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As taxas de juros futuras terminaram perto da estabilidade nesta terça-feira (3) depois de uma sessão volátil, zerando as perdas registradas ao longo da tarde, à medida que o dólar voltou a ganhar tração na reta final dos negócios.

Como o dólar, as taxas de juros futuras subiram pela manhã, impulsionadas por questões políticas e expectativas pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), prevista para amanhã. Se as apostas majoritárias forem confirmadas, o Banco Central elevará a taxa de juros para 12,75% ao ano, o mesmo patamar de seis anos atrás. No entanto, as taxas desaceleram a alta ao longo da tarde, à medida que o dólar e os juros dos Treasuries perderam força.

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Em dia de agenda de indicadores fraca no Brasil, os investidores resolveram monitorar a lista que o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, deve entregar hoje ao Supremo Tribunal Federal (STF) com os nomes dos parlamentares envolvidos na Operação Lava Jato. O ministro do STF Marco Aurélio Mello defendeu o fim do sigilo dos inquéritos da operação. "Penso que, na administração pública, a mola mestre é a publicidade. É o que viabiliza a eficiência, pelo acompanhamento da imprensa e pelo acompanhamento dos cidadãos em geral", disse, ao chegar para sessão das turmas do Supremo.

A ausência do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), em jantar na noite de ontem com a presidente Dilma Rousseff e a cúpula do PMDB, em um momento no qual o governo precisa de apoio para aprovar seu programa de ajuste fiscal, contribuiu para acentuar os temores nos mercados financeiros domésticos.

Os agentes estavam também cautelosos antes de reuniões de membros do governo com representantes das agências de classificação de risco, depois que o rebaixamento da nota da Petrobras para grau especulativo suscitou preocupações sobre um corte do rating soberano. Os representantes da agência Standard & Poor's desembarcam amanhã em Brasília, onde se encontrarão com membros da área técnica do BC e do Ministério da Fazenda.

No âmbito fiscal, o governo informou a líderes da base na Câmara na manhã de hoje de que está disposto a apresentar uma nova proposta de reajuste da tabela do Imposto de Renda. O veto presidencial à proposta de reajuste de 6,5% será apreciado na sessão do Congresso da próxima semana. Até lá, o Palácio do Planalto deve apresentar uma alternativa. "Há espaço para negociação. O que vai ser (a proposta), não posso antecipar", afirmou o líder o governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). A presidente Dilma Rousseff defendia reajuste de 4,5%, mas a proposta nunca foi apresentada ao Congresso.

No jantar de ontem, no Palácio da Alvorada, a presidente Dilma se comprometeu com o vice-presidente Michel Temer e com a cúpula peemedebista a ouvir os partidos "sempre que possível" antes de encaminhar projetos ao Congresso e, assim, ampliar a participação deles nas decisões de governo. A medida é uma tentativa de diminuir os conflitos com o PMDB. A presidente disse, contudo, que há propostas que não são possíveis de serem adiantadas aos parlamentares, como as que têm relação com o mercado.

O avanço das taxas de juros perdeu um pouco a força a tarde, refletindo a desaceleração do dólar e dos juros dos Treasuries. Mas uma recuperação da moeda americana no fim da negociação acabou puxando as taxas para perto da estabilidade. No término da sessão regular do mercado de juros futuros na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em abril de 2015 (53.025 contratos) tinha taxa de 12,535%, ante 12,519% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2016 (49.900 contratos) apontava 13,11%, de 13,12%. O DI para janeiro de 2017 (202.465 contratos) indicava 12,87%, ante 12,87% no ajuste da véspera. No trecho longo, o contrato com vencimento em abril de 2021 tinha taxa de 12,43%, igual ao nível observado no ajuste da véspera.

Os esforços do governo nesta semana para aprovar o programa de ajuste fiscal do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no Congresso, somados a declarações da Moody's sobre o rating do Brasil, levaram as taxas de juros futuras a terminarem em baixa nesta quinta-feira, 26, apesar do resultado fiscal do governo central pior que o esperado em janeiro. No câmbio, o dólar fechou em alta, alinhado com o avanço registrado ante outras moedas no exterior, após indicadores econômicos dos EUA elevarem as apostas de uma alta de juros ainda neste ano nos EUA.

No fim do pregão regular na BM&F Bovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em abril de 2015 (46.565 contratos) projetava 12,484%, igual à taxa registrada no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2016 (132.345 contratos) indicava 13,12%, também nivelado ao ajuste anterior. O contrato de DI com vencimento em janeiro de 2017 (220.165 contratos) tinha taxa de 12,94%, ante 12,98%, e o DI para janeiro de 2021 (87.655 contratos), de 12,55%, ante 12,58% no ajuste da véspera.

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As taxas de juros futuras abriram a sessão em alta, em reação à declaração do analista sênior para rating soberano da Moody's, Mauro Leos, minimizando a possibilidade de um corte do rating do Brasil. Segundo ele, nos vários cenários traçados para a economia do Brasil, mesmo o que considera algum apoio financeiro do governo à Petrobras, a dívida pública bruta não vai superar 70% do PIB. "Este nível (de dívida) continuará compatível com rating atual do Brasil", que é de Baa2.

O aumento da taxa de desemprego, reportada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE,) contribuiu para a baixa dos juros no Brasil, devido à percepção dos agentes do mercado de que o dado pode aliviar a pressão sobre o Banco Central em termos de aperto monetário. A taxa de desemprego ficou em 5,3% em janeiro de 2015, ante taxa de 4,3% em dezembro. O resultado ficou um pouco acima da mediana das estimativas de 5,00%.

Mas o dado mais esperado da agenda doméstica - o resultado primário do governo central, que veio pior que as expectativas - foi acompanhado pelos investidores, mas não provocou forte reação na curva dos juros. Isso porque o mercado continua a dar um voto de confiança para o programa de ajuste da equipe econômica, comandada por Joaquim Levy. Os esforços do governo nesta semana para que as medidas do ministro da Fazenda sejam aprovadas no Congresso contribuíram para aumentar a credibilidade dos agentes nas metas fiscais.

