Tópicos | taxas de juros

As taxas futuras de juros oscilaram bastante na manhã desta sexta-feira (3), mas firmaram-se em queda no período da tarde, mesmo movimento visto no dólar ante o real. Tudo porque as especulações em torno das pesquisas eleitorais e do resultado do pleito de domingo voltaram a se sobrepor ao noticiário econômico, sobretudo internacional. Tanto que os juros domésticos fecharam na contramão dos yields dos Treasuries, assim como o dólar ante o real contrariou o movimento da divisa no exterior, onde os dados do payroll norte-americano realimentaram a percepção de que o Federal Reserve pode apertar sua política monetária antes do previsto.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do DI para janeiro de 2015 (110.295 contratos) marcava 10,99%, de 11,00% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2016 (203.695 contratos) indicava mínima de 11,91%, de 12,03% na véspera. O DI para janeiro de 2017 (261.725 contratos) apontava 12,12%, de 12,30% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2021 (150.620 contratos) tinha taxa de 12,05%, de 12,32% ontem. O juro do T-note de 10 anos estava em 2,440% às 16h30, de 2,439% no fim da tarde de ontem. O dólar à vista no balcão teve recuo de 0,60%, a R$ 2,4730.

##RECOMENDA##

Os investidores começaram o dia divididos entre duas informações: a pesquisa eleitoral divulgada na noite de ontem e o payroll, conhecido logo cedo. A economia norte-americana criou 248 mil postos de trabalho em setembro, no melhor resultado desde junho - acima da previsão de +215 mil vagas. Os dados de agosto e de julho foram revisados para cima. Além disso, a taxa de desemprego nos EUA surpreendeu ao cair abaixo da marca de 6% pela primeira vez desde o início da crise financeira, para 5,9%, atingindo o menor nível desde julho de 2008.

Mas os dados acabaram, ao longo do dia, sendo sobrepostos pelos recentes números de pesquisas eleitorais, que trouxeram a leitura predominante de que haverá segundo turno e de que a ex-senadora Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) disputarão voto a voto a vaga para disputar a presidência com Dilma Rousseff (PT).

No começo da tarde, por exemplo, levantamento Sensus indicou que a presidente Dilma tem 37,3% no primeiro turno, Marina soma 22,5% e Aécio, 20,6%. Como a margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais, Marina e Aécio estão empatados tecnicamente. Na simulação de segundo turno em que Dilma enfrenta Marina, a candidata à reeleição aparece com 44% e a ex-ministra tem 37,6%. No embate entre Dilma e Aécio, a petista tem 45,8% e o tucano, 36,9%.

Entre os poucos indicadores do dia no Brasil, o índice PMI do setor de serviços subiu a 51,2 em setembro, de 49,2 em agosto, voltando a ficar acima do território que indica expansão da atividade, segundo o HSBC. Com isso, o PMI composto, que engloba serviços e indústria, subiu a 50,6 no mês passado, de 49,6 em agosto, após cinco meses consecutivos de declínio. O dado mostra que a atividade no segmento de serviços cresceu no ritmo mais rápido em três meses em contraste com a modesta contração no setor industrial.

As taxas de juros futuros registraram volatilidade nesta quinta-feira (2) em sintonia com o desempenho do dólar, mas terminaram perto dos níveis de ajustes, em meio à cautela antes da divulgação de novas pesquisas de intenção de voto nesta noite.

Durante a manhã, as taxas receberam influência da queda do dólar e da alta dos juros dos Treasuries, que tiveram suporte, por sua vez, no avanço dos rendimentos dos bônus da Alemanha com a decisão do Banco Central Europeu (BCE). A autoridade monetária manteve hoje suas três principais taxas de juros inalteradas na reunião de política monetária. A decisão decepcionou os investidores, que esperavam mais medidas de estímulo, o que acabou provocando queda das bolsas europeias e alta do euro e dos bônus do governo alemão.

##RECOMENDA##

Na entrevista que se seguiu à decisão, o presidente da autoridade monetária, Mario Draghi, evitou comentar a possibilidade de adoção de novas medidas de relaxamento quantitativo e deu apenas detalhes técnicos sobre o programa de compras de ativos, que já havia sido anunciado. Ele informou que os programas de compras de títulos lastreados em ativos (ABS, na sigla em inglês) e bônus cobertos vão começar no quarto trimestre e durarão pelo menos dois anos.

Pela manhã, o investidores monitoraram a divulgação dos números da produção industrial do Brasil, que não teve impacto nos negócios, contudo. A produção industrial subiu 0,7% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal. O resultado veio no teto do intervalo de expectativas dos analistas de 50 instituições ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam desde queda de 0,7% a avanço de 0,7%, com mediana de +0,15%. Em relação a agosto de 2013, a produção caiu 5,4%. Nesta comparação, sem ajuste, as estimativas de 41 casas variavam desde queda de 6,60% a recuo de 1,20%, com mediana negativa de 5,74%. O IBGE revisou o desempenho da produção industrial em meses anteriores. Em junho ante maio, a queda passou de -1,4% para -1,6%. Já em maio ante abril, a taxa ficou em -0,8%, de -0,9% na leitura inicial.

O economista sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano, disse que, apesar do crescimento da produção industrial em agosto ante julho, o resultado mostra uma recuperação da indústria ainda em cima de uma base muito fraca, sem grande dinamismo. Ele prevê que, mesmo que a produção cresça em setembro, o resultado do terceiro trimestre ainda será muito fraco, o que deve provocar desempenho negativo do PIB no período.

No fim do pregão regular na BM&F Bovespa, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2015 tinha taxa de 10,99%, ante 10,98% ontem. O DI para janeiro de 2016 apontava taxa de 12,03%, ante 12,01% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 12,30%, de 12,33% no ajuste anterior. A taxa do DI de janeiro de 2021 estava em 12,32%, de 12,38% na véspera.

O cenário eleitoral doméstico, com o aumento da vantagem de Dilma Rousseff sobre Marina Silva, e a valorização da moeda norte-americana levaram as taxas futuras de juros a um movimento de alta nesta quarta-feira (1°). A evolução dos DIs, entretanto, foi contida em grande parte do dia pela forte queda dos yields dos Treasuries, em meio à aversão ao risco no exterior e à expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE) anuncie novas medidas de estímulo em sua reunião de amanhã. Na reta final, porém, com o dólar renovando máximas, os juros passaram a subir com um pouco mais de força.

