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Os juros futuros começaram a semana em alta, em linha com o dólar e com a alta dos yields dos Treasuries, os títulos do Tesouro dos EUA. Nesta segunda-feira (3), o DI janeiro de 2015 encerrou com 24.970 contratos e taxa de 11,26%, de 11,28% no ajuste de sexta-feira, e o DI abril de 2015 projetava 11,68% (máxima), ante 11,65% no ajuste anterior e 55.275 contratos. O DI para janeiro de 2016 (43.690 contratos) tinha taxa de 12,30%, ante 12,22%, e o DI janeiro de 2017 (72.645 contratos) subiu para 12,39%, ante 12,28%. O DI para janeiro de 2021 fechou em 12,12% (11,98% no ajuste anterior), com 48.770 contratos. No balcão, o dólar à vista fechou em R$ 2,503 (+1,25%).

Em Wall Street, os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA avançavam nesta sessão, em reação ao ISM Industrial. Às 16h22, a T-note de 10 anos tinha taxa de 2,363%, de 2,334% na sexta-feira. Além do dólar e dos Treasuries, a agenda da semana traz cautela aos investidores, principalmente a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) na quinta-feira, que vai explicar as razões para a alta inesperada da Selic para 11,25% na semana passada. Amanhã, serão conhecidos os dados da produção industrial de setembro e na sexta-feira será divulgado o IPCA de outubro.

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As taxas de juros futuras com prazos curtos fecharam em forte alta nesta quinta-feira (30) depois de o mercado de derivativos de renda fixa promover um forte ajuste em reação à decisão surpreendente do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar ontem a taxa de juros básica, a Selic.

No fim do pregão regular, na BM&F Bovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro com vencimento em janeiro de 2015 (91.990 contratos) apontava 11,257%, ante 10,942% no ajuste de ontem. O contrato com vencimento em janeiro de 2016 (343.760 contratos) indicava 12,16%, de 11,83%. Na ponta longa da curva, o contrato para janeiro de 2017 (339.950 contratos) tinha taxa de 12,23%, de 11,98% no ajuste de ontem. O contrato para janeiro de 2021 (199.705 contratos) registrava taxa de 12,09%, de 12,15% no ajuste de ontem.

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Na noite de ontem, o Comitê de Política Monetária (Copom) surpreendeu o mercado e elevou a Selic em 0,25 ponto porcentual, para 11,25% ao ano. No comunicado, divulgado após uma reunião de dois dias, o BC disse que "desde sua última reunião, entre outros fatores, a intensificação dos ajustes de preços relativos na economia tornou o balanço de riscos para a inflação menos favorável". Diante disso, continuou a nota, "o Comitê considerou oportuno ajustar as condições monetárias de modo a garantir, a um custo menor, a prevalência de um cenário mais benigno para a inflação em 2015 e 2016".

Na avaliação dos analistas, esse é apenas o início de um ciclo de aperto, com a Selic podendo ser elevada para acima de 12%. Além disso, os economistas afirmaram que isso ajuda a resgatar a confiança no Banco Central e pode indicar a intenção do governo de restabelecer o tripé macroeconômico.

A decisão veio horas após o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) pegar os mercados de surpresa ao divulgar um comunicado com um tom mais duro, no fim da sua reunião de dois dias política monetária.

"A alta da Selic foi um recado ao mercado, mostrando independência do BC. O banco está preocupado com a alta do dólar e fez uma elevação 'preventiva' dos juros", disse o diretor-técnico da Wagner Investimentos, José Faria Júnior, em nota para clientes. Segundo ele, o BC cita um "custo menor" da política monetária para o cenário da inflação nos próximos dois anos. "A alta do dólar e o temor do Fed estão embutidos nesta decisão", ressaltou Faria Júnior. Para o analista, a ata da reunião do Copom, prevista para a próxima quinta-feira, e a nomeação da equipe econômica serão determinantes para entender a extensão deste novo ciclo de alta dos juros. "Provavelmente teremos novas elevações", acrescentou.

Em dia de decisão sobre política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, o mercado doméstico de juros oscilou não só em cima dessas expectativas, como também de olho em informações sobre a nova equipe econômica do governo no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. O resultado do Comitê de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed, Banco central dos EUA) pegou o mercado de juro no leilão de encerramento da sessão regular.

No começo do dia, o recuo do dólar também contribuiu para a continuidade do movimento de baixa das taxas, registrado já na véspera. Mas, a despeito de o dólar manter o ritmo até o anúncio do Fomc, os juros viraram para cima à tarde e continuaram assim até o final. A atuação de estrangeiros na ponta longa da curva, antes do Fed, acabou puxando as taxas para cima à tarde. E a expectativa com o que viria do BC dos EUA consolidou o movimento.

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Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do DI para janeiro de 2015 (220.615 contratos) marcava 10,943%, de 10,925% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2016 (184.655 contratos) indicava 11,83%, de 11,78% na véspera. O DI para janeiro de 2017 (163.740 contratos) apontava 11,98%, de 11,92% ontem. E o DI para janeiro de 2021 (151.540 contratos) tinha taxa de 12,15%, de 11,95% no ajuste anterior.

Nos EUA, o juro T-Note de 2 anos renovou as máximas da sessão e marcava 0,489%, às 16h27. O juro da T-Note de 10 anos estava em 2,346% e o da Treasury de 30 anos, em 3,079%.

Quando anunciou sua decisão, no final da sessão regular de juros, o Fed confirmou a expectativa do mercado e informou que o programa de compra de bônus termina em outubro. As condições do mercado de trabalho estão melhorando, o que respondeu pelo movimentos dos ativos. Segundo o BC dos EUA, no entanto, a inflação continua abaixo da meta de 2% e a atividade econômica se expande em ritmo moderado. Dessa forma, a taxa dos Fed Funds ficou inalterada entre zero e 0,25%. De acordo com o Fed, o aumento dos juros vai depender do progresso em direção às metas.

Para o Copom, hoje, a expectativa é de manutenção da Selic em 11%. Mas o comunicado pode dar algum sinal sobre a condução da política monetária no próximo governo e será esmiuçado pelos agentes.

As taxas de juros futuras recuaram na sessão desta terça-feira (28) em sintonia com a queda do dólar e afetadas pela cautela na véspera da decisão de política monetária do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

Os agentes financeiros operaram na expectativa pela definição de quem comandará o Ministério da Fazenda e por anúncios de medidas prometidas pela presidente para estimular a economia. Especula-se no mercado que o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, o ex-secretário executivo da Fazenda, Nelson Barbosa, e o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, estariam entre as opções estudadas para a pasta.