Os juros futuros de médio e longo prazos fecharam em baixa nesta segunda-feira (23), enquanto os mais curtos ficaram perto dos ajustes anteriores, com reduzido volume de negócios. Ao término da sessão regular, o DI para abril de 2015 (36.795 contratos) estava em 12,460%, ante 12,455% no ajuste anterior. O DI janeiro de 2016, com 91.470 contratos, recuou de 13,25% para 13,23%. O DI janeiro de 2017 (191.370 contratos) fechou em 13,14%, de 13,22% no ajuste da sexta-feira, e o DI janeiro de 2021, com 71.055 contratos, terminou em 12,71%, de 12,83%.

Segundo operadores, o alívio foi puxado pelo dólar em baixa durante uma parte do dia, correção de parte da alta recente e declarações do ministro Joaquim Levy. Em palestra a empresários em São Paulo, o ministro reforçou a importância da execução de um ajuste fiscal e disse que o governo está com intenção de fazer ajustes no PIS e no Cofins.

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"Estamos estudando instituir o chamado crédito financiamento do PIS/Cofins", disse, em evento da Câmara de Comércio França-Brasil. Levy reforçou ainda a importância de a política monetária permanecer vigilante para que o reajuste dos preços relativos não gere efeitos se segunda ordem, o que poderia provocar um processo inflacionário.

Nos curtos, as taxas ficaram perto dos ajustes anteriores, diante da expectativa de mais uma elevação da Selic em 0,50 ponto porcentual na reunião do Copom na próxima semana. Não somente esta é a expectativa nas mesas de renda fixa como também nos Departamentos Econômicos.

Pesquisa realizada pelo AE Projeções com 44 instituições do mercado mostra que 39 aguardam a taxa básica de juros no nível de 12,75% ao ano e apenas cinco casas esperam um ajuste menor, de 0,25 ponto porcentual, para a marca de 12,50%.

As taxas dos contratos futuros de juros terminaram nesta sexta-feira (13), próximas dos patamares vistos ontem, com os investidores evitando mudanças radicais antes do carnaval. Como não haverá negócios no Brasil na segunda-feira, na terça-feira e na primeira metade da quarta-feira, os players preferiram manter posições.

As taxas dos contratos futuros de juros oscilaram um pouco ao longo da sessão, também esvaziada por conta do carnaval, terminando em sentidos mistos e sem se distanciarem dos níveis de ontem. No fim da sessão regular, a taxa do DI para janeiro de 2016 terminou em 13,18%, ante 13,20% de ontem, a do contrato para janeiro de 2017 marcou 13,05%, ante 13,08%, e a do DI para janeiro de 2021 ficou em 12,54%, ante 12,49%.

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O indicador de maior importância no dia foi o Índice Geral de Preços-10 (IGP-10), que subiu 0,43% em fevereiro, ante 0,42% em janeiro. O resultado ficou próximo da mediana projetada (+0,41%) e dentro do intervalo previsto (+0,20% a +0,48%). Na prática, o resultado não fugiu do esperado e não fez preço.

Para o economista da Tendências Consultoria, Silvio Campos Neto, "o maior interesse no curto prazo será o monitoramento do ambiente político, visando a aprovação das medidas de ajuste fiscal nas próximas semanas". Em comentário diário, ele observa, porém, que "neste aspecto o cenário é nebuloso, com as demonstrações de um Congresso mais hostil ao governo". "Assim, em meio ao pessimismo com o desempenho econômico, a incipiente reação dos ativos locais deve continuar instável e sem firmeza", conclui.

No exterior, foi informado que o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro cresceu 0,3% no quarto trimestre de 2014 ante o período imediatamente anterior, resultado que ficou levemente acima do previsto, de +0,2%. Na comparação anual, o PIB do bloco teve expansão de 0,9% entre outubro e dezembro, também ligeiramente acima da alta prevista de 0,8%. Com isso, a região da moeda única teve expansão de 0,9% no acumulado de todo o ano passado.

Já nos EUA foi anunciado, no fim da manhã, que os preços das importações tiveram a maior queda anual em quase seis anos em janeiro, de -2,8% ante dezembro, mas ainda assim o recuo foi menor que a previsão de -3,4%. Na comparação anual, o índice caiu 8%, no maior recuo desde setembro de 2009. Ambos os resultados refletem a queda nos preços do petróleo sobre a desaceleração da inflação no país. Na Nymex, também às 12 horas, o contrato do WTI para março valia US$ 52,54 (+2,60%).

As taxas de juros futuras fecharam em queda nesta quinta-feira (12), à medida que o dólar recuou e os investidores aproveitaram o ambiente mais tranquilo no exterior para realizar alguns ajustes no mercado doméstico depois da alta vista nas últimas sessões.

No fechamento da sessão regular na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em abril de 2015 (27.205 contratos) tinha taxa de 12,405%, ante 12,409% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2016 (129.495 contratos) apontava 13,20%, de 13,26% no ajuste da véspera.

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O contrato com vencimento em janeiro de 2017 (274.850 contratos) indicava 13,08%, de 13,24%. O DI para janeiro de 2021 (102.115 contratos) fechou com taxa de 12,49%, ante 12,70%.

As taxas de juros sofreram um ajuste técnico, após seis sessões seguidas de alta, influenciados pelo recuo do dólar e dos retornos dos Treasuries. O rendimento dos títulos do EUA apagaram os ganhos vistos mais cedo e passaram a cair após a divulgação dos indicadores econômicos norte-americanos.

As vendas no varejo dos EUA caíram 0,8% em janeiro, no comparativo mensal, em resultado pior que o esperado pelos analistas, que aguardavam queda de 0,5%. Já o valor dos estoques das empresas dos EUA subiu 0,1% entre novembro e dezembro, com um aumento de 0,5% nos estoques do varejo, segundo dados do Departamento do Comércio. A previsão de analistas apontava alta de 0,2%.

No mercado de trabalho, os pedidos de auxílio-desemprego aumentaram para 304 mil na última semana, acima da previsão de 290 mil.

No câmbio, notícias provenientes da Rússia e da Grécia deixaram o ambiente mais calmo nos mercados internacionais, o que contribuiu para o recuo do dólar ante algumas moedas commodities e de países emergentes, como o real. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou hoje um cessar-fogo nos confrontos entre separatistas pró-Rússia e o governo da Ucrânia, que entrará em vigor a partir da meia-noite de Domingo.