Ao término da negociação estendida na BM&FBovespa, a taxa do DI para janeiro de 2015 (127.615 contratos) marcava 10,98%, de 10,94% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2016 (148.720 contratos) indicava 12,00%, de 11,95% na véspera. O DI para janeiro de 2017 (304.605 contratos) apontava 12,33%, de 12,24% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2021 (179.535 contratos) tinha taxa de 12,38%, de 12,22% ontem.

##RECOMENDA##

No Ibope, Dilma oscilou de 38% para 39%, Marina caiu de 29% para 25% e Aécio se manteve em 19%. Em um eventual segundo turno, Dilma oscilou de 41% para 42% das intenções de voto e Marina caiu de 41% para 38%. No cenário em que o adversário de Dilma é o candidato do PSDB, a diferença da petista sobre o tucano oscilou de 11 para 10 pontos porcentuais da última pesquisa para cá. Agora Dilma tem 45% contra 35% de Aécio. No Datafolha, Dilma se manteve em 40%, Marina oscilou de 27% para 25% e Aécio oscilou de 18% para 20%. A sondagem aponta que, num eventual segundo turno entre Dilma e Marina, a presidente tem 49% das intenções de voto e a candidata do PSB, 41%. Foi a primeira vez que Dilma aparece à frente de Marina, sem a condição de empate técnico.

No exterior, EUA e Europa divulgaram indicadores de atividade abaixo das estimativas. Além disso, em Hong Kong, há tensões crescentes, com a população se manifestando contra a intenção da China de aumentar sua influência na região. Um caso confirmado de contaminação por ebola nos EUA completa a lista de preocupações dos agentes nesta sessão. Tudo isso, e com a expectativa de que o BCE possa anunciar compras de títulos de países periféricos, como Grécia e Chipre, joga os juros europeus para baixo e também pressiona os yields dos Treasuries. A taxa do T-note de 10 anos estava em 2,401% no fim da tarde em Nova York, de 2,505% ontem.

Os juros futuros aceleraram a queda no final da sessão desta terça-feira (30) fechando perto das mínimas do dia, em movimento de correção às altas recentes, segundo operadores nas mesas de renda fixa. A curva de juros continuou tendo o câmbio como referência e a inversão da queda do dólar no meio da tarde também favoreceu um aumento da devolução de prêmios.

No encerramento da sessão regular, o DI janeiro de 2015 fechou em 10,94% (mínima), ante 10,97% no ajuste de ontem, com 180.125 contratos. O DI para janeiro de 2016 (271.920 contratos) também estava na mínima, a 11,95%, de 12,02% no ajuste anterior. Com 339.800 contratos, o DI janeiro de 2017 recuou de 12,35% no ajuste de ontem para 12,24%. O DI janeiro de 2021 encerrou em 12,22%, de 12,38% no ajuste da véspera, com 263.715 contratos.

##RECOMENDA##

Ambos os mercados operaram ainda reféns do cenário eleitoral. Após o avanço consistente apresentado pela candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) no levantamento do Datafolha da última sexta-feira, os investidores passaram o dia cautelosos com as pesquisas que saem esta noite - uma do Datafolha e outra do Ibope/Estadão/TV Globo.

Contudo, no meio da tarde, o mercado parou para respirar e corrigir um pouco dos considerados "excessos" da véspera. Os players se apegaram à queda dos rendimentos dos yields dos Treasuries como mote para reduzir posições compradas, o que levou os contratos para as mínimas do dia. Nos EUA, perto das 16h40, a T-Note de 10 anos recuava a 2,507%.

Embora os números fiscais brasileiros conhecidos pela manhã tenham vindo muito ruins, o mercado relativizou os resultados, sob o argumento de que um cenário de ampla deterioração das contas públicas este ano já estava nos preços. O setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção da Petrobras e Eletrobras) apresentou déficit primário de R$ 14,460 bilhões em agosto, o pior resultado desde dezembro de 2008, quando ficou negativo em R$ 20,951 bilhões e também o pior para o mês da série histórica do BC, iniciada em dezembro de 2001. Analistas ouvidos pelo AE Projeções previam um resultado entre déficit de R$ 12,4 bilhões e um superávit de R$ 4 bilhões, com mediana negativa de R$ 5 bilhões.

No câmbio, o dólar à vista, após encerrar ontem no maior patamar desde 9/12/2008, fechou em leve baixa, de 0,04%, em R$ 2,4500.

As taxas dos contratos futuros de juros encontraram nesta segunda-feira (29) uma série de motivos para avançar. Após a pesquisa Datafolha de sexta-feira mostrar fortalecimento de Dilma Rousseff (PT) ante Marina Silva (PSB) na corrida para a Presidência da República, com chances maiores de vitória da petista ainda no primeiro turno, as taxas já começaram a sessão com forte viés de alta. À tarde, ordens de stop loss (parada de perdas) também foram disparadas no mercado de renda fixa, o que amplificou o avanço. Ao mesmo tempo, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton, afirmou que "se for necessário e o cenário para a inflação se justificar, certamente o Copom vai nessa direção (alta de juros)". Para completar o quadro, também havia uma aversão ao risco no exterior, que influenciou os DIs.

No fim da sessão regular, o DI para janeiro de 2015 (247.885 contratos negociados) ficou com taxa de 10,97%, ante 10,88% do ajuste de sexta-feira. O DI janeiro de 2016, com 289.710 contratos, terminou com 12,02%, de 11,68% do ajuste. Com 396.860 contratos, o DI janeiro de 2017 ficou em 12,35%, de 11,88% no ajuste anterior. E o DI janeiro de 2021 (240.130 contratos) marcou 12,38%, ante 11,77% no ajuste.

##RECOMENDA##

No caso do Datafolha, a pesquisa mostrou que Dilma abriu 13 pontos em relação a Marina Silva no primeiro turno, elevando as chances de definição da disputa sem a necessidade de um segundo turno. Já a Veja trouxe nova reportagem sobre o suposto escândalo na Petrobras. Só que o maior peso foi dado hoje para a pesquisa eleitoral e as taxas de juros subiram.

Pela manhã, no Relatório Trimestral de Inflação, o BC reduziu as projeções para o IPCA em 2014, nos cenários de referência e de mercado, e elevou as estimativas em 2015 até o terceiro trimestre de 2016. O documento foi considerado defasado por trabalhar com um câmbio em R$ 2,25, devido à data de corte de 5 de setembro.