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Em entrevistas concedidas ontem à noite, Dilma evitou falar de nomes para o novo governo. Em contrapartida, ela afirmou que vai anunciar até o fim do ano medidas para transformar e melhorar o crescimento econômico, dando início às reformas necessárias ao País já em novembro.

A diretora-gerente de ratings soberanos da Standard & Poor's, Lisa Schineller, disse hoje com exclusividade ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado que, mais do que conhecer o novo ministro da Fazenda e a nova equipe econômica do próximo governo de Dilma, será importante ver os sinais sobre as políticas que serão adotadas nos próximos anos e a efetiva execução dessas políticas. "O fator-chave é saber as políticas que estão por vir", afirmou.

No fim da sessão regular do mercado de juros, na BM&F Bovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2015 (35.340 contratos) apontava taxa de 10,925%, de 10,95% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2016 (176.145 contratos) tinha taxa de 11,78%, ante 11,83%. O DI para janeiro de 2017 (237.280 contratos) indicava taxa de 11,92%, ante 12,07% no ajuste anterior. No contrato com vencimento em janeiro de 2021 (134.765 contratos), a taxa era de 11,95%, ante 12,14% no ajuste de ontem.

A agenda de indicadores econômicos teve como destaques o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação da cidade de São Paulo. Segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o indicador registrou uma alta de 0,37% na terceira quadrissemana de outubro, na comparação com a segunda leitura deste mês. O resultado ficou dentro do intervalo das previsões, que eram de avanços de 0,35% e 0,39%, com mediana de 0,37%. A Fundação Getúlio Vargas informou que o Índice Nacional de Custo da Construção - Mercado (INCC-M) ficou em 0,20% em outubro, mostrando aceleração ante a alta de 0,16% registrada em setembro. A taxa ficou dentro do intervalo das estimativas, que iam de 0,15% a 0,22%, e ligeiramente acima da mediana, de 0,19%.

Amanhã, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central encerra sua reunião de dois dias de política monetária. Em nota para clientes, a corretora Brasil Plural disse que a primeira reunião de política monetária do Banco Central pós-eleição ocorrerá com os preços dos ativos, especialmente o real, sob estresse. "Embora o Copom não seja um fixador de metas de câmbio, o comunicado do comitê após a reunião deverá provavelmente refletir a deterioração do cenário da inflação que se segue após uma nova onda de enfraquecimento do real", destacou.

Após uma forte reação negativa à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) no segundo turno da eleição, na parte da manhã desta segunda-feira (27), os ativos domésticos esboçaram melhora à tarde, com o dólar reduzindo a alta e, no caso dos juros futuros, as taxas de curto e médio prazos fechando em baixa e as longas diminuindo o avanço, longe das máximas.

No término da sessão regular da BMF&Bovespa, o DI janeiro de 2015 (206.005 contratos) apontava 10,94%, de 10,98% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2016, com 204.230 contratos, tinha taxa de 11,83%, ante 11,92%. O DI para janeiro de 2017 indicava 12,07%, ante 12,16%, com 249.600 contratos. O contrato com vencimento em janeiro de 2021 estava em 12,14%, de 11,87% no ajuste anterior, com 224.470 contratos.

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As principais taxas começaram a sessão em alta, principalmente nos vencimentos longos, corrigindo posições que embutiam a vitória de Aécio Neves (PSDB), uma vez que as urnas confirmaram a disputa apertada entre os candidatos sinalizadas pelas pesquisas eleitorais. No final da manhã, o movimento perdeu força, com os juros de curtos e médios prazos já em baixa. À tarde, passaram a bater as mínimas.

Segundo operadores, após digerir o resultado da eleição, as taxas passaram por um ajuste, dada a expressiva recomposição de prêmios nos contratos. O movimento teve ainda como pano de fundo a expectativa dos agentes pelo anúncio dos nomes da equipe econômica do segundo mandato de Dilma, principalmente quem comandará o Ministério da Fazenda. Os investidores trabalham com a possibilidade de um nome "mais ortodoxo", que possa corrigir a rota da economia, melhorando os fundamentos, principalmente a área fiscal. No final do dia, os ajustes acabaram por apagar a inclinação negativa mostrada pela curva nos últimos meses.

O anúncio da equipe, porém, não deve sair no curtíssimo prazo. A presidente deve descansar na Bahia por quatro ou cinco dias, com sua família. Somente na volta Dilma deve dar início às negociações partidárias para acertar a reforma ministerial.

Nesta tarde, o presidente nacional do PT e um dos coordenadores da campanha de Dilma, Rui Falcão, disse que é essencial que a linha da política econômica seja mantida e vê como "natural" que o partido seja ouvido sobre as indicações para a Fazenda.

Adicionalmente, os profissionais das mesas de renda fixa citaram a expectativa com relação ao comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) que se reúne amanhã e quarta-feira para decidir sobre a Selic. A projeção do mercado é de manutenção da taxa em 11,00%, mas não descarta que os diretores aproveitem para passar, no comunicado, uma mensagem mais conservadora em relação à postura do Banco Central.

A expectativa de que Aécio Neves (PSDB) possa virar o jogo em cima de Dilma Rousseff (PT) conduziu a baixa das taxas dos contratos futuros de juros nesta sexta-feira (24). Após as pesquisas Ibope e Datafolha mostrarem na tarde de ontem clara vantagem da petista sobre o tucano, o levantamento do instituto Sensus, divulgado na manhã de hoje, mostrou o contrário, com a liderança para Aécio.

Com isso, ao término da negociação regular da BM&FBovespa, a taxa do DI para janeiro de 2015 marcava 10,979%, de 11,029% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2016 indicava 11,92%, de 12,04% na véspera. O DI para janeiro de 2017 apontava 12,16%, de 12,30% na sessão regular. E o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 11,87%, de 12,10% ontem.

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No levantamento do instituto Sensus, que saiu antes da abertura dos negócios, Aécio Neves apareceu com 54,6% das intenções de voto e Dilma Rousseff somou 45,4%. A margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais para mais ou para menos, o que coloca o tucano em vantagem inclusive fora da faixa de empate técnico. Este cenário é diferente do visto nas pesquisas Ibope e Datafolha. Ainda assim, os investidores decidiram vender taxas.