Em relação à Grécia, apesar da reunião emergencial do Eurogrupo sobre a dívida grega não ter chegado a uma solução ontem, o Banco Central Europeu (BCE) aumentou a linha de assistência de liquidez de emergência, conhecida pela sigla ELA, para o país em cinco bilhões de euros, para 65 bilhões.

De volta ao âmbito doméstico, apesar do o índice de atividade econômica do Banco Central (IBC-Br) ter ficado melhor que a mediana das estimativas em dezembro, os agentes continuam preocupados com a situação fiscal e da economia do Brasil. O índice, considerado uma referência para o Produto Interno Bruto (PIB), recuou 0,55% em dezembro, na comparação com novembro, já descontados os efeitos sazonais.

Na avaliação da equipe de pesquisa do Bradesco, a queda do indicador em dezembro reforça a expectativa de uma contração no PIB do quarto trimestre calculado pelo IBGE. O Wells Fargo, quarto maior banco dos Estados Unidos, disse que as denúncias de corrupção na Petrobras, o fraco nível de consumo e o baixo investimento podem ter "sérias consequências" na atividade econômica do Brasil este ano e possivelmente em 2016.

A Economist Intelligence Unit (EIU) afirmou que rebaixou a nota soberana de crédito do Brasil para BB, de BBB, e que o país perdeu o grau de investimento, de acordo com o modelo de avaliação da agência.

Em relatório vendido a clientes a partir do dia 23 de janeiro, a EIU ponderou que a política expansionista adotada em 2014, ano eleitoral, erodiu o equilíbrio fiscal do País, que registrou déficit primário de 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) nos doze meses até novembro. Além disso, o aperto monetário adotado a partir de outubro elevou a proporção do pagamento de juros a 5,6% do PIB.

O ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Pepe Vargas, disse hoje que o ajuste fiscal anunciado pelo governo é de "curto prazo". Segundo ele, o objetivo do ajuste é "equacionar as questões" para a construção de fundamentos sólidos na economia.

"A gente tem que dizer isso, deixar claro que esse é o nosso objetivo, nós não temos nenhum objetivo de recuar, de retirar direitos, muito antes pelo contrário, mesmo que eventualmente tenhamos que fazer determinadas correções em alguns benefícios que são direitos do povo brasileiro, dos trabalhadores", acrescentou. "Precisamos deixar claro que isso não é um processo de longo prazo, é um ajuste de curto prazo", completou.

A escalada do dólar nesta quarta-feira (11), para seu maior patamar desde outubro de 2004, combinada com o crescimento fraco da economia e a possibilidade de o governo enfrentar dificuldades no Congresso, culminou num dia de alta nas taxas de juros futuros.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o DI com vencimento em abril de 2015 (78.680 contratos) estava em 12,410%, de 12,354% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2016 (327.320 contratos) apontava 13,26%, de 13,00% ontem. O DI para janeiro de 2017 (422.460 contratos) mostrava 13,24%, de 12,92% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2021 (140.000 contratos) indicava 12,70%, de 12,56% no ajuste da véspera.

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O dólar subiu 1,38% e terminou em R$ 2,87, maior preço desde 25 de outubro de 2004. No mês, já acumula elevação de 6,89%. Na avaliação do mercado, o quadro recessivo vem ganhando contornos definidos. Pela manhã, o IBGE divulgou hoje que o varejo decepcionou. As vendas no varejo restrito recuaram 2,6% em dezembro ante novembro de 2014, na série com ajuste sazonal.

A queda foi maior que o piso das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções (baixa de 2,50% a alta de 0,20%). Na comparação com dezembro de 2013, sem ajuste sazonal, as vendas tiveram alta de 0,3%. As vendas do varejo restrito acumularam alta de 2,2% em 2014. Em relação ao ampliado, a queda de 3,7% ma margem também foi maior que o piso (-2,50%). Na comparação interanual, idem, com baixa de 2,2% - as projeções iam de -0,70% a +3,70%. No ano, houve retração de 1,7%.

Depois de a pesquisa Focus mostrar deterioração das previsões para a economia, com possibilidade de retração do PIB em 2015, hoje o Itaú Unibanco reforçou essa perspectiva ao projetar queda de 0,3% para a economia do país no primeiro trimestre de 2015. "Sem incorporar a possibilidade de apagão, já vemos um PIB negativo em 2015. Nossa projeção é de -0,5% sem racionamento", disse Caio Megale, economista do Itaú. Com racionamentos, o economista-chefe do banco, Ilan Goldfajn, e sua equipe projetam queda de 1% do PIB em 2015.

O economista do Santander, Maurício Molan, também prevê resultado fraco este ano. A alta de 0,3% prevista pela instituição deve ser revista para uma contração de 1%.

E, para ajudar, o governo está tendo dificuldades no Congresso, depois de ter visto seu candidato à presidência da Câmara ser derrotado com a eleição Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Em tempos de ajuste fiscal, ontem a Câmara dos Deputados aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que torna obrigatório o pagamento das emendas parlamentares individuais. Na prática, o projeto impede que o Palácio do Planalto "congele" o desembolso de emendas para pressionar a base do Congresso a votar de acordo com seus interesses.

As taxas de juros futuras fecharam em alta pela quinta sessão seguida nesta terça-feira (10), conduzidas pelo dólar e igualmente pelo pessimismo no âmbito doméstico. Dados publicados pela manhã pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que o emprego na indústria avançou 0,4% na passagem de novembro para dezembro do ano passado, na série livre de influências sazonais, porém, acumulou uma queda de 3,2% em 2014. Os dados corroboraram indicadores anunciados recentemente que apontaram a deterioração econômica no País.

A piora dos indicadores domésticos, a falta de sinalização sobre o balanço da Petrobras e as declarações do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, sobre o câmbio feitas no fim do mês passado continuam a minar o apetite por risco dos investidores no Brasil.