Pelo novo relatório do BC, a inflação só entrará em trajetória de convergência para o centro da meta a partir do segundo trimestre de 2016. Com base nos cenários de referência e de mercado, o IPCA começa a cair de forma mais consistente a partir do primeiro trimestre de 2016. Apesar da desaceleração, o BC não mostra ainda - no horizonte relevante de política monetária que leva 24 meses - a inflação próxima do centro da meta de 4,5%. A última vez que o IPCA ficou nesse patamar foi em 2009, quando o IPCA fechou o ano em 4,31%.

Os juros futuros acompanharam de perto o comportamento do dólar e também caíram no pregão desta sexta-feira (26). Mais cedo, porém, as taxas chegaram a subir diante do nervosismo, no mercado de bônus, com a notícia da saída de Bill Gross da Pacific Investment Management Co. (Pimco). "Existe a preocupação de que uma grande liquidação aconteça como resultado dessa partida abrupta", disse Tom di Galoma, da ED & F Man Capital Markets. A Pimco tem participação importante em títulos brasileiros.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do DI para janeiro de 2015 (31.660 contratos) marcava 10,88%, igual ao ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2016 (146.570 contratos) indicava 11,68%, de 11,73% ontem. O DI para janeiro de 2017 (369.385 contratos) apontava 11,88%, de 11,95% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2021 (203.115 contratos) tinha de 11,77%, de 11,84% na véspera.

##RECOMENDA##

Apesar do viés de alta para o dólar ao redor do mundo, trazido pela última revisão do PIB dos EUA, o mercado doméstico reagiu apenas momentaneamente ao dado, levando a moeda ante o real para as máximas, o que suscitou, posteriormente, uma onda de vendas. A economia americana cresceu a uma taxa anualizada de 4,6% no segundo trimestre, ritmo mais rápido desde o quarto trimestre de 2011 e acima da leitura anterior, que apontava uma expansão de 4,2%.

Depois disso, os investidores se concentraram nas especulações em torno do que mostrará a pesquisa Datafolha, levando o dólar a renovar mínimas ao longo da tarde. O dólar à vista no balcão terminou o dia com desvalorização de 0,66%, cotado a R$ 2,4140.

Os indicadores conhecidos hoje voltaram a ficar em segundo plano. O estoque de operações de crédito do sistema financeiro subiu 1% em agosto ante julho. No acumulado do ano até o mês passado, houve alta de 5,5% e, em 12 meses, de 11,1%. A média diária de concessões de crédito livre subiu 7,1% em agosto em relação a julho. No crédito direcionado, a média avançou 20,8% na comparação mensal.

Mais cedo, foi revelado ainda que o Índice de Preços ao Produtor (IPP) de agosto subiu 0,48%, de queda de 0,28% em julho. Pelo lado da atividade, a confiança do empresário do comércio manteve a trajetória de declínio no terceiro trimestre. O Índice de Confiança do Comércio (Icom) caiu 8,7% na comparação com igual período de 2013, divulgou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em agosto, a taxa trimestral interanual havia sido menos intensa, com queda de 7,3%.

Os juros futuros encerraram em alta firme a sessão desta quinta-feira (25) alinhados à trajetória de valorização do dólar e também afetados pela aversão ao risco que prevaleceu no exterior, que costuma provocar reversão das posições vendidas no trecho longo da curva onde atuam com mais força os investidores estrangeiros.

No fechamento da sessão regular, o DI janeiro de 2015 terminou na máxima de 10,88%, de 10,87% no ajuste de ontem e 80.285 contratos. O DI janeiro de 2016, com 150.065 contratos, estava em 11,73%, de 11,64% no ajuste de ontem. Com 278.750 contratos, o DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 11,95%, de 11,81% no ajuste anterior. O contrato com vencimento em janeiro de 2021 projetava 11,84%, ante 11,70% no ajuste da véspera, com 172.885 contratos.

##RECOMENDA##

O dólar à vista no balcão encerrou cotado em R$ 2,4300, aumento de 1,89%, na máxima do dia. É o maior valor desde 3 de fevereiro (R$ 2,4350). Os juros estiveram na contramão da curva norte-americana, onde os investidores avessos ao risco buscaram refúgio nos Treasuries. Assim, o rendimento dos papéis recuou, com a taxa da T-Note de dez anos operando a 2,509% perto das 16h30.

O movimento de fuga para a qualidade dominou os mercados nesta quinta-feira, definido por uma série de fatores, entre eles informações ainda não confirmadas de que a Rússia estaria estudando confiscar ativos de estrangeiros em seu território em represália às sanções impostas pelo Ocidente e preocupações com o desempenho da economia global. Aos fracos indicadores da atividade da zona do euro conhecidos nos últimos dias, somam-se as dúvidas sobre a economia chinesa reforçadas pela sinalização do governo do país nesta semana de que não haverá estímulos à atividade. Nos EUA, hoje chamou a atenção a queda das encomendas de bens duráveis de 18,2% em agosto, mais do que a previsão de -17,5%.

Contribuiu ainda para a cautela do mercado local a expectativa com as próximas pesquisas eleitorais, que podem endossar o quadro de melhora das intenções de voto da candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, e de piora da candidata do PSB, Marina Silva. Amanhã, são esperados os dados do levantamento do Datafolha, que devem ser divulgados à noite.

O recuo do dólar ante o real nesta quarta-feira (24) abriu espaço para um movimento de ajuste nas taxas de juros futuras, que terminaram em queda depois de terem subido cerca de 30 pontos recentemente, no caso das mais longas. O dólar foi pressionado pela decisão do Banco Central anunciada ontem de elevar o volume de contratos de swaps cambiais nos leilões de rolagem da instituição. A melhora do clima no exterior também limitou o desempenho da moeda no mercado local, que terminou abaixo do nível de R$ 2,40.

No término do pregão regular da BM&F Bovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2015 (202.100 contratos) fechou com taxa de 10,87%, ante 10,88% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2016 (178.240 contratos) registrou taxa de 11,64%, de 11,75%. A taxa do contrato com vencimento em janeiro de 2017 (368.505 pontos) terminou em 11,81%, de 11,94% na véspera. A taxa do contrato com vencimento em janeiro de 2021 (207.010 contratos) fechou em 11,70%, de 11,85% no ajuste anterior.