A expectativa para o debate da noite de hoje entre Dilma e Aécio também permeava as mesas de operação, assim como as especulações em torno do impacto, sobre o eleitorado, de reportagem que aparece na revista Veja neste fim de semana. De acordo com a reportagem, a presidente Dilma Rousseff e seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, sabiam de todo o esquema de corrupção montado na Petrobras. A reportagem cita depoimento do doleiro Alberto Yousseff à Polícia Federal, prestado na última terça-feira em Curitiba, no processo de delação premiada. Durante a tarde, também circularam pelas mesas comentários de que trackings de bancos e do próprio PSDB apontavam uma proximidade entre Aécio e Dilma - um cenário diferente do registrado tanto pelo Ibope quanto pelo Datafolha.

Nesse ambiente, os dados macroeconômicos voltaram a ficar em segundo plano. O resultado das transações correntes seguiu negativo em setembro, ao registrar um déficit de US$ 7,907 bilhões, de acordo com o Banco Central. O saldo negativo foi pior do que a mediana das projeções, de -US$ 7,3 bilhões. O déficit em conta corrente do mês passado é o pior para setembro desde o início da série histórica, realizada pelo Banco Central desde 1980. Os Investimentos Estrangeiros Direto (IED), por sua vez, somaram US$ 4,214 bilhões em setembro, acima da mediana encontrada pelo AE Projeções, de US$ 3,4 bilhões.

As especulações na reta final da corrida eleitoral levaram as taxas de juros futuros a fecharem em alta nesta quinta-feira (23). Agentes do mercado citaram, à tarde, rumores de que a presidente Dilma Rousseff (PT) apareceria na frente de Aécio Neves (PSDB), fora da margem de erro, nas pesquisas de intenção de voto que serão anunciadas na noite de hoje.

O levantamento Ibope/Estadão/TV Globo, realizado com pouco mais de 3 mil eleitores, deve ser divulgado às 18 horas. Para o Datafolha, realizado apenas nesta quinta-feira, com consulta a quase 10 mil eleitores, não há horário definido.

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Na terça-feira, uma sondagem do Datafolha mostrou Dilma em vantagem numérica em relação a Aécio. Dilma manteve 52% dos votos válidos e o tucano continuou com 48%. Quando se considera os votos totais, no entanto, a petista oscilou em alta, com 47%, enquanto Aécio seguiu com 43%.

Pela manhã, foram anunciados dados do desemprego e da inflação. A taxa de desemprego apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nas seis principais regiões metropolitanas do País ficou em 4,9% em setembro. O resultado representou o nível mais baixo da taxa de desemprego para o mês de setembro desde março de 2002 e ficou no piso do intervalo das estimativas dos analistas. A inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) subiu 0,49% na terceira quadrissemana de outubro, na comparação com a segunda leitura do mês, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

No fim do pregão regular na BM&F Bovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2015 (64.795 contratos) tinha taxa de 11,029%, ante 11,022% no ajuste de ontem. A DI para janeiro de 2016 (161.400 contratos) marcava 12,04%, ante 11,96% no ajuste da véspera. O DI para janeiro de 2017 (240.575 contratos) registrava taxa de 12,30%, ante 12,12%. O DI para janeiro de 2021 (173.645 contratos) apontava taxa de 12,10%, de 11,87%.

No exterior, os dados majoritariamente positivos dos Estados Unidos fizeram os yields dos Treasuries subirem. Perto das 16h50, o juro do T-note de 10 anos estava em 2,2880%, de 2,221% ontem. Embora o número de pedidos de auxílio-desemprego tenha subido para 283 mil, ante previsão de +282 mil, a média móvel de pedidos recuou 3 mil, para 281 mil, o menor nível desde maio de 2000. Além disso, o índice de atividade do Fed de Chicago subiu para +0,47 em setembro, de -0,25 no mês anterior.

Num pregão morno - de novidades e de volume -, a alta do dólar acabou influenciando o mercado de juros no período da manhã desta quarta-feira (22). À tarde, as taxas foram perdendo força e terminaram com leve baixa na maioria dos vencimentos. A cautela prevaleceu neste mercado, onde o giro, a exemplo do que ocorreu no dólar, também foi mais contido.

Ao término da negociação estendida na BM&FBovespa, a taxa do DI para janeiro de 2015 (89.285 contratos) marcava 11,023%, de 11,048% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2016 (175.320 contratos) indicava 11,96%, de 12,05% na véspera. O DI para janeiro de 2017 (215.075 contratos) apontava 12,12%, de 12,16% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2021 (139.890 contratos) tinha taxa de 11,87%, de 11,80% ontem.

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Hoje, a agenda esteve tranquila e o levantamento do Datafolha, conhecido ainda na madrugada, não chegou a fazer preço nos ativos, já que repetiu o resultado do levantamento anterior. Numericamente, Dilma Rousseff segue à frente de Aécio Neves, embora ambos estejam tecnicamente empatados. O Datafolha divulgado esta madrugada que o placar se manteve em 52% a 48% dos votos válidos, mas, na contagem de votos totais, Dilma avançou um ponto porcentual.

Por essa razão, o mercado aguarda novos levantamentos - dois deles sairão amanhã, do Ibope/Estadão/TV Globo e Datafolha - e o noticiário econômico, até o final da eleição, tende a ficar em segundo plano.

Desta forma, os números do setor de serviços divulgados hoje pelo IBGE não fizeram preço. A receita bruta nominal do setor de serviços subiu 4,5% em agosto, ante igual mês de 2013. Foi o menor crescimento da série histórica iniciada em janeiro de 2011.

As taxas de juros terminaram a sessão desta terça-feira (21), em alta, recebendo suporte da pesquisa eleitoral Datafolha, divulgada nesta segunda, que mostrou vantagem numérica da presidente Dilma Rousseff (PT) em relação a Aécio Neves (PSDB) nas intenções de voto para o segundo turno das eleições.

A sondagem Datafolha mostrou Dilma com 52% dos votos válidos, de 49% no levantamento anterior, enquanto Aécio caiu para 48%, de 51%. Em votos totais, Dilma subiu de 43% para 46% e Aécio oscilou de 45% para 43%. Além disso, a taxa de rejeição a Aécio oscilou para cima, de 38% para 40%, enquanto os que afirmaram que não votariam em Dilma de jeito nenhum passaram de 42% para 39%. Já na Vox Populi, Dilma aparece com 52% dos votos válidos, de 45% anteriormente, e Aécio com 48%, de 44% antes.

