon Zürcher), O Ato de Matar (Joshua Oppenheimer), Quando a noite cai em Bucareste ou metabolismo (Corneliu Porumboiu), Metalhead (Ragnar Bragason) e Um Estranho no Lago (Alain Guiraudie). Sessões especiais de longas metragens também compõem a grade. A competição não terá divisões entre brasileiros e estrangeiros.O Lobo Atrás da Porta

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A abertura do Janela, às 21h30 do dia 11 no Cinema São Luiz, traz o esperado longa pernambucano Tatuagem (Hilton Lacerda) e o curta Censura Livre (Ivan Cordeiro, 1979), fruto do ciclo pernambucano de Cinema Super 8. O filme foi escaneado com resolução 2K e passado para DCP com o apoio do festival. " Passei por uma ditadura, mas o título não foi por causa da repressão e sim pela impossibilidade do cinema. A história não teve roteiro, queria que tivesse uma coisa poética", destacou Ivan.

O tema central de Tatuagem é o afeto, o amor e a amizade, segundo o diretor Hilton Lacerda, roteirista de filmes como Amarelo Manga e A Febre do Rato, que dirigiu seu primeiro longa-metragem de ficção. O filme terá um debate especial depois da reprise, com a mediação de Ângela Pryston e a participação de Alexandre Figueiroa e Benedito Meldrado. O tema demolição também marca forte presença na Sessão Especial de O Homem das Multidões, de Marcelo Gomes e Cao Guimarães, que terá o curta Pausas Silenciosas (2013, PE, 18', cor, DCP), de Mariana Lacerda, que observa o trabalho de documentação fotográfica de Alcir Lacerda para a cidade do Recife nos anos 70 e lugares que não existem mais.

Amor, plástico e barulhoAlém da competição, Amor, Plástico e Barulho, premiado no Festival de Brasília, faz sua estreia no Recife, assim como Uma Passagem para Mário marca a primeira exibição pública de um longa do cineasta pernambucano Eric Laurence. Os filmes serão exibidos em Sessões Especiais no Janela. Amor, Plástico e Barulho, ganhou em setembro os prêmios de Melhor Atriz (Maeve Jinkings), Melhor Atriz Coadjuvante (Nash Laila) e Direção de Arte (Dani Vilela) no Festival de Brasília. Com trilha sonora do DJ Dolores, o filme entra no universo do brega do Recife e o embate de duas cantoras, vividas pelas atrizes premiadas.

Este ano, mais de mil curtas filmes foram inscritos, batendo recorde do festival, um crescimento de cerca de 20% em relação a outras edições.  Foram selecionados 21 curtas brasileiros e 19 estrangeiros. Além de Emilie Lesclaux, produtora executiva do Janela, participaram do processo de seleção o roteirista Luiz Otávio Pereira, os jornalistas Luís Fernando Moura e Rodrigo Almeida, o ator Fabio Leal e o designer e crítico Fernando Vasconcelos.

Os curtas vão competir na seleção de nacionais e internacionais nas categorias melhor som, montagem, imagem e melhor filme. Na lista dos nacionais, produções de oito estados brasileiros. Entre os pernambucanos, estão Em Trânsito (Marcelo Pedroso), Deixem Diana em Paz (Júlio Cavani) e Au Revoir (Milena Times). Metade das inscrições vieram de fora do Brasil, com filmes da Espanha, Alemanha, Portugal, Estados Unidos, França, Canadá e Inglaterra. Entre os destaques, os curtas portugueses Gambozinos (João Nicolau) e O Corpo de Afonso (João Pedro Rodrigues) e o belga Plot Point Trilogy - Part Three (Nicolas Provost).

Nesta edição, os programas convidados via instituições e festivais parceiros trazem uma sessão da USC (University of Southern California), em Los Angeles, uma das escolas de cinema mais respeitadas do mundo, no coração da indústria. O programa é composto por filmes de formação raros, feitos na faculdade por alunos hoje ilustres como George Lucas (Guerra nas Estrelas) e Matthew Weiner (criador da série Mad Men), Walter Murch (designer de som em Apolalypse Now), Robert Zemeckis (De Volta Para o Futuro) e James Gray (Os Donos da Noite, Amantes).