##RECOMENDA##

As taxas futuras seguiram de perto o recuo do dólar, principalmente à tarde, e fecharam perto das mínimas da sessão, após terem operado com volatilidade durante a manhã em meio à cautela com as últimas pesquisas eleitorais.

Na primeira parte da sessão, a queda do dólar foi mais contida devido à cautela com os resultados das pesquisas eleitorais. Na sondagem Ibope/Estadão/TV Globo para o primeiro turno, a presidente Dilma Rousseff (PT) apareceu com 38% das intenções de votos, com nove pontos de vantagem sobre Marina Silva (PSB), que teve 29%. Aécio Neves obteve 19%. No segundo turno, o levantamento confirmou um empate técnico entre Dilma e Marina, ambas com 41% das intenções de votos. Além desse levantamento, o Vox Populi mostrou a presidente na frente de Marina no segundo turno, com 46% contra 39% das intenções de voto. No primeiro turno, a petista lidera com 40% das intenções de voto, contra 22% da ex-senadora e 17% de Aécio.

Os dados das transações correntes de agosto, anunciados mais cedo, não tiveram impacto sobre a curva dos juros. O resultado das transações correntes seguiu negativo em agosto, ao registrar um déficit de US$ 5,489 bilhões. O saldo ficou dentro das previsões, mas ligeiramente maior que a mediana delas (negativa em US$ 5,400 bilhões). O Investimento Estrangeiro Direto (IED) somou US$ 6,840 bilhões no mês passado, ficando acima das expectativas.

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou também hoje que a confiança do consumidor subiu 0,7% em setembro, após cair 4,3% em agosto e avançar 3,0% em julho, sempre na comparação com o mês imediatamente anterior.

No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou com queda de 0,96%, para R$ 2,3850 no balcão, depois de ter fechado ontem em R$ 2,4080, o maior patamar de fechamento desde 12 de fevereiro, quando marcou R$ 2,4230.

As taxas futuras de juros mais longas acompanharam o movimento do dólar e operaram pressionadas para cima ao longo de toda esta terça-feira (23). Na reta final, porém, antes de uma nova pesquisa eleitoral e em meio a um ajuste técnico, os juros voltaram para perto dos ajustes. Os contratos de curto e médio prazos, por sua vez, operaram praticamente de lado durante todo o dia. Os investidores continuaram embutindo mais prêmio de risco na curva longa, diante da possibilidade de a pesquisa Ibope/Estadão/Rede Globo retratar um cenário da corrida presidencial semelhante ao que trouxe o levantamento do instituto MDA, mais cedo.

Ao término da sessão regular na BM&FBovespa, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2015 tinha taxa de 10,88%, ante 10,89% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2016 apontava 11,75%, de 11,78% no ajuste de ontem. O vencimento para janeiro de 2017 indicava 11,94%, de 11,99%. E o janeiro 2021 mostrava 11,85%, estável ante o ajuste anterior.

##RECOMENDA##

Pesquisa MDA, encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), mostrou que a presidente Dilma ampliou a vantagem que tinha em relação a Marina no primeiro turno. Ela oscilou em baixa, de 38,1% para 36% das intenções de voto, mas Marina caiu, de 33,5% para 27,4%, na comparação entre a sondagem divulgada hoje e a publicada no dia 9 deste mês. O candidato do PSDB, Aécio Neves, avançou de 14,7% para 17,6%. No principal cenário de disputa para segundo turno, Dilma tem 42% contra 41% de Marina (empate técnico). No levantamento anterior, Marina tinha 45,5% e Dilma 42,7% (também empatadas tecnicamente).

O fortalecimento de Dilma Rousseff na simulação de segundo turno da disputa presidencial e a expectativa em torno da pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo levaram o dólar a fechar acima do patamar de R$ 2,40 na sessão desta terça-feira. Foi a décima primeira alta da moeda norte-americana das últimas 12 sessões. O dólar à vista no balcão terminou a sessão cotado a R$ 2,4080, um avanço de 0,54%. Este é o maior patamar desde 12 de fevereiro, quando o dólar terminou cotado a RS 2,4230.

Tudo isso deixou em segundo plano dados domésticos e externos divulgados desde a madrugada de hoje. No Brasil, a inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) na terceira quadrissemana de setembro ficou em 0,43%, de acordo com a FGV, ante 0,39% na quadrissemana anterior. A confiança da indústria caiu 3,2% em setembro e o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) ficou em 83%, de 83,2% em agosto, de acordo com dados preliminares da FGV.

Os juros futuros terminaram a sessão em alta nesta segunda-feira (22), especialmente a ponta longa, impulsionados pela valorização do dólar e influenciados também pelas especulações em torno da corrida presidencial. Esses fatores acabaram ofuscando a retração nos yields dos Treasuries, que tenderia a puxar as taxas aqui para baixo.

Ao término da sessão regular na BM&FBovespa, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2015 (181.055 unidades negociadas) tinha taxa de 10,89%, ante 10,87% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2016 (191.845 contratos) apontava 11,78%, de 11,69% no ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2017 (329.350 contratos) indicava 11,99%, de 11,79%. E o janeiro 21 (199.255 contratos) mostrava 11,85%, de 11,56%. Nos EUA, o juro da T-note caía a 2,557%, de 2,579% no fim da tarde de sexta-feira. O volume de negócios, que costuma ser mais fraco às segundas-feiras, foi considerado bom por um profissional.

##RECOMENDA##

O dólar engatou a décima alta nas últimas 11 sessões, aproximando-se da marca de R$ 2,40 e rondando no maior patamar em mais de sete meses. Assim como os juros, o câmbio foi influenciado pelas especulações eleitorais. Rumores dão conta que a presidente Dilma Rousseff (PT) teria ampliado a vantagem sobre Marina Silva (PSB), com alguma recuperação de Aécio Neves (PSDB). Isso elevou as expectativas em torno da pesquisa Vox Populi que será divulgada na noite de hoje e pela sondagem Ibope/Estadão/TV Globo, cujos números serão conhecidos amanhã.

As expectativas em relação ao crescimento econômico foram revisadas em baixa mais uma vez na pesquisa Focus, do Banco Central. A projeção para a alta do PIB em 2014 caiu de 0,33% para 0,30% e, em 2015, de 1,04% para 1,01%. "Acho que se cria um consenso em relação à baixa capacidade do Brasil neste quesito", comentou o economista-sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano.