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As taxas dos juros de contratos com vencimento mais longo desaceleraram a alta, durante a tarde, enquanto os mais curtos ampliaram o avanço, reagindo a comentários do indicado à Diretoria de Política Econômica do BC, Luiz Awazu, que participou da reunião do G-20, em Istambul, na Turquia. Awazu fez um diagnóstico pessimista sobre a trajetória da inflação no Brasil e comentou que o País vive atualmente o ajuste de dois importantes preços da economia: do câmbio e das tarifas públicas. "Sabemos que esse processo está em curso na primeira parte do ano. O fundamental é que a política monetária trabalhe e mantenha-se especialmente vigilante para garantir que as pressões de curto prazo não se propaguem para os horizontes mais longos", disse.

Segundo ele, "os ajustes de preços relativos têm de ser reais e efetivos. Para isso, a política monetária tem de trabalhar focada no objetivo de trazer a inflação à meta de 4,5% em dezembro de 2016".

No fechamento da sessão regular da BM&F Bovespa, o DI para abril de 2015 (237.295 contratos) apontava 12,254%, ante 12,333% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2016 (286.565 contratos) indicava 13,00%, de 12,88%. O DI para janeiro de 2017 (463.260 contratos) tinha taxa de 12,92%, ante 12,79%. O DI para janeiro de 2021 (183.570 contratos) projetava 12,56%, de 12,51% no ajuste da véspera.

A forte alta da moeda norte-americana, nesta quarta-feira (4), pressionou as taxas futuras de juros, que também terminaram em elevação. No mercado cambial, o dólar fechou no maior patamar desde março de 2005 (R$ 2,7522), a R$ 2,7470, +1,97%.

A renúncia da diretoria da Petrobras, que poderia imputar viés de baixa para os juros e para o dólar, ao minimizar um dos grandes riscos para a economia doméstica, acabou em segundo plano. O mercado também só monitorou o noticiário sobre o forte aumento das tarifas de energia elétrica, de até 40%, nas palavras do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga. As taxas, assim, subiram pressionadas pelo câmbio e pela alta dos yields dos Treasuries, num dia de poucos indicadores econômicos.

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Ao término da negociação normal na BM&FBovespa, o DI com vencimento em abril de 2015 (4.175 contratos) estava em 12,300%, de 12,289% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2016 (126.620 contratos) apontava 12,81%, de 12,76% ontem. O DI para janeiro de 2017 (176.125 contratos) mostrava 12,59%, de 12,50% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2021 (87.995 contratos) indicava 12,12%, de 12,00% no ajuste da véspera.

Nos EUA, além da ADP - que apontou que o setor privado dos EUA criou 213 mil empregos em janeiro, abaixo da previsão, mas revisou a leitura de dezembro para cima, a 253 mil postos de trabalho criados, de 241 mil originalmente -, outros indicadores positivos e o tombo do petróleo também favoreceram o avanço da moeda ante outras de países exportadores de commodities. Às 16h37, o contrato para março na Nymex recuava 6,77% a US$ 49,46 o barril. Também contribuiu a percepção crescente de que o Fed pode, de fato, elevar os juros em meados deste ano.

O declínio do dólar, dados fracos da produção industrial e especulações sobre mudanças no comando da Petrobras resultaram em baixa das taxas de juros futuras nesta terça-feira (3). A notícia, divulgada no fim dos negócios no mercado de renda fixa, de que a agência de classificação de risco Fitch rebaixou o rating da Petrobras de BBB para BBB-, um nível acima da perda do grau de investimento, não teve impacto sobre as taxas de juros futuras.

A agência também colocou os ratings em observação negativa. O rebaixamento veio depois de circularem mais cedo rumores sobre mudanças no comando da Petrobras que provocaram forte alta das ações da companhia. A presidente Dilma Rousseff participa nesta tarde de reunião com a presidente da Petrobras, Graça Foster.

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Apesar da queda dos juros futuros na sessão, a curva a termo continua a precificar majoritariamente uma elevação de 0,50 da taxa Selic em março. Na quarta-feira passada, um dia antes da divulgação da ata da última reunião da instituição, a possibilidade dessa alta era de apenas 3%.

Dados da produção industrial divulgados pela manhã mostraram resultados fracos. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou ainda que a atividade industrial caiu 2,8% em dezembro na comparação com novembro, na série com ajuste sazonal, superando a mediana das estimativas, que era de -2,10%. Na comparação com dezembro de 2013, a produção industrial caiu 3,2%, também acima da mediana de -2,40%.

Também foi anunciado o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que mede a inflação da cidade de São Paulo. O indicador subiu 1,62% na quarta quadrissemana de janeiro. O número representa uma aceleração em relação à terceira leitura do mês, quando o índice avançou 1,27%. Nos 12 meses até janeiro, o IPC acumula avanço de 5,91%. O coordenador do IPC, André Chagas, elevou a projeção para a inflação de 2015 na capital paulista. De acordo com ele, a estimativa foi revista de 4,99% para 5,30%, por causa de novas pressões relacionadas à tarifa de energia elétrica e aos combustíveis.

No fim do pregão regular do mercado de renda fixa na BM&F Bovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em abril de 2015 (41.485 contratos) fechou com taxa de 12,290%, ante 12,300% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2016 (144.620 contratos) registrou 12,76%, de 12,85%. O DI para janeiro de 2017 (229.105 contratos) terminou com 12,50%, de 12,62%. O contrato com vencimento em janeiro de 2021 fechou com taxa de 12,00%, ante 12,08% no ajuste anterior.

O mês de fevereiro começou com cautela nos mercados de câmbio e juros domésticos. O dólar cravou, nesta segunda-feira (2), sua quarta sessão consecutiva de alta ante o real, apesar do movimento contrário visto no exterior, e puxou para cima os juros futuros, em meio às preocupações com a economia brasileira.

O dólar à vista no balcão encerrou a R$ 2,713 (+1,04%), maior patamar desde 5 de janeiro (R$ 2,7160), com ganho de 5,52% acumulado em quatro sessões. No encerramento da sessão da BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em abril de 2015 projetava 12,300%, ante 12,276% no ajuste de sexta-feira, com 82.905 contratos. O DI para janeiro de 2016 tinha taxa de 12,85%, ante 12,75%, com 256.365 contratos. O DI para janeiro de 2017 (174.795 contratos) subia a 12,62%, ante 12,47%. O contrato de DI com vencimento em janeiro de 2021 tinha taxa de 12,12%, de 11,89% no ajuste anterior, e 80.675 contratos.