O festival internacional convidado para intercâmbio nesta edição é o IndieLisboa, que criteriosamente aponta caminhos consagrados e a cinematografia recente da mais relevante produção portuguesa, com curtas de autores como João Cesar Monteiro, Miguel Gomes e Manoel de Oliveira. Também merece destaque a seleção Tomada Única - Cinema de Desbunde, outra aparição do formato Super8 no Janela esse ano, com novos realizadores em filmes especialmente dedicados ao Cinema do Desbunde.

Sob o tema Manifestações, o Janela 2013 traz uma seleção de produções questionadoras,  políticas e polêmicas, que refletem no programa de todo o festival, desde a escolha dos clássicos, até a seletiva de curtas e longas e de mostras especiais. Inclusive a imagem escolhida para ilustrar o Janela 2013 tem a ver com o tema - uma foto do clássico mudo Metropolis, que receberá sessão histórica em cópia restaurada com execução de trilha sonora ao vivo pelo trio argentino Mudos por el Celulóide.

Juri

O Júri da competitiva de longas é composto pelos brasileiros João Luiz Vieira (professor e acadêmico) e Gabriel Martins (roteirista e cineasta de Minas Gerais), além do britânico Mark Peploe, roteirista de O Passageiro, de Michelangelo Antonioni, e vencedor, junto com Bernardo Bertolucci, do Oscar de 1988 de melhor roteiro adaptado O Último Imperador. Peploe também irá apresentar e conversar com o público na sessão da versão restaurada de O Último Imperador, exibida no último Festival de Cannes, uma experiência em 3D.

Oficinas

O  Centro Cultural Brasil-Alemanha, parceiro importante do Janela, promove a oficina Documentário Sociocultural, coordenada por Juan Sarmiento G., premiado cinegrafista colombiano radicado na Alemanha desde 2003. Estudou câmera em Potsdam/Babelsberg entre 2005 e 2011. O seu primeiro documentário La Tierra se Quedó foi apresentado em 35 Festivais rendendo prêmios no Panamá. Trabalhou como cameraman em 3 longas e entre os seus prêmios destaca-se ainda o Prêmio do Novo Cinema Alemão concedido no Festival de Cinema de Hof em 2012.

Além disso, o Janela promove, desde o primeiro ano, o Janela Crítica, que seleciona sete interessados em crítica de cinema. Selecionados entre 45 inscritos, os participantes desta sexta edição serão acompanhados pelo jornalista e crítico Luís Fernando Moura. Eles terão passe livre no evento, cobrirão as diversas mostras e programas para um blog oficial e, ao final do festival, farão suas apostas também em um júri especial.

Encontros do Janela

Este ano, o Janela promove, de segunda a sexta, todas as manhãs, às 10h30, no Cinema da Fundação, encontros com mesas, seminários e debates de temas importantes para o festival. Na segunda e terça (14 e 15), o seminário Kinepolitiks, promovido pela ABD/APECI e coordenado por Mariana Porto e Pedro Severien, faz uma grande discussão com o tema cinema e política.

Na quarta (16), o pesquisador, curador e crítico João Luiz Vieira faz uma aula de cinema intitulada O Espetáculo Começa na Calçada. Quinta (17) é a vez de uma interessante discussão com Mathilde Henrot e Alessandro Raja (do site FestivalScope, plataforma digital de distribuição de filmes inéditos para festivais de cinema do mundo inteiro), que unem-se a Paula Gastaud (Itunes Brasil) e Fernando Mendonça (Making Off) na mesa Pirataria ou Compartilhamento, coisa boa ou encrenca? Sexta (18), mesa com os realizadores presentes no Janela.

Além disso, no domingo 20, será lançado O Cinema Sonhado, livro biográfico sobre o cineasta e aviador Pedro Teófilo Batista escrito por seu neto, Josias Teófilo, um estudo poético sobre Pedro Teófilo Batista, aviador de formação, repórter cinematográfico, arquiteto autodidata, inventor e cineasta. O livro é uma mistura de biografia com autobiografia, onde aquele que escreve trata do outro e de si mesmo, guiado pela pergunta: “Como a memória interfere no destino?”