A valorização da divisa norte-americana ante o real, a pesquisa Datafolha, que mostrou a presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff, mais bem posicionada nas intenções de voto, e o IPCA-15 de setembro, em +0,39%, acima do teto das projeções, impuseram movimento de alta aos juros futuros. O dólar à vista no mercado de balcão terminou o pregão desta sexta-feira, 19, com ganho de 0,55%, a R$ 2,3780 - maior valor desde 19 de fevereiro. Na semana, a moeda teve valorização de 1,71%.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do DI para janeiro de 2015 (116.855 contratos) marcava 10,87%, de 10,86% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2016 (244.685 contratos) indicava 11,69%, de 11,63% na véspera. O DI para janeiro de 2017 (316.390 contratos) apontava 11,79%, de 11,75% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2021 (210.675 contratos) tinha taxa de 11,56%, de 11,55% ontem.

##RECOMENDA##

Os investidores já começaram o dia com os números do Datafolha em mãos. De acordo com o levantamento, subiu para sete pontos porcentuais a vantagem de Dilma, que tem 37% das intenções de voto, contra 30% de Marina no primeiro turno. Enquanto a presidente oscilou em alta, Marina caiu três pontos porcentuais. O candidato do PSDB, Aécio Neves, também avançou, passando de 15% para 17%. Em uma simulação de segundo turno, porém, persiste a situação de empate técnico. Marina ainda lidera, mas a diferença entre as duas, que já foi de dez pontos porcentuais, caiu agora para apenas dois pontos, com o placar de 46% a 44%.

Os juros futuros foram impactados ainda pelo resultado da prévia da inflação oficial. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) ficou em 0,39% em setembro, após alta de 0,14% em agosto, acima do teto das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções, que iam de 0,25% a 0,38%. O índice acumula altas de 4,72% no ano e de 6,62% em 12 meses.

Um pouco mais cedo, a Fundação Getulio Vargas (FGV) havia informado que o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) mostrou taxa de 0,31% na segunda prévia de setembro, ante 0,26% na primeira prévia deste mês e deflação de 0,35% na segunda prévia de agosto, ficando abaixo da mediana das expectativas, de 0,33%.

No mercado de juros, as taxas futuras acompanharam o câmbio e também avançaram, em linha ainda com a alta do rendimento dos Treasuries. No encerramento, a taxa do DI para janeiro de 2016 (92.065 contratos) estava em 11,63%, de 11,53% no ajuste da quarta-feira (17), enquanto o janeiro 2017 (239.525 contratos) encerrou em 11,75% (máxima), de 11,59% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2021 estava em 11,55%, de 11,43% após ajuste de ontem, com 181.440 contratos. Nos EUA, a T-Note de dez anos projetava 2,626%, de 2,616% no final da tarde de ontem.

O dólar manteve o sinal de alta ante o real que prevaleceu na sessão anterior, em compasso de espera pelos números da corrida presidencial a serem trazidos pelo levantamento do Datafolha, que pode sair ainda hoje, e alinhado com o comportamento ante algumas divisas no exterior. O dólar à vista no balcão encerrou em alta de 0,42%, a R$ 2,3650 - cotação mais elevada desde 20 de fevereiro (R$ 2,3740). Trata-se da oitava alta em nove sessões.

##RECOMENDA##

As taxas dos juros futuros fecharam a sessão desta quarta-feira (17) próximas da estabilidade, após os investidores considerarem que o anúncio de política monetária do Federal Reserve não alterou as projeções para o aumento dos taxas dos Fed Funds no curto prazo.

As taxas dos juros futuros na BM&FBovespa oscilaram em margens estreitas entre os terrenos negativo e positivo durante toda a sessão. Os movimentos das taxas foram influenciados pela pesquisa Ibope, que mostrou um enfraquecimento da presidente Dilma Rousseff (PT) nas intenções de voto para as eleições e as expectativas em torno da reunião do Fed.

##RECOMENDA##

A pesquisa Ibope mostrou que, no primeiro turno, as intenções de voto em Dilma caíram de 39% para 36%, enquanto Marina Silva (PSB) oscilou de 31% para 30% e Aécio Neves (PSDB) subiu de 15% para 19%. A pesquisa mostrou uma vantagem de três pontos porcentuais para Marina num eventual segundo turno contra Dilma, dentro da margem de empate técnico. Marina aparece com 43%, ante 40% de Dilma. Na pesquisa anterior, Marina tinha os mesmos 43% e Dilma, 42%. No cenário em que o adversário de Dilma é Aécio Neves, a diferença entre a petista e o tucano caiu de 15 para 7 pontos porcentuais da última pesquisa. Agora, Dilma tem 44% contra 37% de Aécio.

Nos EUA, o Fed disse, no fim de sua reunião de dois dias, que iria acabar com o programa de compra de títulos, que permite relaxamento monetário, em outubro, mas manteve a sua orientação de que as taxas de juro de curto prazo permanecerão perto de zero por um "tempo considerável" depois que o programa terminar. Segundo o plano, o Fed vai comprar US$ 15 bilhões em títulos hipotecários e do Tesouro em outubro e, em seguida, encerrar as compras. O Fed manteve também a taxa dos Fed Funds inalterada na faixa de 0,0% a 0,25%. De acordo com projeções oficiais divulgadas hoje, a maioria dos membros do Fed continua a esperar a primeira elevação de juros no ano que vem.

No fim da sessão regular na BM&FBovespa, o DI para janeiro de 2015 (23.420 contratos) tinha taxa de 10,85%, igual ao ajuste de ontem; o DI para janeiro de 2016 (133.895 contratos) registrava taxa de 11,53%, de 11,50% no ajuste da véspera; o DI para janeiro de 2017 (249.995 contratos) projetava taxa de 11,59%, de 11,60% no ajuste anterior; e o DI para janeiro de 2021 (161.315 contratos) tinha taxa de 11,43%, de 11,41% após ajuste de terça-feira.

Entre os dados divulgados no front doméstico, o Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) de setembro subiu 0,31%, ante recuo de 0,55% em agosto, interrompendo três meses consecutivos de resultados negativos, informou pela manhã a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado ficou dentro do previsto por analistas ouvidos pelo AE Projeções.