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A moeda americana começou o dia em baixa ante o real, mas ainda na etapa matutina inverteu para alta, já que o movimento de ajuste não resistiu às preocupações com o cenário doméstico, repleto de riscos que vão do racionamento de energia e retração do PIB em 2015 à eleição de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a Câmara dos Deputados.

No mercado de juros, as taxas subiram em toda a curva a termo. Segundo operadores, o mercado está desconfortável em se expor ao risco prefixado diante de uma inflação em 12 meses que deve começar a rodar acima dos 7%, ao mesmo tempo em que a atividade corre o risco de ficar estagnada este ano.

A disparada do dólar ante o real, nesta sexta-feira (30), fez os juros futuros registrarem forte alta, sobretudo nos vencimentos intermediários e longos. Mas o avanço das taxas curtas, ainda que mais discreto, indicou aumento das apostas na manutenção do ritmo de aperto monetário em 0,50 ponto porcentual na próxima reunião do Copom, em março. O avanço dos juros também refletiu, entre outras coisas, o aumento da desconfiança com o Brasil, oriundo do rebaixamento dos ratings da Petrobras e do déficit do setor público consolidado.

Assim, ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o DI com vencimento em janeiro de 2016 apontava 12,75%, de 12,67% ontem. O DI para janeiro de 2017 mostrava 12,47%, de 12,34% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2021 indicava 11,89%, de 11,76% no ajuste da véspera. O dólar à vista de balcão encerrou o dia em alta de 2,95%, aos R$ 2,6850.

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Pela manhã, os investidores já repercutiam a notícia de que a Moody's havia rebaixado o rating da Petrobras para BAA3, mantendo a perspectiva sob revisão para futura nova baixa. Além disso, o Banco Central informou que o setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais - com exceção de Petrobras e Eletrobras) apresentou déficit primário de R$ 12,894 bilhões em dezembro. Foi o pior resultado para o mês desde 2001, quando teve início a série histórica do BC. Em 2014, o déficit público primário foi de 0,63% do PIB.

De acordo com o profissionais do mercado, o avanço das taxas futuras de juros só não foi maior por conta do recuo dos juros dos bônus de países como Alemanha e Estados Unidos. Entre outubro e dezembro, o PIB dos EUA cresceu a uma taxa anual de apenas 2,6%, bem menos que a expansão de 3,2% prevista por analistas.

Antes do PIB, já havia repercutido mal nos mercados a notícia de que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro teve queda anual de 0,6% na prévia de janeiro, após recuar em ritmo mais lento de 0,2% em dezembro. Assim, o retorno dos bunds alemães de 10 anos bateram na mínima histórica, abaixo de 0,30%. Já o yield dos Treasuries de 10 anos estava no fim da tarde em 1,6823%, de 1,759% no fim da tarde de ontem em Nova York.

As taxas de juros futuras terminaram majoritariamente estáveis, nesta quinta-feira (29), depois de ata da reunião de política monetária do Banco Central não dar nenhuma sinalização clara sobre os próximos passos da instituição. Entre os contratos com vencimento mais longo, as taxas registraram ligeiro viés de alta devido à valorização do dólar.

A ata do Comitê de Política Monetária do Banco Central destacou que há pressões adicionais sobre os preços relativos neste ano e também reforçou a ideia de que a convergência da inflação à meta só ocorrerá em 2016. No entanto, a instituição deixou seu próximo passo em aberto, podendo ajustar a Selic em 0,50 ponto porcentual ou 0,25 ponto porcentual em março. Ontem, o mercado precificava chance maior de 0,50 pp e hoje fez uma pequena correção em baixa, mantendo as apostas divididas, explicou uma fonte da área de renda fixa.

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No documento, o Comitê alterou o parágrafo 31, no qual mencionava, em dezembro, que a política monetária deveria se manter "especialmente vigilante" e, ao mesmo tempo, dizia que o esforço de política monetária tenderia a ser implementado com "parcimônia". O trecho atualizado trouxe a avaliação do colegiado de que "o cenário de convergência da inflação para 4,5% em 2016 tem se fortalecido". "Para o Comitê, contudo, os avanços alcançados no combate à inflação - a exemplo de sinais benignos vindos de indicadores de expectativas de médio e longo prazo - ainda não se mostram suficientes", informou a ata.

Diante da falta de clareza sobre o ritmo que o Banco Central adotará na sua política de juros levou as taxas futuras a terminarem muito perto da estabilidade, com as taxas mais longas exibindo ligeiro viés de alta devido ao avanço do dólar. No fim da sessão regular na BM&F Bovespa, a taxa do DI para abril de 2015 (105.770 contratos) fechou em 12,26%, de 12,27% no ajuste anterior. O DI para em janeiro de 2016 (264.865 contratos) apontava taxa de 12,67%, de 12,68% no ajuste de ontem; o DI com vencimento em janeiro de 2017 (179.935 contratos) projetava taxa de 12,34%, de 12,35%; e o DI para janeiro de 2021 estava em 11,76%, de 11,74%, na mesma comparação.

Os resultados das contas do governo central também foram observados no Brasil. Segundo o Tesouro Nacional, o resultado do chamado Governo Central, que reúne as contas do Tesouro Nacional, INSS e Banco Central, registrou déficit de R$ 17,242 bilhões em 2014, marcando o pior desempenho da série histórica que teve início em 1997. Foi o primeiro déficit da série e corresponde a 0,34% do Produto Interno Bruto (PIB). O dado contrariou a previsão do governo de fechar o ano com um superávit de R$ 10,1 bilhões e reforça as incertezas dos investidores sobre o cumprimento da meta fiscal do governo.

Também foram divulgados hoje dados da inflação e do desemprego. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) passou de +0,62% em dezembro para +0,76% em janeiro. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) reportou que a taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do País ficou em 4,3% em dezembro de 2014, no limite inferior do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam um resultado entre 4,30% a 5,20%, com mediana de 4,60%.