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Para a consultoria Tendências, a vantagem da presidente Dilma na mais recente pesquisa Datafolha mostra o peso da avaliação do governo no comportamento eleitoral. "Em boa medida, o crescimento de intenção de voto do PT expressa a maior aprovação que a sociedade dá à atual administração", destaca a empresa. Além disso, segundo a consultoria, a campanha trouxe perda de capital político para a oposição. "A disputa permanece aberta, mas os indicadores estruturais são mais favoráveis à campanha governista."

Dados da inflação anunciados pela amanhã foram apenas monitorados pelos agentes do mercado, sem grandes impactos no mercado. O Índice de Preços ao Consumidor - 15 (IPCA-15)ficou em 0,48% em outubro, acelerando ante a taxa de 0,39% em setembro, mas ficando perto do piso das estimativas do mercado financeiro coletadas pelo AE Projeções (0,47% a 0,63%, com mediana de 0,51%). A alta em 12 meses até este mês é de 6,62%, igual à vista até setembro. Grupo de Alimentação e bebidas ganhou mais força, passando de 0,28% para 0,69% no período e respondendo por 0,17 ponto porcentual para o índice.

Profissionais ouvidos pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, afirmaram que a escalada do dólar e seu potencial efeito sobre os preços é um dos principais pontos para justificar a aposta de aumento da precificação da alta da Selic em 2015 na curva a termo de juros, para cerca de 2 pontos porcentuais, ainda que o quadro eleitoral hoje esteja indefinido. Eles também destacaram a resistência da inflação em se distanciar do teto da meta de 6,50% e os preços de energia represados, que terão de ser ajustados. Embora o repasse cambial na inflação seja passível de discussões - o próprio diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, disse que é bem menor hoje do que era 10, 15 anos atrás -, o dólar mais alto é tido como um risco para o IPCA e, consequentemente, para a Selic.

No término da sessão regular na BM&F Bovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2015 (95.350 contratos) fechou com taxa de 11,048%, ante 11,015% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2016 (258.495 contratos) registrou taxa de 12,05%, na mínima, ante 12,07%. O contrato com vencimento em janeiro de 2017 (340.170 contratos) terminou com taxa de 12,16%, de 12,14% no ajuste anterior e o DI para janeiro de 2021 (184.145 contratos), 11,80%, ante 11,58%.

Os juros futuros subiram nesta segunda-feira (20), especialmente nos vencimentos mais longos, refletindo posições defensivas ante o quadro eleitoral indefinido, já que os dois candidatos aparecem nas últimas pesquisas com as mesmas chances de ganhar o pleito. A indefinição do cenário político traduziu-se num volume muito baixo de negócios nesta segunda-feira.

Na BM&FBovespa, o DI janeiro de 2016 (137.050) contratos fechou em 12,07%, ante 11,94% no ajuste anterior, e o DI janeiro de 2017 terminou em 12,14%, ante 11,98% no ajuste da sexta-feira, e 112.705 contratos. O DI janeiro de 2021 passou de 11,40% para 11,58%, com 68.830 contratos. Desse modo, as taxas foram na direção contrária à dos Treasuries, cujos rendimentos recuaram. Perto das 16h30, a T-Note de dez anos projetava 2,178%, ante 2,201% no final da tarde da sexta-feira.

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O mercado seguiu atento ao noticiário relacionado à eleição, no aguardo dos números da pesquisa Datafolha que saem esta noite. Enquanto isso, pela manhã, os investidores acompanharam o resultado do levantamento realizado pela MDA, a pedido da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), que apontou um quadro muito apertado nas intenções de voto. Dilma Rousseff (PT) tem 50,5% dos votos válidos e Aécio Neves (PSDB), 49,5%.

De todo modo, economistas acreditam que o resultado não deve interferir na condução da política monetária. Na próxima semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne para decidir sobre a Selic, mas a expectativa unânime das 36 instituições consultadas pelo AE Projeções, em pesquisa parcial divulgada hoje, é de estabilidade em 11,00%, independentemente de quem for o eleito.

As taxas de juros futuros terminaram a sessão em alta nesta terça-feira (16) impulsionadas pelas preocupações com o enfraquecimento econômico global e as incertezas sobre as eleições, após pesquisas confirmarem um empate técnico entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB). A alta do dólar também forneceu suporte para o avanço na curva dos juros.

No fim do pregão regular na BM&FBovespa, o depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2015 (46.935 contratos) tinha taxa de 10,996%, ante 10,960% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2016 (221.760 contratos) indicava 12,03%, de 11,95% no ajuste da véspera. O DI para janeiro de 2017 (506.925 contratos) mostrava 12,12%, de 11,89%. E o DI para janeiro de 2021 (194.275 contratos) apontava 11,59%, de 11,41%. Por volta das 16h30, o rendimento projetado da T-note de 2 anos avançava a 0,335%, enquanto o da T-note de 10 anos aumentava a 2,147%. O dólar à vista fechou com alta de 1,27%, a R$ 2,4690.

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No início da sessão, dados da inflação da zona do euro reforçaram as preocupações recentes com o enfraquecimento das economias ao redor do mundo. A Eurostat, a agência de estatísticas da União Europeia, disse que a inflação anual na zona do euro ficou em 0,3% em setembro, o menor nível desde outubro de 2009, muito abaixo da meta oficial de inflação, que é de taxa ligeiramente inferior a 2,0%. O resultado reforçou expectativas de que o Banco Central Europeu (BCE) volte a usar instrumentos não convencionais de estímulos.

Os dados provocaram forte queda das bolsas na Europa e nos EUA, mas o mau humor foi amenizado durante a manhã, à medida que os investidores foram digerindo indicadores do mercado de trabalho e da atividade industrial melhores que o esperado nos EUA. Comentários de um membro do Federal Reserve (Fed) também ajudaram a amenizar as perdas.

Segundo o Departamento de Trabalho dos EUA, o número de pedidos de auxílio-desemprego caiu para 264 mil na semana passada, o menor nível desde abril de 2000. Além disso, a produção industrial da maior economia do mundo surpreendeu, ao avançar 1,0% em setembro ante agosto, quando a previsão era de uma alta mais modesta, de 0,4%.

Os números positivos dos EUA levaram as taxas de juros dos Treasuries a apagarem as perdas registradas antes da divulgação dos relatório e passar a subir, além de impulsionar o dólar ante outras divisas internacionais, como euro e o iene.

Sobre o cenário eleitoral no Brasil, as sondagens de Ibope e Datafolha, divulgadas na noite de ontem, mostraram manutenção do empate técnico entre o tucano e a presidente Dilma Rousseff (PT), com 51% e 49% dos votos válidos, respectivamente. Entretanto, a rejeição de Aécio subiu e a aprovação do governo Dilma teve leve melhora. Ainda hoje ocorre o segundo debate do segundo turno, no SBT.

Essas notícias puxaram as taxas de juros para cima pela manhã. Os ganhos aceleraram com o acionamento de ordens de stop loss. As taxas de juros dos DIs para janeiro de 2017 e janeiro de 2021 chegaram a subir cerca de 40 pontos-base. Mas o movimento perdeu força, ao longo da sessão, em sintonia com a melhora vista nos mercados internacionais e com a desaceleração do dólar.

Na agenda de indicadores doméstica, um relatório do Banco Central apontou que o índice de atividade econômica, o IBC-Br, subiu 0,27% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal. O resultado ficou praticamente em linha com a mediana das estimativas dos analistas do mercado financeiro. A FGV informou que o IGP-10 de outubro teve ligeira alta de 0,02%, ante avanço de 0,31% em setembro. As projeções iam desde queda de 0,07% até alta de 0,06%, com mediana negativa em 0,02%.

Hoje, o Tesouro atuou para acalmar o mercado. A oferta de LTNs foi de apenas 800 mil títulos e a de NTN-Fs, de 100 mil. No último leilão dos mesmos papéis, no dia 2 deste mês, a oferta havia sido de 6,5 milhões de LTN e 2,5 milhões de NTN-F. Segundo fontes do governo, o Tesouro colocou um pé no freio na oferta de papéis prefixados para evitar um custo maior no leilão de hoje. A instituição também quis, com a estratégia, evitar adicionar uma pressão maior de volatilidade no mercado.

Apesar de dados positivos e do volume menor de títulos no leilão, a curva dos juros manteve a tendência de alta, sustentados pelo dólar e por expectativas com eleições.

O cenário eleitoral e o movimento global de aversão ao risco influenciaram o desempenho das taxas de juros futuros, que terminaram em alta nesta quarta-feira (15) sobretudo no longo prazo. O movimento foi conduzido pela valorização do dólar ante o real, com os indicadores domésticos e a queda dos yields dos Treasuries deixados em segundo plano.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do DI para janeiro de 2015 (51.075 contratos) marcava 10,96%, de 10,949% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2016 (194.885 contratos) indicava 11,95%, de 11,85% na véspera. O DI para janeiro de 2017 (324.765 contratos) apontava 11,89%, de 11,76% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2021 (292.050 contratos) tinha taxa de 11,41%, de 11,23% ontem.

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As taxas, no entanto, terminaram longe das máximas, da mesma forma que o dólar também desacelerou ante o real em meio aos rumores eleitorais. O dólar fechou em alta de 1,50%, a R$ 2,4380, puxado sobretudo pelo debate da noite de ontem da TV Bandeirantes, onde o mercado avaliou que o candidato Aécio Neves não se saiu tão bem quanto os investidores gostariam. À tarde, no entanto, rumores informavam que Aécio já estaria à frente de Dilma Rousseff (PT) no Estado do Rio de Janeiro, terceiro maior colégio eleitoral do País.

Os dados do Caged e do emprego industrial da Fiesp, divulgados à tarde, não influenciaram o movimento dos juros. Segundo o Ministério do Trabalho, em setembro, houve a criação de 123.785 vagas, o pior desempenho para o mês desde 2001, início do governo petista. O resultado ficou abaixo da mediana das estimativas coletadas pelo AE Projeções, de criação de 133.000 postos de trabalho, e dentro do intervalo das previsões, que iam de geração de 68.842 a 173.400 vagas.

Pela manhã, o IBGE informou que as vendas do comércio varejista subiram 1,1% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal. O resultado ficou acima da mediana de 0,80% encontrada pelo AE Projeções com base em estimativas de economistas. Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas caíram 0,40%, alinhado à mediana negativa de 0,40%.

A alta do dólar ante o real nesta terça-feira (14) forneceu algum suporte para o ligeiro viés de alta apresentado pelos juros longos, embora as taxas tenham terminado a sessão muito próximas dos níveis de ajustes registrados na véspera, à medida que os investidores aguardavam novas notícias do cenário eleitoral antes de assumir posições.

Perto das 15h30, o depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2015 (19.405 contratos) fechou com taxa de 10,950%, ante taxa de 10,958% no ajuste de ontem. O DI janeiro de 2016 (98.710 contratos) marcava taxa de 11,85%, na mínima, ante 11,89% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2017 (209.400 contratos) tinha taxa de 11,76%, ante 11,77% na véspera. O DI para janeiro de 2021 (188.110 contratos) terminou com taxa de 11,23%, de 11,17% no ajuste da véspera. No câmbio, o dólar à vista fechou com alta de 0,54%, a R$ 2,4020 no balcão.

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O levantamento do Vox Populi, divulgado ontem, mostrou a candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) com 51% das intenções de voto, contra 49% do candidato do PSDB, Aécio Neves. A situação é de empate técnico, considerando que a margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais. Os números alimentaram as expectativas em relação à divulgação das sondagens Datafolha e Ibope, amanhã, após não terem confirmado o resultado mostrado pelo instituto Sensus divulgado no fim de semana. O levantamento apontou Aécio com mais de 17 pontos à frente de Dilma. Além das pesquisas, os investidores também aguardam um debate que será realizado pela TV Bandeirantes na noite de hoje.

O viés positivo dos juros longos, proporcionado pela alta do dólar no mercado doméstico, contrariou a queda registrada pelos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA. Na volta do feriado do Dia do Colombo, que manteve os mercados dos Treasuries fechado ontem, os yields dos bônus americanos cederam, junto com os de alguns bônus dos principais países europeus nesta terça-feira devido à busca por segurança estimulada pelos temores com o enfraquecimento da economia mundial.

As preocupações com a economia global receberam impulso hoje de dados da Alemanha e da zona do euro que reforçaram temores de uma nova recessão na Europa. O índice alemão ZEW de expectativas econômicas caiu para -3,6 em outubro, de 6,9 em setembro, o primeiro resultado negativo desde novembro de 2012. O Ministério da Economia alemão disse que cortou as projeções de crescimento da Alemanha para este e o próximo ano. Um relatório separado mostrou que a produção industrial do bloco caiu 1,9% em agosto ante igual mês do ano passado, quando a previsão era de recuo de 0,9%.

De volta ao mercado doméstico, analistas destacaram que as expectativas de inflação pioraram e devem ter uma contribuição maior na conta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano. No ano passado, expectativas ruins foram responsáveis por 10,7% do IPCA. "Este ano, dificilmente o peso das expectativas será menor que o do ano passado, elas se deterioraram demais", observou Mauro Schneider, economista-chefe da CGD Securities.

Os juros futuros encerraram esta segunda-feira (13), em baixa, influenciados pelo quadro eleitoral e pela trajetória de baixa do dólar. Contudo, as taxas operaram sem uma importante referência, o mercado de Treasuries, que não teve negócios por conta do feriado do Dia de Colombo nos EUA. Com isso, a liquidez foi mais baixa do que o padrão.

No término da sessão regular da BM&FBovespa, o DI janeiro de 2015 encerrou em 10,959%, ante 10,980% no ajuste da sexta-feira, com 75.505 contratos. O DI janeiro de 2016 (84.755 contratos) caiu de 11,97% no ajuste anterior para 11,89%. Com 147.075 contratos, o DI janeiro de 2017 ficou em 11,77%, de 11,93% no ajuste da sexta-feira. O DI janeiro de 2021 (96.405 contratos) fechou em 11,17%, ante 11,47% no ajuste anterior. O dólar à vista no balcão recuou 1,20%, para R$ 2,3890.

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No âmbito local, os investidores reagiram tanto à confirmação do apoio de Marina Silva e da família de Eduardo Campos a Aécio Neves (PSDB), quanto à pesquisa Sensus, que mostrou o tucano mais de 17 pontos porcentuais à frente da candidata à reeleição Dilma Rousseff. Segundo o levantamento, Aécio Neves (PSDB) tem 58,8% da preferência do eleitorado, enquanto Dilma Rousseff (PT) tem 41,2%. A expectativa agora é de que as pesquisas Ibope e Datafolha, esperadas para quarta-feira, mostrem a mesma tendência de crescimento de Aécio. Amanhã à noite, será realizado pela Rede Bandeirantes o primeiro debate entre os presidenciáveis no segundo turno.

Ao longo da curva, os contratos de longo prazo tiveram queda mais expressiva do que os de horizonte mais curto. Nos vencimentos mais próximos, o recuo foi limitado pela piora dos fundamentos da economia. Embora a agenda da segunda-feira tenha sido vazia de indicadores, a pesquisa Focus do Banco Central voltou a mostrar elevação das estimativas para a inflação. No grupo Top 5, a mediana para o IPCA em 2014 subiu para acima do teto da meta, atingindo 6,51%, ante 6,31% na pesquisa anterior. No geral, a estimativa de IPCA 2014 avançou de 6,32% para 6,45%.

As taxas dos contratos futuros de juros encerraram esta sexta-feira (10), em alta, sob influência do avanço do dólar ante o real e da aversão ao risco no exterior. Ao mesmo tempo, as especulações em torno da corrida eleitoral continuaram a influenciar os negócios.

Ao término da sessão regular da BM&FBovespa, a taxa do DI para janeiro de 2015 marcava 10,981%, de 10,952% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2016 indicava 11,97%, de 11,86% na véspera e 11,91% na sexta-feira passada. O DI para janeiro de 2017 apontava 11,93%, de 11,78% no ajuste anterior e 12,12% no fim da semana passada. E o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 11,47%, de 11,36% ontem e 12,05% na sexta-feira passada. Vale destacar que as taxas longas subiram hoje mas, na semana, recuaram, em função da ida de Aécio Neves (PSDB) para o segundo turno da eleição presidencial.

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Na noite de ontem, as pesquisas Ibope/Estadão/TV Globo e Datafolha mostraram empate técnico entre Aécio e Dilma Rousseff (PT) no segundo turno, com o tucano numericamente à frente (51% a 49% dos votos válidos). A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos.

Hoje, no exterior, os investidores correram para ativos mais seguros em função das preocupações com o desempenho da economia mundial, reforçadas pela perspectiva de que a Alemanha revise sua projeção de crescimento. Pela manhã, o Ministério da Economia da Alemanha avaliou que fatores geopolíticos e a fraca demanda da zona do euro por produtos alemães pesam na perspectiva para a economia.

Neste ambiente, o dólar à vista negociado no balcão fechou hoje em alta de 1,30%, aos R$ 2,4180, tendo acelerado a queda na reta final em função do exterior, após notícias de que a agência de rating S&P alterou a perspectiva do rating AA da França de "estável" para "negativa". Este avanço do dólar puxou os juros futuros.

Não bastasse a preocupação com a economia global, os indicadores de atividade no Brasil também inspiraram cautela no mercado de renda fixa. O fluxo total de veículos pelas estradas pedagiadas do País recuou 1,5% em setembro comparativamente a agosto, segundo o Índice ABCR divulgado pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) e pela Tendências Consultoria Integrada.

Além disso, o emprego na indústria recuou 0,4% na passagem de julho para agosto, na série livre de influências sazonais, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a quinta taxa negativa consecutiva, fazendo o pessoal ocupado assalariado no setor acumular uma perda de 2,9% nesse período. O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria diminuiu 0,8% em agosto ante julho. Por outro lado, as vendas de papelão subiram 2,42% em setembro na comparação com o mesmo mês do ano passado. Em relação a agosto deste ano, no entanto, as vendas caíram 0,09%, segundo dados de boletim prévio divulgado Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO).

A cautela dos investidores antes da divulgação de pesquisas de intenção de voto reduziram a liquidez no mercado de renda fixa, levando as taxas de juros futuros a terminarem o dia sem direção definida. No fim do pregão regular na BM&F Bovespa, o depósito interfinanceiro para janeiro de 2016 (94.280 contratos) tinha taxa de 11,86%, de 11,83% no ajuste da véspera. O DI para janeiro de 2017 (220.075 contratos) registrava taxa de 11,78%, de 11,77%. E o DI para janeiro de 2021 (168.675 contratos) mostrava taxa de 11,36%, ante 11,40%.

Os negócios foram mais uma vez conduzidos pelas expectativas em torno das sondagens Ibope/Estadão/TV Globo e do Datafolha, que serão anunciadas mais tarde, apesar da cautela com a indefinição sobre o posicionamento de Marina Silva no segundo turno das eleições. O mercado já vinha precificando desde o início da semana a oficialização do apoio de Marina Silva ao candidato tucano. A expectativa era de que isso ocorresse hoje, mas Marina adiou o anúncio de sua decisão.

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O candidato a vice-presidência na chapa tucana de Aécio Neves, senador Aloysio Nunes Ferreira, afirmou hoje que sua coligação irá buscar convergências com o conteúdo programático da plataforma de governo da ex-senadora Marina Silva (PSB) no que for possível. A declaração foi uma resposta à informação de que a ex-senadora não concorda com pontos do programa de Aécio, como a redução da maioridade penal, que é uma das bandeiras defendidas por Aloysio, autor de um projeto neste sentido.

A revista britânica The Economist, que chega às bancas nesta sexta-feira, cita rumor de que uma das estratégias de Aécio para atrair o apoio da ex-ministra no segundo turno pode ser a promessa de um importante e visível cargo: o Ministério de Relações Exteriores. A publicação diz que, mesmo com o eventual apoio de Marina, o caminho do tucano para derrotar a presidente Dilma Rousseff (PT) não será fácil.

Entre os indicadores e notícias de destaques do dia no Brasil estavam dados da inflação e um leilão do Tesouro. A primeira prévia do IGP-M de outubro caiu 0,07%, ante avanço de 0,26% na primeira prévia do mesmo índice de setembro. A taxa ficou perto do piso das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, de -0,10% a +0,24%, com mediana de +0,05%. O IPC-Fipe, que mede a inflação da cidade de São Paulo, registrou alta de 0,32% na primeira quadrissemana de outubro, após avanço de 0,21% em setembro.

O Tesouro realizou hoje o tradicional leilão de vendas de títulos públicos. Do total de 7 milhões de LTN ofertadas, foram vendidas 6,861 milhões, e mais 909,95 mil de LFT, quando o total disponibilizado para esse papel era de 1 milhão.

Após mais de um ano de altas seguidas, as taxas de juros das operações de crédito caíram em setembro ante agosto, mostra pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) divulgada nesta quinta-feira (9). Para pessoa física, a média das taxas interrompeu uma sequência de 15 meses de elevação, ao cair de 6,08% ao mês para 6,06%. Já para empresas, a taxa baixou de 3,44% para 3,43%, pondo fim a 12 meses de altas seguidas.

Em nota à imprensa, o coordenador da pesquisa e diretor executivo da Anefac, Miguel Ribeiro de Oliveira, atribuiu as reduções a três fatores. O primeiro foi a interrupção da elevação da taxa básica de juros (Selic), aliada à sinalização do Banco Central (BC) de que ela vai permanecer inalterada nos próximos meses. Os outros dois fatores são a estabilidade nos índices de inadimplência e as medidas anunciadas recentemente pelo BC para redução dos depósitos compulsórios.

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Para os próximos meses, a associação prevê que as taxas de juros das operações de crédito não devem ser alteradas, na medida em que a tendência é de a Selic ser mantida no período. "A não ser que, eventualmente, por conta da piora no cenário econômico, a inadimplência venha a ser elevada - o que levaria as instituições financeiras a subir suas taxas de juros mesmo em um ambiente de manutenção da taxa básica de juros", pondera a Anefac em nota.

A instituição pondera que outro fator a ser considerado e que eventualmente poderá provocar redução nas taxas de juros está relacionado ao fato de o Banco Central ter reduzido os compulsórios. Na avaliação da Anefac, isso poderá provocar alguma redução dos juros nas operações de crédito.

Linhas de crédito

Para pessoa física, das seis linhas de crédito pesquisadas, quatro tiveram taxas de juros reduzidas em setembro: juros do comércio (de 4,68% para 4,63%), CDC de bancos para financiamento de veículos (1,81% para 1,79%), empréstimo pessoal em bancos (3,47% para 3,44%) e empréstimo pessoal em financeiras (de 7,32% para 7,26%). Uma se manteve estável: cartão de crédito rotativo (10,78%).

Já para pessoa jurídica, das três linhas pesquisadas, duas tiveram as taxas de juros reduzidas no mês: desconto de duplicatas (de 2,55% para 2,54%) e conta garantida (de 5,89% para 5,88%). A taxa de capital de giro ficou estável em 1,88%.

O cenário eleitoral ficou em segundo plano nesta tarde de quarta-feira (8) com a divulgação do conteúdo da ata do último encontro do Federal Reserve, que trouxe uma visão mais suave do que esperava o mercado. Com isso, os yields dos Treasuries foram para baixo, o dólar perdeu força e as taxas futuras de juros domésticas encerrarem em queda.

Ao término da negociação estendida na BM&FBovespa, a taxa do DI para janeiro de 2015 (389.270 contratos) marcava 10,95%, de 10,943% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2016 (166.385 contratos) indicava 11,83%, de 11,78% na véspera. O DI para janeiro de 2017 (366.910 contratos) apontava 11,77%, igual ao ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2021 (273.090 contratos) tinha taxa de 11,40%, de 11,45% ontem.

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Até o horário marcado pelo Fed, os juros vinham exibindo majoritariamente alta, refletindo o IPCA de setembro mais salgado do que o projetado e, principalmente, os rumores sobre pesquisas de intenção de voto e o noticiário envolvendo os candidatos.

Segundo o IBGE, a inflação oficial do país registrou no mês passado alta de 0,57%, ante uma variação de 0,25% em agosto, acima do teto das projeções do mercado, de +0,50%. Em 12 meses, a taxa ficou em 6,75%, muito acima do teto da meta estipulada pelo governo, de 6,5%.

No quadro eleitoral, no início dos negócios, os rumores eram de que Aécio Neves (PSDB) apareceria à frente de Dilma Rousseff (PT) nas pesquisas que serão divulgadas amanhã. Ao longo da manhã, contudo, os mercados inverteram a direção, com especulações de que na verdade quem lidera as intenções de voto era a petista.

À tarde, na sua ata, o Fed informou que a maior parte de seus dirigentes "vê riscos à economia" e muitos enxergam significativas deficiências no mercado de trabalho. Além disso, os membros do banco central norte-americano mostraram mais preocupação com a debilidade do crescimento econômico fora dos EUA e com o impacto disso na economia do país. Ao mesmo tempo, a alta do dólar poderá manter a inflação nos EUA abaixo da meta do Fed, de 2%, por reduzir o custo de bens e serviços importados.

Diante disso, as expectativas de elevação dos juros básicos pelo Fed diminuíram. Agora a chance de um aperto em junho de 2015 está em 26%, abaixo de 31% de ontem e de 53%, há um mês, de acordo com dados da CME. Os yields dos Treasuries de 10 anos, que ficaram em alta na maior parte do dia, estavam em 2,322% no fim da tarde em Nova York, de 2,342% ontem.