Os contratos de juros futuros terminaram a sessão regular da BM&FBovespa em queda nesta terça-feira (16). O mercado foi pautado basicamente pelos mesmos fatores que orientaram o câmbio doméstico, com a ajuda dos rendimentos dos Treasuries, que passaram boa parte do dia em declínio. O DI para janeiro de 2015 (20.120 contratos) fechou em 10,85%, na máxima, no mesmo nível do ajuste de ontem. Com 147.215 contratos, o DI para janeiro de 2016 encerrou em 11,50%, de 11,51% no ajuste da véspera. O DI para janeiro de 2017 (294.290 contratos) projetava taxa de 11,60%, de 11,69% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2021 terminou em 11,41%, de 11,58% após ajuste, com 199.600 contratos.

Os juros acompanharam de perto a trajetória do dólar, que fechou em baixa de 0,56%, a R$ 2,329. Pela manhã, o ritmo de baixa das taxas foi determinado pelas especulações de que a candidata do PSB, Marina Silva, apareceria na pesquisa Ibope mais à frente da candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) do que mostraram os recentes levantamentos em um eventual segundo turno. A pesquisa, encomendada pelo jornal "O Estado de S. Paulo" e pela Rede Globo, será divulgada esta noite no Jornal Nacional.

##RECOMENDA##

À tarde, reforçaram queda, na esteira de comentários do colunista do Wall Street Journal Jon Hilsenrath, especialista em Federal Reserve, durante uma conferência via internet. Ele disse acreditar que o Fed voltará a reiterar amanhã, quando terminará sua reunião de política monetária, que as taxas de juros vão continuar baixas "por um período de tempo considerável". Desde a semana passada, o mercado vinha precificando um comunicado mais "hawkish" do BC norte-americano, indicando que uma alta na taxa dos Fed Funds estaria mais próxima do que o imaginado.

Também favoreceu a devolução de prêmios a informação de que o Banco do Povo da China (PBoC, o BC chinês) disponibilizou uma linha de crédito de 500 bilhões de yuans (US$ 81 bilhões) para auxiliar os cinco maiores bancos do país.

Os principais contratos de juros futuros encerraram em queda na BM&FBovespa nesta quinta-feira (11) recheada de fatores para justificar o alívio das taxas, que caíram com mais força nos vértices mais longos. No encerramento da sessão regular da BM&FBovespa, o DI para janeiro de 2015 fechou em 10,83%, na mínima, de 10,85% no ajuste de ontem, com 100.070 contratos. O DI para janeiro de 2016 projetava taxa de 11,41%, de 11,49% no ajuste anterior, com 219.100 contratos. Com 308.425 contratos, o DI para janeiro de 2017 terminou em 11,48%, de 11,60% no ajuste da véspera. O DI para janeiro de 2021 encerrou com taxa de 11,29%, de 11,43% após ajuste, e 171.790 contratos negociados.

O mercado de juros já começou o dia sob o impacto da pesquisa Datafolha, divulgada ontem à noite, que não confirmou os temores de que a candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) teria ultrapassado a candidata do PSB, Marina Silva, nas intenções de voto para o segundo turno, embora tenha mostrado que a disputa está bem apertada entre as duas. Segundo o Datafolha, no cenário para o segundo turno, Marina Silva (PSB) oscilou de 48% para 47%, e Dilma, de 41% para 43%, o que leva a um novo empate técnico, mas com vantagem numérica apara a candidata do PSB. Com isso, cresceu a expectativa pela pesquisa CNI/Ibope a ser divulgada amanhã.

##RECOMENDA##

Na abertura, os investidores também já tinham em mãos a ata do Copom que confirmou o cenário dos economistas de que a Selic ficará estável em 11,00% até pelo menos o final do ano. Fontes nas mesas de renda fixa destacaram que o documento, ao sinalizar que o Banco Central espera a convergência da inflação à meta de 4,5% no primeiro semestre de 2016, sugere que haveria espaço para uma flexibilização dos juros a partir do segundo semestre de 2015, período no qual a política monetária já começa a visar o ano seguinte. Chamou a atenção também a avaliação do BC de que as taxas de crescimento da absorção interna e do Produto Interno Bruto (PIB) se alinharam, o que reduz o descompasso entre a oferta e a demanda agregada.

Além disso, a pesquisa do comércio varejista do IBGE trouxe números bastante fracos, endossando a interpretação da ata de que não há espaço para mudanças na política monetária. As vendas do comércio varejista restrito caíram 1,1% em julho ante junho - a mais intensa desde outubro de 2008, quando também registrou recuo de 1,1% na margem. O resultado ficou abaixo do piso do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam desde uma queda de 0,60% até uma alta de 1,30%.

À tarde, o Ministério do Trabalho e Emprego divulgou os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mas não fizeram preços na curva a termo, mesmo sendo mais fortes do que o mercado esperava. A geração líquida de empregos formais em agosto foi de 101.425 vagas, acima do teto das estimativas coletadas pelo AE Projeções, que iam de 60.000 a 94.500 vagas. Em julho, houve saldo positivo de apenas 11.796 vagas.

As taxas de juros futuras fecharam em alta nesta quarta-feira (10) refletindo especulações eleitorais e expectativas de que uma elevação dos juros nos EUA poderá vir antes do esperado. No fim da sessão regular da BM&F Bovespa, o DI para janeiro de 2015 (200.605 contratos) fechou com taxa de 10,85, ante 10,84% ontem; o DI para janeiro de 2016 (328.755 contratos) terminou com taxa de 11,49%, na mínima, igual ao ajuste da véspera; o DI para janeiro de 2017 (365.095 contratos) acabou a sessão com taxa de 11,60%, de 11,42% no ajuste anterior; e a taxa DI para janeiro de 2021 (286.045 contratos) foi de 11,43%, ante 11,39% no ajuste na véspera.

Segundo operadores do mercado, as taxas de juros foram impulsionadas por rumores de que a pesquisa Datafolha, que será anunciada na noite de hoje pelo Jornal Nacional, mostrará a presidente Dilma Rousseff (PT) à frente da candidata do PSB, Marina Silva (PSB), nas intenções de voto para o segundo turno. Nos levantamentos anteriores, as duas candidatas apareciam empatadas tecnicamente.

##RECOMENDA##

A pesquisa Vox Populi, divulgada pela manhã, mostrou vantagem de Dilma em relação a Marina na simulação de primeiro turno e empate técnico entre as duas no segundo turno. O levantamento regional do Ibope, divulgado ontem à noite, indicou que Marina oscilou em baixa nas intenções de voto no Estado de São Paulo, maior colégio eleitoral do País, passando de 39% na pesquisa anterior para 38% agora, enquanto Dilma oscilou em alta, de 23% para 25%.