Clássicos do Janela

A seção Clássicos do Janela tornou-se uma das marcas do festival, utilizando o porte e a historia do Cinema São Luiz como elemento essencial para o sucesso desse conceito. O São Luiz interage lindamente com filmes do passado que fazem parte da historia do cinema, das pessoas e, muitas vezes, dessa própria grande sala. Sessões inesquecíveis que têm colaborado para estabelecer um aspecto forte da personalidade do Janela: a alegria do cinema e o respeito pela historia. O público nesta edição vai contar com reprises dos clássicos.

Compõem a programação O Bebê de Rosemary (Roman Polanski, ele faz 80 anos esse ano), A Mosca (David Cronenberg), Os Embalos de Sábado à Noite (John Badham), Um Tiro na Noite (Brian de Palma), o clássico western Era uma Vez no Oeste (Sergio Leone), O Sentido da Vida – Monty Python ( Terry Jones) e o controvertidos Faça a Coisa Certa (Spike Lee), além do vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes de 1968 Se…(If), de Lindsay Anderson, primeiro filme do ator Malcolm McDowell (Laranja Mecânica -  que teve sessão no Janela de 2011).

A sessão de O Último Imperador terá a presença do roteirista britânico Mark Peploe, roteirista de O Passageiro, de Michelangelo Antonioni, e vencedor, junto com Bernardo Bertolucci, do Oscar de 1988 de melhor roteiro adaptado por esse filme. Mark chega ao Recife pela primeira vez e irá compor o júri do Janela 2013.

Metrópolis será exibido na tela do São Luiz em cópia restaurada e com música ao vivo, acompanhado pelo trio argentino Mudos por el Celulóide. Liderado pelo pianista Marcelo Katz, o grupo tem uma ampla experiência em apresentações musicais simultâneas à exibição de filmes mudos. O violinista Demian Luaces e a multi-instrumentista Eliana Liuni completam a formação. 

O  festival tem patrocínio do Funcultura/Governo de Pernambuco e da Petrobrás. Diferente do ano passado, a Prefeitura do Recife está se movimentando para apoiar o festival, segundo Kléber Mendonça. "Estivemos ontem reunidos, fomos recebidos e estamos negociando a questão da prefeitura apoiar o festival com passagens", contou ele. Os ingressos para os longas e clássicos no VI Janela de Cinema terão o mesmo valor tanto para o Cinema São Luiz quanto para o Cinema da Fundação ( R$ 4 inteira e R$ 2 meia entrada), e serão vendidos antecipadamente nas bilheterias dos cinemas a partir do dia 8 de outubro. Os ingressos para os curtas metragens custam R$ 1.

Confira a programação completa do Janela aqui.

Kléber Mendonça, realizador do festival, conta como foi a escolha dos clássicos do Janela para esta edição:

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A cantora pernambucana Ylana lança na web música Calcanhar, primeiro single de seu novo álbum e é parte integrante da trilha sonora do filme Tatuagem. Produzida por Manuca Bandini e Yuri Queiroga, que também assina a produção do primeiro disco da cantora, a faixa conta com a participação do maestro e pai de Ylana, Spok.

Calcanhar é um convite à dança, embalada pelo suingue da orquestra de sopros e pelos acordes da guitarra de Yuri Queiroga. A música traz uma divertida declaração de amor com ares regionalistas. Para baixar a faixa, clique aqui

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Tatuagem, longa-metragem dirigido por Hilton Lacerda, foi o grande vencedor do Festival de Cinema de Gramado. A produção pernambucana levou três prêmios: melhor filme nacional, melhor trilha sonora e melhor ator - para Irandhir Santos.

A cerimônia de premiação aconteceu neste sábado (17), no município gaúcho que abriga o tradicional festival e dá nome a ele. Tatuagem é o primeiro longa dirigido por Lacerda, roteirista dos filmes Amarelo Manga e Febre do Rato. A trilha sonora vencedora é assinada pelo DJ Dolores.

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Com a trama central focada em um amor entre dois homens, o longa faz referência ao Vivencial Diversiones, grupo teatral "subversivo" e desafiador que fez história em Pernambuco durante o período da ditadura.

O prêmio de melhor atriz foi para Leandra Leal, pela atuação em Éden. Repare Bem, de Maria de Medeiro, venceu a categoria de melhor filme estrangeiro. Já na competição de curtas, quem levou a melhor foi Acalanto, de Arturo Sabóia.

Confira a lista completa de vencedores.

O filme pernambucano Tatuagem terá sua primeira exibição pública durante o 41º Festival de Gramado do Cinema Brasileiro neste domingo (11). O evento, que começa nesta sexta (9) e segue até o dia 17 de agosto, acontece no município de Gramado, em Porto Alegre, e tem como homenageada a atriz Glória Pires. 

Dirigido por Hilton Lacerda, o longa-metragem teve locações em Olinda e Recife e conta a história da companhia artística Chão de Estrelas, que atua em um teatro localizado na periferia entre duas cidades do Nordeste do Brasil. O grupo é composto por artistas que provocam o poder e a moral estabelecida com seus espetáculos e interferências públicas. 

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Além do diretor, estarão presentes durante a exibição no festival os atores Irandhir Santos, Jesuíta Barbosa, Rodrigo Garcia e Sílvio Restiffe; a diretora de arte Renata Pinheiro; o diretor de fotografia, Ivo Lopes de Araújo; o autor da trilha sonora, DJ Dolores; o diretor assistente Marcelo Caetano e os produtores João Vieira Jr., Nara Aragão, Chico Ribeiro e Ofir Figueiredo, da REC Produtores Associados.

O título ‘Tatuagem’, do cineasta pernambucano Hilton Lacerda, foi selecionado na mostra competitiva de longa-metragem nacional do 41º Festival de Cinema de Gramado, que acontece no período de 09 a 17 de agosto, no Rio Grande do Sul. O filme, que é estrelado por Irandhir Santos, Jesuita Barbosa, Rodrigo Garcia, Silvio Restiffe e Sylvia Prado é a primeira ficção de Lacerda.

‘Tatuagem’ revisita o cinema novo, flerta com o experimento do Super 8 - utilizado na década de 1970 no Brasil e dialoga com o cinema contemporâneo. O título procura “iluminar” as várias maneiras que se pode interpretar a história e a cinematografia do Brasil. A obra, que se passa na década de 1978, apresenta os confrontos e reflexões de uma geração que vive na periferia, no mesmo momento em que se acompanha o romance entre um soldado de 18 anos e um agitador cultural, proprietário de cabaré anarquista.

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A história se desenrola na periferia de duas cidades do Nordeste do Brasil, onde um grupo de artistas de teatro provoca o poder e a moral estabelecida com seus espetáculos e interferências públicas. O líder do Grupo Chão de estrelas, Clécio, interpretado por Irandhir Santos ensaiam em conjunto com intelectuais, artistas e o seu tradicional público de homossexuais, em tom de deboche e anarquia. A transformação do filme acontece quando o protagonista conhece Fininha, interpretado por Jesuíta Barbosa, apelido do soldado Arlindo Araújo de 18 anos, que veio prestar serviço militar na capital.

Ficha Técnica

Brasil, 2013

Elenco: Irandhir Santos, Jesuíta Barbosa, Rodrigo García, Sílvio Restiffe, Sylvia Prado

Empresa Produtora: REC Produtores Associados

Roteiro e Direção: Hilton Lacerda

Produção: João Vieira Jr.

Produção Executiva: Nara Aragão

Direção de Produção: Dedete Parente Costa

Direção de Fotografia: Ivo Lopes Araújo

Direção de Arte: Renata Belo Pinheiro

Trilha Musical: DJ Dolores (Helder Aragão)

Montagem: Mair Tavares

Figurino: Christiana Garrido

Maquiagem: Donna Meirelles

Desenho de Som: Waldir Xavier

Som Direto: Danilo Carvalho

Mixagem: Ricardo Cutz

Desenhos realistas, old school, new school e orientais são alguns dos estilos que marcam presença na mostra O que vem antes da dor, na Casa do Cachorro Preto. A primeira edição da iniciativa, inédita em Pernambuco, reúne tatuadores do Estado para uma mostra de Sketchs, os rascunhos que antecedem as tatuagens. A abertura do evento será nesta quinta-feira (23), 19h.

Nesta primeira edição, a mostra conta com a participação de quatro tatuadores: ZV, Júnior Inklove, Rodrigo Monte e SKAZ, que levam ao público um pouco das experimentações criativas que compõem o processo de cada tatuagem, revelando a liberdade e criatividade destes artistas.

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Os trabalhos expostos revelam o lado artístico destes profissionais, que usam diferentes técnicas nas criações. Grafite, nanquim, canetas spray e aquarela se dividem entre os suportes do papel, tela e até pele de bode para imprimir um pouco da ideia, da sensibilidade e do estilo de cada um. A curta temporada da mostra fica em cartaz na Casa do Cachorro Preto até o próximo domingo (28).

Serviço
O que vem antes da dor
Quinta-feira (25) ao domingo (28)
A Casa do Cachorro Preto (Rua 13 de maio, 99 - Sítio histórico de Olinda)
Informações: (81) 3493-2443

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Uma profissão até então informal. O ramo da tatuagem vem abrindo portas para profissinais, que sem necessitar de uma formação acadêmica, expressam seus talentos em formas de ilustração, mas assumindo um grande compromisso com o cliente.

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A carreira vem agregada ao talento e a responsabilidade pelo trabalho bem feito. Na maioria das vezes, a profissão surge em pessoas e momentos inesperados. Henrique Brandão, por exemplo, é tatuador há cinco anos, especializado em Old Skull (tatuagens estilo mais clássicas, estilo marinho, pinup), e passou parte de sua vida servindo às forças armadas. Quando ainda soldado, Henrique já exibia no corpo algumas tatuagens e a desenvoltura para o desenho surgiu ainda quando criança.

Ao sair do exército, montou uma loja de vinis, que não durou por muito tempo. Nessa época, ele já tatuava algumas “cobaias”, amigos que davam força ao seu trabalho. “Eu fechei a loja de discos por que eu vi que eu poderia me sustentar tatuando. Ela (a tatuagem) começou a me render mais dinheiro do que o negócio que eu acabava de montar”, diz o profissinal, que explica que grande parte do que aprendeu durante o serviço militar contribuiu bastante para sua carreira atual. “A organização e a disciplina são aprendizados que vou levar para sempre”, afirma. Henrique Brandrão, que recebe em média 90 clientes por mês em seu estúdio.

A arte de ilustrar também requer muito estudo e não vem só com a experiência, mas com habilidade própria desenvolvida ao longo do tempo. O profissional deve saber retratar, na pele, a ilustração, diferentemente de desenhar em uma folha de papel. Antes de tudo, a tatuagem é uma linguagem, pode representar um sentimento, algo marcante ou apenas alguma imagem com a qual você se identifique. O bom resultado depende da desenvoltura do tatuador, além da habilidade técnica, mas, em primeiro lugar, deve-se pensar na arte.

Ilustrador há 13 anos, Eduardo Henrique Apolônio (ou apenas Apolônio como é conhecido) fazia do desenho o seu hobby. Pintava quadros e desenvolvia capas de CDs para alguns amigos. Mas há apenas oito anos, o tatuador, especializado no gênero New School (que dá uma roupagem contemporânea à linguagem Old Skull), fez do seu talento uma profissão. “Antes eu não imaginava a tatuagem como uma provedora de renda, mas sim, uma arte. Assumi a tatuagem como um trabalho há quatro anos e ela se tornou mais um meio de realizar o que eu gosto de fazer”, explica.

O profissinal, graduado em administração, trouxe a sua experiência na área para a nova carreira. Ele lembra que mesmo sem a obrigatoriedade de um diploma, o tatuador deve seguir algumas normas de ética básicas. Apolônio afirma que a tatuagem é uma arte, sendo assim existe um autor por traz dela e que, na maioria das vezes, assume um traço próprio e deixa a sua “assinatura” no estilo do desenho.