As expectativas com o cenário eleitoral puxaram as taxas de juros para baixo pelo segundo dia consecutivo nesta terça-feira (7) após o primeiro turno das eleições, realizado no último domingo, mostrar um forte desempenho do candidato Aécio Neves (PSDB). Os investidores monitoram agora a possibilidade de a candidata Marina Silva (PSB) anunciar um apoio formal ao candidato mineiro, que disputará o segundo turno com a presidente Dilma Rousseff (PT).

No fim do pregão regular da BM&F Bovespa, a taxa do depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2015 (255.605 contratos) estava em 10,944%, de 10,959% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2016 (148.835 contratos) apontava 11,78%, de 11,84% no ajuste da véspera. O DI para janeiro de 2017 (311.440 contratos) mostrava 11,77%, de 11,94% na sessão anterior. E o DI para janeiro de 2021 (197.005 contratos) indicava 11,45%, ante 11,67%.

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Marina disse, em nota oficial, que definirá posição sobre segundo turno na quinta-feira. De acordo com a colunista Sonia Racy, do jornal "O Estado de S.Paulo", a ex-ministra teria concordado em apoiar Aécio em troca de ajustes no programa de governo tucano. Marina quer a inclusão da sustentabilidade na agenda e inserção de algumas de suas propostas nas áreas de educação e ambiente. O grupo político da ex-candidata à Presidência não foi ainda registrado como partido e está inserido, por tempo ainda indeterminado, no PSB.

Na nota oficial, Marina afirmou também que as opiniões individuais de cada partido, dirigentes e líderes das legendas da Coligação Unidos pelo Brasil, da qual fez parte, "devem ser respeitadas", mas não refletem, "em nenhuma hipótese", o seu posicionamento no segundo turno.

O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, reiterou nesta terça-feira o aceno que fez a Marina, dizendo que há convergências importantes entre as propostas de governo dela e as suas. "Reitero que nossa proposta de governo está sempre aberta às novas contribuições porque o projeto de governo está aberto aos aprimoramentos."

A forte queda dos yields dos Treasuries nos EUA também contribuiu para o declínio das taxas de juros no Brasil. Os rendimentos dos títulos do Tesouro americano caíram em meio à aversão ao risco devido a preocupações com o enfraquecimento da economia global.

Esse temores ganharam força após dados mostrarem uma queda maior que a esperada da produção industrial da Alemanha em agosto e de uma revisão em baixa das projeções econômicas para este ano pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). A produção industrial (ajustada) da Alemanha caiu 4,0% em agosto em relação a julho, acima da projeção de queda de 1,5%. Na comparação anual, a produção recuou 2,8%. O FMI disse que, para 2014, a expectativa é que o Produto Interno Bruto (PIB) global cresça 3,3%, ante 3,4% estimados em julho, quando foi divulgado o último relatório da instituição. Para 2015, a projeção baixou de 4% para 3,8%.

O Fundo rebaixou novamente a previsão de crescimento do Brasil para este ano e o próximo. O País deve ter uma das menores taxas de crescimento em 2014 entre os principais países emergentes, avançando 0,3% em 2014. Para 2015, o FMI projeta expansão de 1,4%, abaixo dos 2% que estimava em julho.

Os únicos destaques da agenda doméstica de indicadores foram os números da inflação. o IGP-DI calculado pela FGV subiu apenas 0,02% em setembro, de 0,06% em agosto e abaixo do piso das previsões do AE Projeções, que iam de +0,09% a +0,32%, com mediana +0,14%. O IPCA ponta também mostrou arrefecimento, de acordo com fonte que teve acesso ao dado, de 0,49% para 0,41% na passagem de sexta-feira para ontem.

Os juros futuros fecharam a sessão regular da BM&FBovespa nesta segunda-feira (6), em queda, alinhados à reação dos demais ativos domésticos ao resultado da eleição, principalmente o dólar. Os contratos de longo prazo tiveram recuo mais expressivo que os mais curtos, levando à retomada da inclinação negativa da curva. No fim da sessão regular, o DI janeiro de 2015 (117.895 contratos) caiu a 10,96%, de 11,00% no ajuste anterior, e o DI janeiro de 2016 (184.560 contratos) passou de 11,91%, no ajuste da sexta-feira, para 11,84%. Nos mais longos, o DI janeiro de 2017 recuou a 11,94%, de 12,12% no ajuste anterior, com 379.425 contratos. O DI janeiro de 2021 (301.375 contratos) fechou em 11,67%, de 12,05% no ajuste da sexta-feira. O dólar à vista no balcão terminou em R$ 2,4290 (-1,78%),

Os juros acompanharam de perto o movimento do câmbio, batendo as mínimas também logo na abertura, influenciados pela conquista de Aécio Neves (PSDB) de uma vaga no segundo turno contra Dilma Rousseff (PT), com um desempenho bastante acima do que apontavam as pesquisas de intenção de voto. Os investidores também tentaram, em alguma medida, antecipar um possível apoio da candidata Marina Silva (PSB) ao tucano na etapa decisiva do pleito, após suas declarações ontem de que o Brasil "não quer mais o que está aí". A ex-senadora, contudo, ainda não se posicionou oficialmente a respeito de alianças no segundo turno.

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Com 100% das urnas apuradas, a candidata do PT, Dilma Rousseff, teve 43.267.668 de votos (41,59%), Aécio Neves do PSDB recebeu 34.897.211 (33,55%) e Marina Silva, do PSB, 22.176.619 (21,32%).

O mercado conta que, num eventual governo de Aécio, haverá mudanças na política econômica que incluem, entre outros fatores, maior rigor fiscal, fim da intervenção no câmbio e na política de preços da Petrobras. A queda das taxas no início do dia foi tão acentuada que o DI janeiro de 2021 chegou, ao bater a mínima de 11,30%, perto do limite de baixa da oscilação de 11,25%.

Segundo Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central e futuro ministro da Fazenda em caso de vitória de Aécio Neves, 2015 será um ano melhor do que 2014 em termos de crescimento e mesmo de inflação caso o tucano vença. Em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, Fraga afirmou que a proposta do candidato tem três pilares: reorganizar a política macroeconômica, promover a reforma tributária e aumentar os investimentos em infraestrutura. "O Aécio tem como proposta trazer a economia de volta a um potencial de crescimento de 4%, reorganizando a política macroeconômica, reduzindo a incerteza, levando a inflação de volta para a meta e, consequentemente, obtendo juros mais baixos", disse.

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