As expectativas em torno da elevação das taxas de juros nos EUA antes do esperado também influenciaram o comportamento do dólar e das taxas de juros no Brasil e nos EUA. A percepção de que o Federal Reserve poderá anunciar um aumento antecipado dos juros ganhou força após um estudo do Federal Reserve de San Francisco publicado na segunda-feira sugerir que os investidores podem estar confortáveis demais com a perspectiva de que o banco central norte-americano manterá os juros nas mínimas históricas durante o futuro próximo.

Em Wall Street, o juro da T-note de 2 anos estava em 0,564%, de 0,560% na véspera; o rendimento da T-Note de dez anos era de 2,534%, ante 2,495% no final da tarde de ontem. O juro do T-bond de 30 anos estava em 3,267%, de 3,228% ontem.

Os juros futuros encerraram em alta a sessão desta terça-feira (9) em linha com o dólar e com os juros dos títulos norte-americanos, em meio à tensão com o cenário eleitoral doméstico e o rebaixamento da perspectiva da nota soberana do Brasil pela Moody's.

Na BM&FBovespa, a maior parte dos principais contratos encerrou a sessão regular nas máximas. Com 37.505 contratos negociados, o DI para janeiro de 2015 fechou em 10,84% (máxima), ante 10,83% ontem. O DI para janeiro de 2016 (232.890 contratos) também terminou no maior patamar do dia, a 11,49%, de 11,39% no ajuste da véspera. Também na máxima, o DI para janeiro de 2017 projetava taxa de 11,58%, de 11,42% no ajuste anterior, com 448.950 contratos. O DI para janeiro de 2021 terminou em 11,39% (260.690 contratos), de 11,20% após o ajuste de segunda-feira. O dólar no balcão subiu 0,97%, a R$ 2,2880.

##RECOMENDA##

Pela manhã, a pesquisa CNT/MDA mostrou as candidatas à Presidência Marina Silva (PSB) e Dilma Rousseff (PT) empatadas tecnicamente em uma simulação de segundo turno, com 45,5% e 42,7%, respectivamente. Para o primeiro turno, a pesquisa apontou que Dilma obteve 38,1% das intenções de voto e Marina, 33,5%. Em relação à sondagem passada, a diferença entre as duas caiu, já que Dilma tinha no primeiro turno 34,2%, e Marina, 28,2%. O diretor do MDA, Marcelo Souza, afirmou que não enxerga mais uma tendência de crescimento nas intenções de voto da candidata do PSB.

O mercado já tinha antecipado esse quadro na sessão de ontem, mas, mesmo assim, reagiu negativamente aos números. Agora, os investidores aguardam os dados do Datafolha esperados para ainda hoje.

A pesquisa CNT/MDA endossou a percepção de que Marina Silva pode ter alcançado o limite de desempenho positivo entre os eleitores, enquanto Dilma ainda teria espaço para crescer, o que levou o mercado a embutir mais prêmio de risco na curva a termo. Na avaliação dos investidores, mesmo Dilma já tendo anunciado que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, não continuará em um eventual segundo mandato, a política econômica deverá continuar a mesma, o que desagrada ao mercado.

Mal o investidor tinha absorvido os dados da CNT/MDA, o mercado recebeu o anúncio da Moody's, de revisão da perspectiva da nota soberana BAA2 do Brasil, de estável para negativa. Como argumento, a agência citou a redução "sustentada" no crescimento econômico, a deterioração "acentuada" no sentimento do investidor e os desafios fiscais.

Lá fora, a expectativa de que o Federal Reserve poderá antecipar o aumento da taxa dos Fed Funds, reforçada pela divulgação, ontem, de um estudo do Fed de São Francisco, continuou pressionando a taxa dos Treasuries. De acordo com o documento, o mercado estaria mais dovish com relação à política monetária nos EUA do que os próprios membros da instituição. Às 16h39, o rendimento das T-Notes de dez anos estava em 2,495%, ante 2,471% no final da tarde de ontem.

A perspectiva de que Dilma Rousseff (PT) possa recuperar terreno ante Marina Silva (PSB) nas próximas pesquisas eleitorais deu força às taxas dos contratos futuros de juros nesta segunda-feira (8). Nas mesas de operação, em especial durante a tarde, profissionais do mercado especulavam sobre isso, o que sustentou o dólar e as taxas futuras, após os recuos mais recentes.

No fim da sessão regular, a taxa do contrato futuro de juros para janeiro de 2015 estava em 10,83%, ante 10,82% de sexta-feira, enquanto o DI para janeiro de 2016 marcava 11,39%, ante 11,35%. Na ponta mais longa, o vencimento para janeiro de 2017 tinha taxa de 11,42%, ante 11,26% do ajuste de sexta-feira. Já o DI para janeiro de 2021 marcava 11,20%, ante 10,98%.

##RECOMENDA##

Essas especulações eleitorais provocaram uma redução da "inclinação negativa" da curva a termo de juros. Tudo porque os vencimentos mais longos apresentaram elevação mais forte, com o mercado discutindo a eventual melhora de Dilma Rousseff na disputa presidencial. Os yields dos Treasuries também ajudavam no movimento, ao subirem, assim como o avanço do dólar ante o real.

O dólar à vista negociado no balcão fechou em alta de 1,03%, aos R$ 2,2660. A moeda operou em alta praticamente durante todo o dia, tendo oscilado entre a mínima de R$ 2,2430 (estável ante o fechamento de sexta-feira) e a máxima de R$ 2,2720 (+1,29%), vista durante a tarde.

Pela manhã, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) acelerou para 0,21% na primeira prévia de setembro, ante alta de 0,12% na quarta leitura de agosto. Já na Pesquisa Focus, do Banco Central, o mercado financeiro revisou para cima a mediana das estimativas para o IPCA em 2014, passando de 6,27% para 6,29%, e para baixo as projeções para o PIB neste ano, diminuindo de 0,52% para 0,48%. Para 2015, as previsões para IPCA e PIB foram mantidas, em 6,29% e em 1,10%, respectivamente.

Por sua vez, as expectativas para a taxa Selic em 2014 seguiram em 11,00%, ao passo que em 2015 oscilou em baixa, caindo de 11,75% para 11,63%. Conforme o relatório Focus, a previsão é de que a alta ao final do primeiro trimestre de 2015 será de 0,25 ponto porcentual (para 11,25%) e não mais de meio ponto (11,50%), como era aguardado até a semana passada.