Portanto, o famoso Ctrl C + Ctrl V (Copiar e Colar), no campo da tatuagem, pode ser considerado até plágio. “Vai da ética de cada tatuador. Mas o correto, levando em consideração o cliente, são os desenhos exclusivos. Você consegue deixar sua marca na tatuagem e esse diferencial vai te favorecer lá na frente, quando surgirem mais pessoas interessadas no seu trabalho e em uma tatuagem própria”, frisa o profissional.

Infelizmente, nem todos que chegam com o interesse em se tatuar aceitam a opinião de um profissional de anos de trabalho. Henrique Brandão, que também presa pela exclusividade, explica que procura orientar o cliente que chega com uma ilustração da internet e pede para fazer igual. “Eu sempre procuro conversar com quem chega aqui no estúdio com um desenho copiado. Na maioria das vezes, usamos o desenho escolhido como base para fazermos um outro com um estilo diferenciado. Mas nem sempre consigo convencer o cliente”, afirma o tatuador.

No estúdio, a equipe do Portal LeiaJá encontrou a administratora financeira Priscylla Figueiredo, de 20 anos, prestes a fazer a sua primeira tatuagem. Sem demostrar nervosismo, ela conta que chegou até Henrique através de indicações de amigos. Grande parte dos tatuadores confirmam que o marketing mais eficiente é o famoso “boca a boca”. Além da opinião do cliente contar muito, o trabalho pode ser visto ao vivo por outras pessoas, que quem sabe no futuro, se interessam pelo trabalho do profissional.

Decidida, Priscylla havia levado um desenho que já estava com o toque do profissional. Ela frisa que a opinião e o olhar do tatuador contam muito na hora de decidir o que fazer e onde fazer a tatuagem. “Eu levei em consideração o que Henrique me disse. Modificamos um pouco o desenho para ficar mais exclusivo”, afirma.

A energia e o bom atendimento também são elementos que contam na hora de escolher um tatuador. Saulo Oliveira, de 40 anos, tem cerca de 30 tatuagens pelo corpo e afirma que ainda fará mais algumas. Há 20 anos sendo tatuado, ele conta que um bom resultado e o que é transmitido pelo profissional são fatores importantes para se conquistar um cliente. “A tatuagem é um investimento que você faz que vai ficar na sua pele a vida toda. Então é necessário que haja quase uma 'intimidade' com o profissional para que o trabalho saia, no mínimo, o esperado”, explica Saulo.

 

Segurança e saúde - Todo tatuador deve ter a consciência de que não é apenas um artista. Ele se torna também o responsável pela saúde de quem o procura. A função de fiscalizar os serviços oferecidos por estúdios de tatuagens é dos órgãos de vigilância sanitária estaduais e municipais. Todo o processo de tatuar pode transmitir sérias doenças, se não for feito corretamente. De acordo com as normas da vigilância sanitária, os estabelecimentos que não se enquadram nas regras são multados e perdem o alvará de funcionamento. Os clientes devem ficar atentos e verificar, principalmente, as condições de higiene do estúdio.

O ambiente deve ser limpo, bem ventilado e livre de contaminações externas. Durante o processo da tatuagem, o profissional deve usar luvas descartáveis, óculos ou máscaras de proteção. As agulhas devem ser ou descartáveis ou passarem por um teste biológico, para certificar a esterilização do material e evitar o contágio de doenças como HIV/aids e hepatites.

O ideal é que o tatuador abra a embalagem das agulhas na frente do cliente, para mostrar que o material está em ordem. Esses órgãos também alertam que menores de idade só podem fazer tatuagens se estiverem acompanhados dos pais ou responsáveis. O tatuador não precisa ter uma graduação para ter uma grande responsabilidade nas mãos: a saúde de cada cliente.

Serviço

Estúdio Henrique Brandão

Edf. Ambassador, 103-A (Rua José de Alencar, 44, Boa Vista, Recife/PE) - ao lado do Shopping Boa vista e do Restaurante Mustang

E-mail: brandaohenriquetattoo@gmail.com

Fone: (81) 3077-8664 e 8789-4732



Needles Tattoo Shop (Apolônio)

Av. Bernardo vieira de Melo, 3816, Piedade, Jaboatão-PE

(81) 3363-2634

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