Os juros futuros de curto prazo fecharam estáveis, enquanto os longos avançaram em linha com o câmbio, em um ambiente de liquidez muito fraca. No encerramento da sessão regular da BM&FBovespa, o DI com vencimento em abril de 2015 tinha taxa de 12,270%, ante 12,260% no ajuste da sexta-feira, com 43.135 contratos. O DI para janeiro de 2016 terminou em 12,69%, de 12,68% no ajuste anterior, com 53.035 contratos. O DI para janeiro de 2017 (101.550 contratos) fechou em 12,36%, de 12,34%, e o DI para janeiro de 2021 (36.375 contratos), 11,67% (11,64% no ajuste da sexta-feira).

Nos negócios de balcão, o dólar à vista encerrou a R$ 2,587 (+0,19%). Na mínima, perto das 15 horas, ficou estável em R$ 2,582 e, na máxima, pouco depois das 11 horas, subiu a R$ 2,608 (+1,01%). O dólar encerrou a sessão em alta ante o real, pautada principalmente pelo exterior, onde a moeda exibiu avanço ante as demais divisas de países emergentes.

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Nesta segunda-feira de agenda fraca de indicadores, o dólar acabou mesmo sendo o vetor para o rumo das taxas longas. Os curtos refletem o compasso de espera do mercado, que está ansioso pela divulgação da ata do Copom na quinta-feira, para calibrar suas apostas para a política monetária, já que o comunicado da reunião da semana passada não deu pistas sobre os próximos passos do BC.

Enquanto isso, na pesquisa Focus, a mediana das estimativas para o IPCA de 2015 saltou de 6,67% para 6,99% e a de 2016 caiu de 5,70% para 5,60%. Para o PIB de 2015, a mediana recuou de 0,38% para 0,13%.

Ainda pela manhã, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que a confiança do consumidor caiu 6,7% em janeiro ante dezembro, para 89,8 pontos, o menor nível da série histórica, iniciada em setembro de 2005.

A expectativa de que a presidente Dilma Rousseff deixe claro, na reunião ministerial da próxima terça-feira (27) o apoio às medidas mais recentes tomadas pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, definiu nesta sexta-feira (23) a queda consistente das taxas dos contratos futuros de juros com prazos mais longos. O movimento foi reforçado pelos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que mostraram que 2014 teve a menor geração de vagas desde 2002. Os juros curtos, no entanto, ainda ficaram mais próximos da estabilidade, com leve viés de alta, em função do avanço do dólar ante o real e do IPCA-15 de janeiro pressionado.

No fim da sessão regular, o juro do DI para abril de 2015 estava em 12,26%, de 12,239% ontem. A taxa do contrato futuro de juros para janeiro de 2016 marcava em 12,68%, igual ao ajuste de ontem. A taxa do DI para janeiro de 2017 estava em 12,34%, ante 12,39% do ajuste anterior. Na ponta longa, o contrato para janeiro de 2021 tinha taxa de 11,64%, ante 11,82%. No mercado de câmbio, o dólar à vista de balcão fechou em alta de 0,23%, aos R$ 2,5820. A moeda para fevereiro, que encerra apenas às 18 horas, avançava 0,33%, aos R$ 2,5890.

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Pela manhã, o viés principal na curva a termo era de alta, com investidores realizando um pouco dos lucros após os recuos recentes e em função do forte avanço do dólar ante o real. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) também ajudou no movimento, ao acelerar de 0,79% em dezembro para 0,89% em janeiro, conforme os números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou em linha com a mediana estimada pelos analistas, conforme o AE Projeções, mas mostrou que a inflação segue pressionada. No acumulado de 12 meses pelo IPCA-15, ela está em 6,69% (acima do teto de 6,5% do teto da meta do governo).

À tarde, o cenário altista para as taxas mudou. Conforme nota divulgada pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, na primeira reunião ministerial do segundo mandato, na próxima terça-feira, a presidente Dilma Rousseff vai defender o ajuste fiscal e o corte no orçamento dos ministérios, cobrando eficiência, produtividade e colaboração de todos neste momento, considerado difícil, da economia.

Para o mercado, se Dilma deixar claro no encontro com ministros que apoia todas as ações tomadas recentemente por Joaquim Levy, ela dará uma sinalização positiva aos investidores, ainda receosos de sua postura ante a nova equipe econômica. "No mercado, existe a ideia de que Dilma pode não estar tão de acordo com as ações de Levy. E Dilma sumiu, parou de falar. Se ela de fato deixar claro, na próxima semana, que está de acordo com Levy, isso será um alívio", comentou Rogério Braga, diretor de gestão de renda fixa e multimercados da Quantitas Asset.

A notícia de que Dilma se reunirá com os ministros chegou ao mercado pouco antes da divulgação dos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Os números, considerados ruins, reforçaram o viés de baixa para as taxas longas trazido pelos comentários sobre o "apoio formal" de Dilma a Levy.

Os números do MTE mostraram que em dezembro foram fechadas 555.508 vagas de emprego, considerando o saldo líquido, em um resultado pior que as previsões de entre 460 mil e 530 mil vagas encerradas. No acumulado de 2014, foram criados 396.993 empregos formais, mas o resultado é o pior desde o início da série histórica do MTE, em 2002. Indicações sobre a fraqueza do setor de emprego, como de costume, passam a ideia de que o Banco Central pode não ter espaço para elevar tanto os juros.

O recuo da moeda norte-americana e a decisão de política monetária do Banco Central do Canadá (BoC), nesta quarta-feira (21), influenciaram a curva a termo de juros, que terminou em queda na ponta longa. No trecho curto, a espera pelo fim do encontro do Copom manteve as taxas estáveis no final da sessão regular, depois de oscilarem em queda durante o pregão. O dólar comercial terminou o dia em baixa de 0,38%, a R$ 2,6060.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o DI com vencimento em abril de 2015 (172.345 contratos) estava em 12,201%, na mínima, de 12,219% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2016 (131.650 contratos) apontava 12,62%, de 12,63% ontem. O DI para janeiro de 2017 (184.225 contratos) mostrava 12,33%, de 12,30% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2021 (66.590 contratos) indicava 11,74%, de 11,79% no ajuste da véspera.

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A queda dos juros futuros se fortaleceu no começo da tarde, sob influência do recuo do dólar, que batia mínimas após os dados do fluxo cambial, mas as taxas voltaram para os ajustes no finalzinho do pregão regular. Nas taxas longas, entretanto, elas recuaram após o surpreendente corte de juros pelo Banco Central do Canadá, que mexeu na taxa após quase seis anos sem alterações e a cortou de 1% para 0,75%. A avaliação é de que o movimento mundial é de juros menores - além do Canadá, também já cortaram suas taxas básicas recentemente Suíça, Turquia e Dinamarca.

A expectativa de anúncio de um relaxamento quantitativo no BCE, amanhã, também favoreceu o movimento de baixa na ponta longa. A previsão é de um programa de compra de bônus de 600 bilhões de euros, mais do que o esperado pelo mercado.

No geral, entretanto, o mercado ficou de lado à espera do resultado do Copom. A aposta majoritária do mercado ao longo da sessão foi de uma alta de 0,50 ponto para a Selic, para 12,25% ao ano. As medidas de aumento de impostos terão efeito contracionista e isso deve ajudar no controle de preços pelo Banco Central.

As taxas de juros futuras fecharam em queda, nesta terça-feira (20), após o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anunciar um pacote de medidas na noite de ontem para aumentar a arrecadação do governo.

Levy afirmou que o governo decidiu dobrar a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), de 1,5% para 3%, a partir de 1º de fevereiro. Além disso, o ministro informou o retorno da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) - R$ 0,22 por litro de gasolina -; o aumento do PIS/Cofins sobre a gasolina e o diesel; a alteração da cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para o setor de cosméticos; e o aumento da alíquota do PIS/Cofins sobre importados.

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Segundo Levy, "as medidas têm por objetivo aumentar a confiança da economia, com o menor sacrifício possível, a disposição das pessoas e dos investidores em tomarem risco e dos empresários em começarem a tentar novas coisas", explicou, acrescentando que tais ações tendem a baixar a curva de juros de longo prazo.

O ministro foi questionado por jornalistas no anúncio se a elevação do IOF poderia influenciar a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, no encontro que começa hoje e termina amanhã, sobre a Selic a partir de quinta-feira. "A decisão do Copom é decidida pelo Copom. As decisões do comitê sempre olham o conjunto da economia", afirmou.

Os juros futuros confirmaram as expectativas e iniciaram o dia em queda, determinada pela alta de impostos anunciada por Levy, que, segundo analistas e fontes da área de renda fixa, vão na direção de uma política fiscal melhor. No trecho mais curto, as preocupações com a inflação e expectativas pela decisão do Copom sustentaram um viés de alta pela manhã.

No entanto, a aceleração das perdas do dólar durante a tarde levou as taxas mais curtas a se aproximarem dos níveis de ajustes e terminarem com viés negativo, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2021 fechou na mínima. No fim da sessão regular na BM&FBovespa, DI para abril de 2015 (132.355 contratos) tinha taxa de 12,219%, ante 12,213% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2016 (175.460 contratos) terminou com taxa de 12,63%, de 12,67% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2017 (192.045 contratos) projetava taxa de 12,30%, de 12,41% no ajuste da véspera; e o DI para janeiro de 2021 (75.150 contratos) tinha taxa de 11,79%, ante 12,05% no ajuste de ontem.

As taxas de juros futuros operam perto das máximas durante a sessão estendida desta segunda-feira, 19, após a notícia de que Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) ordenou a redução da oferta de energia para algumas empresas do setor. Esse movimento é amparado também pelo avanço do dólar, que acompanhou uma tendência global de ganhos da moeda norte-americana ante outras divisas de países emergentes e exportadores de commodities.

A trajetória de valorização no mercado de juros futuros foi acentuada na última meia hora dos negócios, quando o dólar foi às máximas e a Bovespa às mínimas, em meio a relatos de que Estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Espírito Santo estariam enfrentando um apagão.

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Ao final da sessão regular da BM&FBovespa, nas taxas curtas, o DI abril de 2015 estava em 12,213%, na máxima, de 12,184% no ajuste anterior, e o DI para janeiro de 2016 projetava 12,67%, também na máxima, ante 12,56% no ajuste da sexta-feira. Nos longos, o DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 12,41%, de 12,28% no ajuste anterior, e o DI janeiro de 2021 indicava taxa de 10,05%, ante 11,90%.

Em meio aos receios de que possa haver racionamento de energia, os investidores correram para a segurança do dólar, que terminou o dia em R$ 2,6500 no balcão, em alta de 1,11%. A liquidez dos mercados como um todo foi reduzida nesta segunda-feira em função do feriado do Dia de Martin Luther King nos EUA.

Os juros futuros de curtíssimo prazo começaram 2015 em alta, acompanhando o movimento do dólar ante o real. Os vencimentos intermediários e longos também subiram em grande parte da sessão, mas na reta final houve desmontagem de posições e, em meio a um giro bastante fraco de negócios e com o recuo dos yields dos Treasuries, as taxas terminaram perto das mínimas. Os agentes até monitoraram as declarações do novo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, mas estão à espera mesmo é pela transmissão de cargo a Joaquim Levy, na Fazenda, que ocorrerá na segunda-feira, às 15 horas, e será acompanhada de uma entrevista coletiva.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa nesta sexta-feira (2) o contrato de DI para abril de 2015 (7.875 contratos) estava em 12,26%, ante 12,23% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2016 (111.330 contratos) apontava mínima de 12,91%, de 12,96% na terça-feira. O DI para janeiro de 2017 (47.700 contratos) mostrava 12,89%, de 12,90% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2021 (12.625 contratos) indicava mínima de 12,25%, de 12,30% na terça-feira.

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O dólar subiu ante a maioria das demais divisas nesta sexta-feira, diante de dados negativos da China e da zona do euro, além de um novo dia de queda das cotações do petróleo. Em relação ao real, o movimento reflete, ainda que em menor grau, a redução da oferta diária de swaps pelo Banco Central, de US$ 200 milhões por dia para US$ 100 milhões por dia. Anunciado na terça-feira, o programa se estenderá até 31 de março. Assim, o dólar à vista no balcão teve valorização de 1,39%, a R$ 2,6920.

Hoje, na cerimônia de transmissão de cargo no Planejamento, Barbosa reforçou a ideia de ajustes. Ele afirmou que a política fiscal cumpriu seu papel no enfrentamento da crise internacional, mas atingiu o seu limite. "Agora, iniciamos uma nova fase de nosso desenvolvimento. Uma fase na qual é necessário recuperar o crescimento da economia, com elevação gradual do resultado primário e redução da inflação", disse.

Mas a expectativa dos agentes se dá mesmo sobre o que Levy dirá ou anunciará na sua posse, na segunda-feira. À tarde, contudo, o ministro afirmou que não há intenção de anunciar medidas na ocasião. Levy frisou, porém, que a valorização do trabalho "é o objetivo de tudo que vamos fazer".

Enquanto isso, o único dado doméstico conhecido hoje, o PMI Industrial, não chegou a fazer preço. O índice de atividade dos gerentes de compras industrial, medido por HSBC e Markit, voltou ao terreno da expansão (acima de 50) pela primeira vez desde agosto de 2014, ao subir para 50,2 em dezembro, de 48,7 em novembro.

No exterior, três indicadores dos EUA vieram abaixo do previsto e promoveram uma rodada de aversão ao risco. O PMI do setor industrial caiu para 53,9 em dezembro, de 54,8 em novembro, segundo pesquisa divulgada pela Markit. O índice de atividade do setor de manufatura dos EUA medido pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM, na sigla em inglês) caiu para 55,5 em dezembro, de 58,7 em novembro - a retração foi maior que a prevista por analistas, a 57,4. E os investimentos em construção nos EUA caíram 0,3% entre novembro e outubro, abaixo da alta de 0,4% esperada por analistas. Assim, o yield do T-note de 10 anos cedia a 2,116% às 16h35, de 2,173% no fim da tarde de quarta-feira.

A queda do dólar, somada à dos juros dos Treasuries, propiciou um viés negativo para as taxas de juros futuros curtas e intermediárias nesta terça-feira (9). No entanto, as dificuldades econômicas de vários países no exterior e as incertezas sobre a economia brasileira acabaram levando as taxas de prazo mais longo a terminarem o pregão regular próximas dos ajustes, com pequeno avanço.

No término do pregão regular na BM&F Bovespa, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) para abril de 2015 (130.460 contratos) fechou com taxa de 11,960%, ante 11,970% no ajuste de ontem. O DI para julho (23.705 contratos) de 2015 registrou 12,22%, de 12,250%. O DI para janeiro de 2016 (120.405 contratos) terminou com taxa de 12,47%, de 12,48%. O DI para janeiro de 2017 apontou 12,39% no fechamento, de 12,41%. E o DI para janeiro de 2021 (48.750 contratos) tinha taxa de 12,06%, ante 12,03%.

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Os investidores monitoraram de perto das declarações de Tombini em audiência no Congresso. Ele disse que há perspectiva de retomada da atividade econômica no Brasil e que a inflação está em processo de convergência para o centro da meta, de 4,5%. No entanto, ele afirmou que "não deve ser surpresa" inflação acima do patamar atual nos próximos meses.

Tombini disse ainda que para conduzir a inflação para o centro da meta é importante o controle dos gastos públicos por parte do governo porque, só assim, as ações de política monetária se tornam mais eficazes. Ele classificou a meta de superávit primário de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015, apresentada pelo novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, como "número duro, na realidade difícil, mas sim, factível".

O dólar fechou em queda em relação ao real nesta terça-feira, interrompendo três sessões seguidas de alta, alinhado ao declínio visto ante outras moedas internacionais. No fim do dia, o dólar à vista fechou cotado a R$ 2,5950 (-0,61%), no balcão.

Nos EUA, os rendimentos dos Treasuries recuavam neste fim de tarde. O juro da T-note de 2 anos caía a 0,627%, de 0,635% no fim da tarde de ontem, enquanto o juro da T-note de 10 anos recuava para 2,2217, de 2,256%. Os títulos dos EUA foram favorecidos hoje pela aversão ao risco nos mercados internacionais após o governo chinês anunciar que irá restringir o uso de bônus corporativos como garantia, uma ação que, na prática, reduz a liquidez.

Os juros futuros terminaram em alta nesta segunda-feira, 8, impulsionados pela valorização do dólar, que subiu em linha com o exterior, após dados ruins na Ásia e na Europa prejudicarem o apetite por risco. Os ganhos só não foram maiores em função da retração nos yields (retorno) dos Treasuries, após comentários de dirigentes dos Federal Reserve.

Ao término da sessão regular na BM&FBovespa, o depósito interfinanceiro (DI) para abril de 2015 (32.155 unidades negociadas) projetava taxa de 11,970%, de 11,960% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2016 (39.755 contratos) indicava 12,48%, de 12,41%. O contrato para janeiro de 2017 (64.025 unidades) apontava 12,41%, de 12,29%. E o DI para janeiro de 2021 (34.730 contratos) mostrava 12,03%, de 11,94%. Nos EUA, o juro da T-note de 10 anos estava em 2,280%, de 2,302% no fim da tarde de sexta-feira.

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O dólar à vista no balcão terminou a sessão cotado a R$ 2,6110, uma alta de 0,58% e o maior nível desde 15 de abril de 2005. Os indicadores internacionais divulgados hoje reforçam um sentimento de aversão ao risco. O PIB do Japão no terceiro trimestre foi revisado para queda anual de 1,9%, ante leitura inicial de -1,6%. Na Alemanha, a produção industrial cresceu 0,2% em outubro ante setembro, quando a expectativa era de alta de 0,3%. E na China o saldo comercial saltou para US$ 54,47 bilhões no mês passado, resultado de uma queda de 6,7% nas importações, o que sugere fragilidade do gigante asiático.

Apesar de a valorização do dólar ter impulsionado os juros futuros, a retração nos yields dos Treasuries impediu ganhos maiores. As taxas dos títulos do Tesouro norte-americano, que iniciaram o dia em alta, ainda reagindo aos dados melhores do que o esperado sobre o mercado de trabalho (payroll) divulgados na sexta-feira, passaram a cair após o presidente do Federal Reserve de São Francisco, John Williams, afirmar que vê a primeira alta de juros em meados de 2015, argumentando que o Fed precisa ser paciente até ficar mais confiante de que a economia está "no rumo certo". Na sequência, o presidente da distrital de Atlanta, Dennis Lockhart, comentou que uma alta nos juros antes do tempo poderia prejudicar a confiança na economia dos EUA.

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