Em mais um dia de agenda relativamente cheia, com IPCA de agosto e relatório do mercado de trabalho norte-americano, os juros futuros, sobretudo de longo prazo, tiveram volatilidade pela manhã e, à tarde, se reaproximaram da estabilidade, até terminarem com discreto viés de baixa e giro relativamente baixo. Com o IPCA em linha com o esperado, as atenções dos investidores se concentraram no resultado fraco do payroll norte-americano, que, inicialmente, gerou leituras de que o aperto da política monetária pelo Fed pode demorar um pouco mais. Prevaleceu, ainda, uma certa cautela antes das próximas pesquisas eleitorais, com a Sensus saindo já neste fim de semana.

Assim, ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do DI para janeiro de 2015 (182.640 contratos) marcava 10,82%, de 10,81% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2016 (184.015 contratos) indicava 11,35%, de 11,34% na véspera. O DI para janeiro de 2017 (168.270 contratos) apontava 11,26%, de 11,27% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2021 (136.980 contratos) tinha taxa de 10,98%, de 11,00% ontem.

##RECOMENDA##

Logo na abertura dos negócios, os investidores se depararam com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em linha com o previsto. A inflação oficial subiu 0,25% em agosto, ante 0,01% em julho, perto da mediana de 0,26% encontrada pelo AE Projeções. Com o resultado, no entanto, o IPCA voltou a superar o teto da meta em 12 meses, em 6,51%. No ano, acumula alta de 4,02%. Um pouco antes, a Fundação Getúlio Vargas havia informado que o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) avançou 0,06% em agosto, acima da mediana de -0,05%.

Ao comentar o resultado do IPCA, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, destacou a queda nos preços dos alimentos no mês de agosto. Ele também chamou a atenção para a redução "significativa mês após mês" do índice de difusão da inflação, o que, na sua avaliação, reflete os efeitos da política econômica. No mês passado, o índice de difusão atingiu a marca de 55%.

Mas tais números foram relegados ao segundo plano diante dos dados norte-americanos. No mês passado, os EUA criaram apenas 142 mil empregos, o menor nível registrado no ano e bem abaixo dos 225 mil postos de trabalho previstos por economistas. Inicialmente, a leitura foi de que o dado adiaria por mais algum tempo o aperto da política monetária pelo Federal Reserve. Depois, contudo, alguns economistas passaram a enxergar a possibilidade de o indicador ser revisado para cima nas próximas leituras, além de considerarem o dado um ponto fora da curva.

Tudo isso trouxe volatilidade para os ativos externos. Tanto que os yields dos Treasuries, que caíram com bastante intensidade logo após o dado, caminhavam para um fechamento com pequena elevação. O juro do bônus de 10 anos estava em 2,459% às 16h30, de 2,451% no fim da tarde de ontem.

Sem uma indicação mais clara do exterior, os investidores domésticos optaram pela cautela antes das próximas pesquisas eleitorais, o que resultou em giro baixo e volatilidade contida no período da tarde. Hoje, inclusive, o cientista político e chefe de pesquisa sobre mercados emergentes do Eurasia Group, Christopher Garman, traçou um cenário de extremo equilíbrio na disputa entre Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) na eleição presidencial. Segundo ele, a probabilidade de vitória é de meio a meio entre Dilma e Marina, com um ligeiro favoritismo para a reeleição da presidente Dilma. "A probabilidade é ligeira de vitória apertadíssima de Dilma", disse, em teleconferência da GO Associados. Para ele, a campanha de Aécio Neves (PSDB) "está em grandes dificuldades e naufragando".

Os juros futuros confirmaram no fechamento da sessão desta quinta-feira (4) o movimento de alta que puxou as taxas para cima desde a abertura dos negócios, influenciados por um ajuste aos resultados das pesquisas eleitorais de ontem, que não confirmaram o cenário de melhora do desempenho da candidata do PSB, Marina Silva, nas intenções de voto como se esperava.

No fechamento da BM&FBovespa, o DI para janeiro de 2015 fechou a 10,81%, na máxima, com 698.245 contratos, de 10,78% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2016 estava em 11,34% (192.025 contratos), de 11,26% no ajuste da véspera. O DI para janeiro de 2017, com 289.820 contratos, terminou em 11,27% (máxima), de 11,14% no ajuste anterior. Com 189.930 contratos, o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 11,00%, de 10,92% no ajuste de quarta-feira.

##RECOMENDA##

No levantamento Ibope, Marina subiu de 29% para 33% e a presidente Dilma Rousseff (PT), de 34% para 37%. As duas estão empatadas tecnicamente, no limite da margem de erro. Em um segundo turno entre ambas, Marina venceria por 46% a 39%, se a eleição fosse hoje. Já o Datafolha mostrou que a candidata do PSB permaneceu na casa dos 34%, enquanto Dilma chegou a 35% das intenções de voto, de 34% na sondagem anterior. Ambas seguem na situação de empate técnico. Na disputa de um eventual segundo turno entre Dilma e Marina, o Datafolha confirma que a candidata do PSB que venceria, por 48% contra 41% da petista.

Operadores nas mesas de renda fixa consideram até "saudável" para o mercado o ajuste de hoje, por avaliarem que os prêmios de risco desceram a níveis muito baixos nos últimos dias, quando a curva passou a mostrar inclinação negativa e apostas de corte da Selic a partir do final de 2015, caso a oposição vença a eleição. Nesse sentido, as pesquisas trouxeram um pouco mais de racionalidade ao mercado, ao apontarem que a posição de Marina Silva não é tão confortável quanto se precificava.

Já a opção do Copom de manter a Selic em 11,00% ao ano, ontem, estava totalmente ajustada na curva. Contudo, nos contratos de curto prazo, houve uma ligeira correção à retirada do termo "neste momento" no comunicado do Comitê, que no encontro de julho acompanhava o anúncio da decisão. O mercado interpretou a alteração a uma provável intenção do Banco Central de manter o juro básico no atual patamar por um período prolongado.

Ainda que por motivos diferentes, a curva doméstica teve a mesma trajetória da curva norte-americana, em que as taxas dos Treasuries subiram. A taxa da T-Note de dez anos estava em 2,448%, de 2,399% no final da tarde de ontem.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando